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~ Resenhas e entrevistas com bandas de Rock & Metal

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Arquivos Mensais: outubro 2012

Entrevista com a Banda Master (Estados Unidos)

31 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Entrevista, Master

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Banda Master
Local Estados Unidos
Gênero Death Metal
Ano de Formação 1983

 

O Master faz parte da grande geração do Death Metal americano dos anos 80. E ainda se mantendo na ativa atualmente, com mais de 10 discos de estúdio lançados, shows ao redor do mundo, a banda continua a fazer e firmar seu nome. E nós iremos poder ver este poderio aqui no Brasil, onde a banda fará uma série de apresentações em Novembro. Nesta entrevista com o fundador e líder da banda, o vocalista e baixista Paul Speckmann, ele fala sobre suas lembranças dos shows anteriores no Brasil e sobre o mais recente disco da banda, o ótimo “The New Elite”.

Vicente – Vocês vão tocar novamente no Brasil em Novembro. Qual é a sua lembrança dos últimos shows aqui?

Paul Speckmann – Tivemos alguns shows matadores, e alguns shows de merda. Afinal foram para nós 22 shows em sete semanas. No geral foi uma explosão, com a exceção da morte de Leon e Tim (integrantes da banda After Death, que vieram a falecer em Aracaju, quando faziam uma turnê em conjunto com o Master e o Predator). Foram tempos difíceis, e dedicamos todo o restante da turnê para esses caras. Esta foi à primeira turnê em que perdemos músicos e o horror de tudo isso ainda continua em minha mente às vezes. De uma maneira mais clara, os fãs foram legais em todos os shows e as mulheres bonitas eram tudo. A comida e a Cachaça eram ótimas. Nós também tivemos ótimos momentos com os caras do Predator. Esta foi definitivamente uma experiência que eu nunca irei esquecer, é uma pena que demorou tanto tempo para fazermos uma turnê por ai…

Vicente – O que você espera destes novos shows aqui?

Paul Speckmann – Um grande e poderoso momento com meus amigos do Massacre e ABSU, os shows estarão lotados sem dúvida, e é para isso que vivemos, meu amigo. Eu também espero comer muita carne, como da última vez no Brasil!

Vicente – E o que os fãs daqui podem esperar do Master?

Paul Speckmann – Um grande set, com muita agressividade é claro, mas no momento eu não tenho idéia de quanto tempo iremos poder tocar.

Vicente – Para você, quais são as músicas que nunca podem estar fora dos shows do Master? Quais são as novas músicas que certamente entrarão no set list?

Paul Speckmann – Master, Pay to Die, Unknown Soldier etc

Das novas músicas certamente Smile as You’re Told and Remove the Knife.

Vicente – Vocês lançaram este ano “The New Elite”. Como foi a gravação deste álbum?

Paul Speckmann – Normal como qualquer outra gravação da banda. Os discos do Master levam aproximadamente uma semana para serem gravados.

Vicente – E a reação dos fãs foi como você esperava?

Paul Speckmann – Claro que o álbum já está esgotado. A gravadora não tem dinheiro para relançar ele, uma situação bastante incomum por sinal.

Vicente – Uma das melhores músicas do álbum é Smile as you’re told. Como foi a composição dessa música em particular?

Paul Speckmann – Normal, eu escrevi a música cerca de um ano atrás, enquanto ensaiava numa manhã e trabalhamos nela até ela tomar essa forma, nada de muito especial meu amigo. Eu escrevo cerca de 200 riffs por ano e quando é chegada a hora de gravar eu os escuto, faço os arranjos e vamos em frente. As letras são escritas após as músicas estarem 100% concluídas. As palavras vêm naturalmente. Vivemos em um mundo cheio de merda e controle, é hora de se levantar, lutar e ser livre novamente.

Vicente – Master é a uma das maiores bandas de Death Metal no mundo. Como você vê essa cena nos dias de hoje?

Paul Speckmann – A cena está melhorando, cada vez mais pessoas estão começando aparecer nos shows novamente. Claro que os anos noventa foram os melhores, mas a cena definitivamente tem crescido novamente, assim tudo está bem no meu acampamento!

