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~ Resenhas e entrevistas com bandas de Rock & Metal

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Arquivos de Categoria: Death Metal

Entrevista com a banda Aeternus (Noruega)

25 terça-feira set 2018

Posted by bacchus30 in Aeternus, black Metal, Death Metal, Entrevista, Uncategorized

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E fechando a serie de entrevistas com bandas do “Metal obscuro”, chega agora a vez do Aeternus, banda norueguesa com 25 anos de carreira, que também estará aportando no Brasil para tocar neste final de semana, no “Setembro Negro”. Quem respondeu foi o vocalista/guitarrista Ares, fundador da banda. Confiram e prestigiem os shows…

 

Vicente – Vocês tocarão este mês no Brasil no “Setembro Negro”. O que você espera do show aqui? E o que os fãs do Brasil podem esperar do Aeternus?

Ares – Olá, o que esperamos?! Um grande momento para nós e um grande momento para todas as pessoas que virão ao show naquela noite. O público pode esperar um monte de boas músicas, que iremos entregar, como sempre fazemos. Temos um bom set list para o Brasil.

 

Vicente – “Heathen”, o novo álbum de Aeternus, será lançado em outubro. O que os fãs podem esperar do álbum?

Ares – Bem, conseguimos com sucesso trazer a atmosfera, a música e o som de volta. Também trazendo originalidade e novos riffs. Demorou muito tempo para fazer as músicas, mas valeu a pena. Estamos muito felizes com o resultado. Ótimo som, o mesmo som que tivemos nos primeiros lançamentos, e também ótimas músicas.

 

Vicente – Qual você acha que é a maior diferença entre “Heathen” e “… and the Seventh His Soul Detesteth“, o álbum anterior da banda.

Ares – Certamente “Heathen” tem menos tecnicismo e menos complexidade, porque nós realmente colocamos muito peso em “and the Seventh …”. “Heathen” é bem mais fácil de ouvir, ou ao menos deve ser. Som mais agudo e fresco e músicas sólidas, muito estruturadas e, principalmente, diretas.

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Vicente – O clássico álbum “… and So the Night Became”, está completando 20 anos do seu lançamento. Quais são as memórias da gravação deste álbum?

Ares – Apenas boas lembranças, do estúdio principalmente. Trabalho duro. Bom trabalho sólido de todos os envolvidos.

 

Vicente – Aeternus está completando 25 anos de carreira este ano. Como você avalia a trajetória da banda depois de todos esses anos?

Ares – Houve altos e baixos. Eu estou feliz que ainda mantemos tudo acontecendo… Ainda está funcionando, você entende?! Fazendo música, lançando e compartilhando. Fazendo shows. A coisa final. Música é vida. Voltamos às raízes neste álbum, o que é uma coisa boa, o que o futuro nos trará agora, não sabemos. Boa música, com certeza.

 

Vicente – Existem algumas novas bandas de Black / Death Metal que você realmente gosta de ouvir?

Ares – Não

 

Vicente – Por favor, em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Emperor – banda de Black Metal Elite. Músicos fantásticos. Alguns dos mais surpreendentes riffs e músicas vêm do Emperor. Ihsahn não sabe como fazer algo mediano. Ele não consegue. Compositor fantástico.

Cannibal Corpse – Algumas das melhores músicas de Death Metal vêm desses caras, na minha opinião. Um monte de coisas técnicas, e riffs impressionantes. George tem o melhor “pescoço de headbanger” no ramo.

Mayhem – Outra banda de Black Metal Elite. Ótima música, ótimos artistas. Vocais impressionantes, e o carisma de Attila.

Deicide – O Death Metal mais brutal. A voz de Glen é a maior perfeição brutal dos vocais do Death Metal. Desempenho sólido, sempre.

Megadeth – Não é meu favorito…, mas muitos riffs ótimos aqui e ali. Dave é um ótimo guitarrista, e não é tão bom vocalista.

 

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem o som e gostariam de saber muito mais sobre o Aeternus.

Ares – Tudo bem pessoal, estamos honrados e estamos ansiosos para realizar o nosso Dark Metal para vocês, bom povo brasileiro.

Espero que você aproveite o festival com seus irmãos e irmãs do metal. O metal é um estilo de vida, estamos todos nisso como um povo unido. Apoie um ao outro e o Metal!

Respeito, Brasil.

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Entrevista com a banda Vulcano (São Paulo)

22 sábado set 2018

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Thrash Metal, Uncategorized, Vulcano

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Há pouca coisa a se dizer sobre o Vulcano e sua carreira. Trata-se simplesmente de um dos maiores nomes da historia do Metal nacional, um dos pilares desse estilo tão amado por tantos. Nessas quatro décadas, lançaram álbuns clássicos, fizeram shows inesquecíveis aqui e no exterior, e nunca perderam o foco e a humildade, ganhando assim o respeito de todo o público.

Nessa entrevista, o guitarrista Zhema conta mais sobre os primórdios da banda, a carreira e tudo que cerca o Vulcano, demonstrando pique para trilhar ainda mais alguns anos fazendo a música que gosta. Feliz de nós, que podemos assim continuar acompanhando a história ainda sendo escrita…

 

Vicente – Voltando bastante no passado nesse primeiro momento. Como foi o inicio da banda, os primeiros ensaios, e como chegaram ao nome Vulcano?

Zhema – Lá pelo meio dos anos 70 eu morava em Osasco, SP e era um adolescente que tinha dois amigos próximos que tinham uma banda chamada Sangue Azul. Paulo Magrão Guitarrista e Carli Cooper Baixista e eu tinha essa linguagem de “rock band” com eles. Em 1978 me mudei para Santos, SP e algum tempo depois os chamei para montar uma banda com a finalidade de apresentações ao vivo, algo mais comprometido, etc. No início éramos Eu e Paulo Magrão nas guitarras, Carli Cooper no baixo e Wilham “o ponta” na bateria, fizemos alguns shows com essa formação até Wilham deixar a banda. Bem, depois disso veio o “OM PUSHNE NAMAH” e toda a história que a maioria conhece. Com relação ao nome da banda, VULCANO, vou lhe dizer a verdade, se eu for contar essa história aqui e agora vou tomar duas páginas de sua publicação. Eu já detalhei isso em algumas entrevistas e é uma longa história. Por hora posso dizer que é fruto de um estudo sobre “Magic Square of the Sun”, não exatamente o que se encontra na internet atualmente, mas aquele do conceito proposto por Cornelius Agrippa.

 

Vicente – Há 35 anos, a banda entrava pela primeira vez num estúdio, lançando o EP “Om Pushne Namah”. Consegue lembrar e descrever a sensação que sentiram com essa primeira gravação?

Zhema – Claro! Uma sensação de total insegurança, onde éramos principiantes, sem qualquer noção da linguagem que ouvíamos lá dentro – canal 2, panorâmica, na linha, input, fita de ½”, Fita de 2”, dobra, +2db, eu pensava, meeuuu o que é isso? Mas eu fiz tudo que me pediram para fazer e deu certo, de certa forma. Um mês depois quando eu estava na sala de meu apartamento com minha esposa colocando o vinil nas capas e senti uma emoção do tipo: – Caramba! Gravei um disco!

Somente bandas “grandes” faziam isso e através da RCA, Polygram, etc.

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Vicente – Em 86 veio à luz o inesquecível “Bloody Vengeance”. Como foi gravá-lo e, principalmente, ver a repercussão que até hoje o disco possui?

Zhema – Antes dele teve o “Live!” Que qualifico como tão importante quanto o “Bloddy Vengeance”. Quando o “Live!” foi lançado em 1985 as músicas do “Bloody” já existiam e as executávamos nos shows ao vivo naquela época. Não tínhamos dinheiro para gravações e posso dizer que o “Live!” me custou um Chevette 83 e o “Bloody Vengeance” um Passat 84. Eu não tinha a menor noção sobre como esse álbum iria repercutir naquela época, e sobre o futuro então, nem passava pela minha cabeça.

Gravamos aquele álbum em São Paulo em apenas um final de semana. Meu amplificador DUO VOX 100 foi responsável pelos timbres tanto das guitarras como pelo contrabaixo, alugamos pratos para o baterista, simplesmente não tínhamos nada! Na primeira noite os camaradas do Golpe de Estado, Helcio, Catalau e Paulo Zinner estavam lá nos ajudando no que podiam. Foi divertido. Depois do álbum gravado, o dinheiro do meu Passat havia acabado, não havia mais dinheiro suficiente para a prensagem e capas, foi quando o Antônio “Toninho” Pirani entrou e fizemos uma parceria.

 

Vicente – O mais recente lançamento de estúdio da banda foi “XIV”, em 2016. Após esse tempo, como avaliam o resultado obtido com o disco, e como foi todo o processo de composição e gravação do mesmo?

Zhema – Eu coloco esse álbum como um dos 3 melhores de minha carreira ao lado do “Bloody Vengeance” e “Tales from the Black Book”. Eu tenho no meu notebook o que chamo de “uma gaveta” de “riffs”. Durante minhas “brincadeiras” com a guitarra, quando faço um riff interessante eu gravo com meu “Q3 da Zoom” e abaixo e guardo no computador. Depois de um tempo vou ouvir o que tem lá e aquele que me agrada eu desenvolvo para uma música, começo, meio e fim. Depois de um monte de músicas prontas nesse formato, chamo o Arthur e fazemos as divisões e arranjos de bateria, vamos para o estúdio do Ivan Pellicciotti e gravamos os “takes” de bateria. Eu coloco as guitarras e passo aos demais da Banda e cada um faz seu arranjo. Depois de gravado, então escolhemos as que tocaremos ao vivo. Interessante é que escolhemos sempre priorizar as músicas do álbum mais recente para executa-las ao vivo, mas aos poucos vamos retirando do “set list” porque o público sempre demora para interagir com elas.

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Vicente – Esse ano vocês lançaram o álbum ao vivo “Live III – From Headbangers to Headbangers”. Essa foi uma forma de homenagear os fãs do Vulcano?

Zhema – Este lançamento foi interessante, pois não estava planejado fazê-lo. Havia um show agendado pelo Wilton da Heavy Metal Rock para comemorarmos juntos os 34 anos da loja dele. Como não era festival e o VULCANO poderia usar o tempo que fosse necessário no palco, preparamos um repertório extenso e que passasse por toda carreira da banda. Durante esse processo o Wilton jogou a ideia de que poderíamos gravar o show e lançar um novo CD. Eu concordei e disse faremos como 32 anos antes na mesma região “de Headbangers para Headbangers”

 

Vicente – Vocês irão tocar no Setembro Negro. Qual a expectativa para este show em particular? E das bandas que irão se apresentar no Festival, quais são as que realmente curtem, ou tem vontade de conferir o show?

Zhema – Razor, tocamos com eles nos Estados Unidos, e também estou muito interessado em assistir ao Coven. O Enthroned tocaremos com eles em um Festival na Bolivia no mês seguinte. Teremos 50 minutos no palco para mostrar o que temos de bom em uma carreira de 37 anos, é pouco e isso me incomoda, mas não o suficiente para chegar lá com “fogo nos olhos”. Daremos o melhor de nós nesses 50 minutos.

 

Vicente – A banda já teve muitas alegrias durante sua trajetória, mas também ocorreram perdas irreparáveis, como o falecimento dos guitarristas Soto Jr e Johnny Hansen. Como foi receber essa notícia?

Zhema – Notícia desse tipo sobre pessoas próximas não é nada bom. É sim um impacto muito forte. O Junior foi embora muito cedo, 39 anos. É pouco! O Hansen também me deixou surpreso porque ele estava trabalhando duro no HARRY e sempre nos encontrávamos em uma padaria aqui perto de casa para conversar, ele não bebia álcool mais e eu tomava minhas cervejas, foi ruim!

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Vicente – Zhema, você no inicio da banda era o baixista, porém alguns anos depois assumiu a guitarra no Vulcano, Essa mudança foi algo natural para você?

Zhema – Sim! Na verdade, eu sempre toquei guitarra, porém Soto Junior e o Zé Flavio tocavam melhor do que eu então eu ficava no baixo. A partir de 1987 eu fiquei com as guitarras dos próximos álbuns, sendo que no “Tales from the Black Book” novamente haviam guitarristas melhores do que Eu e então fiz os baixos. Daí em diante resolvi ficar para sempre nas guitarras.

 

Vicente – Vocês já tiveram a oportunidade de tocar em outros países durante a longa carreira da banda. Como foram essas experiências, e qual a principal diferença que percebem no público daqui, com relação ao estrangeiro?

Zhema – O público daqui é dividido em “Headbangers” e “Metalheads” o primeiro abrange o segundo, mas o inverso não acontece. Este tipo de coisa que “lá fora” não existe.

É ótimo fazer shows lá fora, o profissionalismo está presente sempre, tanto faz se o “pub” é para 40 pessoas, ou se é uma casa de shows para milhares de pessoas.

 

Vicente – Com quase quatro décadas de atividade, como você enxerga o futuro do Vulcano? Orgulho pela trajetória da banda, que sempre teve total respeito dos fãs e do cenário metálico em geral?

Zhema – Claro! Tenho muito orgulho da Banda e muito respeito pelo fã, porque fã do VULCANO é como fã de Ópera. É uma relação de proximidade e paixão, como essas que existem como times de futebol e por isso mesmo cercada de muitas opiniões contrárias às deles, mas nosso fã é fã de verdade! Pro futuro? Trabalhar em mais um novo álbum e fazer mais e mais apresentações ao vivo, pois são nelas que conquistamos mais fãs.

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Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Sarcófago – Lenda consagrada

Exodus – Minha preferida isolada da “bay area”

Rotting Christ – Trinta anos após “Leprosy of Death” continua entre as melhores

Krisiun – O mais conhecido representante do atual Metal Brasileiro nas terras além-mar

Morbid Angel – Não é uma das minhas preferidas atualmente, deferentemente dos tempos de “Altar of Madness”.

 

Vicente – Por fim, deixem um recado para os fãs da banda e para todos aqueles que querem conhecer mais sobre o Vulcano e apostam no Metal nacional.

Zhema – Primeiro sou grato pela oportunidade desta entrevista contigo porque me permite levar aos leitores algumas informações e ideias por traz da Banda. Aos fãs é desnecessário dizer que são os principais responsáveis por eu estar aqui respondendo essas questões, então convido aqueles que ainda não conhece por inteiro a “estrada” do VULCANO a se situarem em uma “nave do tempo”, pois já se passaram quase 40 anos, e ouçam pouco a pouco nossos álbuns. Comecem pelo último “X I V” e vão regredindo no tempo até 1983 porque assim fazendo compreenderão a História do VULCANO e uma parte da história do Metal Brasileiro.

Keep Banging!!

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Resenha Deicide – Overtures of Blasphemy (2018)

13 quinta-feira set 2018

Posted by bacchus30 in Death Metal, Deicide

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Novo disco do Deicide, e todos que conhecem a banda já sabem de cor e salteado o que aqui encontrarão: Ritmo Dance contagiante, vocais angelicais e letras exaltando a glória divina.

Brincadeiras à parte, a trupe capitaneada por Glen Benton (que, pelos meus cálculos, já deveria ter partido desta vida há 18 anos, ou alguém lembra a velha lenda propagada que iria cometer suicídio no palco ao completar 33 anos, a idade de Cristo em sua morte), entrega o mesmo de sempre. O que não chega a ser uma critica, longe disso, pois demonstra convicção em suas crenças e na sonoridade proposta desde o inicio da banda, há longínquos 30 anos. Como o próprio Benton afirna: “Isso é o que eu sou. Death Metal é o que eu faço”.

“Overtures of Blasphemy” tem tudo que os fãs da banda gostam. É brutal, veloz, com riffs poderosos e bateria capaz de provocar enxaqueca, de tal rapidez. Incrível como músicos cinquentões (Glen tem 51), ou no caso dos integrantes mais recentes, quarentões, ainda consegue provocar tal avalanche sonora. Mas o Deicide continua tão pesado e blasfemo quanto era no seu principio, como a própria capa do disco pode comprovar.

Com uma produção competente, podemos destacar aqui as faixas com a cara do Deicide, “One With Satan”, “All That Is Evil” e “Defying The Sacred” (pusta solo de guitarra essa música tem em seu inicio). Aqui também tem daquelas músicas que fazem a cabeça chacoalhar, com a insana bateria do fiel assecla de Benton, Steve Asheim, como pode ser conferido em “Crawled From The Shadows” e “Consumed By Hatred”, enquanto “Destined To Blasphemy” tem aquele típico clima do Death Metal do principio dos anos 90, mais arrastada, mas igualmente assustadora. Mas a minha preferida aqui é “Seal The Tomb Below”, que tem um riff muito legal, saindo do lugar comum do Death Metal, e com isso consegue atingir até mesmo ouvidos não tão acostumados com tal sonoridade.

Resumo final de “Overtures of Blasphemy”: É um disco que vai agradar os fãs da banda, onde terá um lugar especial. E não fará diferença alguma em quem não conhece ou não curte a banda. Novamente, é uma simples questão de ponto de vista, e de que lado do muro você se encontra.

 

Nota: 8,0

 

Formação:

Glen Benton – Baixo, Vocais

Steve Asheim – Bateria, Guitarras

Kevin Quirion – Guitarras

Mark English – Guitarras

 

12 faixas – 37:54

 

Tracklist:

  1. One With Satan (3:46)
  2. Crawled From The Shadows (3:20)
  3. Seal The Tomb Below (2:57)
  4. Compliments Of Christ (2:44
  5. All That Is Evil (3:24)
  6. Excommunicated (2:55)
  7. Anointed In Blood (3:18)
  8. Crucified Soul Of Salvation (3:00)
  9. Defying The Sacred (3:30)
  10. Consumed By Hatred (3:02)
  11. Flesh, Power, Dominion (3:33)
  12. Destined To Blasphemy (2:25)

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Resenha Krisiun – Scourge of the Enthroned (2018)

10 segunda-feira set 2018

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Krisiun, Uncategorized

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E eis que estão de volta os três cavaleiros do apocalipse (algo errado neste número), com “Scourge of the Enthroned”, décimo primeiro álbum de estúdio do trio gaúcho.

Para uma banda que já lançou clássicos do Metal Extremo, como “Black Force Domain”, “Conquerors of Armageddon” e “Southern Storm”, superar, ou ao menos igualar, tais registros, é uma tarefa complicada. Mas o Krisiun conseguiu esta façanha.

“Scourge of the Enthroned” é um álbum sensacional, que rivaliza com os citados, e é muito superior ao anterior, “Forged in Fury”, que, nas palavras de Alex: “Tinha partes mais lentas e também era bastante longo. Nós estávamos por trás disso 100%, mas sem dúvida não era a essência do Krisiun”.

E o novo álbum vai pelo caminho contrario. È veloz e brutal, a marca registrada da banda. Aqui temos novamente a bateria matadora de Max, os vocais agressivos de Alex e os riffs pesados e insanos de Moyses, numa sonoridade única, soando como um convite para o final dos tempos.

É até difícil destacar faixas em um disco tão homogêneo, mas as três músicas inicias, a faixa-título “Scourge of the Enthroned”, “Demonic III” e “Devouring Faith” são imperdíveis. E ainda temos a quebra-pescoço “A Thousand Graves”, a complexa “Abysmal Misery (Foretold Destiny), e a épica Whirlwind of Immortality, que encerra o álbum com chave de ouro.

Vale ressaltar a icônica data escolhida para o lançamento: 7 de setembro. Uma data nacional para uma banda consagrada internacionalmente. E que, agora, retorna ao posto do qual nunca deveria ter saído. Como a mais importante banda extrema brasileira da história. Bem-vindos de volta.

 

Nota: 9,0

Formação:

Alex Camargo – vocais / baixo

Moyses Kolesne – guitarra

Max Kolesne – Bateria

8 Faixas – 38:07

Tracklist:

  1. Scourge of the Enthroned (5:54)
  2. Demonic III (5:01)
  3. Devouring Faith (4:19)
  4. Slay the Prophet (4:50)
  5. A Thousand Graves (4:11)
  6. Electricide (4:04)
  7. Abysmal Misery (Foretold Destiny) (3:57)
  8. Whirlwind of Immortality (5:51)

 

 

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Resenha Chaos Synopsis – Gods of Chaos (2017)

08 terça-feira ago 2017

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Chaos Synopsis, Death Metal, Thrash Metal

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“Gods of Chaos” é o quarto disco da banda paulistana Chaos Synopsis, e uma nítida continuação/evolução de uma discografia cada dia mais rica e complexa. Se em seus lançamentos anteriores (“Kvlt Ov Dementia”, “Art Of Killing”, “Seasons Of Red”, sem contar Splits, Demos e Singles), a banda já despontava como um dos destaques da “nova geração”, o novo disco é uma confirmação de que são merecedores de tal honraria.

Se na parte lírica a banda continua dando show, dessa vez versando sobre os deuses do caos, guerras e destruição, trazendo um estudo de velhas mitologias relacionadas, é na parte instrumental que o bicho pega. Friggi Mad Beats continua com sua bateria ensandecida, enquanto Jairo Vaz parece que conseguiu adicionar ainda mais poder a seu gutural. E a dupla de guitarristas Luiz Ferrari e Diego Sanctus destilam riffs inspirados e pesados, e mesmo assim conseguindo trazer uma variedade interessante as músicas aqui contidas.

Com relação a música em si, algumas faixas são destaques óbvios, pois sao aquelas que já possuem o peso registrado da banda, como “Raising Hell”, “Storm of Chaos” (pusta trabalho de bateria), e “The Beast that Sieges Heaven”. “Black God” tem a participação dos poloneses Uappa Terror (Terrordome) e Wojciech Michalak, um país no qual o Chaos Synopsis desfruta de ótima aceitação. “Opposer of Gods“ é outra faixa que possui ritmo contagiante, mas o ponto alto do álbum é a estupenda “Serpent in Flames”. Essa música possui todos os ingredientes para tornar-se clássica, riffs e solos de guitarra bem encaixados, um andamento mais cadenciado e um vocal cheio de raiva (como a letra em si pede). E o disco encerra com “Cocaine”, cover da igualmente icônica banda Andralls.

Em suma, “Gods of Chaos” é mais um daqueles discos a serem aclamados como um dos melhores albuns de 2017 no Metal nacional. E demonstra que o Chaos Synopsis, se ainda não atingiu o seu ápice, se aproximou muito disso, e pode se orgulhar de ter criado mais uma obra-prima do Thrash/Death Metal.

Nota: 9,0

Formação:

Jairo Vaz – voz e baixo
Luiz Ferrari – guitarra
Diego Sanctus – guitarra
Friggi Mad Beats – bateria

10 Faixas – 41:28

Gods of Chaos – Chaos Synopsis
(Dunna Records / Black Legion Productions)

Tracklist:

  1. Raising Hell
    2. Storm of Chaos
    3. Black God
    4. Serpent in Flames
    5. Opposer of Gods
    6. The Beast that Sieges Heaven
    7. Sixteen Scourges
    8. Badlands Terror
    9. Gods of Chaos
    10. Cocaine (Andralls cover)

Entrevista com a banda Chaos Synopsis (São Paulo)

24 terça-feira jan 2017

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Chaos Synopsis, Death Metal, Entrevista, Thrash Metal

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O Chaos Synopsis é uma das principais bandas de Metal Extremo da atualidade, mantendo um alto nível em seus mais recentes discos, como em Art of Killing (2013), Seasons of Red (2015), e o Split com a banda Terrordome, “Intoxicunts” (2016)

Para falar sobre o atual momento da banda, os planos futuros do Chaos e sobre o mundo da música em geral, realizei esta entrevista com o Vocalista/Baixista Jairo Neto. Confiram o trabalho da banda, e entenda o porquê os mesmos são uma das melhores bandas de Death/Thrash Metal do Brasil…

 

Vicente – O Chaos Synopsis foi formado em 2005. Quais as lembranças da época de formação da banda e como você avalia a sua trajetória ate o momento?

Jairo Neto: tenho muitas lembranças boas, no começo era um monte de moleques querendo tocar rock e ir pra tudo que é lugar, algo que ainda não mudou muito. A diferença agora é que somos mais experientes, já rodamos o Brasil e Europa algumas vezes, lançamos três álbuns e já estamos quase batendo a marca de 200 shows feitos nesse tempo todo.

 

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Vicente – “Seasons of Red”, o mais recente álbum da banda, foi lançado em 2015. Como vocês avaliam o resultado alcançado por este disco, que colecionou resenhas positivas tanto no Brasil como no exterior?

Jairo: “Seasons” trouxe novidades com a inclusão de mais melodias e ainda assim acabou saindo mais pesado que os antecessores, esse foi dos pontos mais comentados nos reviews. Conseguimos atingir mais gente, o álbum foi lançado no Brasil e teve relançamento no exterior pela Concreto Records, além de uma grande quantidade de shows. Ele só fez elevar o nome da banda ainda mais.

 

Vicente – No início de 2016 vocês lançaram um split junto com a banda polonesa Terrordome, o “Intoxicunts”. Como surgiu essa ideia?

Jairo: Todas as três vezes que fomos para a “gringa” fizemos shows com os Terrordome e acabamos ficando muito amigos. No meio de uma conversa, o Uappa (vocal/guitar) deles falou dessa ideia e aceitei na hora. O tenso foi que tínhamos dois meses pra compor as músicas, gravar e finalizar para que o split ficasse pronto para a tour deles aqui no Brasil.

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Vicente – Em “Intoxicunts” vocês gravaram um cover do Metallica (de Damage Inc.). Qual a influência deles em sua sonoridade e o que acharam do novo disco da banda?

Jairo: Metallica é influência de 10 entre 10 bandas que tocam Thrash, todos nós ouvíamos muito quando éramos mais novos e continuamos ouvindo até hoje, inegável a importância deles para o cenário musical e também para nós como músicos. Gostei muito do que ouvi no CD novo, além da ideia genial de gravar um clipe para cada som, mostrando que o audiovisual pode ser o futuro para todo gênero musical.

 

Vicente – E podemos esperar um novo lançamento do Chaos Synopsis para 2017? Quais os planos futuros da banda?

Jairo: já estamos em estúdio gravando o sucessor de “Seasons of Red”, que tem previsão para ser lançado em abril, durante nossa nova tour na Europa. Acompanhem as notícias.

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Vicente – Vocês já tiveram a oportunidade de tocar várias vezes no exterior. Qual acredita ser a principal diferença de tocar lá fora e no Brasil. Em que parte acha que ainda temos de avançar para fazer um trabalho verdadeiramente profissional?

Jairo: uma das coisas mais legais é rolarem shows praticamente todos os dias, e a galera comparecer, já produzi show aqui no Brasil dia de semana e é algo complicado de fazer. Na primeira vez que fomos, a diferença de equipamento disponível para as bandas foi gritante pra mim, todo mundo lá tem equipamento foda e aqui você chegava nos locais e dava até medo (risos). Hoje em dia isso tem mudado e muitos produtores conseguem produzir um show legal com equipamentos bons.

 

Vicente – Uma vez vocês falaram que o interesse da banda era fazer que nem nos anos oitenta, lançar discos de dois em dois anos, e assim mantendo o nome da banda sempre ativo. Acreditam ser viável essa proposta, já que o mercado musical mudou tanto desde aquela época?

Jairo: é um pouco difícil, mas é viável, depende um pouco da banda querer. Quando saímos pra shows, costumamos vender bastante merchan e isso gera dinheiro pra banda, que no nosso caso é reinvestido em mais merchan, propaganda e tal. Não da pra viver da música, mas da pra não gastar dinheiro, que pro nosso cenário, já é um ganho e tanto.

 

Vicente – Cite os cinco álbuns que marcaram sua vida, aqueles que não saem do seu aparelho de forma alguma.

Jairo: isso varia de tempos em tempos, mas dos preferidos posso citar:

  • Behemoth – Demigod
  • Iron Maiden – Piece of Mind
  • Rotting Christ – Genesis
  • Iced Earth – Horror Show
  • The Offspring – Americana

 

Vicente – Por fim, deixem um recado para os fãs da banda e para todos aqueles que querem conhecer mais sobre o Chaos Synopsis

Jairo: fiquem de olho nas novidades vindouras, logo mais anunciaremos tudo sobre o novo álbum e novas datas de shows, porque lugar de banda é na estrada! Nos vemos no rock. Ouça nossa música gratuitamente no spotify e caso goste, compre conosco em nossa loja virtual.

http://chaossynopsis.loja2.com.br/

https://play.spotify.com/artist/4bEvW5G5byDd20C86z1P5y

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Resenha Canilive – Psychosomatic Schizophrenia (2016)

15 sexta-feira jul 2016

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Canilive, Death Metal

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1452795627O Canilive surgiu no Rio de Janeiro há exatamente 10 anos, e passaram por aqueles contratempos que quase todas nossas bandas enfrentam, o que inclusive ocasionou um hiato em suas atividades. Mas que enfim lançam seu EP de estréia, “Psychosomatic Schizophrenia”, onde já de cara dá para destacar a bela capa, condizente com as letras contidas no álbum.

E temos aqui todos os predicados que fazem a alegria dos fãs do Death Metal. Riffs e bateria absurdamente pesados, criando um clima perfeito para o pesadelo sonoro que o quinteto mostra para seus aficionados. As faixas em si são bem uniformes, sendo difícil escolher maiores destaques, mas a pesadíssima “The Celebration of Ignorance” ficou perfeita, sem dever nada as grandes bandas do estilo, mostrando o caminho a ser seguido pela banda.

O vocal de Gustavo Moreira também é um dos destaques, passeando pelo gutural e o rasgado da forma correta, parecendo em alguns momentos com  Glen Benton e Chris Barnes. Só que justamente um dos destaques acaba sendo o maior senão de “Psychosomatic Schizophrenia”, pois o mesmo às vezes exagera no chamado Pig Squeal, o que acabou por deixar a audição do EP em alguns momentos um pouco cansativo, principalmente na faixa “Modification”, onde inclusive achei que um grilo havia entrado no cd player…

Tirando esse detalhe, que é facilmente corrigível, os próximos passos do Canilive devem ser observados com toda atenção, pois potencial para constar nas fileiras do Brutal Death Metal nacional os mesmos possuem. Mas é mais recomendado para os verdadeiros fãs do estilo.

