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Banda

Neófito

Local

Santa Catarina

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

1994

 

Complementando o post de ontem, com o EP Abused, hoje publico a entrevista feita com o Rafael Ghislandi (Vocal e Guitarra) e o Rafael Tizatto (Guitarra), onde falam sobre o recém lançado “Abused”, além de darem uma boa geral na carreira do Neófito. Completam a banda Thiago Tigre (Baixo) e Guilherme Letti (Bateria). Saibam mais sobre o Death Metal sem fronteiras do Neófito…

Vocês têm quase duas décadas de existência. Como avaliam a trajetória da banda até este momento?

RAFAEL GHISLANDI: Em duas décadas tudo que você pode imaginar tem seus altos e baixos, inclusive uma banda. Mas a trajetória da Neófito é marcada pela dedicação de todos os músicos que já passaram por ela e se confirma com nossa formação atual, o gosto pela música e a vontade de criar sonoridades únicas é o alicerce da Neófito, independente das modificações que ocorrem no meio musical hoje em dia, somos focados em passar ao nosso público a energia que possuímos em cima do palco no meio de um show, e isso é o que faz valer a pena, ver a cara de satisfação de nossos fãs a cada música que tocamos.

O EP “Abused” foi lançado recentemente. Como está sendo a reação do público?

RAFAEL TIZATTO: Ótimo! Fizemos o show de lançamento em Lages/SC no dia 05/06/2012 (http://www.youtube.com/watch?v=MB3EKiflAws), a recepção do público foi excelente, também estamos conquistando boas resenhas deste material nos blogs e revistas.

Ficaram plenamente satisfeitos com o resultado obtido?

RAFAEL GHISLANDI : Sim, conseguimos passar nesse EP a atual fase da banda que é excelente.

Na música “No One Hear your Screams” vocês utilizaram uma espécie de Cítara, correto? De quem foi a ideia de utilizar um instrumento incomum na música mais extrema nacional?

RAFAEL GHISLANDI : Correto, utilizamos um sitar indiano. A mistura de instrumentos sempre foi um diferencial nas nossas músicas e utilizar um instrumento com uma sonoridade única junto com o peso das guitarras é algo fascinante que todos da banda curtem, então essas inclusões e ideias nascem naturalmente e fica difícil dizer quem exatamente teve a idéia.

 

Além disso, a música “The World is Crashing Down” é uma bela introdução feita ao piano. Sempre foi o desejo de vocês incorporar o máximo de outros elementos a sua música?

RAFAEL GHISLANDI : Com certeza a inclusão de novos instrumentos muitas vezes não convencionais para o estilo de música que tocamos, faz com que o músico aguce ainda mais o seu ouvido e assim podemos nos aventurar em outros campos musicais e descobrirmos muitas coisas possíveis de se criar. A mistura de instrumentos em nossos sons faz parte de nossa história, no primeiro CD “Eternal Suffering” também utilizamos um clarinete junto ao peso das guitarras.

 

Qual a principal diferença entre o EP e o disco “Eternal Suffering” ( Este trabalho foi relançado em 2010 – porem gravado em 1996)?

RAFAEL GHISLANDI : O CD “Eternal Suffering” foi gravado em 1996 e na época estavam na banda outras pessoas que também traziam suas influências para nossas composições, e para o EP Abused é a mesma coisa, novos integrantes, novas influências musicais, cada integrante tem suas experiências musicais de anos de estrada e tudo isso conta para que cada trabalho da Neófito seja algo inesperado, sem perder a linha base das composições que é o Death Metal. No princípio a Neófito tinha muita influência do Metal dos anos 80 e principalmente 90, hoje em dia não se perdeu isso, pelo contrário, somamos nossas experiências na música e ritmos atuais com o som do passado.

Apesar do som do Neófito possuir alguns “traços” do Sepultura anos 90 no novo EP, a banda em momento algum abandona o Death Metal mais clássico. É difícil encontrar esse equilíbrio?

RAFAEL GHISLANDI : Não. Basta ter a mente aberta e trabalhar os estilos musicais seguindo nossos sentimentos.

Quais são as suas principais influências?

 

RAFAEL TIZATTO: Cada um de nós agrega algo novo na banda, o Thiago Tigre traz algo mais Rock’n Roll, eu escuto mais Metal Extremo e Punk/HC, Ghislandi tem mais influencias do Death/Thrash anos 80/90 e o Guilherme escuta ritmos brasileiros e também World Music, além do Metal é claro.

Vocês são de Santa Catarina, porém fizeram shows por outras regiões do Brasil. Qual considera a maior diferença entre cada região em nosso país?

RAFAEL GHISLANDI : Já tocamos em várias regiões e a única diferença é que em cada local a forma de interação e união das pessoas que curtem esse estilo de música é único e algo particular de cada cidade, umas mais unidas outras mais “na deles”, porém todos sempre nos receberam muito bem e nós retribuímos com nossa raça e nosso som em cima do palco para todos curtirem ao máximo.

Vocês participaram da seletiva Wacken Metal Battle/SC ano passado. Como foi essa experiência?

RAFAEL TIZATTO: Fomos selecionados pela Roadie Crew a participar, foi bacana mostrar nosso som ao pessoal que estava lá e ao ”Júri”, recebemos muitos elogios nessa noite.

Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

RAFAEL TIZATTO:

Sepultura: Um dos maiores representantes do Brasil e da nossa cultura no mundo, fazer abertura para o Sepultura em 2011 foi a realização de um sonho para a Neófito.

Korzus: Fizermos encerramento do show deles em SC no ano passado. Thrash Metal fiel ao estilo.

Cannibal Corpse: Aula de Death Metal – Mestres!

Nervochaos: Tocamos com eles 2010, acredito que seja a banda do underground nacional com mais estrada e experiência. Som porrada.

Carcass: Sempre foram originais adicionando novos elementos ao Death Metal, saindo do Grindcore até o Death’n Roll, FODA!

Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Neófito e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

RAFAEL TIZATTO: Agradecemos a todos os amigos e colaboradores da Neófito, que sempre nos acompanham em shows e participam da divulgação da banda conosco.

Acessem e Curtam nossa página no facebook: facebook.com/neofitometal , lá também estão disponíveis alguns vídeos ao vivo e links para download do nosso novo material. Abraços!