Vicente – Em 2013 o Master irá comemorar 30 anos de existência. Depois de todo esse tempo, quais são seus próximos objetivos?

Paul Speckmann – O mesmo de sempre, fazermos em torno de 100 shows a cada ano e escrever e gravar CDs novos a cada 2 anos, e assim vamos continuar. Meu objetivo é tocar nos maiores festivais da Europa, mas isso o tempo vai dizer meu amigo.

O maior problema aqui, como com qualquer entidade é a política. Os festivais alemães são todos voltados para a política!

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você?

Paul Speckmann – GBH, The Exploited, Black Sabbath e Motorhead.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Death: Morto

Venom: Morto

Motorhead: Ainda vivo e chutando.

Obituary: Sem um guitarrista solo.

Slayer: Era uma vez a maior, pelo menos no tempo de Reign in Blood e Hell Awaits.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que amam o som do Master.

Paul Speckmann – Nos vemos nos festivais, estou ansioso para estar mais uma vez ai…

Entrevista com a Banda Sentinela Celeste (Distrito Federal)

29 segunda-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Hardcore, Sentinela Celeste

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O Sentinela Celeste é um grupo relativamente recente, cuja proposta é um som Hardcore com temática cristã, algo nem tão comum nos dias de hoje. E divulgando sua música no meio virtual, a banda procura encontrar seu espaço da forma mais honesta possível. Conversei com o baterista e vocalista Rafael Oliveira, que falou um pouco mais sobre a banda, sua ideologia e projetos…  

 

Vicente – Inicialmente, nos fale um pouco sobre a banda. Como foi o inicio da trajetória do Sentinela Celeste?

Rafael Oliveira – O Sentinela Celeste nasceu de um desejo antigo, sempre quis compor músicas numa linha mais pesada, mas não havia encontrado as pessoas certas. Depois de sair da banda JR33, que tinha uma linha pop, mas com algumas influências do punk, decidi sair em busca de músicos para formar esse projeto, isso em 2007. Mas só em 2009 consegui pilhar meu primo (Danilo) e meu irmão (Samuel) para darmos um gás nesse projeto, que a princípio seria apenas de estúdio, mas amigos começaram a nos chamar para eventos, então começamos a cair na estrada.

 

Vicente – O som da banda é um Hardcore, mas com letras de temática cristã. Como surgiu essa ideia, já que não é tão comum bandas cristãs neste estilo?

Rafael Oliveira – A princípio nem pensamos em seguir nessa linha hardcore, mas com o passar do tempo as musicas foram tomando essa direção. Poderíamos tocar Metalcore, New Metal ou até Thrash Metal, mas foi algo natural chegarmos nessa linha mais Hardcore. Realmente não é tão comum bandas cristãs de hardcore aqui no Brasil, mas as bandas que existem aqui representam bem o hardcore e os ideais cristãos. Falamos sobre nossa fé, e também falamos dos problemas da humanidade sobre um ponto de vista cristão.

Vicente – Vocês acabam de lançar “Natureza Caída”. Como foi a gravação e composição das faixas deste disco?

Rafael Oliveira – Cada composição foi um caso a parte. Por exemplo, “Natureza Caída” e “Nova” foram ensaiadas na nossa pré-produção, músicas que trabalhamos um tempo e tal. “Revolta” foi uma regravação do nosso 1º EP, queríamos registrá-la com mais peso. Já “Alvorada” e “Joelhos no Chão” foram terminadas dentro do estúdio, “Joelhos no Chão” não tinha nem letra quando gravamos a parte instrumental dela. As gravações foram tranquilas, mas, devido aos nossos compromissos pessoais, tivemos um espaço de tempo muito grande entre as sessões, o que poderíamos gravar em 3 dias, acabamos levando 4 meses.

 

Vicente – O disco está disponível para download gratuito. Algum motivo especial ou acredita ser este o melhor caminho a seguir por uma banda que inicia seus trabalhos?

Rafael Oliveira – O motivo especial é para que as pessoas tenham um acesso mais fácil ao nosso trabalho. Mas cremos também que essa é uma forma legal de bandas novas divulgarem o seu trabalho.