Nota: 7,5

Formação:

Gustavo Moreira – vocal

Raphael Dizus – guitarra

Alcindo Neto – guitarra

Caio Planinschek – baixo

Alberto Armada – bateria

 

5 Faixas – 17:25

Tracklist:

01.The Posthumous State Of Mind
02. The March For Excellence
03. The Celebration Of Ignorance
04. Witnessing Your Fall
05. Modification (Bônus)

Resenha Terrordome/Chaos Synopsis (Split) – Intoxicunts (2016)

24 terça-feira maio 2016

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Chaos Synopsis, Crossover, Death Metal, Terrordome, Thrash Metal

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Devo confessar que talvez este seja o primeiro Split que venho a resenhar após estes anos todos, mas por uma boa razão, este é daqueles álbuns que vale a pena abrir uma exceção.

Isso que, apesar de serem considerados em parte bandas de Thrash Metal, os estilos dos poloneses do Terrordome e dos brasileiros do Chaos Synopsis não são exatamente parecidos. Enquanto o Terrordome investe em uma sonoridade mais voltada para o Crossover, o Chaos complementa seu Thrash com boas doses de Death Metal. Com isso é de fácil percepção quando uma termina e a seguinte começa.

Pelo lado do Terrordome, se você parar para respirar, pode correr o risco de não perceber que já se passaram as três primeiras faixas, visto que as mesmas possuem menos de dois minutos de duração. Com isso a instrumental “Reflux”, a veloz e politicamente incorreta “Polidics”, e “Nothing Else Fuckers”, que parece uma mistura de Napalm Death com Destruction e que possui em sua metade riffs descaradamente chupados de Master of Puppets (mas não sem razão, visto que a letra provavelmente irritará muitos fãs do Metallica), passam em um piscar de olhos. Ainda temos aqui o cover de The Hood (Evildead), que ficou com certo ar de Slayer, e fecha com “Beerbong Party”, música onde o lado Crossover da banda soa mais forte.

Nota:3,5/5.0

Mas o bicho pega fogo quando surgem os primeiros riffs de “Serpent of the Nile”, música que mantém a essência do Chaos Synopsis com riffs e bateria pesadíssimos, investindo muito mais no peso que na velocidade. “Fire on Babylon” puxa ainda mais para o lado Death Metal, com riffs típicos do estilo. E termina sua parte com um cover de “Damage Inc.” do celebre Master of Puppets, onde acrescentaram uma bela dose de peso em uma das músicas que já era das mais pesadas do Metallica. Chega até a ser engraçado, enquanto uma banda claramente critica de forma incisiva o Metallica, a outra presta uma justa homenagem com um cover a altura do original.

Nota:4,5/5.0

No final das contas, está mais que claro que este split é uma união de forças entre Polônia e Brasil. Mas se isso fosse uma disputa, não temeria dizer, mesmo soando “bairrista”, que o Brasil é o verdadeiro vencedor.

Nota:8,0

 

8 Faixas – 22:13

Tracklist:

1.Reflux – Terrordome
2. Polidics – Terrordome
3. Nothing Else Fuckers – Terrordome
4. The ‘Hood (Evildead cover) – Terrordome
5. Beerbong Party – Terrordome
6. Serpent of the Nile – Chaos Synopsis
7. Fire on Babylon – Chaos Synopsis
8. Damage Inc. (Metallica cover) – Chaos Synopsis

 

Resenha Mind Affliction – Into the Void (2016)

21 segunda-feira mar 2016

Posted by bacchus30 in Death Metal, Mind Affliction

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MIND AFFLICTION - Into The Void - cover

Mais uma novidade aparecendo, desta vez tratando-se da banda polonesa Mind Affliction, formada em 2009, cujo primeiro disco, “Pathetic Humanity” havia sido lançado em 2013.

E eis que, no inicio de 2016 o quarteto solta seu segundo álbum completo, de nome “Into the Void” (não, nada a ver com a celebre música do Black Sabbath”), onde mostram uma boa evolução, tanto na parte da composição quanto na técnica.

Composto por sete faixas, “Into the Void” é um disco pesado, um Death Metal com algumas pitadas mais modernas e técnicas que trazem um molho especial a mistura do Mind Affliction.

Como destaques podemos citar a poderosa “Lucid Void”, uma porrada na orelha com boas variações, mas pesada do inicio ao fim, a longa “Sundraft”, que engloba em seus mais de 8 minutos de duração todas as sonoridades e influências da banda, a mais cadenciada em seu inicio “Chaos Readings” e a rifferama empolgante de “Madness Utopia”, a música que melhor uniu os dois vocais da banda, Dariusz e Krzysztof.

Impossível negar a qualidade tanto das composições quanto dos músicos que compõem o Mind Affliction, porém é igualmente inegável que se trata de um material para os verdadeiros fãs do estilo, e não para aquele ouvinte casual. Mas se você for fã de bandas como Behemoth, Immolation e afins, vale a pena dar uma conferida

Nota: 7,5

Formação:

Dariusz Zabrzeсski – vocal/guitarra

Kamil Porкba – guitarra

Krzysztof Chomicki – vocal/baixo

Dawid Adamus – bateria

 

7 faixas -42:43

Tracklist:

  1. Lucid Void 05:58
  2. Enjoy the Violence 04:17
  3. Sundraft 08:32
  4. Chaos Readings 05:04
  5. Madness Utopia 05:34
  6. Abandoned 06:59
  7. Armin’s Hunger 06:19

Resenha Division Hell – Bleeding Hate (2015)

15 segunda-feira fev 2016

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Division Hell

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Vou começar essa resenha de forma diferente, justamente parabenizando a todos os envolvidos pela belíssima capa e toda a produção exemplar de “Bleeding Hate”, uma amostra de quão bom pode ser nosso material não apenas sonora, mas visualmente mesmo. Um caso de “amor” a primeira vista.

Mas obviamente que, se o som da banda paranaense não tivesse a mesma qualidade, esses detalhes não conseguiriam salvar o resultado final. E felizmente o quarteto curitibano sabe muito bem como vencer um jogo.

Uma breve introdução e a violência começa com “Army of the Dead”, um verdadeiro petardo Death Metal que não deixa pedra sobre pedra. Violência sonora que se mantém em “The Fable of Salvation”, com a tradicional letra Death e surpreendentes melodias surgindo no decorrer da música. “World Khaos” tem um inicio marcante e participação especial de Mano Mutilated nos vocais, mais um grande destaque de “Bleeding Hate”.

A faixa-título possui um peso absurdo, apesar de mais cadenciada, e um ótimo solo de guitarra que casou com o ritmo menos acelerado. Uma música nota 10. “The Last Words” trazem vocais mais variados, e parece um pouco com o que o Paradise Lost fazia em seus primeiros anos. “Holy Lies” tem alguns riffs e solos mais voltados para o Thrash Metal, apesar das letras não negarem o lado Death Metal do Division Hell.

A instrumental “Bleak” dá uma chance para o ouvinte respirar um pouco, já que investe mais na melodia, mas esse fôlego novo mal agüenta as últimas duas faixas do disco, “Waiting For the Exact Time”, típica faixa Death Metal, e que também conta com ótimos solos de guitarra e alguns riffs a la Cannibal Corpse, e “Crossing the Line”, que também investe mais no peso que na velocidade, tendo novamente alguns saudáveis elementos mais voltados para o Thrash Metal.

Talvez um pequeno senão de “Bleeding Hate” (para não dizer que é tudo perfeição), e é uma culpa que nem sequer pode ser atribuída a banda, visto ser um problema recorrente em bandas de Metal nacionais, é que o disco foi gravado entre 2012-2015, um longo período que não traz uma grande uniformidade as músicas, fazendo com que as mesmas funcionem mais de forma separadas que como um disco. Mas se esse for o ponto fraco de “Bleeding Hate”, fica a certeza que o resultado final é muito bom…

 

Nota: 8,5

Formação:

Ubour (Guitarra/Vocal)
Renato Rieche (Guitarra)
Hernan Borges (Baixo)
Eduardo Oliveira (Bateria)
9 Faixas – 40:34

Tracklist:

1 – Army Of The Dead
2 – The Fable Of Salvation
3 – World Khaos
4 – Bleeding Hate
5 – The Last Words
6 – Holy Lies
7 – Bleak (Instrumental)
8 – Waiting For The Exact Time
9 – Crossing The Line

Resenha Drenched in Blood – Hail to the Slaughter (2015)

31 domingo jan 2016

Posted by bacchus30 in Death Metal, Drenched in Blood, Thrash Metal

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É muito legal quando tu recebes um álbum de uma banda que não conhece e, consequentemente não espera nada da mesma, e ao escutar fica com aquela sensação de “Que Diabos É Isso? Como nunca havia ouvido falar dessa banda anteriormente?” Por que o trabalho da banda alemã Drenched in Blood neste seu segundo disco “Hail to the Slaughter”, é espetacular, parecendo se tratar de um lançamento de uma banda já estabilizada e reconhecida mundo afora.

Não há como fazer um destaque individual para os integrantes da banda, mas sim destacar o impecável trabalho de produção de “Hail to the Slaughter”, cuja sonoridade soa perfeita, colocando qualidade acima de uma pretensa sonoridade “old school” que alguns pregam como o correto.

E é só ouvir os primeiros acordes da faixa titulo para saber o que esperar: Um Thrash/Death Metal infernal, com vocais mais voltados para o segundo estilo. Pesado, mas sem esquecer a melodia que surge de forma interessante em algumas músicas, como em “My Destiny” (Pusta Música) e “Stand Alone”. Algumas faixas possuem até aquele quê do Doom/Death Metal surgido no final dos anos 80, inicio dos anos 90, mais nitidamente em “Friendly Fire” (essa um pesadelo sonoro), a arrastada “Brothers of Sleep” e a derradeira “Missing Link”. “War is the Only Answer” é sensacional, com riffs e bateria perfeita, impossível ficar impune a uma música dessas, que apesar do estilo, chega a ser daquelas que grudam na cabeça como se fosse uma simples música comercial. Já “Darkness Falls” tem uma introdução estranha de bateria, mas depois se revela outra peso-pesado do disco.

Vivemos uma época onde bandas pipocam mundo afora aos milhares, sendo impossível conhecermos ou ouvirmos todas elas, mas se você tiver um tempo vale a pena conhecer o Drenched in Blood. Provavelmente irá se surpreender, assim como eu…

 

Nota: 9,0

Formação:

Tommy – Vocal

Sebastian – Guitarra

Steffen – Guitarra

Gerard – Baixo

Robert- Bateria

 

8 Faixas – 40:54

Tracklist:

1 – Hail to the slaughter

2 – War is the only answer

3 – Darkness falls

4 – My destiny

5 – Friendly fire

6 – Brother of sleep

7 – Stand alone

8 – Missing link

 

 

Resenha Chaos Synopsis – Seasons of Red (2015)

20 quarta-feira jan 2016

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Chaos Synopsis, Death Metal, Thrash Metal

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Algum tempo atrás tive a oportunidade de resenhar o disco “Art of Killing” da banda Chaos Synopsis, constatando que tratava-se de uma banda muito acima da média, não somente no seu estilo. Agora, com seu novo álbum, “Seasons of Red”, a banda mostra que não foi um simples acidente de percurso tal qualidade. Chaos Synopsis não é mais o futuro do Metal nacional, mas sim o presente. Deixou a pecha de ser uma promessa para se tornar a realidade, e com toda a razão.

A qualidade sonora continua perfeita, o peso e violência que são vitais para o Thrash/ Death Metal, mas junto a isso a banda paulista acrescentou algumas melodias que deram um molho todo especial ao resultado final. Os mais puristas que não se assustem, pois o Chaos Synopsis não “amansou” seu estilo, mas sim o moldou de forma ainda mais coesa que anteriormente.

Tudo começa com “Burn Like Hell” com seu inicio acústico que chega a surpreender, mas que depois desencadeia uma brutalidade sonora absurda, não deixando pedra sobre pedra. Violência sonora que continua em “Gods Upon Mankind”, mal deixando espaço para respirar, já “The Scourge of God” mescla momentos mais cadenciados com outros extremamente velozes, mas tudo sem perder em momento algum o peso tradicional da banda, e possui uma levada diferente em sua metade que ficou bem interessante. Mas é com a faixa “Red Terror” que o bicho pega. Ali a banda mostra como fazer o verdadeiro Death Metal melódico, com seus riffs de guitarra que esbanjam bom gosto, mas com blast beats e vocais guturais que combinam perfeitamente. Talvez seja a minha preferida em “Seasons of Red”.

Só com estas quatro músicas o álbum já valeria a pena, mas ainda temos aqui as excelentes “Brave New Gold”, com seu andamento e riffs empolgantes, “State of Blood”, que começa bem Old School, mas que possui um andamento mais cadenciado em sua metade, e as duas faixas que fecham com chave de ouro “Seasons Of Red”, “Like a Thousand Suns” (veloz e brutal) e “Four Corners of the World”, que, em meio a riffs mais voltados para o Thrash, possui algumas melodias e solos de guitarras totalmente Heavy Rock, o que trouxe um brilho todo especial a faixa de encerramento.

Ao que tudo indica, os próximos anos serão de completa afirmação desta banda que mostra como se deve fazer um Metal de imensa qualidade. Só que os caras vão ter que se puxar para superar “Art of Killing” e agora esse grande disco “Seasons of Red”. Olha a responsa…

 

Nota: 9,0

Formação:

Jairo Vaz – Vocal, Baixo
Friggi – Bateria
JP – Guitarra
Luiz Ferrari – Guitarra

 

9 Faixas – 40:40

Tracklist:

1. Burn like Hell 05:29
2. Gods upon Mankind 04:51
3. The Scourge of God 04:55
4. Red Terror 02:59
5. Brave New Gold 05:19
6. Incident 228 03:25
7. State of Blood 05:26
8. Like a Thousand Suns 02:54
9. Four Corners of the World 05:22

 

Entrevista com a banda Chaos Synopsis (São Paulo)

12 terça-feira maio 2015

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Chaos Synopsis, Death Metal, Entrevista, Thrash Metal

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A banda paulista Chaos Synopsis lançou em 2013 um dos melhores discos de metal mais extremo do referido ano, uma compilação de assassinos seriais e peso absurdo. E a banda já prepara para os próximos dias o lançamento de seu novo álbum “Seasons of Red”, que promete manter o elevado nível já demonstrado anteriormente. Para falar sobre o passado e futuro da banda, realizei esta entrevista com o baixista/vocalista Jairo Vaz Neto. Confiram e preparem-se, pois “Seasons of Red” está para chegar…

 

 

Vicente – Inicialmente, qual a avaliação que fazem destes dez anos de trajetória da banda? Como foi o inicio de tudo e a razão da escolha do nome Chaos Synopsis?

Jairo Vaz Neto: foram 10 anos de muita diversão, muita estrada e muito rock, o que mais uma banda de rock precisa? Não acredito que tenha mudado muita coisa de lá pra cá, tirando a idade física dos integrantes, já que ainda somos moleques curtindo tudo que a estrada nos oferece. O nome Chaos Synopsis surgiu da ideia que seríamos a sinopse do caos, tudo que viesse de nossa música seria uma síntese de tudo envolto no caos, lírica e musicalmente falando.

Vicente – A banda lançou em 2013 o álbum “Art of Killing”. Como foi a gravação e composição do mesmo?

Jairo: no geral, cada um compõe seus riffs e mostra pros outros durante o ensaio e após essa parte vamos modelando a musicalidade para que faça parte do universo Chaos Synopsis, o que não foi diferente com “Art of Killing”. A gravação ocorreu no Oversonic Estúdios e o produtor Vagner Alba nos ajudou bastante a transformar nossas ideias no que veio a se tornar o álbum.

Vicente – E o retorno dos fãs e da mídia especializada, foi o esperado pela banda, ou superou as expectativas?

Jairo: esperávamos que a crítica e fãs gostassem do álbum, mas o resultado foi muito além do que esperávamos, ouvindo de vários fãs e revistas que aquele era um álbum excelente, alguns comentando sobre entrar em listas de melhores do ano, enfim, acredito que álbum elevou o nome Chaos Synopsis a um patamar não alcançado até aquele momento.

Vicente – O disco tem grandes momentos, como “Rostov Ripper” e “B.T.K (Bind, Torture, Kill)”, mas a melhor, na minha opinião, e a faixa que abre o disco, “Son of Light”, cujo refrão ficou genial cantado em português. Como foi a composição desta música em especial?

Jairo: normalmente nós fazemos as músicas e após prontas, escolhemos o tema e fazemos as letras, como “Art of Killing” trata de serial killers de várias partes do globo, tentamos inserir algo da língua nativa do país em questão, para uma ligação maior entre letra, música e também os fãs do país escolhido. “Son of Light” trata do assassino Febrônio, um brasileiro, então não teve como não fazer o refrão em português, era o que a música pedia e inclusive, o público inteiro aprovou e canta conosco esse refrão.

Vicente – Como surgiu a ideia de fazer cada letra/música “homenageando” um assassino serial? Isso mudou a forma da banda compor e gravar as músicas em “Art of Killing”?

Jairo: a primeira letra que escrevi para o álbum foi baseada no seriado de TV Dexter, que trata de um serial killer, a partir daí, em uma reunião resolvemos que seria legal tratarmos apenas deste tema no álbum, com isso eu e o JP escolhemos os assassinos que mais nos chamaram atenção e fomos dividindo as músicas, tentando encaixar da melhor maneira possível à música.

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Vicente – E logo os fãs da banda vão ser presenteados com o seu terceiro disco, chamado “Seasons of Red” certo? O que vocês têm a dizer sobre este novo petardo, quais as principais diferenças para os álbuns anteriores?

Jairo: “Seasons of Red” está até dia 09/05 em uma campanha de crowdfunding para seu lançamento, previsto para final de maio. “Seasons of Red” está sensacional, há alguns elementos novos, um pouco mais de harmonia e melodia e ao mesmo tempo mais brutal que o antecessor.

Vicente – Em 2009 vocês lançaram seu debut “KVLT OV DEMENTIA”. Após todo esse tempo como vocês veem o resultado do álbum, ficaram satisfeitos com o mesmo?

Jairo: acredito que todo álbum espelha o momento da banda e isso é único, imutável. Se fosse gravado hoje, com certeza teria suas mudanças, uma sonoridade diferente, porque somos caras diferentes hoje, mas ainda hoje ouvindo o álbum, fico satisfeito com tudo que conseguimos fazer com a pouca experiência que tínhamos, aquele álbum transborda uma fúria que me remete ao momento que vivíamos, de querer conquistar o mundo.

Vicente – A banda já teve a oportunidade de tocar na Europa em duas oportunidades. Como foi essa experiência para vocês? Quais as melhores e piores recordações destes shows?

Jairo: viajar é sempre sensacional, você aprende muito por estar em contato com culturas diferentes a cada dia, além do aprendizado musical e como equipe, por estar vivendo 24h todos os dias, sem descanso, junto aos companheiros da banda. Temos muitas lembranças maravilhosas, das pessoas, da diversão, da cerveja, dos shows, lembranças essas que apagam qualquer coisa ruim da memória. Vivemos o sonho de estar na estrada e vamos continuar vivendo esse sonho.

Vicente – Estando lá fora, quais foram as maiores diferenças que puderam perceber com relação ao nosso sempre complicado cenário musical?

Jairo: percebi que não existe diferença, as bandas locais são menos prestigiadas que as bandas de fora, simplesmente por serem de fora, por serem diferentes e oportunidade única pra eles de conferir. Tocamos em casas de shows grandes como temos aqui, tocamos em bares pequenos como também fazemos aqui, vendemos material em show mais do que as bandas locais como também acontece por aqui, a cena é assim no mundo inteiro.

Vicente – Além do novo álbum, quais são os planos do Chaos Synopsis para o ano de 2015?

Jairo: Vamos lançar o álbum e os primeiros shows já serão na Europa, com uma tour que deve passar por 08 países entre junho e julho e voltando para o Brasil já caímos na estrada aqui, pois lugar de rock é aí, na estrada.

Vicente – Em poucas palavras, o que pensa sobre as seguintes bandas:

Death: uma de minhas maiores influências;

Watain: não conheço praticamente nada, mas gostei do teatro de palco deles;

Suffocation: só existe uma palavra pra eles: brutalidade;

Morbid Angel: um molde de como o Death Metal tem que ser;

Sepultura: mestres do deathrash, pegada que não se encontra fora do Brasil.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da banda Chaos Synopsis e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam na música nacional.

Jairo: aguardem, pois nos encontraremos nos palcos esse ano e vamos todos nos divertir, rock ‘n’ roll não é mais que isso. Para aqueles que desejam participar da campanha de crowdfunding para o lançamento de “Seasons of Red”, entrem no link abaixo e confiram os vários pacotes disponíveis. http://www.kickante.com.br/campanhas/chaos-synopsis-pre-venda-seasons-red

Até mais.

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Resenha Chaos Synopsis – Art of Killing (2013)

03 terça-feira mar 2015

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Chaos Synopsis, Death Metal, Thrash Metal

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Muitas bandas resumem-se a tocar sempre a mesma coisa, da mesma forma que milhares de outras antes delas.  E são estas que corroboram com a grande máxima do meio Metal: “Bandas boas são as antigas, as novas são somente meras cópias das mesmas”. Ainda bem que alguns grupos derrubam essa afirmação, e ainda mais legal quando uma dessas bandas vem aqui do nosso Brasil varonil.

“Art of Killing”,  segundo álbum da banda paulista Chaos Synopsis, é realmente um dos discos mais legais que tive a oportunidade de conhecer nos últimos tempos, principalmente no segmento mais extremo do Metal. E isso fica nítido já na primeira faixa, a primorosa “Son of Light”, com sua bateria absurdamente pesada , riffs certeiros e um vocal transbordando ódio, tudo que a parte lírica da música exige. Não seria absurdo dizer que “Son of Light” já vale o disco, mas que essa música é o ponto alto do álbum não é nenhum exagero.

Mas a violência (não gratuita) continua nas demais faixas de “Art of Killing”. Como no começo mais cadenciado mas ainda com um peso indescritível de “Vampire Of Hannover”, onde os guitarristas JP e Marloni dão simplesmente um show de riffs. Show esse que continua em toda a audição do álbum.

“Rostov Ripper” foi a primeira música apresentada pela banda aos fãs, e continua mantendo o nível nas alturas. Já a essa altura a banda já ganhou a parada e o restante da audição em “Art of Killing” transcorre da melhor maneira possível. Ainda deve se destacar duas ótimas faixas, “BTK (Bind, Torture, Kill)” cujo solo de guitarra remete a bandas de Southern Rock, ou seja, na contramão do que se espera de uma banda de Death/Thrash Metal, e justamente por isso ficou muito legal, pois casou perfeitamente com a música em questão. E a faixa que encerra o disco, a instrumental “Art of Killing”, traz uma serie de variações, fugindo um pouco do padrão mais pesado do restante do álbum.

“Art of Killing” é daqueles discos para ser ouvido como antigamente, com o encarte na mão, acompanhando as letras, pois as mesmas envolvem o ouvinte de forma extraordinária, pois versam sobre a historia de assassinos em serie, a arte de matar. Tudo isso faz com que o disco tenha aquele algo a mais, que o diferencie e coloque no rol daqueles que se tornarão clássicos de um estilo e/ou época.

O Chaos Synopsis está prestes a lançar seu terceiro disco, mas já carregam o “peso” de manter o nível lá em cima, pois sem dúvida alguma “Art of Killing” os colocou um patamar acima na lista das grandes bandas extremas do Brasil…

 

Nota: 9,0

 

Tracklist:

  1. Son of Light 04:28
    2. Vampire of Hanover 03:49
    3. Rostov Ripper 04:17
    4. Bay Harbor Butcher 03:40
    5. Demon Midwife 02:50
    6. Red Spider 03:37
    7. Zodiac 03:17
    8. B.T.K. (Bind, Torture, Kill) 04:13
    9. Monster of the Andes 03:20
    10. Art of Killing 06:18

 

Jairo – Insane Propaganda and Heavy Strings
Friggi – Madbeats
JP – Guitars ov Dementia
Marloni – Guitars ov Insanity

Entrevista com a banda Headhunter DC (Bahia)

22 quinta-feira jan 2015

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Headhunter DC

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HDC MOA Promo 7 - Cópia

Após um pequeno recesso, estamos de volta ao “trabalho”, e nada melhor que retornar com uma matéria de uma das maiores bandas de Metal nacional.

O Headhunter DC já soma incríveis 26 anos de carreira, algo quase impossível em se tratando de uma banda de Death Metal, gênero que somente os fortes conseguem sobreviver e manter uma carreira de alto nível.

E, para falar sobre toda a carreira da banda baiana, realizei esta entrevista esclarecedora com o vocalista Sergio Baloff, que demonstra a verdadeira paixão pela música extrema.

 

 

Vicente – E já se foram mais de um quarto de século de uma batalha pela música que não tem fim, tempo em que a grande maioria das bandas ficaram pelo caminho. Qual o balanço que fazem da trajetória do Headhunter DC?

 

Sergio – A sensação é a do dever mais que cumprido mesmo (com o perdão do clichê), mas com a consciência de que ainda temos muito a fazer e conquistar, apesar dos vários anos de trajetória. São 26 anos de total dedicação, sacrifício, lealdade e paixão pelo Death Metal Underground, sem esquecer, é claro, muita diversão também, sem a qual também nada disso faria sentido. Fazemos parte da segunda geração do Death Metal, e creio que temos honrado da forma mais honesta possível esse gênero musical/ideológico e estilo de vida, não apenas com nossos lançamentos, mas também com nossa postura irrepreensível dentro da cena. Não temos nem nunca tivemos a obrigação ou obsessão de sermos famosos, de fazermos música para as grandes massas; aqui o ‘deathbanger’ vem antes do músico, então tudo flui de forma natural e, consequentemente, por muito mais tempo. Vivemos todos os altos e baixos possíveis da cena, vimos pessoas e bandas sumindo com a mesma velocidade com que surgiram, ouvimos discursos inflamados que mais tarde perceberíamos que se tratavam de pura fantasia adolescente; testemunhamos traições, máscaras caindo, mas sobrevivemos a tudo isso com a força e o poder que o Metal da Morte nos dá, difícil de se explicar através de breves palavras. Então o resultado é esse: mais de ¼ de século de morte total, sem jamais termos desistido ou virado wimps como tem sido comum entre as bandas de nossa geração.

 

Vicente – E o que esperam do futuro da banda, quais os planos imediatos para 2015?

 

Sergio – Como não podemos ter qualquer certeza sobre o futuro, encaramos o futuro como o aqui e o agora, então a ideia é mantermos-nos fortes o bastante para continuarmos nossa saga em prol do que gostamos, acreditamos e nos realizamos fazendo, sempre com a paixão, sinceridade e honestidade que nos são características. Para 2015, continuarmos tocando o máximo que pudermos e já termos um novo trabalho lançado, de preferência um novo full length..

 

Baloff by Sérgio Tullula 2014

 

Vicente – A Mutilation Records acabou de lançar um tributo para a banda. Como foi ficar sabendo desta ação e qual a participação da banda nesse processo?

 

Sergio – Estamos honrados pela iniciativa da Mutilation em nos prestar essa homenagem, assim como por todas as grandes versões executadas pelas bandas participantes. Eu coordenei todo o desenvolvimento do projeto, desde o convite às bandas, passando pela compilação das músicas, concepção da capa e layout. Estou muito satisfeito com seu resultado final. Mais do que um tributo a nós, trata-se de uma verdadeira congregação sônica em prol do Death Metal. Confiram e aguardem o volume 2!

 

Vicente – Conseguiam imaginar, lá no principio de tudo, um dia ter bandas se espelhando e tocando suas músicas como uma forma de homenagem?

 

Sergio – Obviamente que não, ainda que sempre tenhamos acreditado em nossa capacidade de desenvolver um trabalho de qualidade e identidade própria. Temos orgulho em termos, de uma forma ou de outra, contribuído com o desenvolvimento e manutenção do Death Metal mundo a fora, e apesar de nem sempre termos o reconhecimento por tudo o que temos feito dentro de nosso próprio país, uma homenagem como essa só nos dá ainda mais força e poder para continuamos honrando o Metal da Morte Underground como sempre fizemos. A propósito, um grande SALVE e um muito obrigado a todas as bandas envolvidas no projeto e à Mutilation Records pela iniciativa.

 

Lisboa PDR 2014

 

Vicente – E como surgiu a idéia de lançar o CD “Brazilian Deathkult Live Violence…”? Foi pensado mais como uma forma de homenagem aos fãs?

 

Sergio – A ideia surgiu desde quando percebemos que esse material estava sendo muito requisitado pelos fãs após o lançamento da versão em tape, a qual esgotou-se rapidamente por ter saído numa edição limitadíssima de apenas 100 cópias numeradas a mão, o que não deixa de ser uma homenagem a eles, que tanto o queriam novamente disponível. A Eternal Hatred Records está de parabéns pelo relançamento!

 

Vicente – Vocês lançaram em 2012 o disco “…In Unholy Mourning…”, que teve uma ótima recepção na mídia especializada. Como foi o processo de composição e gravação do álbum?

 

Sergio – O processo de composição fluiu, como sempre, muito naturalmente. Até a gravação do álbum foram vários ensaios até que tudo estivesse em conformidade com o que realmente queríamos, sem mencionar que esse seria o álbum de estreia do guitarrista George Lessa, então tínhamos que estar no melhor entrosamento possível com a nova line-up. Conseguimos através da gravação no Studio 60, sob engenharia de som de Jera Cravo, a ambiência, sonoridade e atmosfera que queríamos, o que nos deixou realmente satisfeitos com o resultado final do álbum.

 

Vicente – A banda teve um grande cuidado com os detalhes do álbum, como a capa e o encarte, que traz tanto as letras em inglês quanto em português, algo interessante visto que nem todos possuem um domínio completo da língua inglesa, fazendo assim com que todos compreendam o que a banda quer passar com suas músicas.

 

Sergio – Sim, tudo isso foi como um grande presente aos fãs por tudo que representam para nós e também para, ao menos, tentarmos compensar um pouco os longos 7 anos de espera pelo lançamento do álbum. Acho que no final a espera valeu a pena.

 

HDC IUM Promo 26 - Cópia

 

Vicente – Todo esse tempo de estrada já trouxe muitas histórias. Qual teria sido o melhor e o pior momento do Headhunter DC em um show?