 

Vicente – Como tem sido o retorno do pessoal para o material?

Rafael Oliveira – Tem sido muito bom, temos recebido mensagens de pessoas de várias partes do país dizendo que curtiram o nosso som. Aqui mesmo em Brasília temos tido um feedback muito positivo. Claro que sempre se tem às críticas, mas procuramos lidar com elas de uma maneira racional, não deixamos nos levar pelas emoções.

 

Vicente – Vocês têm matérias em sites gospel. Como é essa relação com outras bandas que tem a mesma temática, mas muitas vezes possuem estilos completamente opostos?

Rafael Oliveira – A principio pensei que encontraríamos algumas negativas para nosso trabalho. Porém estava enganado. Devido ao conteúdo de nossas canções, temos quebrado as barreiras, as pessoas estão atrás de bandas que soem verdadeiras. Nossa relação com outras bandas é bem tranquila, pois temos um mesmo propósito, que é muito maior que apenas o estilo musical.

 

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Rafael Oliveira – São várias, mas temos algumas bandas que são unanimidade entre nós. Elas são o Rodox, Sangue Inocente, Tourniquet e As I Lay Dying.

 

Vicente – Como tem sido a rotina de shows da banda?

Rafael Oliveira – Antes de preparamos esse novo CD estávamos num período de hibernação, cuidando de outros projetos. Agora que lançamos o CD estamos na fase de divulgação. Começaremos os shows nesse mês (Outubro). Já temos alguns shows pré-agendados aqui mesmo por Brasília e propostas para tocarmos em outros estados também.

 

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da banda Sentinela Celeste e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam na música nacional.

Rafael Oliveira – Agradecemos a todos que acreditam e apóiam esse projeto que se chama Sentinela Celeste, vocês também são parte da banda!A cena depende de vocês!Apóiem as bandas nacionais que têm um trabalho serio e autoral, pois somente assim a cena se tornará mais forte. Um grande abraço a todos! Deus abençoe!

 

Integrantes:

Danilo S Oliveira – Guitarra

Rafael Sentinela – Bateria/Vocal

Samuel Robson S Oliveira – Guitarra

Wanderson Santana – Baixo

Entrevista com a Banda Dying Fetus (Estados Unidos)

26 sexta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Death Metal, Dying Fetus, Entrevista

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Banda Dying Fetus
Local Estados Unidos
Gênero Death Metal
Ano de Formação 1991

 

Uma das mais importantes bandas da atualidade em seu estilo, os americanos do Dying Fetus vem colecionando  resenhas positivas de seus mais recentes discos e shows, inclusive tendo passado aqui pelo Brasil no início deste ano. Nesta entrevista que se tornou mais um rápido bate-papo, pois a banda está no momento excursionando pela Europa, conversei com o baterista Trey Williams, e o resultado vocês conferem abaixo…

 

Vicente – Primeiro de tudo, Dying Fetus fez um dos maiores shows do ano no Brasil. Qual é a sua lembrança daqui?

Trey Williams – Todos os fãs no Brasil foram incríveis conosco. Estamos honrados pela energia que nos foi passada.

Vicente – Você já tocaram em muitos países no mundo nos últimos anos. Você acha que esses dias são melhores ou piores para as bandas em geral?

Trey Williams – Para mim, o Metal está ficando mais forte em todo o mundo. E o Metal extremo tem sido muito mais respeitado nos últimos anos.

Vicente – O Dying Fetus lançou este ano seu sétimo disco de estúdio “Reign Supreme”. Como foi a gravação deste álbum?

Trey Williams – Nós realmente apreciamos a gravação do álbum. Trabalhar com Steve Wright foi um prazer, como sempre o é.

Vicente – E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Trey Williams – Para ser honesto, nós sempre ficamos surpresos com a resposta que recebemos de nossos fãs, tanto os novos como dos mais antigos

Vicente – Qual é a maior diferença entre “Reign Supreme” e os demais álbuns do Dying Fetus?

Trey Williams – Os solos, o “groove” e o principal, todo o processo de produção do disco.