 

Sergio – São muitas as histórias, cara, entre bons e maus momentos, o que não poderia ser diferente em se tratando de uma banda com quase 30 anos de existência. Quem sabe um dia não registramos tudo em um livro… Mas certamente entre os melhores momentos em nossa carreira está o nosso show com o Possessed em Recife, 2008, quando o pai do Death Metal, Mr. Jeff Benjamin Becerra, subiu ao palco durante o nosso show e convocou cerca de 1.200 bangers a gritarem o nosso nome, o quais obedeceram em uníssono. Fudidamente e eternamente memorável!!!

 

Vicente – Vocês fizeram alguns shows lá fora juntamente com o pessoal da Nervochaos, certo? Conte-nos um pouco sobre como foram as apresentações na Europa.

 

Sergio – O balanço da tour europeia em 2013 é altamente positivo, uma incrível experiência através de uma jornada deathmetálica através de 9 países, com 18 shows em 22 dias. Alguns shows foram realmente memoráveis, como o de Wermelskirchen e Wiesloch na Alemanha, Montaigu na França, Barroselas em Portugal e Warsaw na Polônia. Além disso foi realmente grande encontrar pessoalmente velhos irmãos do Underground, fazer novos contatos e beber boas cervejas pelo Velho Mundo. Esperamos retornar para um novo giro em 2016.

 

Vicente – Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, visto o longo tempo que a banda já tem de estrada? Acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

 

Sergio – Cara, eu acho que altos e baixos na cena sempre irão existir, quero dizer, algumas coisas evoluem, outras regridem; em alguns aspectos a quantidade se sobrepõe à qualidade e por aí vai… então acho que sempre existirão os dois lados da moeda na cena nacional. Cabe a nós que fazemos parte dela fazer o nosso papel para que a mesma sempre evolua de forma sadia, para bandas e para o público, e esse papel vem da consciência de cada um sobre o que é e o que não é Metal Underground. Infelizmente toda essa “virtualidade” da cena atual limitou um pouco essa consciência por parte das novas gerações, então cabe a elas se mirarem mais nos primórdios da cena, quando as emoções e atitudes eram mais reais, e tentarem trazer o verdadeiro espírito do UG de volta, sem utopias, é claro, mas com as raízes fincadas no passado e com os olhos sempre no futuro. Com base nisso, acho que esse quadro atual finalmente mudará um dia.

 

Vicente – Em poucas palavras, o que pensa sobre as seguintes bandas:

 

Exodus: Responsável pelo melhor disco de Thrash Metal da história, “Bonded By Blood”! Baloff lives!!!

Sepultura: Grandes pioneiros do Metal da Morte mundial junto com o Possessed, Hellhammer e Death. Apesar de gostar de algumas (poucas) músicas do “Beneath…” e “Arise”, o que vem após o Schizophrenia não me interessa…

Venom: A banda que abriu meus horizontes para o Metal Extremo. Se existe uma única banda verdadeira de Black Metal, essa é o Venom, o resto é o resto!

Krisiun: Criadores de um estilo copiado por muitos, mas sustentado por poucos. Merecedores de tudo o que conquistaram pelo foco que tiveram e continuam tendo pelos seus objetivos.

Sarcófago: Revolucionários do Metal Extremo no Brasil. Do “I.N.R.I.” para trás todos os seus materiais são supremos para mim. Odeio quando chamam o “I.N.R.I.” de Black Metal! Pqp!!!

 

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da banda Headhunter DC e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no metal nacional.

 

Sergio – O fim está próximo!!!!!!!!!!!!!!!! Haha !!! Bem, disso todos nós sabemos, então primeiro permita-me agradecer pela entrevista e pelo suporte para com o Headhunter D.C.. Headhunter Death Cult está há 27 anos ininterruptos nos mais obscuros caminhos do Underground, de modo que JAMAIS devemos ser confundidos com aquele tipo de bandas que costumavam tocar Death Metal somente quando o gênero costumava ser “cool”, quando era a tendência do momento e , em seguida, começaram a tocar música gay por anos para depois tentar um retorno às raízes clamando por nunca terem esquecido nem traído o Death Metal… fuck!!! Nós cruzamos 3 fudidas décadas sem nunca trair nossas raízes, então Metal da Morte significa muito mais para nós do que simplesmente música ou entretenimento… é o nosso estilo de vida… e de morte! Fodam-se os trendies !!!!!!!!! Todos vocês maníacos, entrem em contato para uma real aliança deathmetálica e contem sempre conosco no eterno caminho da morte total !!! vejo vocês na estrada do Death Metal! Proud to be Death… proud to be Metal !!!!!!!!!! ALL HAIL !!!!!!!!!!!!!! SIX SIX SIX !!!!!!!!!!!!!!!! \ m /

 

HDC LOGO 2012 PB

Entrevista com a banda Deus Otiosus (Dinamarca)

14 terça-feira jan 2014

Posted by bacchus30 in Death Metal, Deus Otiosus, Entrevista

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Deus Otiosus band 2013
 
Esta é para os fãs do Death Metal clássico, apesar de ainda ser uma banda relativamente recente. Os dinamarqueses do Deus Otiosus já lançaram dois discos e estão gravando seu terceiro, “Rise”. Para falar sobre isso e sobre a carreira da banda, conversei no final de 2013 com o guitarrista Henrik Engkjaer que fala também sobre suas influencias e bandas clássicas do gênero.  Vicente – Antes de tudo, conte-nos um pouco sobre a trajetória do Deus Otiosus, como foi o início da banda?

Henrik: “Anders (vocal) e eu começamos a banda como um projeto paralelo em 2005. As Coisas aconteceram lentamente no início e nos primeiros anos, só registramos uma Demo. Em 2009, formamos a banda completa e tudo tomou um outro ritmo. Nós já  gravamos 2 álbuns: “Murderer” em 2009 e “Godless” em 2012. Agora estamos nos preparando para gravar o nosso 3º álbum, “Rise”! ”

Vicente – E por que vocês escolheram este nome, certamente vocês já esperavam causar uma grande reação, certo?

Henrik: “Nós escolhemos o nome Deus Otiosus (Deus retirou-se do mundo), porque ele se adapta como um bom quadro para nossas letras e música: Todo o horror natural e não natural de um mundo não guiado por qualquer deus. Talvez o nome é muito difícil de soletrar e pronunciar para alguns, mas ainda gosto. Não é típico e tem personalidade, por isso se encaixa na banda.”

untitledVicente – Vocês lançaram no ano passado seu segundo álbum, “Godless”. Como foi a gravação deste álbum?

Henrik: “Nós gravamos o álbum aqui em Copenhague, na Dinamarca. 9 dias de gravação e mixagem no Earplug Studios, e um dia para a masterização. O próximo álbum será gravado em 12 dias no Starstruck Studio e Earplug Studios novamente. A gravação foi agradável e sem stress. Conhecíamos o material muito bem, e trilhamos um caminho natural, não uma máquina perfeita de expressão, de forma que  não ocorreu nenhum stress. ”

Vicente – E a reação dos fãs foi a que vocês esperavam?

Henrik: “Sim, muito legal as reações dos fãs e imprensa. Mas eu gostaria de ouvir ainda mais. Ouvir o que a música significa para as pessoas e como eles interpretam é sempre ótimo. Esperemos que com o nosso álbum seguinte consigamos chegar a mais pessoas! ”

Vicente – Deus Otiosus conseguiu ser ainda mais agressivo em “Godless”, com excelentes blast beats e riffs mais pesados. Esta foi a proposta desde o início da composição deste álbum?

Henrik: “Obrigado a você. Era o nosso objetivo fazer as músicas mais variadas e de dar a cada música um caráter mais forte e dinâmico. Então, sim, mais peso e mais agressividade em músicas diferentes. Provavelmente, você vai gostar de nosso próximo álbum ainda mais. Temos realmente trabalhado para tornar cada música diferente da outra. Algumas rápidas, outras agressivas, algumas pesadas ​​etc Cada música realmente tem o seu próprio personagem, na minha opinião. Nós não podemos esperar para gravar e deixar o mundo ouvir isso! ”

Vicente – Para você, qual é a maior diferença entre “Godless” para “Murderer”?

Henrik: “Muito mais trabalho foi colocado em “Godless”. Eu já era um compositor melhor, e tivemos tempo para fazer os arranjos como uma banda desde o início do processo. Portanto, há muito mais ideias e detalhes necessários. Mais uma vez você verá que um passo maior será dado com o próximo álbum “Rise”, muito mais trabalho colocado em cada canção. ”

Vicente – O som de Deus Otiosus é um ótimo Death Metal. Como você vê essa cena nos dias atuais? Brugbart 6

Henrik: “Eu acho que falta criatividade e boas composições em comparação com os dias clássicos. Boas bandas lá fora, são difíceis de encontrar, porque há um monte de coisas ruins que está recebendo, pelo menos, o mesmo nível de atenção. Vamos tentar resolver isso! ”

Vicente – Como é a cena na Dinamarca com relação ao Rock e Metal?

Henrik: “Não muito grande. Não há muito interesse no metal na Dinamarca. Eu acho que em quase todos os outros países da Europa é melhor. Mas é claro que existem revistas, locais, shows, bandas etc. Apenas não há muitas pessoas que querem ouvir metal …. ”

Vicente – O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Henrik: “Bem, eu conheço o webzine Whiplash. E, claro, eu conheço as bandas clássicas como Sepultura e Sarcófago. Também Mystifier e Krisiun. Não me lembro de outras bandas neste exato momento. Mas eu tenho a sensação de que há um bom cenário para o metal no Brasil, com um monte de fãs. Seria legal ir tocar ai algum dia! ”

Vicente – Em poucas palavras, o que você acha sobre essas bandas:

Exhumed: “Nós tocamos com eles em junho deste ano (2013). Sua música tem um certo charme e eles fazem um grande show ao vivo. ”

Morbid Angel: “Esta é uma das melhores bandas de todos os tempos. Músicas muito criativas e excelentes. Eu amo a maioria de seus álbuns. ”

Deicide: “Seu álbum de estréia é também um dos melhores discos de death metal de todos os tempos. Eu curto os 4 primeiros álbuns. ”

Pestilence: “Consuming Impulse” é também um dos melhores álbuns de Death Metal de todos os tempos! Depois disso, eu devo dizer que eu não tenho ouvido seus álbuns “.

King Diamond: “O que posso dizer? Este é o melhor e mais criativo músico de metal que já saiu da Dinamarca. Ele já lançou tantos discos ótimos e deu um grande espetáculo quando o vi neste verão “.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber muito mais sobre a música de Deus Otiosus

Henrik: “Obrigado pela conversa. Eu aprecio o seu interesse pela banda! Se você quiser acompanhar a banda, basta manter os olhos em nossa homepage www.deus-otiosus.com ou no facebook. Especialmente agora que vamos gravar o nosso 3º álbum “Rise”, em janeiro. Então nós vamos ter algo novo para vocês ouvirem.”

Deus Otiosus logo

Entrevista com a banda Zombie Cookbook (Santa Catarina)

03 sexta-feira jan 2014

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Zombie Cookbook

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Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Zombie Cookbook

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“Miolos”. Não sei exatamente o motivo de esta palavra ser a primeira a surgir em minha mente no momento da publicação desta entrevista com a banda Zombie Cookbook. Talvez ao ler as palavras aqui contidas e escutar o que Dr. Stinky (Vocal), Horace Bones (Guitarra), Guinea Pig (Guitarra), Hellsoudier (Baixo) e Dr. Freudstein (Bateria) demonstram no debut “Outside the Grave”, pode se ter uma verdadeira noção do que os zumbis são capazes quando resolvem fazer um Death Metal “podrão”. Confiram o que Dr. Stinky e Horace Bones tem a dizer e preparem-se, pois aqui encontrarão METAL E CARNE HUMANA FRESCA…

 

 

Vicente – Inicialmente, em resumo qual a avaliação que fazem da trajetória da banda até este momento? Como foi o inicio de tudo e a razão da escolha do nome Zombie Cookbook?

Dr Stinky – Cara… Então… Até agora está tudo caminhando muito bem… Apesar de algumas perdas de integrantes recentemente, estamos conseguindo repor o line-up com muita qualidade e em um rápido tempo, o mundo dos mortos tem contribuído demais conosco. O início é aquilo que foi retratado no nosso debut, morremos, ressuscitamos, e voltamos com muita fome de death metal, zumbis querendo fazer um grande banquete!

Vicente – A banda conseguiu uma grande repercussão de seu primeiro disco “Outside the Grave”. Como foi a gravação e composição do mesmo, em entrevistas anteriores falaram que foi um processo exaustivo para a banda, certo?

Horace Bones – Foi bem cansativo sim, gravamos os vocais umas 4 vezes pelo que eu me lembro. Nunca estava bom o suficiente pra nós, o que por um lado era bom. Como estávamos gravando em estúdio próprio pudemos contar com estas “regalias”.

zombiecookbook_promopic2Vicente – Mas foi um esforço que valeu a pena, visto as resenhas positivas que “Outside the Grave“ colecionou após seu lançamento.

Horace Bones – Com certeza… A resposta foi muito, mas MUITO além do que esperávamos… o que nos pegou até de surpresa em algumas resenhas (risos)

Vicente – O disco conta com grandes músicas como “I Drink your Blood”, “Feast Humans at Dusk”, entre outras, mas qual seria aquela que indicaria para quem ainda não conhece a banda, que resumiria o que realmente é o som do Zombie Cookbook?

Dr Stinky – Acho que cada uma tem sua particularidade, todos os membros da banda compuseram sons para o álbum. Eu destacaria duas que são muito importantes que são I Sell the Dead e V.O.D.U.N.

Vicente – Vocês fizeram um trabalho profissional e criativo no encarte do disco, e mesmo em toda a questão de divulgação da banda e do álbum. Esta é a proposta do Zombie Cookbook desde o principio?

Horace Bones – Com certeza… Este era pra ser nosso release… Aí não conseguimos viabilizar em tempo e resolvemos guardar a ideia para o encarte do nosso debut.

Vicente – Muita gente que não conhece pode achar que a banda está se valendo da “onda zumbi” para divulgar sua música, apesar da banda já existir mesmo antes de seriados de sucesso como “The Walking Dead”. Isso tem trazido, na sua opinião, uma exposição maior para o Zombie Cookbook?

Dr Stinky – Muito, TWD e os Zombie Walks ao redor do país tem contribuído muito para a disseminação da banda. Há inclusive alguns organizadores de Zombie Walk que nos procuraram para tocarmos e por aí vai… Espalhando terror e desgraça pelo Brasil.

Vicente – E falando nisso, qual seriam seus filmes/programas preferidos deste tema?zombiecookbook_promopic3

Horace Bones – Eu gosto muito dos clássicos. Night of the Living Dead, Dawn of the Dead, Fome Animal, e por aí vai.

Vicente – Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

Dr Stinky – Penso que sempre tem melhorado, muitas bandas vem ganhando destaque nacional e internacional, temos tido bastante shows e festivais com bandas grandes daqui e de fora do Brasil. A música num geral está numa fase de transição, há muito do que aprendermos ainda e temos que definir agora qual o rumo que ela irá tomar. As bandas hoje procuram lançar seus materiais de maneira independente, a vendagem de cds é mais baixa, há muita pirataria, então busca-se merchandising diferenciado, camisetas, bonés, canecas, posters, etc. etc. etc. o que acaba sustentando as bandas.

Vicente – E quais são os principais objetivos daqui para frente? Como está a agenda de shows?

Horace Bones – Nosso maior objetivo é gravar o segundo CD e tornar o mundo de vez num apocalipse zumbi!

Vicente – Em poucas palavras, o que pensa sobre as seguintes bandas:

 

Carcass:

Horace Bones – Grande influência pra quem gosta de Death Metal

Sextrash:

Dr Stinky – ARRRRGGHHHH

Napalm Death:

Dr Stinky – Embalos de sábado à noite!!

Autopsy:

Horace Bones – O pai de todos!

Cannibal Corpse:

Dr Stinky – Até o Tomb of the Mutilated (meu preferido) é uma puta banda! Depois pra mim perdeu um pouco do brilho.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da banda Zombie Cookbook e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Dr Stinky – Uma grande cusparada, podridão e pus pra todos vocês. Fiquem de olho na nossa fanpage (www.facebook.com/zcbofficial) e no nosso site (www.zombiecookbook.com.br) durante o ano que há muita coisa boa pra sair. Keep Cookin’ Death Metal!!!!

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Entrevista com a Banda Queiron (São Paulo)

22 segunda-feira abr 2013

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Queiron

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Demorou, mas finalmente o sucessor de “The Shepherd Of Tophet” surgiu, e atende pelo nome de “Sodomiticvn Per Conclave”, mais um capitulo na carreira da grande banda paulista Queiron.  E para falar sobre o processo de gravação e composição do novo disco, a temática do mesmo e demais aspectos relacionados a carreira da banda, conversei com o Vocalista/Guitarrista Marcelo Daemoniipest Grous, o Guitarrista Ricardo “Pestiferus” Grous e o Bateristas Oscar M. Vision, que concederam esta longa e interessante entrevista, onde podemos entender muito mais sobre a música do Queiron. O novo Baixista, Lauro Nightrealm completa a banda, uma grande pedida para os fãs do Brutal Death Metal…

 
Vicente – É até difícil comentar quase duas décadas a serviço do Metal em poucas linhas, mas como você vê a trajetória do Queiron até este momento?

MDG: Bem cara, são quase 20 anos de muita dedicação com a cena underground nacional. Durante esses anos todos, nós vimos a evolução das bandas, da própria cena, a chegada da internet, ajudando e atrapalhando ao mesmo tempo, enfim, fizemos e estamos fazendo nossa parte em prol do verdadeiro metal extremo. Começamos com um propósito de fazer musica extrema, gravar demos e possivelmente álbuns, e isso que temos feito por esses anos, mas a batalha é árdua dia a dia…

Oscar M .Vision – Pois é, estamos a quase duas décadas a serviço do metal extremo, e enfrentando todos os obstáculos para se manter uma banda, ainda mais num país que não existe apoio, mas desde o inicio sempre acreditamos que podíamos contribuir de alguma forma na cena e aqui estamos mantendo a chama do mais puro e brutalizante metal acesa e com a mesma gana de quando começamos.

Vicente – O Queiron está lançando este ano seu quarto disco de estúdio “Sodomiticvn Per Conclave”, cujo todo processo de gravação e composição consumiu quase um ano da banda. Conte-nos como foi esse processo?

MDG: Isso mesmo, o processo de gravação demorou um ano e meio, devido a vários fatores, mas o álbum em si, já vem sendo composto desde o lançamento do 3º disco “The Shepherd Of Tophet”. Nós realmente não paramos, ao mesmo tempo em que ensaiamos, já estamos compondo coisas novas, inclusive agora, já estamos preparando material novo para o álbum vindouro. Bom, o álbum foi gravado no Studio Piccoli em Campinas, e esse foi um dos motivos, pois tínhamos que viajar até lá para as sessões de gravações, e o estúdio era muito requisitado pelas bandas, e tínhamos que nos encaixar com esses contratempos. Mas foi massa pra caralho, foi bem produtivo e alcançamos um resultado bem satisfatório.

Oscar M. Vision – Exato, na verdade tomou-se um bom tempo desde o inicio das gravações até o lançamento do álbum, mas precisamente um ano e meio, mas acredito que, apesar de todos os percalços, o resultado final foi compensador e agora é trabalhar o máximo possível para promover, dentro das possibilidades.

Vicente – A temática do disco gira em torno do livro “O Crime dos Papas”. Como rolou todo o processo de composição e a ideia das letras de “Sodomiticvn Per Conclave”?

Ricardo “Pestiferus” Grous – Em entrevista nos meses finais de 2012 comentei sobre nosso novo álbum ‘Sodomitcvm Per Conclave’, que refere-se ao período durante a escolha de um novo Papa em que os Cardeais se trancam no Conclave e o mistério que permanece à centenas de anos sobre atividade desse isolamento coletivo. Estamos diante de algo histórico, a renúncia de um papa, fato que teve seu ultimo registro há quase seiscentos anos atrás. Atenho em fazer meus comentários como professor e a meu ver fica claro que a abdicação é de cunho político e de alguns assuntos controversos que ressurgiram durante o papado de Ratzinger, e que são tabu para a sociedade quase que totalmente e, principalmente, para aquelas mãos que governam por de trás das cortinas e que por tais motivos prefiro não comentar.

 Enfim talvez (com tom certeza), a grande hipocrisia a ser combatida é o ser humano e sua arrogância, o desejo desenfreado pelo poder e razão, seu caráter manipulador, de sua forma covarde e inveterada de remeter seus erros e suas justificativas a um estandarte ou ícone seja qual for. O ser humano é a GRANDE PRAGA!

MDG: Veio meio que naturalmente, pois vários atos bárbaros estavam acontecendo na época, como sacerdotes estuprando crianças, e a partir daí veio a nossa indignação maior contra a igreja…  Ficamos sabendo desse livro, e achamos fantástico, porque mostra toda a podridão em que os católicos estão envolvidos, e a partir disso começamos a escrever as letras meio que baseadas no livro, e em nossas próprias conclusões.

Oscar M.Vision – Foi um livro que despertou nosso interesse através de comentários que ouvimos a respeito e a partir dai acabou surgindo o interesse em adquirir o livro e trabalhar algumas idéias em cima deste, mas o álbum não é conceitual, apenas o livro serviu de fonte de inspiração para algumas letras.

Sodomiticvm Per Coclave cover art

Vicente – Como surgiu a ideia para a capa do mesmo, pois ela ficou muito legal, uma grande arte e sem dúvida impactante.

MDG: Eu tive a ideia, e a passei para o Rafael, que é um grande artista e ele absolveu perfeitamente a ideia, a transportando com maestria. O Conceito é basicamente que durante um conclave, a igreja prolifera os seus atos insanos, e encobrindo tudo com o perdão dos fiéis…

Oscar M.Vision – A idéia da capa surgiu por parte do Marcelo Daemoniipest Grous que repassou para o artista Rafael Tavares que desempenhou um excelente trabalho e desenvolveu uma arte que correspondia ao nosso propósito.

Vicente – Para vocês, qual a principal diferença de “Sodomiticvn Per Conclave” para o anterior “The Shepherd of Tophet”?

MDG: Na minha opinião há uma diferença na produção musical. Ela soa mais pesada e nítida. Musicalmente falando, nós fizemos um álbum um pouco mais cadenciado e diferenciado, usando alguns elementos pra deixar a temática bem visível. Mas se você ouvir o disco, vai saber que é o QUEIRON tocando, a pegada brutal é a mesma.

Oscar M.Vision – Na minha opinião, seriam o fator produção em estúdio e as músicas do novo álbum também demandam mais partes lentas / cadenciadas, mas mesmo assim é o QUEIRON de sempre, mas voltando ao inicio da questão, a produção deste álbum está mais nítida e definida em relação ao THE SHEPHERD OF TOPHET e mesmo assim não deixou de ser brutal.
Vicente – E os planos da banda para 2013?

MDG: Esperamos tocar em muitos lugares esse ano, inclusive estamos agendando uma mini turnê em junho no nordeste, e estamos abertos a contatos para shows. E claro, já estamos preparando um álbum novo, que deverá ser gravado em no máximo um ano, ao meu ver.

Oscar M.Vision – Espero poder tocar no máximo de lugares possíveis promovendo nosso novo opus e continuar na batalha compondo novo material e assim seguindo nossa saga death metálica.

Ricardo “Pestiferus” Grous : Queiron é uma banda que vive do esforço de cada membro, temos nossas famílias, nossos empregos. Dessa forma, os cinco anos se justificam pela nossa disponibilidade financeira.

Vicente – Queiron conseguiu firmar seu nome entre as principais bandas de Metal extremo no Brasil, porém quase cinco anos separaram a banda de seu último disco de estúdio. Qual a principal razão para este hiato?

MDG: Nesse meio tempo tivemos a perda do nosso ex-baxista Tiago Furlan. Ficamos meio ano ensaiando até acharmos o Lauro. E fora isso também, a gente mora em cidades diferentes, causando assim uma pequena lentidão nos ensaios e composições. Acredito que esse é o principal fator, mas nós sabemos administrar bem esse percalço, e levamos tudo da forma mais honrada possível.

Oscar M.Vision – Tivemos mudanças de formação e isso como em qualquer banda dificulta muito o andamento das coisas e acaba atrasando a continuação do trabalho,  e ainda temos uma geografia que dificulta um pouco porque moramos em cidades diferentes, mas mesmo assim tentamos administrar a situação da melhor forma, para que a banda não saia prejudicada e nem fique em segundo plano.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?200455_103365676413111_2272242_n

MDG: As influências da banda são muitas, mas temos como principal as bandas de death e Black desde os primórdios. Para mim, tudo que é verdadeiramente feito nos moldes do metal extremo e clássico, é influência. Posso citar muitas bandas, como AEON, CANNIBAL CORPSE, MORBID ANGEL, DEICIDE, SUFFOCATION, BELPHEGOR, BEHEMOTH, KRISIUN, VENOM, SLAYER, KREATOR, e por aí vai…

Vicente – Hoje em dia o Brasil é um ótimo roteiro para as bandas de fora tocarem, uma rota muito lucrativa, diga-se de passagem. Mas como vocês vêem o cenário no nosso país nesse momento para as bandas nacionais. Acreditam que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?

MDG: É legal essa rota que se tornou o Brasil, mas as bandas de abertura, que no caso somos nós, não temos muito espaço pra divulgar realmente nosso trabalho com decência. Geralmente as condições são péssimas. Mas eu acredito que o cenário underground mesmo tem melhorado bastante. Ainda estamos longe do ideal, mas estamos lutando por isso.

Oscar M.Vision – Não vejo melhora para isso no caso das bandas nacionais, na grande maioria dos casos somos prejudicados de alguma forma, tendo que se submeter a qualquer coisa,  não há o mínimo de respeito e condições, parece que estamos mendigando para poder mostrar nosso trabalho, mas quem sabe ainda estarei vivo para ver as coisas tomarem outro rumo.

Ricardo “Pestiferus” Grous – Vamos lá, a cena é ótima como você mesmo afirmou para quem “vive” o “mainstream”, para quem “desfruta” do underground, a situação é lamentável, muita gente brincado de promotor de eventos, amadores mesmo. Estamos por completar dezoito anos de vida, quatro cds lançados sem contar splits e demos, há uma certa pressão, temos visibilidade na cena, ou seja, tudo que nosso público espera é ouvir com fidelidade o que esta dentro do cd, e ai reside um problema, como fazer isso com equipamentos precários que mal funcionam? E devo confessar, nesses dezoitos anos, podemos contar em uma mão às vezes que recebemos algo bom… Em todo esse tempo somam-se, surpresas desagradáveis, prejuízos, calotes e não cumprimento do mínimo que pedimos pra executar nosso show.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

MDG:

Marduk: Uma lenda, afrontador.

Cannibal Corpse: Outra lenda, batalhadores nos seus ideais.

Obituary: Respeito como banda e não como pessoas.

Krisiun: A maior referencia brasileira no mundo, inovadores.

Burzum:na minha opinião, muita ideologia e pouca musicalidade.

 

Oscar M.Vision:

Marduk: Respeito total pelo Morgan em continuar esta máquina de guerra.

Cannibal Corpse: Absolutos e de maestria impar no que diz respeito a death metal.

Obituary:Tem grande importância na cena, mas para mim perdeu credibilidade a anos.

Krisiun: Originalidade em se fazer death metal, principalmente no quesito bateria , inovou os blast beats.

Burzum: Se fosse tão bom musicalmente como foi em polêmicas, seria a melhor banda de black metal do mundo.

 

Ricardo “Pestiferus” Grous:

Marduk: Afrontador

Cannibal Corpse: Bruto

Obituary: Clássico

Krisiun: Atualmente os melhores representantes do Death nacional.

Burzum: É interessante e cult, mas prefiro Darktrone e Bathory ou mesmo o Mayhem.

 

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Queiron e apostam no Metal nacional.

MDG: Gostaria de agradecer por essa fabulosa oportunidade, e dizer que aos apreciadores do metal extremo, que o QUEIRON está mais vivo do que nunca, batalhando arduamente pela cena metálica nacional, e que esperamos encontrar todos em nossos shows para dividirmos juntos nossa paixão pelo metal extremo da morte.. HAILZ EXTREME LEGIONZ 6.SIKK.6

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Entrevista com a Banda Pentacrostic (São Paulo)

25 segunda-feira fev 2013

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Doom Metal, Entrevista, Pentacrostic

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A história do Pentacrostic se confunde com a história do Doom/Death Metal nacional, pois fui uma das precursoras do estilo em nosso país. Um estilo que nem sempre tem o reconhecimento devido, ficando muitas vezes longe dos veículos de comunicação. Mas isso não interfere na paixão pelo gênero, nestes quase 25 anos de carreira da banda paulista. Nessa entrevista com o Baixista/Vocalista/Fundador Marcelo Sanctum ele faz uma retrospectiva completa da carreira da banda, sem “papas na língua”, o que fez desta conversa um grande apanhado de lembranças e já visualizando o futuro da banda. Confiram…

Vicente – Bom, para começar, qual a avaliação que você faz da trajetória da banda até este momento?

Marcelo Sanctum – Pentacrostic é uma banda que vem crescendo muito musicalmente desde o inicio de carreira, e muito respeitada no underground porque sempre tocamos o que realmente curtimos sem precisar impressionar ninguém .

Vicente – Tudo começou com a Demo “Welcome to the Suffering”. Conte-nos como foi esse inicio para a banda?

Marcelo Sanctum – Decidimos gravar essa demo em 1991 na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais), na época tínhamos muito contato com o pessoal das bandas de lá e foi ai que o falecido Oswaldo (vocal do SexTrash), nos deu total apoio para que a gente conseguisse realizar esse trabalho, não tínhamos nada na época e ele conseguiu nos acomodar em sua casa e pegou emprestado equipamento com o pessoal das bandas para a gente gravar, se não fosse ele não teríamos conseguido.  Foi um grande irmão, graças a ele o Pentacrostic conseguiu se destacar no underground, pois as coisas naquela época eram muito difíceis, e teve ate participação dele na demo, os gritos de agonia na intro foi ele quem fez.

Vicente – Daí surgiu o primeiro disco “The Pain Tears”. Como foi a experiência de gravar o primeiro álbum? Rolou tudo como esperavam?

Marcelo Sanctum – Após gravar essa demo as portas se abriram e a Hellion se interessou em lançar o primeiro trabalho em vinil ainda na época, e voltamos mais uma vez para BH para gravar, não tínhamos muito tempo de gravação em estúdio, pois foi a gravadora Hellion  que estava bancando tudo para nós, então corremos contra o tempo e fizemos o máximo que agente podia para assim poder lançar algo no Brasil que fosse uma revolução e no final deu tudo certo.

 

Vicente – Esse disco hoje em dia tem o status de clássico do gênero Doom/Death Metal. É um orgulho ser influência para as novas bandas do estilo que surgem hoje em dia no Brasil?

Marcelo Sanctum – Sim com certeza esse trabalho se tornou um clássico e claro que é um grande orgulho para a gente ver que muitas bandas foram influenciadas, já cheguei a ver muitos colocarem o nome de sua banda, zines, rádios etc usando os temas de nossas letras.

 

Vicente – Em 1996 vocês lançaram “De Profundis”, que consolidou de vez o nome da Pentacrostic no cenário nacional. Como foi a composição deste disco?

 Marcelo Sanctum – Foi um grande desafio compor esse álbum, na época acabei criando tudo sozinho porque a formação tinha mudado totalmente e como tínhamos contrato assinado com a Hellion, estava na hora de lançar algo novo e mais uma vez corremos contra o tempo, pois não dava mais para esperar e, como eu falei, foi tudo muito corrido, estávamos gravando e fazendo shows ao mesmo tempo, foi uma loucura, mas conseguimos superar.

 

Vicente – “Moments of the Afflictions” foi o terceiro disco. Qual seria a principal diferença dele para os discos anteriores?

Marcelo Sanctum – Acho que é um álbum mais trabalhado, onde tivemos mais tempo em estúdio para gravar, viajamos mais na gravação e a sonoridade dele é mais cadenciado .

 

Vicente – E por fim, em 2009 surgiu “The Meaning of Life”, um álbum que trouxe um som muito mais brutal, retornando com força as raízes Death Metal da banda. Foi um ato consciente o disco sair com essa sonoridade?

Marcelo Sanctum – Sim, foi um ato consciente. Queria lançar algo mais brutal, pois sempre estou pensando em fazer alguma coisa diferente, queria mais energia, mais desafio, e foi ai que criei mais uma vez tudo sozinho, infelizmente, pois a formação era outra também.

 

Vicente – E como foi a resposta dos fãs para “The Meaning of Life”?

Marcelo Sanctum – Foi ótima a resposta dos fãs, até mais do que eu esperava, tivemos muitos elogios e com esse álbum chamamos a atenção da gravadora HELLDPROD. da Holanda onde assinamos contrato e acabamos de gravar um EP com o titulo de “EMANATION FROM THE GRAVE”, que vai ser lançado somente lá fora, também foi lançado em 2010 pela Helldprod uma coletânea de 21 anos de carreira da banda contando toda a historia com o titulo de “THE PAIN YEARS”.

 

Vicente – E quais são os principais objetivos da banda para 2013?

Marcelo Sanctum – Queremos em 2013 fazer muitos shows e se preparar para um novo álbum também.

 

Vicente – Você acredita ser mais complicada uma exposição na mídia para quem toca Doom/Death Metal, em detrimento dos demais estilos?

Marcelo Sanctum – Acho que não tem espaço pra todo mundo, depende de cada um o limite que quer alcançar. Claro, se você monta uma banda e quer chegar a entrar na mídia, tem que batalhar muito e ter um pouco de sorte também.

 

Vicente – Como avalia o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?

Marcelo Sanctum – Hoje em dia tudo é mais fácil, qualquer um que monta uma banda consegue fazer uma turnê lá fora e aqui, vai de cada banda, pois quem batalha mais consegue mais. Porém tem que mostrar a diferença. Eu não vejo hoje em dia banda nenhuma se destacando como nos anos 80, que muitas bandas fizeram e ficaram para a historia, hoje em dia tudo é mais fácil, mas ninguém consegue fazer a diferença, infelizmente ta faltando isso.

 

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

 Paradise Lost: uma banda que já renegou o passado, não acho legal isso

My Dying Bride: muito foda o som no inicio e muito criativa, fez a diferença na época.

Morbid Angel: uma banda perfeita de Death Metal que fez e continua a fazer a historia.

Imago Mortis: uma banda que em nada me chama atenção e interesse de escutar o som.

Sarcófago: orgulho nacional, a maior banda do mundo. Ficou para a história do metal.

 

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da Pentacrostic e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Marcelo Sanctum – Quero agradecer pelo espaço e a todos do underground que sempre nos apoiaram, pois estamos sempre na ativa, e posso garantir que sempre seremos uma banda underground. Todos que assistirem a um show do Pentacrostic irão ver um show cada vez mais produzido que o anterior, que todos apreciam com prazer o real Death Metal brasileiro, curtam mais e prestigiem mais os shows das bandas nacionais, não deixem de ir num show de banda nacional, principalmente de bandas dos anos 80, pois aqui temos as melhores bandas que fizeram e fazem a historia do metal. Quem deixa de prestigiar as bandas nacionais está perdendo, e muito, vendo a vida passar numa tela e quando decidir ver pode ser tarde demais, pois essas bandas poderão não existir mais e você não terá uma história para contar.

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Entrevista com a Banda Darkest (São Paulo)

19 terça-feira fev 2013

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Darkest, Death Metal, Entrevista, Thrash Metal

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Darkest logo

Darkest é outro nome que todo fã do metal mais extremo, aquele meio termo entre o Thrash e o Death, deve guardar num lugar especial da mente, pois possuem um grande futuro pela frente, o que é facilmente perceptível no EP “Human Decay”. Com músicas fortes e uma técnica acima da média, este disco vem trazendo ótimos resultados para esta banda paulista, o que acarreta em uma grande expectativa para o lançamento de seu álbum, que talvez esteja pintando ainda este ano. Nessa entrevista com Danilo (Guitarra), Artur (Guitarra e Vocais) e Daniel (Bateria) eles falam um pouco mais sobre a carreira da banda. Ao final da matéria está o link para o vídeo da música “Endless Pain”, confiram…

 

Vicente – Mesmo com tão pouco tempo de vida (menos de três anos), como vocês vêem a trajetória da banda até este momento? Como foi o inicio da Darkest?

Danilo: Estamos muito satisfeitos com os progressos feitos pela banda. Eu sempre achei que o processo seria mais gradual e acredito que posso responder por todos da banda (risos). Quer dizer, a julgar pelo tempo que levamos a completar o line-up da banda – àqueles que não sabem, o Daniel só completou a equipe após um ano da fundação do Darkest – imaginava que a gravação do nosso material não aconteceria tão cedo. Enfim, estamos aproveitando o ritmo contínuo do desenvolvimento da banda para expandirmos nossa divulgação cada vez mais. Quanto ao início da banda, vou tentar ser mais direto que das outras vezes (risos). Começamos a banda propriamente dita – ou seja, compondo músicas – em 2010. Como disse, éramos apenas o Artur, o Maurício e eu. Ficamos, durante esse ano, compondo boa parte do nosso set e à procura de um baterista. Depois de tentar alguns bateristas, encontramos o Daniel – isso no primeiro trimestre de 2011. Daí em diante, trabalhamos na finalização das músicas que farão parte do nosso debut e que compõem o EP.

Vicente – Como surgiu a ideia de batizar a banda com este nome?

Artur: Esse nome surgiu por puro acaso. Ficamos meses procurando por um nome que ainda não tivesse sido usado e “Darkest” foi aquele que ninguém usou – ao menos não sozinho. O grande trunfo desse nome é de justamente nos deixar livres para fazer uma música sem rótulos, digamos assim. Além de dar o tom que aparecerá em nossas letras: algo obscuro, deveras depressivo e mórbido. É claro que tratamos de diversos assuntos, mas todos eles têm um viés trágico, afinal, isso é a História.

Vicente – Vocês lançaram seu primeiro EP “Human Decay” em Novembro de 2012. Como foi a gravação deste disco?

Daniel: Por ser a minha primeira gravação em estúdio por takes estava meio apreensivo, afinal nem cheguei a falar com os caras do estúdio, já cheguei montando os pratos e o pedal na bateria. A primeira foi a que fiquei mais nervoso, que foi a “Endless Pain”, mas as outras já foram mais tranquilas.

Artur: Foi um dos pontos altos para nós até então. Foram quatro dias de muito trabalho e muita criatividade, nos divertimos muito com o processo e não vemos a hora de voltar para o estúdio e gravar mais faixas (risos). Poder ouvir gravado algo que estava na cabeça foi realmente emocionante.

Danilo: A gravação é um momento de descobrir nossos maiores defeitos técnicos. Muitas coisas são superadas em ensaios e shows, detalhes mínimos que só fazem a diferença quando registrados com plena definição. Sem dúvida, foi muito importante para nosso desenvolvimento musical. Além disso, gravar é muito divertido e gratificante e nos permite analisar nosso material de forma crítica e panorâmica. Tudo ficou mais simples por ter sido um trabalho gravado sem a menor pressão. Levamos o tempo necessário para exprimirmos nossa música como acreditávamos ser correto.

Vicente – E a resposta do pessoal e da mídia especializada, mesmo ainda sendo um pouco recente, tem sido a esperada por vocês?

Danilo: Desde o começo da divulgação do EP, a resposta do público tem sido muito positiva. A resposta da mídia especializada começou a dar sinais após integrarmos o cast da Island Press, nossa assessoria de imprensa. Alguns blogs e sites já publicaram resenhas um tanto animadoras e interessantes sobre o “Human Decay”. Eu particularmente não havia sequer criado expectativas sobre essa resposta da mídia. Afinal, não havia referências de lançamentos anteriores, não havia uma projeção. Mas posso dizer que me surpreendo constantemente com esse retorno.
Daniel: Como o Danilo disse as repostas estão sendo muito motivadoras, estamos tendo uma divulgação ótima vendo que é uma coisa ainda nova, sem acontecimentos anteriores… Mas ainda assim queremos mais, afinal estamos sempre correndo atrás e, no meu caso, dedicando praticamente 100% do tempo, nem que seja pensando nas musicas composições, shows a marcar, feedbacks, etc…

Darkest - Human Decay 

Vicente – Um dos grandes destaques do EP é a música “Endless Pain”, que inclusive virou um vídeo muito legal. Conte-nos um pouco sobre a composição desta música em si e como foi a gravação do vídeo?

Artur: Primeiramente, muito obrigado. “Endless Pain” foi a primeira música que nós fizemos, antes mesmo do Daniel entrar na banda. Nossa ideia nessa música foi de criar algo fortemente influenciado pelo Thrash Metal dos anos 80, ou seja, uma música com muitos riffs e num andamento bem acelerado. “Endless Pain” possui um caráter niilista. Ela é um grito por ajuda, um grito de sofrimento. Ela reflete um período de incertezas e muitas angústias em minha vida.

Daniel: Aliás, todas as músicas do EP foram formuladas antes de eu entrar. Logo, quando entrei, era todo ensaio me passando as músicas e repassando as que já tinha feito a batera. Em relação à gravação do vídeo, foi uma gravação até que simples. Foram feitos um ou dois takes de cada um tocando a música inteira e após isso foi feita a edição que, pessoalmente, achei muito bacana.

Vicente – E essa música demonstra uma das grandes influências do som da Darkest, o Thrash Metal anos 80, que combinados com o Death Metal da década seguinte seriam as principais influências da banda, certo? Mas mesmo assim, o som soa atual e não datado, algo difícil de conseguir nos dias de hoje.

Artur: Certamente. Nossas influências básicas vem do Thrash Metal ‘old school’ e do Death Metal, principalmente do Death europeu, e podem ser percebidas nas quatro faixas desse EP. Acredito que essa combinação dê o caráter mais moderno para nosso som, muito embora não seja um som moderno de bandas dessa nova leva do Thrash Metal ou Metalcore. Como já disse, não queremos ficar presos a um determinado gênero ou subgênero do Metal, e acho que, por mesclar diversos elementos, acabamos por fazer um som que se assemelhe a diversas ‘escolas’ e mesmo assim não esteja inserido em nenhuma delas, sendo até difícil de rotular. Acho que isso faz uma música soar de seu tempo e ao mesmo tempo não soar datada.

Daniel: Como disse uma vez o Artur: “nosso som é moderno demais para sermos considerados uma banda pertencente a esse revival do Thrash Metal “Old School”, mas somos old school demais para sermos considerados como uma banda de Thrash Metal moderno”. (risos)

Vicente – E podemos esperar para este ano o lançamento do seu primeiro disco completo? Como anda a composição das músicas, poderiam adiantar alguma coisa?

 

Daniel: Bem, a intenção é de, se possível, fazer o debut ainda esse ano. Isso vai depender de como será a repercussão da banda. Em relação à composição, já temos 8 músicas prontas desde quando gravamos o EP, só não foram gravadas porque ficaria muito pesado o custo. Mas fora elas, estamos em processo de composição sim, e posso adiantar que está ficando incrível… Apesar de eu ser suspeito em classificar (risos).
Danilo: Na verdade, a maior parte do debut já foi finalizada e algumas músicas que farão parte dele já foram inclusive apresentadas em nossos shows. Apenas algumas estão em processo de finalização, mas já estão estruturadas. Posso garantir que o play será bem diversificado e revelará muitas de nossas influências.

Artur: Todas as dez músicas que farão parte de nosso debut estão prontas, sendo que a décima nem foi apresentada aos outros membros da banda ainda (risos), agora é uma questão de ensaiá-las e fazer os últimos acertos antes de entrarmos em estúdio. Estamos muito ansiosos para gravar nosso debut e lançá-lo o quanto antes. Ainda assim, estamos em busca de algum selo ou suporte para sua futura distribuição.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Artur: Tentarei ser breve, pois são muitas as bandas e artistas que me influenciaram (risos). Especificamente nesse EP acredito que bandas como Slayer, Megadeth, Kreator, Carcass, Morbid Angel, Sepultura e, acredite ou não, Helloween foram as que mais me influenciaram. Sinto que a cada entrevista citarei bandas diferentes (risos), mas é difícil escolher bandas ou artistas que me influenciaram, pois toda e qualquer banda que eu ouvi me modificou de alguma maneira, portanto, moldaram-me como músico e compositor. Uma pessoa nunca entra no mesmo rio duas vezes (risos).

Daniel: Tenho certa dificuldade em falar de influências, pois nunca penso em uma banda quando vou compor, apenas faço algo que me vem na cabeça na hora, que é graças a que vim ouvindo ao longo do tempo. Mas creio que em relação à técnica eu já vi muitas coisas do Aquiles Priester, Gene Hoglan, Dave Lombardo, Richard Christy e até de um batera de jazz brasileiro chamado Ramon Montagner e também do Chad Smith no seu jeito de tocar.

Danilo: Assim como o Daniel, não acho muito simples falar de influências (risos). Guitarristas que costumo citar são Matias Kupiainen (Stratovarius) e Kiko Loureiro; desta vez, falarei também dos meus ídolos da guitarra rítmica, embora alguns da lista mandem muito bem em solos (risos). Mille Petrozza (Kreator), Chuck Schuldiner (Death), Dave Mustaine e Michael Amott (Arch Enemy) são os exemplos para essa entrevista (risos). Quando se está aberto a diversas bandas, fica difícil tomar apenas um grupo seleto como referência. As influências variam conforme aquilo que ouço em determinado momento. 

Vicente – Como vocês vêem o cenário no nosso país nesse momento? Acreditam que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?

Daniel: Pelo meu ponto de vista, rock bares eram, são e sempre serão voltados para bandas cover, afinal é o que atrai publico que não conhece a banda. Então fica difícil de conseguir um lugar para tocar, sendo a alternativa buscar por festivais.

Artur: Bem, nesse assunto tenho uma opinião controversa que talvez nem valha a exposição. Direi apenas que o espaço continua reduzido, pois, como o Daniel disse, a maioria dos bares e casas de shows procura apenas por bandas cover, já que é isso que o público comum quer. Com o aumento dos shows internacionais em São Paulo, está ficando muito difícil para bandas autorais conseguirem shows. No quesito divulgação, a internet abriu muitas portas. O problema é que, com tantas informações disponíveis, as pessoas simplesmente ignoram o que é divulgado. Parece que podemos divulgar nossa música para o mundo todo, mas o mundo está ocupado demais olhando fotos de comida no Instagram.
Daniel: Ou da corrente do facebook com uma criancinha cheia de hematomas falando que vai ganhar 5 centavos por compartilhamento. (risos)
Danilo: Não estou querendo declarar guerra às bandas cover (risos), mas é exatamente isso que ocorre. As casas de shows em São Paulo estão mais interessadas nesse tipo de banda. Afinal, a casa visa lucros e precisa atender à demanda. Talvez a falta de interesse do público em buscar novas bandas nacionais consista também no número reduzido de bandas com uma proposta que não seja mera reprodução de grandes referências do metal. Há bandas interessantes aqui no Brasil, mas o ‘cenário’ é um tanto hostil para que estas se revelem.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Death:

Daniel: Nunca haverá banda igual

Artur: Certamente uma grande influência. A melhor banda do Death Metal americano
Danilo: Uma banda que simplesmente mudou meu jeito de ouvir metal.

 

Testament:

Artur: É uma das poucas bandas realmente relevantes dentro do Thrash Metal. O trabalho de guitarras deles serve de inspiração para qualquer guitarrista do gênero.
Danilo: Alex Skolnick e Eric Peterson formam uma das maiores duplas de guitarras do metal de todos os tempos. O equilíbrio entre o shred e riffs matadores.

 

Sepultura:

Artur: O que dizer da maior banda brasileira de todos os tempos? “Arise” continua sendo um dos melhores álbuns de Thrash Metal que ouvi na vida.
Danilo: Em relação ao Sepultura, sou um daqueles fãs que apenas volta os olhares ao passado da banda. Com certeza “Arise” é o álbum que mais impõe respeito ao mundo entre todos já feitos por bandas brasileiras.

 

Kreator:

Daniel: Um dos melhores lançamentos de 2012.

Artur: Minha banda preferida de Thrash Metal. Poderia ficar horas falando nessa máquina que é o Kreator, mas direi apenas o seguinte: não há um álbum dessa banda que não seja bom.
Danilo: Cada música dessa banda é uma lição. Conseguir o jeito único de compor que se nota no Kreator é trabalho de uma vida inteira (risos)

 

Metallica:

Daniel: Teve sua época (risos)

Artur: Estamos reatando o compromisso (risos). Acredito que eles fizeram excelentes álbuns nos anos oitenta, mas hoje parece ter se tornado irrelevante.
Danilo: O Artur e o Daniel sintetizaram o que penso sobre o Metallica. Sem mais (risos).

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da Darkest e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Artur: Em nome do Darkest, gostaria de agradecer pela entrevista e pelo apoio de todos nossos amigos e familiares. Agradeço em especial o Rômel da Island Press, que tem feito um ótimo trabalho para a divulgação da banda. Não posso deixar de mencionar nossos fãs, ou aqueles que conheceram a banda única e exclusivamente por nosso som; pessoas que nunca conheceríamos se não fosse por meio de nossa música. Muito obrigado.

Endless Pain: http://www.youtube.com/watch?v=sm6O9Vv3Yx8

Entrevista com a Banda Falling in Disgrace (Pernambuco)

05 quarta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Falling in Disgrace

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Essa banda pernambucana formada por Marcio Paraíso (Guitarra), Nilson Marques (Vocal e Baixo) e Hugo Veikon (Bateria), soltou este ano seu primeiro álbum “At the Gates of the Death”, que vem colecionando criticas positivas, demonstrando que, mesmo independente, quando a paixão pelo estilo apresentado e a capacidade de compor boas canções unem-se, o futuro pode ser muito promissor. Nesta entrevista com Marcio, ele fala sobre o disco, a carreira da banda e suas influências. Para quem gosta de Death Metal com algumas influências de Thrash, o Falling in Disgrace é uma grande pedida…

 

Vicente –  Inicialmente, Fale um pouco sobre a trajetória, ainda que recente, do Falling in Disgrace.

Falling in Disgrace: A banda surgiu no final do 2008, quando eu, Márcio Paraíso, após quase 4 anos sem tocar em banda (antes eu tocava em uma banda de Brutal Death Metal chamada Abyss of Darkness, tínhamos lançado um CD pela Philosofic Art Rec, mas veio que a banda acabou e eu parei) recrutei o vocalista Nilson Marques e um amigo nosso, Krakum, para elaborar algumas músicas conosco, porém para a bateria convidei o ex baterista da Abyss of Darkness. Em 2010 lançamos o EP Never Die Alone, totalmente independente e também totalmente disponível pra download. Afinal precisamos nos lançar no mercado de alguma forma. No decorrer de divulgação deste material tocamos com algumas bandas como: Firetomb – Andralls – Horror Face – Perpétuo Insigne – Cangaço… dentre outras, nessa época contávamos com um baixista de apoio, porque não tínhamos um músico fixo para essa função, porque apesar de Nilson, vocalista, saber tocar, ele preferia apenas cantar para poder agitar mais. No começo de 2012 lançamos nosso Full Length, “At the Gates of the Death” também totalmente independente e agora apenas como um power trio, porque estávamos quebrando muito a cabeça para conseguir um baixista fixo. O “At the Gates of the Death” nos levou mais longe que o anterior. Tocamos em palcos maiores com bandas, como: Unearthly – Nervochaos – Gorgoroth – Keep of Kalessin – Morcegos… enfim. E aqui estamos nós correndo atrás de novas conquistas.

CAPA-2012Vicente –  Vocês lançaram este ano seu debut, “At the Gates of the Death”. Como foi a gravação do mesmo e o processo de composição das músicas.

Falling in Disgrace: Nós elaboramos as músicas em 2011, com todo tempo e paciência do mundo, tanto das partes instrumentais como das partes líricas foram feitas com o intuito de transmitir o que víamos sobre a forma que raça humana se comporta. E obvio que nosso instrumental teria que passar isso, por isso o feeling nervoso.

Nossa gravação foi realizada com o produtor musical Jr. Araújo, que hoje trabalha no Afina Studio, ele nos apóia desde nosso EP. Foi uma pena minha Guitarra ter que passar por conserto na época de gravação, pensamos em adiar a gravação, mas resolvemos continuar com uma equipamento emprestado mesmo. Poderia ter ficado melhor, mas quem sabe no próximo fica realmente do jeito que queremos.

Vicente –  E o retorno do pessoal, tem sido o que vocês imaginavam?

Falling in Disgrace: Até onde avaliamos tem sido bastante positivo. As revistas especializadas fizeram algumas resenhas, algumas tocaram no ponto de gravação, que como já te falamos não saiu o que era realmente pra sair devido ao equipamento. Alguns sites foram mais pelo lado do “feeling” da música e não pela qualidade de gravação, enfim… Tudo isso também vai ajudando-nos a melhorar cada vez mais. Somos gratos a todos esses. Chegamos até a um dos melhores lançamentos independentes de 2012. Sempre vai ter alguém que não vai gostar de alguma coisa, mas é isso, cada um com seu gosto.

Vicente –  Para quem não conhece a banda, qual música do disco indicaria, aquela que acredita sintetizarMARCIO perfeitamente o som do Falling in Disgrace?

Falling in Disgrace: Acho que a banda toda vota na música “Sociedade em Alerta”, por ela ter uma pegada mais nervosa, ser em português, tem passagens Thrash / Death / Heavy. É o que costumamos chamar de Rock de Caveira com Fogo (risos). Essa música tem no Listen do nosso Site está ai o link [aqui] bem como outras músicas, mas se temos que escolher apenas uma, seria esta. Inclusive estamos vendo a possibilidade de gravar um clipe da mesma.

Vicente –  Vocês gravaram uma surpreendente versão para Twist Cain do Danzig. De quem foi a ideia de incluir essa música no disco e como rolou a gravação da mesma?

Falling in Disgrace: A ideia dessa música foi sugestão de Krakum, que sempre nos dá um palpite em alguma coisa, na ocasião ele falou sobre essa música e curtimos na hora, pois todos ouvimos o Danzig, na hora que chegamos no estúdio pra ensaiar a música ela saiu logo, até porque cada um estudava a música em seu tempo livre. No decorrer da segunda tocada da música, em estúdio, ela já veio com um “up”, Nilson mudou a voz para o que ele está habituado a fazer, dai Hugo, baterista, já incorporou pegadas de double bass, uns blast beat, quando chegamos no final observamos que na verdade não era um cover e sim uma versão, que na verdade achamos melhor fazer versão do que cover. Também gravamos outra versão, que só saiu em uma edição limitada. Foi, além do Danzig, uma música da banda Obituary.

Vicente –  O som do Falling in Disgrace é o clássico Death Metal old school. Quais são as bandas atuais do estilo, tanto no Brasil como no exterior, que tem chamado a atenção de vocês?

Falling in Disgrace: Putz, acho que cada um na banda tem um gosto particular. Evidente que existe alguma banda que todos ouvem, tipo: CLAUSTROFOBIA – ANDRALLS – KRISIUN – KORZUS – BY WAR – DESTRUCTION – RITUAL CARNAGE – OBITUARY – MORBID ANGEL. Um ou outro ouve algo mais Thrash Metal – outro algo mais Death Metal – e outro mais Black Metal. Mais todos ouvimos todas as vertentes do verdadeiro Heavy Metal.

NILSON-SETVicente –  A banda tem uma preocupação muito legal em fazer um trabalho altamente profissional, tanto na música como na parte promocional, site, etc… Essa sempre foi à intenção de vocês, ser o mais profissional possível, dentro das possibilidades?

Falling in Disgrace: Bem, desde que formei a Falling in Disgrace tive essa forma de pensar: Profissionalismo até onde nosso dinheiro puder pagar. Como passamos por outras bandas tudo isso serviu de experiência e não vamos vacilar mais. Se quisermos ser visto como profissionais devemos levar nosso trabalho com total profissionalismo. Isso serve também pra alguns produtores. Nem toda banda é igual, tem banda que leva a parada a sério e outras que estão para brincadeira, a gente leva a coisa a sério mesmo.

Vicente –  Qual a avaliação que vocês fazem da cena metálica nacional dos dias atuais. Como está a agenda de shows da banda?

Falling in Disgrace: Sobre a cena do Metal nacional avaliamos que realmente melhorou muito. O público passou a valorizar mais as bandas, as bandas passaram a fazer materiais independentes com qualidade e não ficar só esperando alguma gravadora descobrir a banda, até porque nos dias de hoje o mercado fonográfico passa por um momento difícil, apesar dos  Metal Heads ainda comparecerem na compra de materiais, a gente mesmo consegue vender CDs e Camisas, não só nos eventos que tocamos como também via correios. Sobre agenda de shows da divulgação do “At the Gates of the Death” nem sempre é fácil, afinal são muitas bandas, pra você ter ideia a gente não conseguiu tocar no Recife neste ano de 2012 e olhe que é nossa cidade. Tocamos bem perto, que foi em Olinda, no Setembro Negro ao lado das bandas Gorgoroth – Keep of Kalessin – Demonized Legion, mas no Recife mesmo, nada. Então agora tivemos de dar uma parada de pelo menos 3 meses por motivos particulares de nosso baterista.

Vicente –  Quais são as suas maiores influências?HUGO

Falling in Disgrace: Em questão de influências podemos dizer que o Thrash Metal e Death Metal tanto old school como atual são nossas bases. Mas se for pra citar bandas, podemos dizer: CLAUSTROFOBIA – TORTURE SQUAD – CORPSE GRINDER – DESTRUCTION – RITUAL CARNAGE – BENEDICTION… dentre outras

Vicente –  Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Deicide: Não ouvimos os últimos álbuns da banda, gostamos mais dos materiais antigos. Da época do irmãos Hoffman. Eles têm umas bases pesadas, solos verdadeiramente Death Metal.

Slayer: Putz! Slayer é a base para qualquer um que se arrisque a fazer Thrash Metal. Kerry King é o rei das bases. A banda sempre teve o melhor line-up do Thrash Mundial, em nossa opinião.

Morbid Angel: Os pais do peso.

Cannibal Corpse: Brutalidade e também inspiração tanto das melodias como nas líricas.

Sarcófago: Não acompanhamos muito a história completa da banda, mas podemos dizer que o álbum The Laws of Scourge é essencial pra quem cultua o Metal Nacional.

Vicente –  Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Falling in Disgrace e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Falling in Disgrace: Bem, somos gratos aos amigos e costumamos dizer que a banda é além daquilo que está no palco e nessa situação os amigos são sem dúvida um braço da banda. Aos que passaram a admirar a banda, curtir nosso som, foram a shows por estarmos no cast um PUTA ABRAÇO em vocês, realmente não esperávamos agradar tanto. Devemos agradecer também aos nossos apoios: Anaites Records – Heavy Metal Brasil – Som Extremo. Bem, pra quem não conhece nosso som é isso ai: somos uma banda que aposta num Thrash / Death com letras sobre o comportamento Humano. Encaramos nosso trabalho com total profissionalismo. Pra ver algo mais. Vejam nosso site que lá tem tudo que fazemos: http://fallingindisgrace.com

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Entrevista com a banda Weapon (Canadá)

09 sexta-feira nov 2012

Posted by bacchus30 in black Metal, Death Metal, Entrevista, Weapon

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O Weapon vem despontando como uma das boas revelações do Metal canadense, fazendo um ótimo Death/Black Metal, dois estilos que possuem suas similaridades, ao mesmo tempo que são completamente distintos. A banda lançou este ano seu terceiro disco “Embers and Revelations”, pela Relapse Records, o que irá trazer ainda mais notoriedade para o Weapon. Nesta conversa Vetis Monarch, vocalista, guitarrista e fundador da banda, fala um pouco mais sobre a carreira e inclusive conta ser um admirador do metal extremo brasileiro. 

Vicente – Conte-nos um pouco sobre os quase dez anos do Weapon

Março de 2013 vai marcar os 10 anos da banda. Temos feito tudo em nossos próprios termos, sem nunca comprometer um pingo de nossa ideologia, idéias criativas e metas. Agora estamos em pé de guerra para a dominação global e é o culminar de um trabalho árduo, perseverante e sem aceitar um não como resposta.

Vicente – Vocês lançaram este ano o seu terceiro disco, “Embers and Revelations”. Como foi a gravação deste álbum?