Vicente – Depois de duas décadas, como você vê a trajetória da banda?

Trey Williams – Vamos continuar a tocar pelo mundo, compor e gravar nossas músicas, desde que os fãs querem ver-nos tocar e ouvir o nosso som.

Vicente – Como é a cena nos EUA para Rock e Metal?

Trey Williams – Aqui os fãs de metal não são tão passionais com relação a música quanto os fãs na América do Sul e no sudoeste da Ásia.

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você?

Trey Williams – Na verdade, toda a música que eu já ouvi. Do pop ao rap e, claro, metal.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Nile: primeira classe

Carcass: Os pais do Grind.

Suffocation: Porrada clássica também

Cannibal Corpse: Um rolo compressor, dos pesados.

Sepultura: Um clássico Thrash

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que amam o som do Dying Fetus.

Trey Williams – Espero vê-los novamente aqui, talvez em 2013. Obrigado pelo apoio contínuo. Vejo vocês no pit…

Resenha Box-set “The 25th Anniversary“ (Apocalypse)

24 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Apocalypse, Bandas Brasileiras, Progressive Rock

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Resenhar o Box-set “The 25th Anniversary“ do Apocalypse foi uma das mais complicadas tarefas a que me submeti nos últimos tempos, e não por ser difícil de encontrar bons momentos, estes surgem a cada acorde, melodia, imagem ou som captados, mas sim pela quantidade e, principalmente, qualidade de todo material aqui encontrado. Pois possui o livro contando a história da banda, um DVD de ótima gravação, o CD ao vivo “Magic Spells”, o novo CD de estúdio “2012 Light Years From Home”, além de um pôster da banda. Irei resenhar na ordem que, ao menos para mim, fica perfeito para quem quer conhecer ou se aprofundar ainda mais no trabalho da banda gaúcha.

Começando pelo livro, já que com ele temos em mãos, mesmo de forma reduzida, toda a batalha do Apocalypse em prol de sua música e da música de qualidade. Escrito pelo jornalista Eliton Tomasi e comentado pelos próprios integrantes e pessoas próximas a eles, é um documento histórico para o rock progressivo nacional. De fácil leitura e escrita simples (não confundir com simplória), não se trata de um conto de fadas ou a busca pela fama e sucesso, mas sim relatos de uma banda que sempre teve os pés no chão, e acreditou no seu talento e que busca alcançar seus objetivos aos poucos, sem nunca desistir ou reclamar, mas simplesmente trabalhar para ir mais adiante. Contém grandes histórias e muitas fotos, inclusive raras, do inicio de carreira da banda. Item indispensável.

Após a leitura, nada melhor que partir para a música, e aqui falo do CD ao vivo “Magic Spells”, gravado durante a turnê da banda pelo estado do Rio Grande do Sul em 2005, mas que ficou “na gaveta” por todos estes anos, vendo a luz do sol somente com o lançamento do Box-set. Não há muito o que dizer de um álbum que possui faixas como Cut, South America, Magic, Blue Earth e Crying for help, sem contar a imensa qualidade técnica dos integrantes, o disco é uma “viagem” do inicio ao fim. E ele ainda conta com duas músicas de estúdio, Escape e Not like you, sendo a primeira um Hard Rock vigoroso e a segunda faixa uma bela e tranquila balada.

E com o DVD “The 25th Anniversary Concert” a qualidade do som ganha imagem também. O show principal fica com o concerto realizado em 2009 no Salão de Atos da UFRGS. Com uma ótima gravação e edição de imagens, o show fica com a banda e músicas que surpreendem pela emoção e força, como South América, Dreamer e Blue Earth, só para ficar em alguns exemplos. Além disso, conta com duas faixas gravadas em Caxias do Sul, Ocean Soul e Last Paradise, esta última com a participação de Hique Gómez e, na minha opinião, uma das mais brilhantes da banda, além de Waterfall of Golden Waters, esta registrada no Teatro Municipal de Niterói. Um detalhe que vale ressaltar é a possibilidade de inclusão de legendas, tanto em inglês como em português das músicas, algo tão simples, mas que faz um grande diferença para quem gosta de apreciar a música como um todo.