A gravação é sempre um momento estressante / agradável para nós. Desta vez tivemos um produtor de verdade (Terry Paholek) trabalhando com a gente, por isso foi ainda mais estressante, porque o homem é um perfeccionista. Não que nós não somos, mas a sua abordagem a aspectos musicais e técnicas de estúdio está em um nível diferente de profissionalismo.

Vicente – E a reação dos fãs foi que vocês esperavam?

Pelo fato desse álbum estar sendo lançado pela Relapse Records, ele irá expor-nos a muito mais pessoas e ganharemos um público muito maior. Ao mesmo tempo, eu sei que os idealistas vão nos chamar de “vendidos” porque nós assinamos com uma grande gravadora, mas não dou a mínima. Nós fazemos o que fazemos. As pessoas que são genuinamente Death/Black Metal não irá se decepcionar.

Vicente – Para você, qual é a principal diferença entre “Embers and Revelations” para os primeiros álbuns do Weapon?

Temos muito mais agressão, as composições estão mais maduras e dinâmicas em nossas novas músicas. Weapon é muito mais uma banda multidimensional neste ponto, e neste caminho que devemos continuar.

Vicente – Conte-nos um pouco sobre as letras neste álbum, qual é a mensagem que a banda quis passar para seus fãs? 

Desde o início, o ocultismo e o satanismo tem ditado o conteúdo lírico e até hoje assim isso permanece. Nós não estamos aqui para pregar às pessoas, mas para apontar quem vai “ouvir” a direção correta. As palavras são inúteis se as ações não as seguem.

Vicente – Além disso, vocês lançaram “Drakonian Paradigm” e “From the Devil’s Tomb”. Conte-nos um pouco sobre cada um deles.

“Drakonian Paradigm” é o nosso álbum de estréia, místico, sinistro e muito pessoal. O álbum, infelizmente, sofreu com uma produção pobre e um baixista incompetente, mas no geral é excelente.

Em nosso segundo álbum, “From the Devil’s Tomb”, que trouxemos a violência e brutalidade a um novo nível, um álbum implacável e sombrio que não é fácil de digerir, mas gratificante cada vez que escutado. Este é o álbum que nos colocou no mapa, por assim dizer.

Vicente – O som do Weapon é um forte Death / Black Metal. Como você vê essa cena nos dias atuais?

Existem algumas bandas fenomenais no Black e Death Metal hoje em dia, mas poucas bandas mesclam os dois estilos de forma satisfatória. Black Metal é Satã e Death Metal é a morte e decadência.

Vicente – Como é a cena no Canadá com relação ao Rock e Metal?

A Cena Metal está bem. Temos bandas como Mitochondrion, Antdeiluvian e Chthe’ilist, todas muito relevantes. Eu não escuto rock moderno, então não posso falar sobre isso.

Vicente – O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Uma das minhas bandas favoritas de Black Metal de todos os tempos, Mystifier, vem do Brasil. Também tem as essenciais, como Sarcofago, Impurity, Krisiun, Holocausto, Goatpenis e muitas outras.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Deicide: Os primeiros álbuns são essenciais. Especialmente Legion!

Morbid Angel: Uma banda que não poderia fazer nada de errado no meu livro, até sua recente produção de lixo em 2011. Talvez a minha banda favorita de Death Metal.

Immortal: Holocausto puro. Isso é tudo.

Voivod: A fundação canadense do Speed / Thrash. Os álbuns posteriores não chegaram a me chamar à atenção, mas eu ainda os respeito muito.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou gostariam de saber muito mais sobre a música do Weapon.

O Weapon tem uma apreciação muito forte pelo Metal brasileiro e os apoiadores do black/Death Metal que vêm do Brasil. Esperamos fazer uma turnê muito em breve e mostrar nossa violência satânica em um ambiente ao vivo!

 

Entrevista com a Banda Antidemon (São Paulo)

02 sexta-feira nov 2012

Posted by bacchus30 in Antidemon, Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Grindcore

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Apesar de ainda sofrer um pouco com o preconceito, a verdade é que há cada vez mais bandas fazendo um som extremo, mas com ideologia cristã. Como é o caso da, podemos assim afirmar, veterana Antidemon, com seus quase 20 anos de existência, talvez um dos grandes exemplos disso. Colhendo os frutos de uma carreira onde a música e a integridade sempre foram colocadas acima de tudo, a banda lançou este ano seu quarto disco, e vem realizando shows no exterior e colecionando ótimas criticas lá fora, demonstrando que, quando a banda tem, e acredita na sua qualidade, e batalha pelos seus ideais, pode colher os resultados que anseia. Confiram o que Batista, vocalista e baixista da Antidemon têm a dizer sobre a carreira da banda…

 

Vicente – Antes de tudo, vocês estão preparando-se para iniciar uma nova turnê mundial, correto?

Batista – Sim. Com o lançamento de nosso quarto álbum se inicia uma nova turnê mundial! Com o outro disco tocamos em 04 continentes e 28 países. Queremos superar isso com esse novo trabalho. Em Outubro fazemos uma pequena turnê pela Bolívia onde tocamos pela quarta vez nesse país e visitaremos cidades como La Paz, Cochabamba, Sucre e a uma cidade muita alta chamada “Oruro”… Já estou com falta de ar… 4.060 de altitude ao nível do mar e muito frio… Da ultima vez, em 2009, foram 15 graus negativos.

Vicente – E já se vão quase 20 anos de carreira, um longo tempo, ainda mais se formos ver as dificuldades que as bandas nacionais enfrentam durante toda sua existência. Qual o balanço que fazem da carreira, e quais os próximos objetivos do Antidemon?

Batista – Realmente não é fácil se manter na ativa por todo esse tempo, pois as dificuldades e oposições aparecem diariamente, porém se o objetivo da banda é maior que tudo isso, nada pode parar o trampo. Pois respiramos e vivemos isso 24 horas por dia, sem exagero algum, e nem se quisermos conseguimos parar. Nessas quase duas décadas são incontáveis as conquistas. Obviamente o que mais aparece para todos é o numero de discos lançados, shows importantes, etc. Mas para mim é muito marcante a amizade estabelecida com pessoas do mundo todo por onde passamos. Isso é algo que vale muito em um balanço de tudo o que aconteceu, pois isso não tem preço. Pessoas que nos ajudaram e outras que pudemos ajudar com nosso som, nossa mensagem de esperança e fé. Culturas diferentes e idiomas impossíveis foram vencidos através do metal, onde independente da cultura ou do idioma tudo se entende a cada riff de guitarra e cada blast de bateria. Para o futuro queremos continuar acreditando nesse trabalho e continuar cruzando fronteiras. Em 2013 queremos fazer nossa primeira turnê pelos Estados Unidos e a quinta turnê pela Europa e tocar em países que ainda não tocamos, como a Grécia (Casa do Rotting Christ) e a Macedônia, Bulgária, Romênia, Hungria e outros vizinhos desse leste europeu onde a cena é maravilhosa e obviamente voltar aos muitos que já visitamos e temos muito apoio. Também temos convites para estar na Austrália e Nova Zelândia em 2014 e isso realmente será muito bom. 

Vicente – Vocês acabam de lançar seu quarto disco completo de estúdio, “Apocalypsenow”. Como foi a gravação desse álbum?

Batista – Esse quarto disco foi uma surpresa para nós! Estávamos compondo novas músicas em meio aos muitos compromissos de shows e recebemos o convite de Steve Rowe da lendária banda Mortification, para fazer parte do time de sua gravadora “Rowe Productions” da Austrália. Foi realmente incrível isso que aconteceu, pois ele valorizou muito o nosso trabalho e nos deu condições de procurar fazer uma boa gravação. O estúdio escolhido foi o “DaTribo” com o renomado produtor  “Luiz Ricardo Ciero” que também produzira bandas como Krisiun, Ratos de Porão, Torture Squad, Claustrofobia entre muitas outras. Foram mais de trinta dias intensos entre os meses de abril e maio de 2012 e assim nasceu o disco “APOCALPYSENOW”, o quarto álbum da banda Antidemon. Com onze faixas gravadas a banda tem que deixar o trabalho nas mãos de seu produtor para a mixagem e masterização e envio do CD Master para Austrália, onde a “Rowe Productions” se encarregaria de prensar o disco e distribuí-lo mundialmente.

Enquanto o disco estava sendo mixado embarcamos para o México, para cumprir uma turnê por esse país e por quase toda a América Central, alcançando a Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica. O Ciero então ia enviando pra nós por e-mail as provas das musicas mixadas e de como estava ficando o disco e íamos aprovando uma a uma. Um pouco conturbado, mas não tínhamos o que fazer. Como já disse fomos pegos de surpresa para gravar esse novo disco e essa turnê já estava fechada e divulgada.

Vicente – E o retorno do pessoal, mesmo neste curto período, tem sido a imaginada por vocês?

Batista – Realmente o retorno tem sido muito grande e surpreendente. É a primeira vez que temos alguém se encarregando por toda a distribuição e divulgação como a Rowe Productions, ate então o Antidemon sempre fez tudo independente. Isso faz com que nosso nome e trabalho cheguem aonde não temos nem ideia. Essa semana recebi um e-mail de um locutor de Metal de uma Rádio no Alaska (EUA) e dizia que estava tocando direto o novo disco do Antidemon e os ouvintes estavam adorando e não paravam de pedir pelo “Apocalypsenow”. Sem falar nas inúmeras entrevistas que estamos respondendo dia a dia de países do outro lado do planeta. Também tenho me surpreendido pelos inúmeros comentários em Revistas e fanzines do mundo todo, e sempre com muita admiração pelo disco, onde a maioria diz que o novo álbum supera os anteriores.

Vicente – Qual acredita ser a principal diferença entre “Apocalypsenow” para os outros discos do Antidemon?

Batista – Talvez os riffs estejam com uma pegada mais “Death Metal” que os outros, porém algumas características básicas estão mantidas e facilmente se percebe que se trata do Antidemon. Em minha opinião a gravação analógica que fizemos deu uma cara mais orgânica que os outros discos e o faz soar diferente, com a presença de elementos sonoros indispensáveis para quem aprecia o estilo.

Também o fato de estarmos lançando pela Rowe Productions, causa uma expectativa diferente naqueles que nos acompanham há anos.

Vicente – Neste disco em questão, qual a mensagem que a banda quis passar nas letras?

Batista – O Disco retrata o Apocalipse e os últimos dias desse mundo. Retrata o caos que o ser humano armou para si mesmo. Retrata a destruição e decadência pelo fato da criatura ignorar o seu criador. Como o nome mesmo diz: Apocalipse já chegou… Já estamos vivendo isso!

Vicente – Falando nisso, a banda já enfrentou algum tipo de resistência na cena, já que se trata de uma banda de ideologia cristã, mas cujo som é um grande Death/Grindcore?

Batista – O ser humano sempre teve muitas dificuldades em conviver com as diferenças. Na Cena somos diferentes por termos uma fé dentro de nós. Somos discriminados por alguns que dizem que o metal não é para expressar religião. Porém o que expressamos não é religião, são sentimentos. Afinal a música, seja ela o estilo que for, sempre foi para se expressar os sentimentos, seja ele qual for… Se você tem ódio em seu coração vai expressar ódio em sua música… Se você está vivendo um tempo de tristeza vai expressar tristeza, e assim por diante. Nós expressamos o que sentimos. Muitos expressam o que vende mais ou o que agrada mais e não o que sentem. Prefiro ser autêntico e expressar o que realmente mudou minha vida e me dá força para viver e sonhar, que é a minha fé em Deus. Eu acredito que cada um tem a liberdade de falar o que acredita em seu som. Não sou contra o “Black Metal” ou qualquer vertente do estilo. Se eles estão sendo autênticos no que dizem é o que importa.  Assim como músicas que falam dos mais variados assuntos. Fale do que você acredita e eu falo do que eu acredito. Afinal o mundo já cheio de tantas mentiras. Que ao menos o metal seja para passar o verdadeiro sentimento daqueles que o fazem. Não é matando aqueles que pensam diferente de mim, que vou fazer com que vejam minha verdade. É necessário que estejamos todos vivos e dia a dia, possamos reconhecer o melhor a se viver e a se seguir naturalmente. De nossa parte subimos no palco com qualquer banda que esteja fazendo metal, independente do que fala suas letras. As pessoas não devem ser obrigadas a ter uma só opção de vida, de crença ou de descrença. O próprio Criador nos criou com essa liberdade. Ele nos criou com o livre arbítrio e desde o principio o ser humano optou pelo que queria, mesmo que fosse diferente do que Deus queria. Se alguém quer matar ou exterminar o que é diferente, talvez lhe falte conhecimento. Aí você pode argumentar, mas Deus matou aqueles que não queriam lhe obedecer!  Definitivamente não é isso. Deus apenas sinalizou: Você tem opções… De vida ou de morte. Tem o alimento e tem o veneno. A escolha sempre foi nossa. Ou seria melhor ele ter criado só o que é bom… Ou só o que é mal… É claro que não! Pois assim seríamos robôs programados e sem opção. E é isso que as pessoas querem fazer com as outras quando não admitem que alguém pense diferente. O Antidemon vai continuar sempre falando do que pensa, não como uma imposição, mas como uma opção.

Vicente – Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, visto o longo tempo que a banda já tem de estrada? Acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

Batista – Eu sou naturalmente otimista sempre, porém tocando em regiões mais distantes do pólo central do país, não posso ignorar o que tenho visto em todo o Nordeste e Norte do Pais, onde a cena tem crescido e nos levado com frequência. Temos tocado em capitais como Macapá, Porto Velho, Rio Branco e já por duas vezes em Boa Vista-Roraima, onde da ultima vez tocamos em um festival incrível ao lado de Glory Opera e Korzus. Não podemos deixar de ver muitas crianças andando pela rua com camisetas do Iron Maiden e Slayer. Não podemos deixar de ver e sentir a paixão de milhares de bangers por esse país… E, ao mesmo tempo, visitando outros países da América Latina, sempre temos a certeza que estamos crescendo. É claro que não podemos nos comparar a Europa, por exemplo, onde uma porcentagem enorme de pessoas tem o metal como sua preferência musical e em países como a Noruega onde se vê noticias do Dimmu Borgir no Jornal do canal aberto de televisão.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Batista – Minha Fé em Deus.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Mortification: Um exemplo.

Eterna: Qualidade no que fazem.

Tourniquet: Bom para os ouvidos.

Napalm Death: Eternos Mestres.

Venom: O respeito. O início pra muita gente que conheço.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Antidemon e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Batista – Eu agradeço a todos que acompanharam nossa entrevista a “Witheverytearadream” que tem sido uma porta voz verdadeira do Metal. E a oportunidade de nos fazer conhecidos a novas pessoas. Como mencionei na Entrevista, o que mais prezamos é a amizade que conquistamos através do Antidemon, então, por favor… Se sinta em liberdade para nos escrever e nos conhecer melhor. Também deixo meu convite para estar em nossas apresentações em algum lugar por esse mundo afora. Um abraço!

www.antidemon.net

E-mail: antidemonband@yahoo.com.br

Entrevista com a Banda Master (Estados Unidos)

31 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Entrevista, Master

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Banda Master
Local Estados Unidos
Gênero Death Metal
Ano de Formação 1983

 

O Master faz parte da grande geração do Death Metal americano dos anos 80. E ainda se mantendo na ativa atualmente, com mais de 10 discos de estúdio lançados, shows ao redor do mundo, a banda continua a fazer e firmar seu nome. E nós iremos poder ver este poderio aqui no Brasil, onde a banda fará uma série de apresentações em Novembro. Nesta entrevista com o fundador e líder da banda, o vocalista e baixista Paul Speckmann, ele fala sobre suas lembranças dos shows anteriores no Brasil e sobre o mais recente disco da banda, o ótimo “The New Elite”.

Vicente – Vocês vão tocar novamente no Brasil em Novembro. Qual é a sua lembrança dos últimos shows aqui?

Paul Speckmann – Tivemos alguns shows matadores, e alguns shows de merda. Afinal foram para nós 22 shows em sete semanas. No geral foi uma explosão, com a exceção da morte de Leon e Tim (integrantes da banda After Death, que vieram a falecer em Aracaju, quando faziam uma turnê em conjunto com o Master e o Predator). Foram tempos difíceis, e dedicamos todo o restante da turnê para esses caras. Esta foi à primeira turnê em que perdemos músicos e o horror de tudo isso ainda continua em minha mente às vezes. De uma maneira mais clara, os fãs foram legais em todos os shows e as mulheres bonitas eram tudo. A comida e a Cachaça eram ótimas. Nós também tivemos ótimos momentos com os caras do Predator. Esta foi definitivamente uma experiência que eu nunca irei esquecer, é uma pena que demorou tanto tempo para fazermos uma turnê por ai…

Vicente – O que você espera destes novos shows aqui?

Paul Speckmann – Um grande e poderoso momento com meus amigos do Massacre e ABSU, os shows estarão lotados sem dúvida, e é para isso que vivemos, meu amigo. Eu também espero comer muita carne, como da última vez no Brasil!

Vicente – E o que os fãs daqui podem esperar do Master?

Paul Speckmann – Um grande set, com muita agressividade é claro, mas no momento eu não tenho idéia de quanto tempo iremos poder tocar.

Vicente – Para você, quais são as músicas que nunca podem estar fora dos shows do Master? Quais são as novas músicas que certamente entrarão no set list?

Paul Speckmann – Master, Pay to Die, Unknown Soldier etc

Das novas músicas certamente Smile as You’re Told and Remove the Knife.

Vicente – Vocês lançaram este ano “The New Elite”. Como foi a gravação deste álbum?

Paul Speckmann – Normal como qualquer outra gravação da banda. Os discos do Master levam aproximadamente uma semana para serem gravados.

Vicente – E a reação dos fãs foi como você esperava?

Paul Speckmann – Claro que o álbum já está esgotado. A gravadora não tem dinheiro para relançar ele, uma situação bastante incomum por sinal.

Vicente – Uma das melhores músicas do álbum é Smile as you’re told. Como foi a composição dessa música em particular?

Paul Speckmann – Normal, eu escrevi a música cerca de um ano atrás, enquanto ensaiava numa manhã e trabalhamos nela até ela tomar essa forma, nada de muito especial meu amigo. Eu escrevo cerca de 200 riffs por ano e quando é chegada a hora de gravar eu os escuto, faço os arranjos e vamos em frente. As letras são escritas após as músicas estarem 100% concluídas. As palavras vêm naturalmente. Vivemos em um mundo cheio de merda e controle, é hora de se levantar, lutar e ser livre novamente.

Vicente – Master é a uma das maiores bandas de Death Metal no mundo. Como você vê essa cena nos dias de hoje?

Paul Speckmann – A cena está melhorando, cada vez mais pessoas estão começando aparecer nos shows novamente. Claro que os anos noventa foram os melhores, mas a cena definitivamente tem crescido novamente, assim tudo está bem no meu acampamento!

Vicente – Em 2013 o Master irá comemorar 30 anos de existência. Depois de todo esse tempo, quais são seus próximos objetivos?

Paul Speckmann – O mesmo de sempre, fazermos em torno de 100 shows a cada ano e escrever e gravar CDs novos a cada 2 anos, e assim vamos continuar. Meu objetivo é tocar nos maiores festivais da Europa, mas isso o tempo vai dizer meu amigo.

O maior problema aqui, como com qualquer entidade é a política. Os festivais alemães são todos voltados para a política!

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você?

Paul Speckmann – GBH, The Exploited, Black Sabbath e Motorhead.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Death: Morto

Venom: Morto

Motorhead: Ainda vivo e chutando.

Obituary: Sem um guitarrista solo.

Slayer: Era uma vez a maior, pelo menos no tempo de Reign in Blood e Hell Awaits.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que amam o som do Master.

Paul Speckmann – Nos vemos nos festivais, estou ansioso para estar mais uma vez ai…

Entrevista com a Banda Dying Fetus (Estados Unidos)

26 sexta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Dying Fetus, Entrevista

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Banda Dying Fetus
Local Estados Unidos
Gênero Death Metal
Ano de Formação 1991

 

Uma das mais importantes bandas da atualidade em seu estilo, os americanos do Dying Fetus vem colecionando  resenhas positivas de seus mais recentes discos e shows, inclusive tendo passado aqui pelo Brasil no início deste ano. Nesta entrevista que se tornou mais um rápido bate-papo, pois a banda está no momento excursionando pela Europa, conversei com o baterista Trey Williams, e o resultado vocês conferem abaixo…

 

Vicente – Primeiro de tudo, Dying Fetus fez um dos maiores shows do ano no Brasil. Qual é a sua lembrança daqui?

Trey Williams – Todos os fãs no Brasil foram incríveis conosco. Estamos honrados pela energia que nos foi passada.

Vicente – Você já tocaram em muitos países no mundo nos últimos anos. Você acha que esses dias são melhores ou piores para as bandas em geral?

Trey Williams – Para mim, o Metal está ficando mais forte em todo o mundo. E o Metal extremo tem sido muito mais respeitado nos últimos anos.

Vicente – O Dying Fetus lançou este ano seu sétimo disco de estúdio “Reign Supreme”. Como foi a gravação deste álbum?

Trey Williams – Nós realmente apreciamos a gravação do álbum. Trabalhar com Steve Wright foi um prazer, como sempre o é.

Vicente – E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Trey Williams – Para ser honesto, nós sempre ficamos surpresos com a resposta que recebemos de nossos fãs, tanto os novos como dos mais antigos

Vicente – Qual é a maior diferença entre “Reign Supreme” e os demais álbuns do Dying Fetus?

Trey Williams – Os solos, o “groove” e o principal, todo o processo de produção do disco.

Vicente – Depois de duas décadas, como você vê a trajetória da banda?

Trey Williams – Vamos continuar a tocar pelo mundo, compor e gravar nossas músicas, desde que os fãs querem ver-nos tocar e ouvir o nosso som.

Vicente – Como é a cena nos EUA para Rock e Metal?

Trey Williams – Aqui os fãs de metal não são tão passionais com relação a música quanto os fãs na América do Sul e no sudoeste da Ásia.

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você?

Trey Williams – Na verdade, toda a música que eu já ouvi. Do pop ao rap e, claro, metal.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Nile: primeira classe

Carcass: Os pais do Grind.

Suffocation: Porrada clássica também

Cannibal Corpse: Um rolo compressor, dos pesados.

Sepultura: Um clássico Thrash

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que amam o som do Dying Fetus.

Trey Williams – Espero vê-los novamente aqui, talvez em 2013. Obrigado pelo apoio contínuo. Vejo vocês no pit…

Entrevista com a Banda Necrobiotic (Minas Gerais)

10 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Necrobiotic

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Existem países que são conhecidos por seus estilos musicais, como o Power Metal na Itália, o Black Metal na Noruega, e assim por diante. Já o Brasil, por sua própria diversidade cultural, tem uma imensa variedade de bandas e estilos. Mas um dos principais sempre foi o Death Metal, e para quem aprecia o gênero, uma ótima dica é o Necrobiotic. E para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a banda, aqui está a entrevista que fiz com o guitarrista e vocalista F.A.C.O. Confiram o que o Necrobiotic tem a oferecer…

 

Vicente – Inicialmente, conte-nos um pouco sobre os quase vinte anos de trajetória do Necrobiotic?

F.A.C.O.: O Necrobiotic começou em 1994, aquela coisa de adolescente headbanger sabe, muita raça e vontade, boas bebedeiras e muito metal…Em 1997 foi lançada a Demo “Carnal Suffering of the War”, nós fizemos alguns bons shows na época….

Em 1999, todo mundo mais crescidinho, a banda acabou interrompendo as atividades, na época era impossível conciliar o Necro com o restante da vida. Voltamos em 2009, no meu primeiro final de semana após voltar a morar na nossa cidade natal já ensaiamos, ou tentamos ensaiar, Em 2010 foi gravado o Debut “Alive and Rotting” que foi lançado no Brasil em 2011 e na Indonésia, pelo selo No Label Records, em 2012.

Nestes últimos meses a banda mudou de formação algumas vezes, agora estamos ensaiando para podermos voltar aos palcos e preparando material novo para o sucessor do nosso Debut.

Vicente – Vocês ficaram mais de 10 anos parados, retornando com força novamente em 2009. O que rolou durante esse período “inativo”?

F.A.C.O.: Nós nunca deixamos de ser headbangers nesse período, mas era muito difícil manter o Necro, cada um morando em uma cidade diferente, uns estudando, outros casando…Eu toquei em algumas bandas de Death Metal, Doom Metal e Thrash Metal por onde passei, até me estabelecer na nossa cidade natal novamente e podermos reviver o Necrobiotic.

Vicente – E principalmente, o que os levou a reativar o Necrobiotic?

F.A.C.O.: Cara, a banda era muito boa, a ideia, as criações, a diversão, a amizade…Hoje é possível conciliar a banda com os demais afazeres… É algo que está no sangue, eu diria que programado no DNA.  Ajuda inclusive a manter a sanidade! Paixão pelo Death Metal!

Vicente – Vocês lançaram “Alive and Rotting” em 2010. Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

F.A.C.O.: Gravamos o “Alive and Rotting” no nosso estúdio de ensaio, numa correria fudida… a qualidade da gravação é boa, principalmente levando em consideração o que tínhamos a disposição. Superou nossas expectativas pessoais, mas no próximo a produção será bem superior!

Vicente – E o retorno dos fãs?

F.A.C.O.: Cara, tem sido muito bom…Estamos muito satisfeitos com nossos shows, ver alguém cantar uma letra sua é uma emoção bastante peculiar, algo que você fez também fazer sentido para mais alguém que não seja você mesmo…As vendagens dos Cds também tem sido muito boas, tanto aqui no Brasil quanto no exterior… O lançamento do disco pela No Label deu novas perspectivas para a banda, hoje nosso disco é distribuído em mais de 70 países, praticamente em todos os continentes…Isso é gratificante também. Necrobiotic around the World!

Vicente – As letras da banda são extremamente fortes. O que desejam passar para o pessoal com elas?

F.A.C.O.: O Necrobiotic surgiu com uma banda Splatter e nós investimos muito nesse tema, “filme de terror”, mas nós escrevemos sobre praticamente tudo, sobre sentimentos cotidianos, religião, ateísmo, satanismo, metal. Acho que nós tentamos nos expressar artisticamente, através de uma ficção Splatter/Trágica, ou apresentar um ponto de vista peculiar sobre o mundo em letras mais intimistas, por exemplo.

Vicente – O som do Necrobiotic é um Death Metal com muitas influências de Grindcore e até alguma coisa de Thrash Metal pinta também. Essa é a proposta da banda desde o início, fazer um som realmente extremo?

F.A.C.O.: Sim, a intenção do Necrobiotic sempre foi fazer música extrema, mesmo que tenhamos influências diferenciadas, como você citou, não só de Thrash, mas de todo o espectro do metal, do Grindcore ao Doom Metal, sempre utilizamos isso dentro da perspectiva do Death Metal. Isso é o Necrobiotic.

Vicente – O pessoal já pode esperar algumas músicas novas?

F.A.C.O.: Sim, já temos 70 % do novo álbum pronto, já tocamos algumas músicas novas ao vivo…Devemos terminar a pré – produção desse novo álbum em breve, para lançarmos no ano que vem, essa é a intenção.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

F.A.C.O.: Death Metal, seja old school, seja brutal, seja  Doom…

Vicente – Como você vê o cenário no nosso país nesse momento? Acredita que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?

F.A.C.O.: O Brasil não tem uma cultura de massa que envolva o Metal, então, esta é uma cena marginal, underground, e é muito provável que seja assim para sempre.  Hoje, o número de shows com bandas nacionais é bem menor do que no passado, as bandas da cena nacional tem muita dificuldade para tocar, os promotores de evento tem dificuldade de promover seus shows… Agora põe uma desgraça gringa qualquer no meio, aparece gente que você nunca viu nos shows. Então, o que mais castiga a cena hoje é esse endeusamento de artistas estrangeiros, isso faz parte da cultura nacional em vários aspectos, e se repete no metal… Eu acredito que essa seja a principal diferença da minha época, em que trocávamos K7 e íamos a shows com bandas locais, da cena de hoje onde impera o Download e shows gringos meia boca que todo mundo idolatra.

Vicente – Em poucas palavras, o que acha das seguintes bandas:

F.A.C.O.: As opiniões abaixo são pessoais, não refletem o que outros membros da banda podem pensar a respeito.

Deicide: Karaokê – ouvir o 1º sem cantar as letras, eu não consigo. Banda excelente. Ficou muito apagada depois do “Once Upon The Cross”, só me despertou interesse de novo no “Stench of Redemption”. Os discos novos são mais ou menos…

Aborted: Brutalidade com pitadas de New Metal. Momentos maravilhosos e eventualmente meio chatos de tão técnico. Ao vivo é meia boca, pelo menos no show que fui…Estou perdendo o interesse pela banda.

Carcass: Uma grande influência pessoal, inovador! O Necroticism é um dos melhores álbuns que já escutei, Symphonies e Heartwork não ficam atrás. A ausência de limites criativos fez muito bem para eles, até lançarem o Swan Song, esse sim um disco fraco.

Cannibal Corpse: Adoro o “Bledding” e gosto muito do “Tomb”, eventualmente lançam algo bom, mas já fizeram sua contribuição…Não acho mais relevante.

Sextrash: Espetacular! Os primeiros álbuns eram sensacionais, até o Funeral Serenades eu acho bom, muita gente não gosta. Tem um da volta da banda que é bom também, Rape From Hell, salvo engano. Não gosto dos shows atuais, se bem que faz tempo que não vejo show deles.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Necrobiotic e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

F.A.C.O.: Colegas do reino underground, o Necrobiotic é feita por apaixonados por metal extremo! Se quiser conhecer nosso material, vá até o nosso myspace, www.myspace.com/necrobioticdeathmetal ,  lá estão disponíveis alguns sons de nosso primeiro álbum. Caso queiram entrar em contato com a banda, podem fazê-lo através do e-mail necrobiotic666@hotmail.com.

Obrigado pelo espaço!

Stay Rot!

Entrevista com a Banda Behavior (Bahia)

27 segunda-feira ago 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Behavior, Death Metal, Entrevista

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Banda

Behavior

Local

Bahia

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

2008

 

O Behavior é uma peça importante no Death Metal do Nordeste e nacional, tendo lançado um grande primeiro álbum, “The Awakening the Madness”. Mesmo recente, a banda tem tudo para alçar vôos mais altos. Formada por Dan Loureiro (Guitarra), Marcelo Almeida (Baixo), Ricardo Agatte (Bateria) e Fabrício Pazelli (Vocal), que concedeu essa entrevista, como uma ode ao estilo que está no sangue, nunca se prendendo a modismos. Com vocês, o Behavior…

Vicente – Inicialmente, conte-nos um pouco sobre os quatro anos de trajetória do Behavior?

Fabrício Pazelli: O Behavior nasceu como um projeto de nosso antigo guitarrista (Leonardo Pinheiro), e logo a banda foi começando a tomar forma. Muita coisa aconteceu nos primeiros meses. Assim que gravamos a primeira Demo, intitulada “Walking For A Rotten Destiny”, a banda passou por várias formações, na verdade nem sei como chegamos até aqui e conseguimos manter uma estabilidade. Da formação da Demo só tem eu, o resto do pessoal tomou outros rumos e resolveu priorizar outras coisas na vida. Mas foi com essa formação atual que mantivemos maior tempo, que foi a formação que gravou o disco (Apenas Leonardo Pinheiro que não está mais da época da gravação). Hoje a formação é: Fabrício Pazelli – vocal/ Dan Loureiro-guitarra/ Macelo Almeida-baixo e Ricardo Agatte-bateria.

Fizemos muitos shows marcantes nesses quatro anos. Tocamos com o Master da Alemanha, com Torture Squad, e em festivais de nome como o Palco do Rock, agora vamos tocar com o Assassin também da Alemanha e em novembro no Under Metal Festival.

Vicente – Vocês lançaram no início deste ano seu primeiro disco completo “The Awakening the Madness”. Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

Fabrício Pazelli: Cara, se eu for destrinchar os problemas e contratempos que tivemos com essa gravação vamos ficar aqui o dia inteiro e ainda assim vai ter pano pra manga. (risos) Foi uma avalanche de problemas e burocracias que não estávamos acostumados, mas no final o resultado ficou legal. É claro que sempre fica aquele sentimento de que você poderia ter mudado algo, mas Godin e Marcão do Revolusom Estúdio fizeram um trabalho sensacional e esperamos no segundo disco repetir a dose e tentar sanar os erros do primeiro.

Vicente – E o retorno do pessoal com relação ao disco, foi o imaginado por vocês?

Fabrício Pazelli: Nós nunca tivemos sonhos mirabolantes em querer ser uma banda famosa ou coisas desse tipo, sempre fizemos nosso som e buscamos fazer shows insanos pra um público insano, essa é nossa meta. Então posso te afirmar que foi sim o que esperávamos, fizemos uma prensagem e sabíamos que ia ser suado vendê-los, mas a saída está boa e esperamos não ver mais a cara desses discos por aqui (risos). Pelo menos não nessa prensagem (risos)

Vicente – Vocês disponibilizaram como bônus as três faixas que compunham a Demo “Walking For A Rotten Destiny”, de 2008. Algum motivo especial para a inclusão destas músicas?

Fabrício Pazelli: O motivo é simples, a divulgação da Demo foi fraca, e como não queríamos fazer lançamentos isolados, decidimos lançar junto com o disco para que as pessoas que não tiveram acesso a Demo pudessem tê-las também.

Vicente – O Som do Behavior é um Death Metal “old school”, inclusive com os vocais, guturais e ao mesmo tempo “gritados”, como muitas das grandes bandas dos anos 80 e 90. Como você vê o estilo nos dias de hoje?

Fabrício Pazelli: Nós temos uma base de influência bem diversificada, até porque acima de tudo nós somos Headbangers. O Death Metal hoje está cheio de esquisitices, mas ainda existem bandas que honram a velha escola. Nós passeamos por outros estilos, mas sempre predominando a raiz do Metal da Morte. Eu nem gosto muito de entrar nesses méritos de que o som hoje está assim, ou está assado, isso pra mim é perda de tempo, faço minha música e quem não gostar que se foda. Os ditos “posers” são excluídos do cenário de uma forma natural. Quem não dá o sangue pelo Metal, um dia irá abandoná-lo, é simples, é uma seleção natural.

Vicente – Como está a cena metálica ai no nordeste, mais especificamente na Bahia

Fabrício Pazelli: Nossa cena é forte cara. Existem muitas bandas aqui que dão sangue pelo cenário, muita gente reclama, mas fazem isso de barriga cheia, pois mesmo Salvador não estando na rota de grandes shows internacionais, não temos muito do que reclamar, já que temos grandes bandas, que sinceramente não devem nada pra gringo nenhum.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Fabrício Pazelli: Cara, minha base de influências é bem tradicional, mas Darkthrone, Mayhem, Cannibal Corpse, Immortal, Morbid Angel, Celtic Frost, Death e Sodom têm uma importância primordial na minha vida. Tirando é claro a maior de todas que é o Pink Floyd. Essa banda me acompanha desde quando eu me entendo por gente, ela é o meu principal pontapé em tudo que sou hoje musicalmente.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Fabrício Pazelli:

Morbid Angel: Inspiração devastadora!

Deicide: Ótima banda, mas nunca fui um grande fã.

Death: Uma das bandas mais importantes do Death Metal.

Cannibal Corpse: Grande influência. Uma das minhas grandes inspirações.

Carcass: Não acho nada sobre eles.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Behavior e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Fabrício Pazelli: Nós jamais descansaremos, estaremos lutando pelo Metal Brasileiro a ferro e fogo. Um grande abraço a quem admira nosso trabalho, vocês não fazem idéia o quanto isso é importante pra nós. As composições de nosso segundo disco já estão prontas, estaremos entrando em estúdio no final do ano. As músicas estão cada vez mais violentas e insanas. Acreditamos no Metal Nacional e morreremos apostando que somos o país mais rico em termos de Metal no mundo.

Entrevista com a Banda Vociferatus (Rio de Janeiro)

19 domingo ago 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Vociferatus

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Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Vociferatus

 

Banda

Vociferatus

Local

Rio de Janeiro

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

2008

 

O Vociferatus foi formada há quatro anos no Rio de Janeiro, mostrando desde o principio uma grande qualidade em seu Death Metal. Composta por Pedrito Hildebrando (Vocal), Filipe Lima (Guitarra), Lucas Zandomingo (Baixo), Augusto Taboransky (Bateria) e Luiz Mallet (Guitarra), que concedeu esta entrevista para o blog, onde revela detalhes da carreira da banda e sobre o futuro disco da banda.

 

Vicente: A banda é relativamente recente, tendo sido formada em 2008. Como avaliam a trajetória do Vociferatus até este momento?

Luiz Mallet: Olá à todos que acompanham o With Every Tear a Dream! Bom, a gente considera super válida a nossa experiência até o presente momento. Acho que conseguimos estabilizar a formação num núcleo conciso e na minha concepção, estamos no caminho certo pra atingirmos outros alvos mais longínquos. Estamos bem animados com o que tem acontecido e acreditamos que isso tudo se deve ao amadurecimento desse tempo que já temos.

Vicente: Vocês lançaram o EP “Blessed by the Hands of Flames”, no ano passado. Como foi a gravação? Foi tudo como esperavam?

Luiz Mallet: A gravação, mixagem e masterização foram capitaneadas pelo Felipe Eregion (Unearthly) e foi ótima! Foi tudo feito num clima bastante agradável e o resultado não poderia ter sido melhor. Ele soube entender o som da banda e adicionar as ideias que deram a forma que precisávamos com esse lançamento. Fizemos tudo em uma semana e meia ou duas e conseguimos fazer o lançamento dele da forma que pretendíamos.

Vicente: E a reação do público?

Luiz Mallet: Pra ser sincero, tivemos um resultado mais positivo do que realmente achávamos que teríamos. Isso nos deu confiança pra continuar trabalhando firme nos projetos que temos pela frente! E você que ainda não baixou o nosso EP “Blessed By The Hands Of Flames”, pode baixar ele pelo link http://www.mediafire.com/?jq2fm0ex6122fy3 ou ver o clipe da faixa título do EP no endereço http://www.youtube.com/watch?v=V8t7n0I33wQ

Vicente: Um dos pontos altos, na minha opinião, do EP é a faixa “To Seal with Blood”. Como foi a composição desta música em particular?

Luiz Mallet: Obrigado! A maioria das estruturas das músicas são feitas por mim. Eu me isolo de tudo por algum tempo e saio com praticamente a música pronta. Os arranjos a gente trabalha os cinco em estúdio posteriormente. Há algum tempo eu estudo escalas do oriente médio como a egípcia, bizantina e mesopotâmica e quase todas as nossas músicas são escritas em cima dessas escalas. To Seal With Blood é uma música bem antiga que tomou uma forma nova para entrar no EP e ficamos bem felizes com o resultado dela, que bom que você gostou também! (risos)

Vicente: Vocês já estão entrando em estúdio para gravar o seu primeiro disco completo, certo?

Luiz Mallet: Sim! O novo trabalho se chama Mortenkult como já dissemos em nossa página no Facebook (www.facebook.com/vociferatus) e deverá sair no final de 2012/começo de 2013.

Vicente: Como as músicas já estão praticamente todas compostas, qual seria a grande diferença das novas composições com relação às do EP?

Luiz Mallet: As novas composições mostram a energia que realmente podemos exprimir com a Vociferatus. Musicalmente o trabalho novo traz uma nova gama de elementos inseridos e novos horizontes sendo explorados. Todos nós escutamos muita coisa fora do metal extremo e você poderá encontrar todas essas referências lá. As músicas são bem enérgicas e intensas e estamos ansiosos pra poder mostrar isso a vocês.

Vicente: Poderiam dar uma pequena ideia de qual será o tema abordado nas letras do disco?

Luiz Mallet: A gente tem uma base ideológica muito forte. Nós abordamos em grande parte nossos relatos e versões sobre conflitos bélicos. O conceito gira em torno do culto da morte, que seria a capacidade da humanidade em obter prazer em busca do poder por meio do sofrimento e dor. Cavamos nossa própria cova com a abdicação total da nossa misericórdia. Falamos sobre alguns conceitos de guerras e batalhas, mas também temos algum espaço para falar sobre a negação religiosa de qualquer instância e sobre fantasia mitológica e literária. Gostamos muito de mitologia egípcia e suméria e vocês poderão ver algumas referências em nossas letras.

Vicente: Vocês fizeram há poucos dias atrás um show juntamente com Grangrena Gasosa, Apokalyptic Raids e Whipstriker. Como foi essa apresentação?

Luiz Mallet: Foi ótima! Somos fãs do Gangrena há algum tempo e a sua grande diversidade musical e respeitamos o Apokalyptic Raids pelo tempo que já estão aí na cena. Foi um show bem intenso pra gente e acredito que fizemos nossa parte. Algumas pessoas vieram nos fazer comentários positivos após a apresentação e isso é uma das coisas que nos deixa mais satisfeitos, e com a certeza de um bom show. Agora é trabalhar para continuar melhorando e com o olho na próxima turnê!

Vicente: Como avalia o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?

Luiz Mallet: Visando o cenário do Rio de Janeiro, posso dizer que vivemos um ótimo período na questão das bandas. Aquelas que se levam a sério têm feito um trabalho profissional, pois o público hoje em dia está exigente. Porém o público nos shows autorais no Rio de Janeiro está meio baixo. As bandas têm qualidade e os shows não são caros, tampouco o material de merchandising das mesmas. Gostaria que a galera do RJ comparecesse mais aos shows de bandas autorais, isso é bom pra todos: Público que vê um show de qualidade a um preço acessível e bandas que vêem seu trabalho sendo valorizado, dando assim um estímulo pras mesmas conseguirem manter o nível profissional que tem sido feito e levar o trabalho à frente.

Vicente: Quais são as suas maiores influências?

Luiz Mallet: Nossas influências no geral são bandas como Behemoth, Marduk, Belphegor, Keep Of Kalessin, etc. Mas como disse, todos nós escutamos muita coisa fora do metal extremo e até mesmo do metal em geral. E são essas influências externas que por final acabam por montar o nosso som como ele soa de fato. Achamos importante o fato de não ficarmos engessados a um estilo definido.

Vicente: Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Krisiun: Todos da banda gostam bastante e temos um grande respeito pelo espaço que os caras conseguiram no cenário mundial!

Deicide: Alguns na banda curtem o som dos caras, mas não todos.

Nile: O Nile é uma grande influência para mim e todos os outros integrantes, que estudamos história e musica mezzo-oriental. Os caras são notoriamente os mais aprofundados no assunto e a carga histórica na música deles é algo louvável.

Valhalla: Não sei os outros, mas se estiver falando daquela banda apenas de mulheres aqui do Brasil, conheço apenas de nome! (risos).

Vader: Assim como o Deicide, alguns de nós gostam muito do Vader e outros não. Mas acima de tudo, respeitamos os caras pelo que conseguiram.

Vicente: Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Vociferatus e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Luiz Mallet: Agradecemos muito pelo espaço cedido aqui no With Every Tear a Dream e queremos avisar que temos grandes planos pra frente, esperamos que vocês estejam preparados para o que virá pela frente e que possam nos acompanhar nessa campanha! Quem quiser conhecer melhor o som e as ultimas novidades, pode acompanhar tudo pelos links abaixo. Nunca desistam do metal nacional! Vocês são a chama pra fazer o nosso combustível inflamar e representar a nossa bandeira lá fora! Valorizem sempre o que vem daqui. We Are The New Opposition!

Facebook: www.facebook.com/vociferatus

Reverbnation: www.reverbnation.com/vociferatus

Myspace: www.myspace.com/vociferatus

Twitter: www.twitter.com/vociferatus

Perfil Oficial Facebook: www.facebook.com/vociferatusofficial

Download do EP “Blessed By The Hands Of Flames”: http://www.mediafire.com/?jq2fm0ex6122fy3

Videoclipe ofical “Blessed By The Hands Of Flames”: http://www.youtube.com/watch?v=V8t7n0I33wQ

 

Entrevista com a Banda Clamus (Ceará)

10 sexta-feira ago 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Clamus, Death Metal, Entrevista, Thrash Metal

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Banda

Clamus

Local

Ceará

Gênero

Death/Thrash Metal

Ano de Formação

1999

 

Em uma entrevista quase “irmã” com a anterior, já que Felipe Ferreira (baixo) faz parte do Krenak também, hoje quem surge é o Clamus, tão pesado quanto, mas com uma grande dose de Thrash Metal no som também, o que faz com que a banda agrade o pessoal de ambas as vertentes. Quem respondeu as perguntas, conjuntamente com o Felipe, foi o Lucas Gurgel (guitarra). Completa o “power trio” cearense o baterista Clerton Holanda. Com vocês, Clamus…

Vicente – Inicialmente, conte-nos um pouco sobre os 13 anos de trajetória do Clamus?

Felipe Ferreira: Esses 13 anos foram calcados em muitas transformações na banda. Desde mudanças constantes de line-up (eu entrei em 2006, após a saída de Carlos James (Facada)) a busca de novos horizontes estéticos, o que se configura na atualidade.

Lucas Gurgel: De lá pra cá lançamos fita Demo, um EP, participamos de coletâneas, lançamos dois CDs e gravamos três clipes. Foram muitas ações em termos de lançamento e mesmo no que diz respeito a shows, onde circulamos por importantes festivais, tanto no Ceará como em vários estados do Brasil. O que permanece de lá pra cá é a nossa paixão por tocar Metal.

Vicente – Vocês lançaram em 2009 seu segundo disco “Frontière”. Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

FF: “Frontière” foi produzido em parceria com o extinto estúdio Digisound com os músicos e produtores Fabrício Carvalho (Tiglath), Delano (Somberlain) e Rodrigo (Necromorten). Os mesmos já haviam produzido nosso disco anterior, “Influences”, o que de certa forma ajudou bastante a nos conectarmos em torno de uma mesma ideia.

LG: O processo todo envolveu muito diálogo e participação da nossa parte. E pelo fato da equipe envolvida entender do estilo, isso contribuiu para que tudo fluísse espontaneamente. Ainda hoje nos orgulhamos do resultado, tanto sonoro como conceitual.

Vicente – E o retorno dos fãs, foi o imaginado por vocês?

FF: Com certeza que sim! Aonde chegamos com nossas músicas o retorno é bem positivo!

Vicente – Vocês fizeram um videoclipe para a música “Pétrea”. Como foi essa gravação, e porque a escolha desta música em particular?

FF: “Pétrea” foi produzido em parceria com o projeto “Rock.doc” da Associação Cultural Cearense do Rock (ACR), projeto esse que visava à produção de material audiovisual de bandas independentes, fomentando o mercado local de produtores em audiovisual. “Pétrea” foi a escolhida acredito pela imagem clara de roteiro que a letra nos fornecia naquele momento; a fronteira do natural/cultural forneceu um excelente mote para o vídeo!

Vicente – Anteriormente, vocês lançaram “Influences”. Conte-nos um pouco sobre esse álbum.

LG: “Influences” foi nosso primeiro álbum e também foi gravado no estúdio Digisoung. Como normalmente acontece em um primeiro lançamento, suas músicas provinham de nossas demos e EP, mas contaram com uma nova roupagem. Diferentemente de “Frontière”, “Influences” não apresentava um conceito que permeava as músicas, o que não impedia que nossa energia viesse à tona ao longo do álbum. Estávamos gravando um registro oficial pela 1ª vez e cheios de gás, e vejo que isso é latente desde a faixa de abertura até a última música. Destaco também a produção que remete muito à banda tocando ao vivo. “Influences” representou uma abertura para novos contatos e possibilidades para shows Brasil afora.

Vicente – Vocês estão gravando o próximo disco, correto? Poderiam adiantar alguma coisa para nós?

FF: O sucessor de “Frontière” está em fase de gestação. Estamos com cerca de 5 músicas em “lapidamento”. Queremos lançá-lo em 2013.

Vicente – Qual acredita ser a principal diferença dele para os discos anteriores?

FF: Esse disco será crucial para todos nós, estamos experimentando pela primeira vez em 13 anos o formato trio (o guitarrista Joaquim Cardoso saiu da banda), e isso tem representado uma inovação única no nosso estilo!

Vicente – O Clamus, além de uma cozinha pesada e guitarras que esbanjam riffs sem perder a agressividade do estilo, também tem um “jogo” de vocais muito interessante, o que atribui um poder ainda maior ao som da banda. Este seria o propósito desde o inicio, um som pesado, mas com uma técnica apurada?

FF: O Clamus sempre se propõe a fugir do convencional, sem contanto perder a identidade metálica, construída ao longo dos anos.

LG: E isso tudo surgiu de uma forma espontânea onde fomos ousando ver como a inovação podia andar lado a lado com o impacto e força que esperávamos

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

FF: Todos na banda têm diversas influências musicais, e trazem isso para a banda. Acredito que a única limitação para nós é soar metal, seja usando uma ideia de bateria tirada de um disco do Rush, por exemplo, seja “louvando” Paradise Lost (influência incondicional de todos na banda!)

Vicente – Como vocês vêem o cenário no nosso país nesse momento? Acreditam que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?

FF: Muita coisa melhorou, os contatos se tornaram mais próximos e constantes, algumas cidades são casas sólidas para várias bandas, as bandas têm se esforçado para soarem mais profissionais… Acredito que uma das dificuldades no Brasil ainda é a logística de turnês, pois o Brasil é um país continental, o que acaba dificultando um pouco. Uma boa solução para esse problema são as minitours, os bate-voltas entre uma cidade e outra e os fins de semana.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

FF: Carcass: Puta influência na banda, grande norteador do nosso estilo!

Slayer: Os diabólicos reis do Thrash Metal!

Metallica: Nosso guitarrista Lucas Gurgel tem bastante influência!

Sepultura: Pioneiros desbravadores do metal brasileiro mundo afora! Escola obrigatória!!

In Flames: Suécia é um país que a todo momento gesta grandes nomes na música metal mundial, In Flames com certeza foi um deles!

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Clamus e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

FF: Obrigado pelo espaço, Vicente! Aos fãs que não nos conhecem, acessem www.myspace.com/clamusmetal! Aos que nos conhecem, aguardem novo material, e nos vemos na estrada!!

LG: Grato pelo espaço e longa vida ao Site!

LaFrontiere: http://www.crocko.com/B052DB100EEE480EA94C3B0575999583/CLAMUS_La_Frontiere.mp3

Clipe “Pétrea”: http://www.youtube.com/watch?v=F1t1dvZQQJA

Entrevista com a Banda Krenak (Ceará)

09 quinta-feira ago 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Krenak

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Banda

Krenak

Local

Ceará

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

2004

O Death Metal sempre fui um dos principais estilos no Brasil, vide a quantidade e a qualidade de bandas existentes, e o Krenak com certeza ajuda para que o estilo continua em alta no país. Formado por David Barroso (Guitarra), Rarison Hoff (Guitarra), Ítalo Leitão (Bateria) e Felipe Ferreira (Vocal, Baixo) que concedeu esta entrevista exclusiva para o blog…

Vicente – Após 8 anos de banda, qual a avaliação que faz da trajetória do Krenak?

Felipe Ferreira – Bem, esses 8 anos foram bem intensos para a banda, tanto produzindo material novo, como participando de eventos locais e nordeste afora. Tivemos algumas alterações de “line-up” ao longo desses anos, no entanto atualmente estamos em nossa formação mais sólida, acredito.

Vicente – Vocês lançaram este ano seu primeiro disco “Decimation”. Como foi a gravação do mesmo? O resultado final foi satisfatório?

Felipe Ferreira – “Decimation” foi gravado, mixado e masterizado em parceria nossa com André Noronha, músico de longa data que tem mergulhado em águas profundas no que se trata de produção musical. André procura sempre ser o mais profissional possível em seu trabalho, que sempre resulta em algo brilhante; “Decimation” é nosso ponto de partida, e estamos bastante satisfeitos com ele sim, assim como vários dos nossos fãs que retornam suas opiniões positivamente a respeito do que ouviram.

Vicente – Pessoalmente era o que pretendiam alcançar?

Felipe Ferreira – “Decimation” foi um grande primeiro passo em nossa carreira. Desde o início das composições tínhamos uma boa noção de que aquelas músicas surtiriam um grande efeito, cada música concluída era de grande satisfação para nós.

Vicente – Qual a principal diferença do “Decimation” para as Demos anteriores?

Felipe Ferreira – Primeiramente, as Demos anteriores apresentavam o formato trio, e em “Decimation” somos um quarteto. As Demos também não contaram com um trabalho mais acurado de produção, em minha opinião, muito por falta de experiência de nossa parte, o que em “Decimation” teve um cuidado especial.

Vicente – Gostei especialmente das faixas “Decimation” e “Dead Nature”. Quais são as suas favoritas do disco, aquelas que sabem que não podem ficar de fora dos shows da banda?

Felipe Ferreira – Cada música nesse álbum tem algo de especial para mim. No entanto, quando se trata de elaborar um repertório para shows, “Possessed”, “Dead Nature” e “Decimation” são obrigatórias para toda a banda!

Vicente – Como avaliam o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?

Felipe Ferreira – Muito tem mudado positivamente em âmbito local e nacional. Acredito que a internet tem realizado papel fundamental no sentido de encurtar as distâncias de um país continental como o Brasil. Hoje, temos acesso diário a informações sobre bandas, produtoras, festivais, parceiros e até amigos que fizemos pela estrada, o que mantém o contato bem vivo. Hoje temos uma casa aqui em Fortaleza que tem abrigado eventos semanais de metal, o GRAB clube, eventos tanto locais como até internacionais (a banda Assassin se apresentará nesse palco). O Krenak está agendando uma turnê pelo nordeste em novembro, serão 7 shows em dois fins de semana, o que sinaliza que a nível local e de nordeste, estamos de vento em popa!

Vicente – Quais são as suas principais influências?

Felipe Ferreira – Krenak respira Death Metal. Gostamos de nos influenciar por tudo o que é feito sob o nome de Death Metal no mundo.

Vicente – Em poucas palavras, o que acha das seguintes bandas:

Deicide: Puta influência, certeza! Um dos nossos guitarristas se chama Rarison Hoff, de tão pirado nos irmãos Hoffmann que o cara é!

Krisiun: Desbravadores, criadores de um estilo, grandes norteadores do trabalho do Krenak! Hail Krisiun!!

Cannibal Corpse: Outra grande entidade, nosso outro guitarrista David Barroso é fã incondicional da banda!

Nile: Uma das minhas maiores influências! Muita originalidade, combinada com o que há de mais extremo no mundo do death metal!!

Six Feet Under: Grande mestre dos vocais Chris Barnes, SFU muthafuckazz!!

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Krenak e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Felipe Ferreira – Gostaríamos de agradecer a você, Vicente, por mais essa oportunidade de divulgarmos nosso trabalho! Aos fãs que não conhecem nosso trabalho, acessem www.myspace.com/krenakband, lá tem algumas músicas do debut “Decimation”! Aos fãs que nos conhecem, nos vemos na estrada! THE TIME TO DECIMATE IS NOW!!

Entrevista com a Banda Valhalla (Distrito Federal)

22 domingo jul 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Valhalla

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Banda

Valhalla

Local

Distrito Federal

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

1990

 

O cenário Metal nacional normalmente é um reduto um pouco machista (quadro que não se altera muito em outros locais), mas existem bandas femininas que quebram essa barreira e conquistam seu lugar ao sol na música extrema. É o caso das meninas do Valhalla, com mais de duas decadas de atividade em prol do Death Metal. A banda atualmente conta em sua formação com Alessandra Tavares (Baixo), Adriana Tavares (Guitarra) e Ariadne Souza (Bateria e Vocais), que concedeu esta entrevista para o blog.

Vicente – Inicialmente, fale um pouco sobre os mais de 20 anos de existência da Banda Valhalla.

Ariadne Souza: A Valhalla foi fundada por Andréa Tavares, na época, vocalista, (irmã de Alessandra e Adriana), em 1990. No início de 1992 a banda registra oficialmente seu trabalho com a gravação da primeira Demo-tape, que traz também de volta a irmã Adriana Tavares (guitarrista) na formação. Em 1994 a banda lança pelo já extinto selo Sub Way, o LP intitulado “… In The Darkness of Limbo”, mas devido a constantes mudanças de componentes na banda, a Valhalla ficou desativada por algum tempo. Em 2000 ocorre mais uma baixa na formação, Andrea deixa a banda, ficando por conta das irmãs guitarristas darem continuidade ao trabalho iniciado e com a nova formação, foi lançado o MCD “For The Might Of Chaos… For The Force Inside”. Em 2001 a banda lança o CD “Petrean Self”, pela Hellion Records. Em 2005 eu entrei na banda e a Michelle assumiu os vocais, mas em 2009 houve uma nova mudança na formação e lançamos o MCD “Innerstorm” com três músicas com a Mônica Machado como vocalista. Infelizmente, depois disso a banda sofreu uma nova baixa na formação e foi o momento em que decidi assumir os vocais também. Agora em 2012 estamos gravando um novo MCD com 4 músicas e a formação atual é Adriana Tavares – Guitarra; Ariadne Souza – Bateria e vocal; Alessandra Tavares – Baixo.

Vicente – Vocês já tiveram diversas mudanças de formação durante todos esses anos. É complicado encontrar músicos dispostos a fazer um trabalho profissional no Metal?

Ariadne Souza: Sim. Justamente por passar por muitas mudanças na formação decidimos fazer algumas adaptações a fim de tornar a formação mais sólida. Hoje assumi também os vocais e a Alessandra passou para o baixo.

Vicente – Seu último lançamento foi o EP “Innerstorm”, em 2009. Conte-nos um pouco sobre ele, como foi a gravação, e a reação do pessoal ao trabalho?

Ariadne Souza: Na época do “Innestorm” a banda tinha nos vocais a Monica Machado, no baixo a Amanda Castillo e nas guitarras a Alessandra e a Adriana Tavares. Nossa intenção foi movimentar a banda, pois muitos achavam que havíamos encerrado as atividades. Infelizmente, logo após tivemos uma baixa na formação, período em que restou apenas eu e a Adriana.

Vicente – Anteriormente, vocês lançaram dois discos completos “… In the Darkness of Limb”, e “Petrean Self”. Qual a principal diferença destes discos para o EP na sua opinião?

Ariadne Souza: A diferença foi em relação à produção, pois no EP ela foi mais simples, e também pelo momento da banda. Enquanto o disco “In the Darkness” deu início aos trabalhos da Valhalla, o “Petrean Self” marcou o seu auge, em razão do contrato com a Hellion Records e pelos diversos shows realizados. O EP “Innestorm” teria sido mais bem aproveitado se não tivéssemos outra instabilidade com a formação, mas foi importante ao registrar um período da banda.

Vicente – Algum disco novo a caminho?

Ariadne Souza: Sim. Estamos com a mesma ideia do “Innestorm” para lançar um EP com quatro faixas que irão mostrar o novo trabalho da banda, diferente de todos os outros, com um som muito mais extremo e pesado.

Vicente – Ariadne, antes de entrar na Valhalla você tocou na banda Demolish, certo? Quando e como foi que você assumiu as “baquetas” na Valhalla?

Ariadne Souza: Sim, além da Demolish eu toquei em várias outras bandas desde quando comecei a tocar bateria em 2002. Por estar atuante no meio musical, a Alessandra Tavares entrou em contato comigo para fazer um teste para a Valhalla. Tirei algumas músicas do “Petrean Self” e logo em seguida entrei na banda. Isso foi em 2005.

Vicente – Além da bateria, você também canta no Valhalla. Em qual função sente-se mais à vontade?

Ariadne Souza: É…(risos) As circunstâncias me fizeram assumir essa árdua tarefa, mas que com o tempo acabei gostando muito e não pretendo abandonar. Com certeza meu instrumento é a bateria e me sinto muito mais à vontade nela. A atividade de vocalista exige uma grande comunicação e carisma com o público, algo que estou aprendendo a ter agora, e, isso se torna um pouco mais complicado por não ser usual uma baterista vocalista.

Vicente – Como avalia o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?

Ariadne Souza: Conversando com pessoas de outros lugares percebi que em vários estados do Brasil o público e os organizadores locais prestigiam muito mais as bandas de fora do que as da sua cidade. As pessoas não querem pagar os ingressos e alguns organizadores não disponibilizam equipamentos de qualidade. Infelizmente essa é uma realidade. Acredito que a facilidade e a velocidade na comunicação que a internet propicia favorece muito a divulgação e realização de shows, pois distâncias são encurtadas, o que era bem diferente quando se fazia tudo por cartas.