E para terminar, o novo CD de estúdio “2012 Light Years From Home“, um belo exemplo do que o futuro reserva para a banda e, principalmente, para seus fãs. Para quem gosta de comparações, diria que soa como um misto de Dr. Sin, Marillion e Yes. As influências progressivas estão aqui, intactas, mas também foi incorporada uma sonoridade mais moderna (mas não no sentido muitas vezes maléfico da palavra), a banda apostou também num Hard Rock muito bem executado. O disco é muito bem balanceado, com baladas formidáveis como Blue Angel e Morning Light (essa inclusive me trouxe uma certa conexão com The Spirit Carries On, do Dream Theater, mais notadamente pela excelente participação de uma voz feminina, mas não confundir isso com cópia), outros puro Hard Rock, onde as guitarras e a cozinha fazem um esplendoroso trabalho, como nas faixas Set Me Free, On the ways to the Stars e Find me Now, e fechando o disco, a totalmente progressiva faixa-título, com seus mais de 13 minutos de duração, onde o teclado domina tudo. Como sempre, Eloy Fritsch fez um grande trabalho, às vezes até de forma mais contida, mas sempre com muita qualidade, além de ter feito todas as linhas de baixo. Fabio Schneider na bateria demonstra que a banda não se ressentiu da saída do grande Chico Fasoli, mostrando toda sua capacidade. Já Ruy Fritsch surpreende com a quantidade de ótimos riffs e solos encaixados perfeitamente nas músicas. E Gustavo Demarchi, cuja voz encaixou-se perfeitamente com a proposta e sonoridade do Apocalypse, continua cantando muito bem, além de fazer pequenas inserções de flauta que ficaram muito boas. É mais um disco para ficar marcado na carreira da banda.

Enfim, qualquer um que gostar de rock progressivo, e mesmo o Rock e Metal em geral, deveria conhecer este trabalho, pela qualidade do trabalho apresentado, e para ver que, por mais difíceis que as coisas pareçam ser, quem tem capacidade e corre atrás de seus objetivos, consegue obter o reconhecimento merecido. Conhecemos o passado e presente do Apocalypse, e agora ansiamos pelo que o futuro irá nos trazer.

Maiores informações acessem www.apocalypseband.com

Nota: 10   

Entrevista com a Banda Apocalypse (Rio Grande do Sul)

22 segunda-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Apocalypse, Bandas Brasileiras, Entrevista, Progressive Rock

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Apocalypse – na cerimônia de entrega do prêmio Açorianos de Música (2012)

 

Outro grupo que dispensa maiores apresentações, principalmente para os amantes do rock progressivo. E a banda gaúcha Apocalypse pode ser considerada a principal referência do gênero no Brasil, possuindo um grande e merecido reconhecimento mundial pelo brilhante trabalho apresentado nestes quase trinta anos de carreira. Uma vitória, sem sombra de dúvida, mas principalmente por continuar em ascensão, e não simplesmente acomodar-se sobre os feitos do passado. Tive a oportunidade de entrevistar Eloy Fritsch, tecladista, fundador e principal compositor do Apocalypse que, numa conversa sincera e muito interessante, traz um panorama geral de toda a carreira da banda, principalmente do ótimo Box-set “The 25th Anniversary“. Amanhã irei publicar a segunda parte da matéria, falando sobre esse lançamento. Entreguem-se ao mundo do Apocalypse…

 

Vicente – Ano que vem o Apocalypse estará completando 30 anos de existência. Quando iniciaram em 1983, imaginavam chegar a três décadas na estrada, numa forma de fazer inveja e ainda em ascensão no cenário musical?

Eloy Fritsch – Quando iniciamos éramos uns guris e tudo não passava de brincadeira. Era muito divertido reunir os amigos para tocar e aos poucos fomos percebendo que gostávamos muito de estar compondo e tocando. A gente só queria fazer nossa própria música. Na época nossa música já soava diferente de outros grupos da região e, a medida que evoluíamos tecnicamente, cada vez mais nos aproximávamos do rock progressivo, estilo que trilhamos todos esses anos. Não tínhamos nem ideia como seria no futuro, quem ainda estaria na banda, quanto teríamos de retorno… Realmente é muito tempo de banda. No Brasil são poucos grupos que mantém um projeto por anos. Fico feliz que depois de quase três décadas o Apocalypse tenha produzido muita música, tocado em vários festivais, gravado muitos CDs e recebido o reconhecimento dos fãs e da crítica através de prêmios e homenagens. Isso nos enche de orgulho e motivação para continuar no caminho que escolhemos que é a música autoral.

 

Após o show do Apocalypse, Eloy Fritsch recebe em 2009 o troféu Vasco Prado da Universidade de Passo Fundo em homenagem aos 25 anos de banda.

Vicente – Com todo esse tempo de estrada, vários shows realizados e discos lançados, quais seriam os próximos objetivos do Apocalypse?

Eloy Fritsch – Estaremos lançando em breve o DVD “The Bridge of Light” que trará o concerto que fizemos na íntegra. Uma das melhores formações do Apocalypse. Um belo registro que já havia sido lançado em CD e que somente em 2012 as edições dos vídeos ficaram prontas.

 

Imagem da capa do DVD The Bridge of Light, próximo lançamento do Apocalypse

Vicente – Vamos falar do sensacional Box-set “The 25th Anniversary“. Como nasceu a ideia deste projeto tão ambicioso, e como foi colocá-lo em prática?

Eloy Fritsch – O Apocalypse estava para completar 25 anos e achamos importante valorizar esse momento e registrar a história da banda.  Então encaminhamos um projeto para a lei de incentivo a cultura e conseguimos um financiamento para realizar o Box Set. Trabalhamos muito na produção do material. Mas agora vemos que valeu a pena o investimento porque resultou em um material muito bonito que já recebeu prêmios. Na verdade o Box Set do Apocalypse é um conjunto de projetos. Temos o CD ao vivo Magic Spells oriundo de um projeto anterior do Apocalypse e que estava praticamente pronto, o DVD que precisou ser editorado incluindo as melhores gravações de shows da banda, o livro que foi escrito durante o tempo do projeto, o poster e o CD 2012 Light Years from Home. Este último, sem dúvida foi o mais trabalhoso porque é composto apenas por músicas inéditas. Durante o processo de composição e gravação o baixista e o baterista se retiraram do Apocalypse e isso foi desestimulante para aqueles que permaneceram na banda tocando o barco. O projeto quase não aconteceu por causa dessas desistências. O CD 2012 foi gravado em quarteto com o Fábio Schneider assumindo a bateria e eu tocando os teclados e o baixo. No final o disco ficou muito bem gravado e maduro. Gosto muito do resultado que conseguimos porque cada disco do Apocalypse tem novidades. Nunca fizemos um disco parecido com o anterior. Artisticamente isso é muito bom.

 

Capa do novo CD de estúdio do Apocalypse (2011)

Vicente – O livro que acompanha o material, contando a história da banda e contendo imagens e fatos importantíssimos, é um dos pontos altos do Box-set. Conte-nos um pouco sobre ele.

Eloy Fritsch – O livro foi escrito em português e inglês pelo ex-editor da revista paulista Hard Rock Valhalla, o jornalista Eliton Tomasi. Ele já acompanhava a história da banda e acabou tornando-se o produtor do Apocalypse por alguns anos.  Dessa forma ele acompanhou de perto o que aconteceu com o Apocalypse e transformou isso em um lindo livro.  O Eliton foi incansável na produção dos textos que foram revisados por membros da banda. No Brasil temos pouquíssimas publicações sobre grupos de rock progressivo nacional, então sua contribuição é muito grande, não só para o Apocalypse, mas para a história e a cena do rock nacional. A diagramação foi toda feita pelo próprio vocalista Gustavo e as fotos foram tiradas do arquivo da banda. Minha esposa Lauren tem muita coisa guardada e não usamos 1% no livro. Mas as imagens que usamos pontualmente representam as diversas fases, formações e momentos do Apocalypse. O livro ainda traz um timeline do que ocorreu na história do Apocalypse em cada ano. Essa parte foi escrita somente em inglês pelo carioca Leonardo Nahoum, autor da Enciclopédia Brasileira do Rock Progressivo.