Vicente – O Metal sempre foi uma cena essencialmente machista. Vocês acham que ainda continua dessa forma, ou nunca enfrentaram problemas com relação a isso?

Ariadne Souza: Infelizmente ainda existe um certo preconceito, não apenas no meio do metal extremo. No entanto, tudo o que a Valhalla conquistou até hoje foi batalhando da mesma maneira que tantas outras bandas fizeram, independente de ser formada por mulheres. A partir do momento em que você acredita no que faz, defende suas ideias e objetivos e não se importa com julgamentos que os outros irão fazer, você ganha respeito com essas atitudes. Desde o início a Valhalla manteve a proposta de fazer um Death Metal mais tradicional e com isso conseguiu um público fiel. Para nós, isso é muito gratificante.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Sepultura: Muito boa no início e importante para o meio musical brasileiro frente ao exterior.

Arch Enemy: Gosto muito dos trabalhos antigos e do vocal da Angela.

Morbid Angel: Grande referência para a Valhalla.

Cannibal Corpse: Brutal!

Obituary: Gosto de alguns trabalhos.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem a Valhalla e apostam no Metal Nacional.

Ariadne Souza: Agradeço a todos que admiram e acompanham o trabalho da Valhalla. Nossas expectativas daqui para frente são as melhores e vocês podem esperar muita brutalidade!(risos) Força, honra e Death Metal sempre!

 

Entrevista com a Banda Disharmonic (Espanha)

14 sábado jul 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Disharmonic, Entrevista

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Death Metal, Disharmonic, Entrevista

 

Banda

Disharmonic

Local

Espanha

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

2010

 

 Hoje publico a entrevista realizada com esta banda espanhola de Death Metal, que recém está iniciando sua caminhada, mas que já está em fase de produção de seu segundo disco. O Disharmonic faz um Death Metal brutal, mas com uma boa dose de técnica e com os vocais “assustadores” da vocalista Bao Brurial. Foi a própria Bao, juntamente com o fundador e guitarrista Enrique “Kike” Prieto, que concederam está entrevista. Completam o Disharmonic Javi (Baixo) e o novo guitarrista, Sérgio. Ao final da entrevista tem o link para download de três faixas cedidas pela própria banda.

Vicente: Como foi o inicio do Disharmonic?  E Vocês lançaram em 2011 seu primeiro disco “The Creature – Artificial Ignorance”. Como foi a divulgação? Quando e onde foi gravado?

Bao – Olá, inicialmente obrigado por seu apoio! Eu comecei no Disharmonic em 12 de março de 2011.Gravei a música “Impossible” naquele dia. Eu realmente gostei da banda desde o primeiro segundo, o som era cativante, pesado e me dá a oportunidade de experimentar com diferentes vocais guturais.

Kike – Obrigado pelo seu tempo e pela entrevista. Nestes dois anos, mesmo sendo uma banda jovem o Disharmonic tem sido amplamente aceito pelo povo e pela mídia. A banda tem vida e seu primeiro álbum vendeu muito bem.

A divulgação, em grande parte tem sida muito boa, graças a Internet é fácil alcançar muitas pessoas e sua música é ouvida na maioria dos países, também a “Hecatombe” está distribuindo o CD. O álbum foi gravado no, até agora, estúdio Enrique Prieto (estúdio não profissional) em 2011. Pensamos que o resultado hoje em dia é realmente bom, dentro das nossas possibilidades.

Vicente: E a reação dos fãs, foi como vocês esperavam?

Bao – Não… Foi uma surpresa para mim…As pessoas estavam muito satisfeitas com o primeiro Single do Disharmonic, “Impossible”.

Kike – A reação dos fãs foi muito surpreendente, na verdade, o disco tem ido melhor do que esperávamos, e uma vez que lançamos “Impossible”, os fãs responderam muito bem ao Disharmonic, o pessoal hoje está esperando o segundo CD da banda.

Vicente: Vocês estão gravando seu segundo álbum, certo?

Kike – Sim, a banda está preparando o que será seu segundo álbum de estúdio, que está sendo gravado até agora em nosso próprio estúdio, que nos dá a capacidade de nos fixarmos nos pequenos detalhes. Acreditamos que este segundo álbum pode levar o Disharmonic a um novo patamar.

Vicente – Para vocês, qual é a maior diferença para o primeiro disco “The Creature”?

Kike – A maior diferença é que agora temos outro guitarrista, o Sérgio e, sinceramente, acredito que o som está mais completo, porque somos um grupo que gosta de colocar um monte de “overdubs” e agora é possível, graças a essa nova contribuição, por outro lado acho que as músicas estão mais complexas e elaboradas, ricas e pesadas.

Vicente: O nome é “Death Mechanic Processing”?

Bao – O álbum será ambientado em um cenário pós-apocalíptico, depois de desastres nós podemos sobreviver graças à tecnologia e a ciência (somos semelhantes aos cyborgs) e nós somos dominados por altas entidades (talvez de outros planetas). As letras tentam passar uma mensagem de “pense por si mesmo”.Mas eu não contarei mais nada…

Vicente – Como está a cena metálica na Espanha?

Bao – Há talento, crianças de 15 anos com uma banda podem surpreendê-lo mais do que alguns adultos (Necrossed por exemplo, que são de Almería, como o Disharmonic). O trabalho duro é que faz você ser uma banda decente, mas sem entusiasmo você não é nada.

Kike – A cena espanhola é muito boa e com grande nível, temos grandes bandas de todos os estilos, mas não temos muito apoio da mídia, as pessoas são um pouco fechadas em termos de estilos musicais. Ainda mais quando são grupos do interior do país.

Vicente – O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Bao – Sepultura, Krisiun… Procurando no google (risos)… Eu sou honesta, mas a partir de agora eu irei conhecer mais sobre as bandas do Brasil! Você pode falar para mim algumas bandas?

Kike – Sabemos que o Brasil tem uma cena Metal e Death Metal muito boa, para mim um exemplo é o Krisiun, uma banda brutal e devastadora. Eu me considero um fã, Sepultura, Scourge. Embora eu saiba que existam muitas bandas do Brasil, o que sai dai tem uma grande qualidade.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Bao – Dir en Grey, Meshuggah, Lamb of God, Death…

Kike – Todos nós temos nossas próprias influências, mas eu posso te dizer que gosto de tudo, especialmente Death Metal, de bandas como: Death, Lost Soul, Krisiun, Hate Eternal, Hate, Kreator, mas nós sempre tentamos fazer música que transmita sentimentos.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Bao – eu tenho que dizer que, ultimamente, eu não sou uma pessoa que ouve muitas horas de música por dia, apenas quando dirijo, porque estou ocupada com os estudos na maioria das vezes (eu odeio isso) e no resto do tempo trabalho com o Disharmonic. Mas a verdade é que já ouvi um pouco de um monte de bandas espalhados pelo mundo. Aqui vamos nós!

Arch Enemy: Acho que Angela Gossow é fabulosa, cheia de força e energia, tão legal, ela dá o brilho à banda. Instrumentalmente não é meu estilo favorito, mas eles são músicos muito bons e a banda é grande.

Hypocrisy: Eu gosto de algumas músicas, mas não todas.

Death: Eu comecei a ouvir Death há cerca de oito anos atrás, eu gosto da banda, mas eu esqueci deles após todo esse tempo, agora com o Disharmonic, eu tornei a incluir a banda em meu mp3 e estou desfrutando novamente de todas suas mudanças de ritmos, letras e solos de guitarra.

Dark Moor: eu não ouço Dark Moor (não me bata, por favor!)

Opeth: Minha banda preferida desta lista. Eu gosto de Opeth desde os meus 15 anos, mas depois eu comecei a odiar, e dois anos atrás eu fiquei novamente ligada a eles. “Heritage” na minha opinião é um álbum muito interessante, eu gosto do som em geral e dos vocais.

Kike – O Death marcou minha vida, eu acho que ninguém compôs como Chuck S.

Vicente – Para finalizar, deixem uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou gostariam de saber mais sobre o Disharmonic.

Bao – Eu não sabia que tínhamos alguns fãs no Brasil! Foi uma surpresa incrível saber disso. Muito obrigado. O Disharmonic está melhorando para todos vocês, espero que gostem do segundo CD. Não se esqueçam de nós, por favor! Eu espero que nos encontremos um dia no Brasil! Isso significa que tudo tem corrido bem. OBRIGADO BRASIL!

Kike – Obrigado pelo seu tempo, e as pessoas do Brasil por ouvir a banda, preparem-se para escutar nosso segundo e brutal CD.

Link: http://jumbofiles.com/jvdprqd41ak1/Disharmonic Example.rar.html

Contato: http://www.disharmonic.es/

http://www.facebook.com/pages/DISHARMONIC/124636630953046#!/pages/DISHARMONIC/124636630953046

Labore Lunae – Devaneios (Demo 2009) – MS Metal (Coletânea 2004)

02 segunda-feira jul 2012

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Hoje estou postando o material desta banda de Doom/Death Metal sul-mato-grossense, que também estará pintando amanhã em uma entrevista exclusiva. Apesar de não ser um disco completo, com uma grande produção, as músicas da banda transbordam garra e um peso absurdo, sem com isso esquecer da melodia, tão importante no Doom Metal. As letras são outro caso a parte, todas em português, e muito acima da média do estilo, com poemas e citações que conferem  um ar especial as músicas. As faixas que se destacaram na minha opinião foram Decatexis e Remorso Sofista. Altamente indicado para quem gosta das bandas de Death/Doom Metal do início dos anos 90.

Nota:8,5

Obs: Estou usando agora o Jumbofiles, vamos ver como vai ficar a partir de agora, já que cada dia traz uma novidade. Se gostarem do disco, comprem o original, dessa forma ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist:

Devaneios:

1- Decatexis

2- Remorso Sofista

3- Sombria

MS Metal – Coletânea

1- Decatexis

2 – Silêncio no Fim

Download:

Easyshare: http://www.crocko.com/DEC35E6DF6524E3DA180B5C8A0AA6701/Labore_Lunae_-_Devaneios_-_2009.rar

Jumbofiles: http://jumbofiles.com/vvljg5an596c/Labore Lunae – Devaneios – 2009.rar.html

Entrevista com a Banda Clawn (São Paulo)

01 domingo jul 2012

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Banda

Clawn

Local

São Paulo

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

1998

 

No findar do fim de semana, eis que publico a entrevista com esta grande banda brasileira de Death Metal, verdadeiros ícones e batalhadores no underground nacional. Formada por Fábio Gonçalves (Vocal, Guitarra), Rodolfo (Vocal, Baixo) e Pedro Corrêa (Bateria). Conversei com os três sobre seu mais recente disco e sobre o cenário nacional em si que, apesar das dificuldades, ainda continua a produzir excelentes bandas…

Vicente: O Clawn foi formado em 1998. Qual é o balanço que fazem desses 14 anos de trajetória no Metal?

Fabio: Apesar de todas as dificuldades em manter uma banda ativa há mais de uma década, estamos fazendo a manifestação artística que amamos, com liberdade e respeito aos nossos princípios pessoais e musicais. Saber que, através da banda, fizemos amigos e produzimos trabalhos que levaremos por toda a vida, não tem preço, sendo a coisa que mais valorizo em nossa trajetória.

Rodolfo –Muita luta, perseverança e amor ao que fazemos. A banda faz parte pelo menos da metade de nossas vidas e poucas coisas nos faz tão bem quanto ela. Ficamos felizes em saber que de alguma forma escrevemos nosso nome na história do metal nacional.

Vicente: O seu segundo disco “The Great Excuse to Domination”, foi lançado no ano passado. Como foi e ainda está sendo a reação do público?

Fabio – Muito boa! Isso para mim é algo surpreendente, gratificante e altamente satisfatório. Sabíamos que estávamos fazendo um CD muito bom para nós mesmos, como músicos e apreciadores do lado negro da música. Mas saber que outras pessoas comungam da mesma ideia é algo fantástico.

Rodolfo – A reação está sendo muito melhor do que imaginávamos, com uma repercussão totalmente favorável; estamos mais que empolgados com tudo isso!

Vicente: Vocês o gravaram onde? Conseguiram obter o resultado esperado?

Fabio – O álbum foi todo gravado e mixado em Botucatu/SP, nossa cidade natal, entre os meses de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, no estúdio SA, com a produção de Rodrigo Pinheiro. A masterização aconteceu durante os meses de março e abril de 2011, em Mogi Guaçu, pelas mãos de Tomaz Ribeiro, no estúdio Área Livre.

Importante ressaltar o lançamento, que aconteceu através da parceria de quatro selos de importante expressão! Nossos eternos agradecimentos à Black Hole Producutions, Rapture Records, Rotten Foetus Records e LAB6 Music.

Rodolfo – Fora isso, o CD contou com importantes participações, como do próprio produtor Rodrigo Pinheiro, fazendo o violão acústico da faixa “Oblivion” e Carol Corrêa, tocando os teclados nessa mesma música. Ainda contamos com a participação de Rafael Scherk, tocando violoncelo em dois sons do CD.

Vicente: Quem foi o responsável pela capa do disco? É uma capa forte, mas com uma grande arte…

Fabio – Toda a arte concebida em nosso segundo álbum foi fruto do trabalho do ilustrador mineiro Fernando Lima. Fernando é nosso amigo há tempos e soube sintetizar com maestria as nossas ideias, deixando a arte gráfica brutal e bela, como o espírito presente nas composições.

Rodolfo –A capa e a arte do CD expressa exatamente o teor das letras e a brutalidade das canções; ao ver a capa, a pessoa já tem ideia do que está por vir!

Vicente: Qual acredita ser a principal diferença dele para “Deathless Beauty of the Silence” (2006)?

Fabio – Muita coisa aconteceu no período existente entre o lançamento dos dois trabalhos, refletindo diretamente em nossas composições. A banda ficou mais experiente e musicalmente madura, com estruturas mais apuradas, complexas e com influências mais evidenciadas; isso, porém, mantendo a essência da banda intacta.

Rodolfo – É notória a evolução dos integrantes em “The Great Excuse to Domination”. Tudo foi gravado com mais calma, pensando cada parte estrutural de cada música.

Pedro – Conseguimos deixar o som mais definido, mostramos um som mais técnico e produzido.

Vicente: Considero as músicas “Blessed by Fake Light”, “Endless Suffering” e “The Essence of Chaos” formidáveis. Quais são os sons que o pessoal normalmente pede nos shows?

Fabio – Cara, essas músicas são a espinha dorsal do nosso set-list, estando presente em todos os nossos shows fundamentalmente, podendo até ser consideradas como clássicas em nosso repertório. Fora essas, “Sexual Religious Dementia” e “Human Remains” estão sempre presentes!

Rodolfo – Para nós, escolher o set-list não é uma coisa muito fácil! Existem sons que não tem como ficar de fora do show… É muito bom ver que a galera curte muito a “Religious Plague”, do nosso novo CD, no qual fizemos um videoclipe, que pode ser visto noYoutube.

Vicente: Quais são as suas principais influências?

Fabio – As minhas influencias são as mais diversas, que variam desde o mais clássico rock and roll ao mais brutal Death/Black Metal. Na hora de compor, também me inspiro em trabalhos cinematográficos e literários, bem como e, principalmente, em meu estado de espírito (risos).

Rodolfo – Dentro do Rock e Metal, gosto quase de tudo! Mas minha preferência está em sons extremos, com riffs e blast beats velozes.

Pedro – Do Rock Clássico ao Death Metal. Sem limites para influências.

Vicente: Como avaliam o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?

Fabio – Nunca se viu um cenário tão fértil para bandas como o atual. Grandes bandas, grandes álbuns e materiais de qualidade indiscutível e com repercussão nacional e internacional. Mas os espaços de divulgação e a realização de shows já é outra coisa…

Rodolfo – O cenário nacional hoje em dia está de fazer inveja pra qualquer país do mundo, há várias bandas destruindo tudo por onde passa; nessa hora dá orgulho de estar no underground brasileiro! Mas, infelizmente, existem bandas que ainda pagam para mostrar seu trabalho e não têm o apoio merecido.

Pedro – A qualidade das bandas é ótima, a união também. O que falta é apoio maior dos organizadores e apoiadores do underground.

Vicente: Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Deicide:

Sarcófago:

Morbid Angel:

Napalm Death:

Cannibal Corpse:

Fabio – De forma rápida e rasteira: Bandas que admiro muito, estando dentre as minhas preferidas dentro do extremo. Mestres! Grandes influências e os principais responsáveis por eu estar tocando em uma banda de Death Metal! (Risos).

Rodolfo –Bom, essas bandas são todas “top de linha!”. A influência delas em nosso som tem de sobra…Sons de cabeceira!

Pedro -Ícones do extremo!

Vicente: Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Clawn e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Fabio – Muito obrigado Vicente pelo espaço cedido à Clawn e pela condução dessa entrevista. Agradeço muito aos leitores, que nos acompanham e que através desta se interessaram pelo nosso trabalho! Valorizem as bandas nacionais! Comprem CDs das bandas brasileiras e usem as camisetas das suas bandas underground preferidas!

Rodolfo – Valeu pelo grande apoio dado ao Clawn e ao metal nacional! Obrigado por ceder esse espaço, que dessa forma o público conheça um pouco mais da banda. Caso alguém se interesse em ter o material nosso é só mandar e-mail para; rodolfocarrega@gmail.com ou clawn.brutaldeath@gmail.com

Pedro – Curtam a nossa página no facebook para acompanhar as novidades da banda.

www.facebook.com/Clawn.death

www.myspace.com/clawnbrutaldeath

Link clipe “Religious Plague”: http://www.youtube.com/watch?v=Hvp4aMC1T-Q

Entrevista com a Banda Azorrague (Paraná)

25 segunda-feira jun 2012

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Banda

Azorrague

Local

Paraná

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

2007

 Em mais uma entrevista exclusiva, desta vez conversei com Fernando Frogel, Baixista e Vocalista da banda Azorrague.  Completam a Banda Gabriel Castro (Guitarra), Douglas Renato (Guitarra), e Elton Ganzert (Bateria). Numa conversa séria e muito esclarecedora, Fernando fala do inicio do Azorrague, dos planos futuros e sobre o cenário musical nacional. Ao final da entrevista pode ser feito o download de 4 faixas do disco “Die With Us”.

 

Inicialmente fale um pouco sobre a trajetória do Azorrague.

Fernando: O Azorrague nasceu no dia 13/07/2007. Jacques, que era vocalista até então, já havia tocado comigo numa banda de Black Metal chamada Evilwar entre 1999 e 2004. Nesta gravamos os álbuns Unholy March e Evilwar. Após nossa saída perdemos o contato. Então, em 2007, quando Jacques converteu-se ao cristianismo, soube através de um amigo em comum que eu também havia me convertido uns anos antes. Assim, ele me procurou e retomamos a amizade. Através do Jacques conheci o Elton (baterista) em julho/07. Resolvemos então nos juntar para “fazer um barulho” junto com um guitarrista que não permaneceu. Assim nasceu o Azorrague, com a proposta de fazer um Death Metal, mas buscando sempre uma mistura com o Thrash Metal e alguma coisa do Black Metal. Em 2008 gravamos um EP de 3 músicas com pouquíssimos recursos financeiros. Entramos em estúdio para gravarmos o “Die with Us” no segundo semestre do ano de 2009.

Após a gravação, ainda antes do lançamento, contamos com a entrada na banda de um segundo guitarrista, o Douglas Renato. Também houve a saída do Jacques (vocal). Este saiu por motivos particulares. Sendo assim, acumulei os vocais junto com o baixo. A formação atual é: Fernando Frogel (baixo e vocal), Gabriel Castro (guitarra), Elton Ganzert (bateria) e Douglas Renato (guitarra).

Nesses anos fizemos apresentações pela região sul e sudeste apenas. Neste ano já estamos pré-produzindo em estúdio as músicas novas para um novo álbum que pretendemos lançar ano que vem.

Seu primeiro disco completo, “Die with Us”, foi lançado em 2011. Como foi a gravação do mesmo? O resultado final foi satisfatório?

Entramos no estúdio em meados de agosto de 2009. Foi um processo lento, pois é caro e fizemos tudo com recursos próprios. Além disso, queríamos alta qualidade na gravação, mixagem e masterização. Então o tempo que levasse não importaria, desde que ficasse com uma alta qualidade, dentro do que tínhamos disponível. Quem produziu o álbum foi o Karim Serri (Seven Angels). A masterização ficou a cargo do Pompeu (Korzus) e o encarte quem fez foi o Firás (Spirit´s Breeze).

Buscamos nessas 12 músicas trazer tudo aquilo que gostamos de ouvir. Peso, velocidade, riffs, melodias, solos, junto com um excelente trabalho de mixagem e masterização. Ficamos muito satisfeitos com o resultado final, principalmente por tratar-se de um primeiro CD.

E o retorno dos fãs, foi como esperavam?

Quem tem comprado o álbum, ou ouvido algumas faixas no MySpace, tem gostado muito e nos dado um ótimo retorno. Estamos bem satisfeitos, pois os comentários positivos sempre se voltam para os pontos onde mais tomamos cuidado durante todo o processo de composição e produção do álbum.

 Qual você acredita ser a principal diferença deste disco para o EP “Lies Empire”, gravado lá no início da banda em 2008?

Tudo. O EP foi apenas um registro para as pessoas saberem o que esperar quando ouvissem o nome Azorrague naquela época, uma vez que a banda não tinha nada gravado. Para citar uma como principal diferença, diria que o investimento. Gastamos muito com o “Die with Us” e praticamente nada com o EP.

O som do Azorrague é um Death Metal mais clássico. Como você enxerga a cena hoje em dia para o estilo?

Death Metal, principalmente na linha que exploramos, é um som que tem um público muito específico. A cena ainda tem muita gente que já curtia e apoiava nos anos 90 e o pessoal mais novo. As bandas têm variado bastante nas composições. Muita gente trouxe novos elementos e ideias. Acho que poucas bandas têm buscado manter esse estilo mais clássico do Death. Talvez os mais apaixonados pelos anos 80 e 90. Mas creio que o estilo ganhou muito em termos de variação e porque não dizer qualidade também.

Para quem não sabe, o Azorrague é uma banda de temática cristã. De onde surgiu este nome? E já encontraram alguma resistência do pessoal mais “mente fechada”?

Algumas traduções da Bíblia, as mais antigas, trazem esse nome em João 2:15. Era um instrumento de tortura utilizado na Roma Antiga. Uma espécie de chicote com oito tiras de couro, onde em cada ponta tinha um instrumento que cravava na pele e rasgava. Mas também pode significar açoite. Jesus usou um Azorrague para expulsar os vendedores do templo na passagem citada. Tiramos o nome daí.

Sobre resistência, sim. Enfrentamos bastante, não só por sermos uma banda cristã de Death Metal, mas pelo meu passado e do Jacques dentro do Black Metal. Além do Evilwar, o Jacques também foi vocalista do Murder Rape. Enfrentamos aqui em Curitiba, ou mesmo na internet. Ano passado encontrei umas pessoas da cena, ou próximas, no show do Cannibal Corpse aqui, do Slayer também. Os caras sempre fazem um teatrinho, mas não passa disso. Fato é que, na verdade, não me incomodo nem um pouco Falando sinceramente, não estou nem ai. Até dou risada com a postura dos caras. Faço aquilo que tenho convicção e, acima de qualquer um, meu maior interesse é o de agradar a Deus e fazer aquilo que Ele tem me colocado para fazer. Quem curtir o som, quiser ouvir, beleza. Quem quiser criticar, xingar, etc, estamos ai também.

Apesar de ser uma banda relativamente recente, vocês investem numa estrutura profissional com site onde oferecem produtos e todos os detalhes da banda. Sempre foi essa intenção, ser o mais profissional possível, dentro dos recursos disponíveis?

Dentro dos recursos disponíveis, sim. Gostaríamos de muito mais, oferecer mais coisas, gravar um disco por ano, viajar o Brasil todo tocando, América e até outros países. Mas nossa realidade não difere da grande maioria. Fazemos o que podemos e esperamos que mais portas se abram para podermos ir além. Agora, excelência, profissionalismo, amor e dedicação são o que todos devem buscar, se um dia quiserem algo mais.

Como está a agenda de shows? Acreditam que o cenário para as bandas nacionais está melhor que alguns anos atrás, ou nada mudou?

Temos alguns convites para o segundo semestre, mas as datas ainda não estão firmadas. Porém, estamos trabalhando nas novas composições e na pré-produção do novo álbum.

Acho que o cenário sempre foi carente de profissionalismo por parte da maioria dos organizadores, bem como o apoio às bandas. Estou desde 1997 tocando e, sinceramente, não vi melhora. Vi alguns organizadores mais interessados em apoiar as bandas, em fazer bons festivais com bons equipamentos e boa estrutura pra galera. Mas também vi muitos fazendo as bandas pagarem para ir tocar, colocando péssimos equipamentos no palco e uma estrutura (se é que pode se chamar assim) precária pra galera. Enfim, dificilmente veremos uma mudança nesse quadro, pelo menos nos próximos anos.

 

Quais são as suas principais influências?

 

Ah cara, anos 80 e 90. As bandas que influenciam o Azorrague em termos de som são Deicide, Slayer, Cannibal Corpse, Mortification, Carcass, Sepultura, Testament, Megadeth, Behemoth, Sinister, e por ai vai.

Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Deicide: Para mim é a banda mais perfeita de Death Metal. Não curto as idéias do Glen Benton, suas letras. Mas a sonoridade da banda é perfeita.

Mortification: Acho que no cenário das bandas cristãs, ao lado do Stryper, é a primeira que vem à cabeça. Steve Rowe é um exemplo de pessoa e superação para quem conhece a história da vida do cara. A banda tem ótimos álbuns também. Talvez um dos maiores álbuns da história do Death Metal, “Scrolls of the Megilloth”.

Eterna: No Brasil, acho que é uma das maiores referências de bandas cristãs, ao lado do Stauros. Eterna deve ser motivo de orgulho por ser do Brasil e pelo trabalho que realiza. Ótima banda!

Cannibal Corpse: pude ir ao show deles aqui em Curitiba ano passado. A cada novo álbum os caras surpreendem. São muito técnicos, mas sem perder o feeling. É uma banda que tenho ouvido muito ultimamente. Uma das minhas favoritas.

Carcass: outra da minha lista de favoritas. É uma banda que variou bastante, mas gosto muito de todos os álbuns. Acho o Necroticism e o Heartwork duas obras primas.

Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Azorrague e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Contamos mais do que nunca com o apoio de vocês e ajuda na divulgação. Fazemos o que fazemos porque está no nosso sangue. Amamos isso e isso é a nossa vida.

Quem não conhece, visitem o nosso myspace e ouçam o som: www.myspace.com/azorrague. Visitem o site também: www.azorrague.com.br e nosso Facebook. Entrem em contato com azorraguedeathmetal@yahoo.com.br ou fernandofrogel@yahoo.com.br.

Galera, apóiem a cena nacional. Vão aos shows, ajudem comprando material das bandas. Nossa cena depende da nossa união.

Nós também estamos com o nosso CD à venda. Basta nos contatar para ter mais detalhes.

Deus os abençoe e obrigado pelo apoio!

A você também Vicente. Obrigado pelo espaço, apoio ao Azorrague e principalmente a nossa cena.  

Link “Die With Us” : http://jumbofiles.com/xnrvlofcwy8s/Azorrague – Die With Us.rar.html

Entrevista com a Banda Neófito (Santa Catarina)

21 quinta-feira jun 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Neófito

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Banda

Neófito

Local

Santa Catarina

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

1994

 

Complementando o post de ontem, com o EP Abused, hoje publico a entrevista feita com o Rafael Ghislandi (Vocal e Guitarra) e o Rafael Tizatto (Guitarra), onde falam sobre o recém lançado “Abused”, além de darem uma boa geral na carreira do Neófito. Completam a banda Thiago Tigre (Baixo) e Guilherme Letti (Bateria). Saibam mais sobre o Death Metal sem fronteiras do Neófito…

Vocês têm quase duas décadas de existência. Como avaliam a trajetória da banda até este momento?

RAFAEL GHISLANDI: Em duas décadas tudo que você pode imaginar tem seus altos e baixos, inclusive uma banda. Mas a trajetória da Neófito é marcada pela dedicação de todos os músicos que já passaram por ela e se confirma com nossa formação atual, o gosto pela música e a vontade de criar sonoridades únicas é o alicerce da Neófito, independente das modificações que ocorrem no meio musical hoje em dia, somos focados em passar ao nosso público a energia que possuímos em cima do palco no meio de um show, e isso é o que faz valer a pena, ver a cara de satisfação de nossos fãs a cada música que tocamos.

O EP “Abused” foi lançado recentemente. Como está sendo a reação do público?

RAFAEL TIZATTO: Ótimo! Fizemos o show de lançamento em Lages/SC no dia 05/06/2012 (http://www.youtube.com/watch?v=MB3EKiflAws), a recepção do público foi excelente, também estamos conquistando boas resenhas deste material nos blogs e revistas.

Ficaram plenamente satisfeitos com o resultado obtido?

RAFAEL GHISLANDI : Sim, conseguimos passar nesse EP a atual fase da banda que é excelente.

Na música “No One Hear your Screams” vocês utilizaram uma espécie de Cítara, correto? De quem foi a ideia de utilizar um instrumento incomum na música mais extrema nacional?

RAFAEL GHISLANDI : Correto, utilizamos um sitar indiano. A mistura de instrumentos sempre foi um diferencial nas nossas músicas e utilizar um instrumento com uma sonoridade única junto com o peso das guitarras é algo fascinante que todos da banda curtem, então essas inclusões e ideias nascem naturalmente e fica difícil dizer quem exatamente teve a idéia.

 

Além disso, a música “The World is Crashing Down” é uma bela introdução feita ao piano. Sempre foi o desejo de vocês incorporar o máximo de outros elementos a sua música?

RAFAEL GHISLANDI : Com certeza a inclusão de novos instrumentos muitas vezes não convencionais para o estilo de música que tocamos, faz com que o músico aguce ainda mais o seu ouvido e assim podemos nos aventurar em outros campos musicais e descobrirmos muitas coisas possíveis de se criar. A mistura de instrumentos em nossos sons faz parte de nossa história, no primeiro CD “Eternal Suffering” também utilizamos um clarinete junto ao peso das guitarras.