 

Apocalypse – Show realizado em 2012

Vicente – No CD “Magic Spells” e no DVD “The 25th Anniversary Concert” a banda demonstra toda sua competência técnica ao vivo. Como foi a gravação destes registros?

Eloy Fritsch – O Magic Spells foi o primeiro registro ao vivo oficial em inglês do Apocalypse. Foi gravado durante a tournê que fizemos no Rio Grande do Sul.  Em 2005 assinamos com uma gravadora do Chile para lançar. Mas eles tiveram problemas financeiros e o material foi guardado para uma próxima oportunidade. Quando surgiu o projeto do Box Set resolvemos lançar essas gravações e ainda incluir no CD duas trilhas de estúdio para as músicas Escape e Not Like You. O DVD traz o Concerto de Rock em comemoração aos 25 anos do Apocalypse realizado em 2009 no Salão de Atos da UFRGS com a participação do ator e músico Hique Gomez. Além desse registro o DVD inclui dois momentos marcantes da história do Apocalypse: a música Waterfall of Golden Waters (Cachoeira das Águas Douradas) gravada no Teatro municipal de Niterói e duas músicas do Concerto The Bridge of Light realizado no UCS Teatro em Caxias do Sul: Ocean Soul e Last Paradise. No final a editoração de todo o DVD foi feita pelo guitarrista Ruy Fritsch.

Vicente – E o novo disco, “2012 Light Years From Home“, que acompanha o Box-set, traz a estréia de Fabio Schneider na bateria. Como rolou a gravação e, principalmente, como foi compor e tocar sem seu parceiro de longa data, Chico Fasoli, na bateria?

Eloy Fritsch – O Fábio Schneider é nosso amigo de longa data. Ele estava tocando na Orquestra Sinfônica quando convidamos para entrar no Apocalypse. Ele sempre acompanhou a trajetória do Apocalypse e quando o nosso primo Chiquinho precisou sair da banda por motivos pessoais o Fábio topou o desafio de estudar as músicas anteriores que estávamos tocando nos shows e ainda gravar todo o 2012 Light Years from Home.  Foi um projeto desafiador porque voltamos a formação de quarteto que gravou esse disco e fizemos um show em São Paulo no Sesc Vila Mariana.  Depois o Rafael Schmitt assumiu o baixo e continuamos tocando em quinteto.

Fabio Schneider – baterista do Apocalypse

Vicente – E o retorno dos fãs, como tem sido para este material?

Eloy Fritsch – Todos tem gostado muito do novo CD 2012 e demonstrado o orgulho que sentem pelo fato do Apocalypse ter produzido um Box Set de qualidade. Os colecionadores então nem se fala. Como sempre estamos vendendo mais no exterior que no Brasil.

Os quatro cavaleiros do Apocalypse que gravaram o CD 2012 Light Years from Home – da esquerda para a direita: Gustavo Demarchi, Eloy Fritsch, Ruy Fritsch e Fábio Schneider

 

Vicente – É praticamente impossível fazer destaques individuais ao disco, pois todas as faixas têm um potencial fantástico. Mas baladas como Morning Light e Blue Angel ficaram ótimas. Quais seriam as músicas que indicaria para quem ainda não conhece o Apocalypse.

Eloy Fritsch – Morning Light e Blue Angel são ótimas baladas. Eu gosto muito dessas composições. Acho que cada música desse novo CD carrega sua própria energia, tem sua identidade em relação ao conjunto da obra.  Nesse disco temos baladas, hard rock e principalmente rock progressivo. Cada um que provar da experiência auditiva dessa realização vai entrar em sintonia com aquela música que melhor fechar com suas vibrações. Isso é muito pessoal.  Mas sem dúvida Morning Light é uma ótima música para começar a conhecer o Apocalypse.