 

Qual a principal diferença entre o EP e o disco “Eternal Suffering” ( Este trabalho foi relançado em 2010 – porem gravado em 1996)?

RAFAEL GHISLANDI : O CD “Eternal Suffering” foi gravado em 1996 e na época estavam na banda outras pessoas que também traziam suas influências para nossas composições, e para o EP Abused é a mesma coisa, novos integrantes, novas influências musicais, cada integrante tem suas experiências musicais de anos de estrada e tudo isso conta para que cada trabalho da Neófito seja algo inesperado, sem perder a linha base das composições que é o Death Metal. No princípio a Neófito tinha muita influência do Metal dos anos 80 e principalmente 90, hoje em dia não se perdeu isso, pelo contrário, somamos nossas experiências na música e ritmos atuais com o som do passado.

Apesar do som do Neófito possuir alguns “traços” do Sepultura anos 90 no novo EP, a banda em momento algum abandona o Death Metal mais clássico. É difícil encontrar esse equilíbrio?

RAFAEL GHISLANDI : Não. Basta ter a mente aberta e trabalhar os estilos musicais seguindo nossos sentimentos.

Quais são as suas principais influências?

 

RAFAEL TIZATTO: Cada um de nós agrega algo novo na banda, o Thiago Tigre traz algo mais Rock’n Roll, eu escuto mais Metal Extremo e Punk/HC, Ghislandi tem mais influencias do Death/Thrash anos 80/90 e o Guilherme escuta ritmos brasileiros e também World Music, além do Metal é claro.

Vocês são de Santa Catarina, porém fizeram shows por outras regiões do Brasil. Qual considera a maior diferença entre cada região em nosso país?

RAFAEL GHISLANDI : Já tocamos em várias regiões e a única diferença é que em cada local a forma de interação e união das pessoas que curtem esse estilo de música é único e algo particular de cada cidade, umas mais unidas outras mais “na deles”, porém todos sempre nos receberam muito bem e nós retribuímos com nossa raça e nosso som em cima do palco para todos curtirem ao máximo.

Vocês participaram da seletiva Wacken Metal Battle/SC ano passado. Como foi essa experiência?

RAFAEL TIZATTO: Fomos selecionados pela Roadie Crew a participar, foi bacana mostrar nosso som ao pessoal que estava lá e ao ”Júri”, recebemos muitos elogios nessa noite.

Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

RAFAEL TIZATTO:

Sepultura: Um dos maiores representantes do Brasil e da nossa cultura no mundo, fazer abertura para o Sepultura em 2011 foi a realização de um sonho para a Neófito.

Korzus: Fizermos encerramento do show deles em SC no ano passado. Thrash Metal fiel ao estilo.

Cannibal Corpse: Aula de Death Metal – Mestres!

Nervochaos: Tocamos com eles 2010, acredito que seja a banda do underground nacional com mais estrada e experiência. Som porrada.

Carcass: Sempre foram originais adicionando novos elementos ao Death Metal, saindo do Grindcore até o Death’n Roll, FODA!

Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Neófito e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

RAFAEL TIZATTO: Agradecemos a todos os amigos e colaboradores da Neófito, que sempre nos acompanham em shows e participam da divulgação da banda conosco.

Acessem e Curtam nossa página no facebook: facebook.com/neofitometal , lá também estão disponíveis alguns vídeos ao vivo e links para download do nosso novo material. Abraços!

Neófito – Abused (EP) – 2012

20 quarta-feira jun 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Neófito

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Bandas Brasileiras, Death Metal, Neófito

Neófito é uma banda catarinense de Death Metal, com quase duas décadas dedicadas ao Metal. E amanhã estarei publicando a entrevista que fiz com eles, então nada melhor, como um aperitivo, que postar o mais recente EP deles. Abused é um primor de competência, que demonstra o quanto o tempo de estrada ajuda no aprimoramento. A banda aqui, incorporou ao seu Death  Metal uma boa dose do Sepultura dos anos 90, com algumas percussões bem interessantes, além de não mostrar medo algum de inovar, colocando uma bela introdução ao piano na instrumental “The World is Crashing Down”, além de uma sitar na ótima “No One Hears Yours Screams”. O Resultado é um EP extremamente convincente e de fácil audição, o que faz acreditar, que mantendo essa qualidade, quando surgir um novo disco estará figurando entre um dos grandes álbuns nacionais dos últimos tempos. Indicado não somente para a turma mais extrema, mas sim para o público em geral, pois realmente vale a pena. Destaque principal para a já citada “No One Hears Yours Scream” e “Daily Tragedy”.

Nota:9,0

Obs: Estou usando agora o Jumbofiles, vamos ver como vai ficar a partir de agora, já que cada dia traz uma novidade. Se gostarem do disco, comprem o original, dessa forma ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist:

1. The World is Crashing Down 02:23  
   
2. Abused 03:37  
   
3. Daily Tragedy 04:22  
   
4. No One Hears Yours Screams 05:10  

Download:

Easyshare:http://www.crocko.com/6A90E39AD4FE44778B5FD13BE8F9ED83/Neófito_-_Abused_EP.rar

Jumbofiles:http://jumbofiles.com/ghef3412501b/Neófito – Abused EP.rar.html

Entrevista com a Banda Hypnos (República Tcheca)

19 terça-feira jun 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Entrevista, Hypnos

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Death Metal, Entrevista, Hypnos

 

Banda

Hypnos

Local

República Tcheca

Gênero

Death Metal

Ano de Formação

1999

 

Bronislav “Bruno” Kovarik (Vocais, Baixo e Guitarra), montou o Hypnos após sair do Krabathor, uma das maiores bandas de Death Metal do Leste Europeu nas décadas de 80 e 90. E nessa entrevista demonstra todo seu amor e conhecimento do gênero, mostrando ainda um profundo conhecimento do Metal em nosso país. sendo sempre sincero e fazendo dessa conversa um grande divertimento e aprendizado. Completam a banda Petr “Pegas” Hlavac (bateria) e Igor Hubik (Guitarra). Nesse link podem conferir o vídeo que fizeram para a música  “Inverted”: http://www.youtube.com/watch?v=1gHMHHpX7_M 

Conte-nos um pouco sobre os treze anos de Hypnos. Como foi o começo da banda?

Bem, foi muito simples. Eu estava há quatorze anos no Krabathor e quando eu os deixei em 1999, devido a diferentes pontos de vista, eu perguntei ao meu velho amigo baterista Pegas (a propósito, também ex-membro do Krabathor) para iniciar uma nova banda de Death Metal, então começamos com o Hypnos. Depois de 3 álbuns completos pela Morbid Records alemã, e muitos shows pela Europa, tivemos um período em silêncio por alguns anos, mas agora estamos de volta com um novo álbum.

Vocês lançaram esse ano seu quarto disco completo, “Commando Heretic – Rise of the New Antikrist”. Como está a divulgação? Quando e onde foi gravado?

Nós gravamos o álbum em Outubro / Novembro de 2011, no SHAARK estúdio (Rep. Tcheca), com engenheiros de som locais e Finstad Borger da Noruega. Foi mixado e masterizado mais tarde por Borger em seu estúdio TOPROOM na Noruega. Em geral, foi um trabalho bem rápido, todas as músicas estavam bem preparadas e havia um ótimo ambiente no estúdio, então precisamos de menos de 10 dias para a gravação em si. Os dois álbuns anteriores foram gravados por Harris Johns na Alemanha e ficamos tão satisfeitos que melhorou até a qualidade do nosso som. “Commando Heretic” é realmente um disco maduro, estamos satisfeitos com todos os aspectos dele.

Além do novo álbum, vocês têm mais três: In Blood We Trust (2000), The Ride Revenge (2001), Rabble Mänifesto (2005), e alguns EPs e Demos. Fale nos um pouco sobre cada um deles.

Nosso primeiro EP é, de certa forma, uma Demo, mas estipulou a nossa direção musical. Nós regravamos essas canções para o álbum de estréia, exceto o cover do Bulldozer, é claro.

Então surgiu o primeiro disco, “In Blood we Trust”, gravado no mesmo estúdio eslovaco onde usualmente gravávamos os discos do Krabathor, e a qualidade do som, do ponto de vista de hoje, digamos que ficou apenas regular. Mas nós estávamos cheios de energia, estávamos com apetite de gravar um disco de Death Metal com músicas que seriam fáceis de lembrar. Muitas delas ainda estão em nosso repertório ao vivo, In Blood We Trust, Lovesong, Breeding the Scum.

“The Ride Revenge” gravamos em Berlim com o nosso produtor dos sonhos – Harris Johns, apenas um ano após a estréia. A qualidade do som e as composições estão em um grande nível, também devido a termos nesse disco o grande guitarrista David M. Com este álbum, ficamos plenamente satisfeitos, até mesmo hoje em dia.

“Rabble Mänifesto” foi gravado novamente com Harris, mas a situação na banda ficou um pouco complicada, pois nosso contato principal na gravadora Morbid Records, Olaf, deixou a empresa… Queríamos gravar um álbum moderno com um toque forte de Black Metal, mas posso dizer que não fomos bem sucedidos nessa empreitada. “Rabble Mänifesto” acabou sendo um álbum de Death Metal com boa produção, onde procuramos tocar músicas mais complexas que o habitual.

“HTH” é a nossa Demo de retorno em 2010, mais tarde lançada como um MCD para o nosso retorno ao “Brutal Assault Festival”. Foi gravado realmente em um ensaio, mas soou bem e foi o nosso primeiro passo para o álbum “Heretic Commando”

Entre Rabble Mänifesto e Commando Heretic houve um hiato de sete anos. O que aconteceu nesse período?

Na verdade, a banda separou-se em 2006, voltando em 2009. Eu tive de lidar com alguns problemas pessoais, tive alguns problemas para manter a formação da banda… Simplesmente a atmosfera na banda não estava certa por isso decidi encerrá-la por um certo período. Em 2009, começamos a tocar novamente e compor as músicas com Pegas e o caminhão está rodando novamente!

Sua música é um Death Metal puro e clássico. Como você vê a cena nos dias atuais?

Você sabe, cada período tem algo importante e você tem que conviver com isso se você quiser sobreviver. Você tem que ser melhor do que o resto. Existem toneladas de bandas em geral, um monte de boas bandas e muitos deles são grandes bandas. Tentamos ser o melhor que podemos, sempre.

Bruno, além de Hypnos, você já tocou no Krabathor (importante banda da Rep. Tcheca) por mais de dez anos. Como foi a experiência, e as diferenças para o atual momento de sua carreira?

Krabathor era “a” banda no fim dos anos 80 e inicio dos 90… Fomos um dos primeiros a tocar Death Metal na Tchecoslováquia e no Leste Europeu, o que também foi uma razão importante para o sucesso que alcançamos. Mas, de qualquer maneira, isso somente aconteceu porque fomos capazes de escrever boas canções, além de termos trabalhado de forma exaustiva para isso. Foram grandes momentos, mas durou o tempo que tinha de durar. O que quero dizer é que, hoje em dia, após tanto tempo, o Krabathor significaria apenas a memória nostálgica, agora há muitas bandas melhores do que nós.

Como está a cena na República Checa para o Rock e o Metal?

Ainda muito boa. Minhas bandas favoritas, de nível internacional, são, por exemplo: Dying Passion, Root, Godless Truth, Brutally Deceased, Insania, Arakain, Prazsky Vyber, Silent Stream of Godless Elegy, Forgotten Silence e muitas mais. Procure conhecê-las e você verá que estou certo.

O que vocês conhecem sobre as bandas de Rock e Metal brasileiras?

Claro que todo mundo conhece Sepultura, Soulfly, Cavalera Conspiracy, Krisiun, Angra. Mas eu também amo Sarcófago, por exemplo, muitos anos atrás eu era grande fã dos Ratos de Porão, Vulcano, The Mist, eu me lembro do Rebaelliun, eu realmente gosto, por exemplo, do André Matos. Vocês têm um grande país, com muitas influências e, portanto, a cena também é grande. Brasil “kicks ass”, cara! (essa parte nem precisa tradução)

Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Deicide: Eu amo os três primeiros álbuns, “Legion” é o meu preferido. Eu sei que eles lançaram dois bons álbuns recentemente, e lá está também o meu amigo Jack Owen, mas não os escuto tanto quanto no início. De qualquer forma, é uma banda original e uma influência. Glen tem, concorde ou não, uma grande personalidade e gosto da sua promoção do anticristianismo. Isso é legal.

Morbid Angel: Provavelmente o mesmo que disse sobre o Deicide posso dizer sobre eles. Além disso, fizemos uma turnê pela Europa com eles em 2000. Seu primeiro disco foi o meu álbum favorito na época. Eu fiquei feliz quando David voltou à banda, mas o tempo que estávamos à espera de novo álbum foi tão longo e o resultado é bastante controverso. De qualquer forma, eu gosto de algumas faixas mais Death Metal, mas existem outras bandas que eu prefiro ouvir hoje em dia. Mas em geral – outro ícone para glorificar!

Krisiun: Banda legal, caras igualmente legais, nos encontramos várias vezes no palco (da última vez em janeiro deste ano). Eu os admiro pelo trabalho duro de muitos anos e conquistaram o sucesso que merecem. A música é muito extrema para mim, eu tenho dois álbuns deles em minha coleção, mas é realmente demais para mim (risos).

Celtic Frost: Uma das minhas bandas favoritas de sempre. Em meados dos anos 80 eram meus ídolos absolutos, tenho grande respeito por Thomas até hoje e eu realmente amo o que ele está fazendo com o Triptykon. Ele é o cara para se ajoelhar defronte. Eu gostaria de conhecê-lo melhor, encontrei com ele 2 vezes e fiquei realmente espantado com a pessoa agradável e inteligente que é. Meu DEUS pessoal!

Marduk: Banda legal, mas também muito extrema para mim. De qualquer forma, no passado, eu realmente gostei do álbum “Panzer Division Marduk”, este é um holocausto absoluto.

Para encerrar, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber mais sobre a música do Hypnos.

Bem, visite nosso site oficial www.hypnos-cz.com , onde há um monte de informações sobre a banda. E, claro, confira nosso novo álbum, “Heretic Commando-Rise Of The New Antikrist”, certamente encontrarão várias maneiras de baixá-lo. No caso de fazer um Download pago ou comprar nosso CD, nós e nossa empresa Einheit Produktionen apreciaríamos muito (risos).

Malevolent Creation – Conquering South America – 2004

04 segunda-feira jun 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Malevolent Creation

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Tags

Death Metal, Malevolent Creation

Antes de comentar o disco em si, aos poucos estou substituindo os discos que estão com os links quebrados, postando eles no Jumbofiles, com todos os problemas enfrentados com o Mediafire, 4shared e Rapidshare. Parece ser um bom host, sem contar que não é necessário esperar aquele tempo tradicional para fazer o download. Vai levar um bom tempo para reupar tudo, mas conto com a compreensão de todos. Se existir algum disco em especial que gostariam que reupasse com maior urgencia, podem pedir…

o disco ao vivo gravado no Brasil, durante a tour da banda em 2003.  Contém as grandes músicas da banda americana, em uma gravação bem legal. Vale a pena conhecer, principalmente quem gosta de um som mais extremo.

Nota:8,0

Obs: Estou usando agora o Jumbofiles, vamos ver como vai ficar a partir de agora, já que cada dia traz uma novidade. Se gostarem do disco, comprem o original, dessa forma ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist:

1. “Eve Of The Apocalypse” 4:26
2. “Multiple Stab Wounds” 3:26
3. “Manic Demise” 3:16
4. “Blood Brothers” 4:35
5. “Kill Zone” 3:57
6. “Rebirth Of Terror” 3:39
7. “Slaughter Of Innocence” 3:56
8. “To Die Is At Hand” 3:47
9. “Coronation Of Our Domain” 5:21
10. “Monster” 2:43
11. “All That Remains” 4:07
12. “Alliance Or War” 4:35
13. “Infernal Desire” 3:19
14. “Living In Fear” 3:15
15. “Malevolent Creation” 5:36

Download:

Easyshare: http://www.crocko.com/363F9B3A92C7432B9A1029BAB13CF052/Malevolent_Creation_-_[2004]_Conquering_South_America_[Live].rar

Jumbofiles: http://jumbofiles.com/ndxco5c3gki0/Malevolent Creation – [2004] Conquering South America [Live].rar.html

Krisiun – Black Force Domain – 1995

28 quarta-feira mar 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Krisiun

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O primeiro disco do grupo gaúcho, no qual a banda ainda aperfeiçoava o seu Brutal Death Metal que ia conquistar o Brasil e posteriormente o mundo. Talvez o disco mais cultuado pelos fãs, mas eu senti que faltou alguma coisa, o som não parecia completamente estruturado, status que a banda atingiu nos lançamentos subsequentes. Destaque para Black Force Domain, Hunter of Souls, Meanest Evil, Obsession by Evil Force e o Cover do Sodom, Nuclear Winter  

Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Mediafire e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. “Black Force Domain”   5:22
2. “Messiah of the Double Cross”   5:04
3. “Hunter of Souls”   4:06
4. “Blind Possession”   3:48
5. “Evil Mastermind”   4:22
6. “Infamous Glory”   2:08
7. “Rejected to Perish Below”   4:47
8. “Meanest Evil”   4:24
9. “Obsession by Evil Force”   3:45
10. “Sacrifice of the Unborn”   4:02
11. “Nuclear Winter” (cover de Sodom) 5:31
12. “Total Death” (cover de Kreator) 3:14

Download:

Jumbofiles:http://jumbofiles.com/j2qtl2i6igg3/Krisiun – Black Force Domain.rar.html

Easyshare:http://www.crocko.com/C1BBF50BB99A459891A227CCFC4D47A2/Krisiun_-_Black_Force_Domain.rar

Clawn – Deathless Beauty of the Silence – 2006

29 quarta-feira fev 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Clawn, Death Metal

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Banda Paulista de Death Metal formada 1998. Executa um som muito pesado neste seu primeiro disco, mas o vocal as vezes peca pela repetição, mas que fará a festa dos fãs do estilo. Destaque para as faixas Endless Suffering, The Essence Of Chaos e Human Remains

Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Mediafire e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. Sexual Religious Dementia 03:47  
   
2. My Word Against Your Lies 03:22  
   
3. Endless Suffering 03:08  
   
4. Karmic Existence 03:34  
   
5. Suffocated 02:04  
   
6. The Essence Of Chaos 03:16  
   
7. Slavery Mental State 01:09  
   
8. Human Remains 02:23  
   
9. Messages Of A Failed Messiah 03:30  
   
10. Convict To Live In Pain 03:43  
   
11. Bitter Taste Of Disillusionment 04:37  
   
12. Last Clear Sight 01:55  

Download:

Jumbofiles:http://jumbofiles.com/qmlh7pwps5ef/clawn – deathless beauty of the silence.rar.html

Easyshare:http://www.crocko.com/2219C09CD87A48C0B063C7774FEB21F7/clawn_-_deathless_beauty_of_the_silence.rar

Dying Fetus – Descend Into Depravity – 2009

18 sábado fev 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Dying Fetus

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Dying Fetus é uma banda de Death Metal Americana formada em 1991, que neste Descend Into Depravity, seu sexto disco de estúdio, traz um som extremamente pesado em bem gravado, mas que em determinados momentos soa um pouco repetitivo, além de ser  um pouco curta a duração (pouco mais de 30 minutos). Mas quem é fã do estilo vai curtir, com destaque para as faixas Your Treachery Will Die with You, Conceived into Enslavement e Descend into Depravity

Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Mediafire e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. “Your Treachery Will Die with You”   3:34
2. “Shepherd’s Commandment”   4:27
3. “Hopeless Insurrection”   4:31
4. “Conceived into Enslavement”   4:23
5. “Atrocious by Nature”   3:50
6. “Descend into Depravity”   5:00
7. “At What Expense”   4:36
8. “Ethos of Coercion”   3:15

Download:

Jumbofiles: http://jumbofiles.com/z668o7l4zzzk/Dying Fetus – Descent Into Depravity (2009).rar.html

Easyshare:http://www.crocko.com/54B410E4DB6A495A87266A1A31DFB7BC/Dying_Fetus_-_Descent_Into_Depravity_(2009).rar

Malevolent Creation – The Will to Kill – 2002

21 segunda-feira nov 2011

Posted by bacchus30 in Death Metal, Malevolent Creation

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Na vdd, um pouco preguiçoso para comentar(efeito da segunda-feira, provavelmente), entao aqui vai os destaques:  The Will to Kill, Assassin Squad e Divide and Conquer

Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Mediafire e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. “The Will to Kill”   3:58
2. “Pillage and Burn”   2:21
3. “All That Remains”   3:55
4. “With Murderous Precision”   3:49
5. “Lifeblood”   3:31
6. “Assassin Squad”   3:05
7. “Rebirth of Terror”   3:34
8. “Superior Firepower”   3:34
9. “Divide and Conquer”   4:58
10. “The Cardinal’s Law”   5:18
11. “Burnt Beyond Recognition”   3:30

Download:

Jumbofiles: http://jumbofiles.com/ng1vkro11el9/Malevolent Creation – [2002] The Will To Kill.rar.html

Easyshare:http://www.crocko.com/3BF42BE5E52146ADBF70C47F799290DC/Malevolent Creation – [2002] The Will To Kill.rar

Nervochaos – Battalions of Hate – 2010

17 sábado set 2011

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Nervochaos

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Banda Paulista formada em 1996 e que conta com quatro discos lançados já, sendo este Battalions Of Hate seu mais recente. É um bom disco, pesado como deve ser, com destaque para Pazuzu Is Here, Dark Side e Perish Slowly

Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. Pazuzu Is Here 03:50  
   
2. Total Satan 04:16  
   
3. Dark Side 03:21  
   
4. Infernal Words 03:04  
   
5. All-Out War 02:59  
   
6. Dark Chaotic Destruction 02:48  
   
7. One From None 01:50  
   
8. I Fucking Hate You 02:58  
   
9. Perish Slowly 03:03  
   
10. The Dead Shall Rise From A River Of Blood 02:13  
   
11. Legiões Satânicas (Vulcano cover) 03:19

Download:

Jumbofiles: http://jumbofiles.com/j5e5wovkqwf9/nervochaos – battalions of hate.rar.html

Easyshare:http://www.easy-share.com/7D53A77EE0AA11E09676002481FAD55A/nervochaos – battalions of hate.rar

Brujeria – Brujerizmo – 2000

08 terça-feira mar 2011

Posted by bacchus30 in Brujeria, Death Metal, Grindcore

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Quando surgiu, em 1989, o Brujeria pegou o mundo de surpresa, com seu Death/Grindcore insano, e seus integrantes se passando por Mexicanos e afins, o que deixava muitos sem saber quem realmente tocava na banda (hoje em dia não daria certo, com a internet e a rapidez das informações).

Mas este Brujerizmo já é seu terceiro disco, então todo a história já havia perdido um pouco da graça, mas de maneira alguma perdeu o poder do som da banda. Músicas rápidas, com peso absurdo e cantadas em um espanhol furioso, é o que encontraram neste disco, com destaque para a faixa-titulo, Brujerizmo, Pititis Te Invoco, Anti-Castro, Cuiden A Los Ninos e Sida De La Mente

Nota:8,5

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. Brujerizmo 03:50  
2. Vayan Sin Miedo 02:16  
3. La Traicion 01:57  
4. Pititis, Te Invoco 02:23  
5. Laboratorio Cristalitos 01:31  
6. Division Del Norte 03:51  
7. Marcha De Odio 02:48  
8. Anti-Castro 02:33  
9. Cuiden A Los Ninos 03:30  
10. El Bajon 01:59  
11. Mecosario 02:45  
12. El Desmadre 01:41  
13. Sida De La Mente 04:35

Download:

Jumbofiles; http://jumbofiles.com/stu41jkms49l/Brujeria – Brujerizmo.rar.html

Easyshare:http://www.easy-share.com/1914154659/Brujeria – Brujerizmo.rar

Anarkhon – Obesidade Mórbida – 2006

02 quinta-feira dez 2010

Posted by bacchus30 in Anarkhon, Bandas Brasileiras, Death Metal

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Esse Primeiro disco da banda Paulista formada em 1999 tem muito de Cannibal Corpse, em determinados momentos, inclusive no vocal (C. Barnes rules nesse estilo), achei muito bons no som que se propoem a fazer, com destaque para as faixas A Dor da Imortal Putrefação, Execução Fetal, Prazer em Torturar, Violador e  Satisfação em Costurar um Corpo Retalhado com Arame Farpado ( títulos extremamente meigos estes, agora esse último é o melhor de todos…) 

Nota:8,5

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. Acidental e Torturante Decomposição 05:33  
2. A Dor da Imortal Putrefação 02:36  
3. Espetáculo de Horror e Tortura 04:45  
4. Execução Fetal 04:28  
5. Inocentes Anjos Canibais 03:25  
6. Obesidade Mórbida 04:21  
7. Prazer em Torturar 03:27  
8. Violador 05:08  
9. Terror, Morte e Antropofagia 06:03  
10. Satisfação em Costurar um Corpo Retalhado com Arame Farpado (demo) 03:10  
11. Profecias de um Psicopata Carniceiro (demo) 04:00  
12. Inocentes Anjos Canibais (demo) 03:18

Download:

Jumbofiles: http://jumbofiles.com/ulj7y5ukwcmk/Anarkhon – Obesidade Morbida (2006).rar.html

Kataklysm – Serenity in Fire – 2004

28 domingo nov 2010

Posted by bacchus30 in Death Metal, Kataklysm

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Banda Canadense de Death Metal formada em 1991, que faz, neste que é seu Sétimo disco de estúdio, um som um pouco mais voltado para o Melodic Death Metal, muito bom por sinal, mas que talvez não agrade os fãs mais ardorosos do Death tradicional, com destaque para as faixas The Ambassad0r Of Pain, The Resurrected, For All Our Sins, Serenity In Fire, 10 Seconds From The End e Under The Bleeding Sun.

Nota:9,0

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist: 

1. The Ambassador Of Pain 02:33  
2. The Resurrected 03:26  
3. As I Slither 02:57  
4. For All Our Sins 06:14  
5. The Night They Returned 03:53  
6. Serenity In Fire 04:38  
7. Blood On The Swans 02:44  
8. 10 Seconds From The End 02:46  
9. The Tragedy I Preach 04:43  
10. Under The Bleeding Sun 04:32

Download:

Jumbofiles:http://jumbofiles.com/agtykl326o7o/Kataklysm – Serenity in Fire.rar.html

Easyshare:http://www.easy-share.com/1913080986/Kataklysm – Serenity in Fire.rar

Malevolent Creation – Eternal – 1995

03 quarta-feira nov 2010

Posted by bacchus30 in Death Metal, Malevolent Creation

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Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist:

1. No Salvation 05:12  
2. Blood Brothers 04:04  
3. Infernal Desire 03:31  
4. Living In Fear 03:08  
5. Unearthly 03:30  
6. Enslaved 04:18  
7. Alliance Or War 03:52  
8. They Breed 02:49  
9. To Kill 03:58  
10. Hideous Reprisal 03:43  
11. Eternal 04:35  
12. Tasteful Agony 04:35

Download:

4shared:http://www.4shared.com/dir/4UvLD_J2/Malevolent_Creation_-_Eternal.html

Rapidshare:http://rapidshare.com/files/427348827/Malevolent_Creation_-__1996___Eternal.rar

Easyshare:http://www.easy-share.com/1912756843/Malevolent Creation – [1996]  Eternal.rar

Nile – Ithyphallic – 2007

15 sexta-feira out 2010

Posted by bacchus30 in Death Metal, Nile

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Bom disco do Nile, com destaque para a grande técnica nas músicas, não perdendo a butalidade, e para as faixas What Can Be Safely Written, Papyrus Containing the Spell to Preserve Its Possessor Against Attacks, The Essential Salts e Even the Gods Must Die. Só parece que ficou faltando alguma coisa, talvez aquela música espetacular, que te faz querer derrubar o computador, o som ou qualquer lugar onde esteja escutando (só obviamente não derrubar o carro, pq dai da problema)

Nota:

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist:

1. What Can Be Safely Written 08:15  
2. As He Creates So He Destroys 04:36  
3. Ithyphallic 04:40  
4. Papyrus Containing The Spell To Preserve Its Possessor Against Attacks From He Who Is In The Water 02:57  
5. Eat Of The Dead 06:29  
6. Laying Fire Upon Apep 03:25  
7. The Essential Salts 03:51  
8. The Infinity Of Stone 02:04  
9. The Language Of The Shadows 03:30  
10. Even The Gods Must Die 10:01

11. As He Creates, So He Destroys (04:50)
12. Papyrus Containing the Spell to Preserve Its Possessor Against Attacks From

Download:

4shared:http://www.4shared.com/dir/exqRxWhf/Nile_-_Ithyphallic.html

Rapidshare:http://rapidshare.com/files/424517120/Nile_-_Ithyphallic.rar

Easyshare:http://www.easy-share.com/1912600210/Nile – Ithyphallic.rar

Insidious Decrepancy – Extirpating Omniscient Certitude – 2009

08 sexta-feira out 2010

Posted by bacchus30 in Death Metal, Insidious Decrepancy

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One Man Band Americana, formada em 2000 e com 3 discos lançados, sendo este o seu mais recente. É Death Metal no mais bruto estado, para apreciadores do estilo, com destaque para as faixas Contemptuous Inception, Extirpating Omnicient Certitude e Perpetual Equanimity.

Nota:8,0

Obs: o disco completo esta no Rapidshare e no Easyshare, enquanto que música por música esta no 4shared, se gostarem do disco, comprem o original ajudando a banda, e não se esqueçam de fazer um comentário, não custa nada, vlw

Tracklist:

1. Contemptuous Inception 04:43  
2. Tribulation 02:56  
3. Slighting Salvation 03:22  
4. Once Revered 03:47  
5. Extirpating Omniscient Certitude 03:36  
6. Perpetual Equanimity 04:09  
7. Adorned In Agony 03:32  
8. Derided Reticence 03:30

Download:

4shared:http://www.4shared.com/dir/-r5DlUeI/Insidious_Decrepancy_-_Extirpa.html

Rapidshare:http://rapidshare.com/files/423742267/Insidious_Decrepancy_-_Extirpating_Omniscient_Certitude.rar

Easyshare:http://www.easy-share.com/1912559085/Insidious Decrepancy – Extirpating Omniscient Certitude.rar

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