Link para o vídeo lyrics da música Morning Light:

http://www.youtube.com/watch?v=ActyI_Tk6Ts

Vicente – As letras do disco, em sua grande maioria, mostram um grande otimismo. Acredita ser este um reflexo do atual momento vivido pela banda?

Eloy Fritsch – As letras sempre foram poéticas, místicas, em defesa da natureza e contra a destruição do Planeta. O Apocalypse é um aviso de que temos que cuidar uns dos outros e de nosso planeta. Sempre queremos transmitir uma mensagem otimista para as pessoas. O Apocalypse é a renovação, a esperança e a revelação de um mundo melhor, e não a destruição como muitos pensam.

O vocalista Gustavo Demarchi e Fábio Schneider na bateria (2012)

Vicente – Inclusive, a épica e complexa faixa-título, com seus mais de 13 minutos de duração, é um grande exemplo dessa mensagem. Como foi a composição desta música em particular? 

Eloy Fritsch – Eu compus essa música ainda em 2008. Mas só conseguimos finalizar as gravações dela em 2011.  Gostei muito de fazer a 2012 porque ela possui todos os elementos do rock sinfônico fornecendo um espaço maior para partes instrumentais com simulação de orquestra e também coral. Ao contrário das outras composições desse CD como Take my Heart, A Cry in the Infinity, Morning Light e Blue Angel que possuem um discurso musical mais direto e baseado na canção valorizando muito a parte vocal, compus partes instrumentais intercaladas pela voz, incluindo instrumentos solistas como o órgão e o minimoog. Como o percurso da obra musical é maior o desafio está em equilibrar a energia entre as diversas passagens musicais buscando manter o interesse do ouvinte. A música é repleta de ideias que são desenvolvidas e que às vezes resultam em momentos dramáticos e mais tensos que apresentam surpresas ao fã do rock progressivo. Nesta música podemos ouvir diversas referências ao ELP e ao Triumvirat, tenho muito a agradecer aos ícones do rock progressivo Keith Emerson e Jurgen Fritz por me mostrar o caminho com suas gravações magníficas. A 2012 é realmente uma música especial que ampliou diversos recursos musicais que o Apocalypse já estava explorando nos CDs anteriores: acordes quartais, alternância de compassos, ritmos provindos do jazz e arranjos corais e orquestrais. O Apocalypse tem alguns épicos como Vindo das Estrelas, Do Outro Lado da Vida, A um Passo da Eternidade, Último Horizonte, que são faixas longas em que a banda investe muito mais tempo e energia para sua realização. Fico muito feliz em escrever que a música 2012 Light Years from Home entra para esse seleto grupo de músicas que chamamos de rock progressivo sinfônico brasileiro.

Apocalypse (2011) – Ruy Fritsch (guitarra e backing vocals), Fábio Schneider (bateria), Gustavo Demarchi (voz e flauta), Rafael Schmitt (baixo) e Eloy Fritsch (teclados eletrônicos e backing vocals)

Vicente – Apocalypse é uma daquelas bandas que “sofrem” com o problema de serem mais reconhecidas no exterior que em seu próprio país. Acredita que esse é um caminho sem volta, ou ainda acreditam na força do cenário nacional, no público apoiando suas bandas?

Eloy Fritsch – Acredito no potencial da nossa música. Quanto mais ela tocar as pessoas mais estaremos cumprindo nosso papel de compositores e músicos. Não podemos nos deixar afetar pela situação da música no Brasil. Notamos um cenário desanimador para os grupos de carreira que não são apoiados nem pela comunidade e nem pelo governo. Nós sempre buscamos nosso próprio espaço e parceiros que pudessem contribuir com a nossa música. Foi assim em 2011 quando nossas músicas foram arranjadas para orquestra e coral e apresentadas em um grande concerto em nossa cidade natal. Foi uma apresentação de alta qualidade musical que nos encheu de orgulho por estar tocando nossas composições juntamente com tantos músicos no palco. Foram momentos mágicos.

Apocalypse tocando com a Orquestra e o Coral de Caxias do Sul em Concerto realizado em 2011 ( foto Maicon Damasceno)

Vicente – Vocês já tocaram com bandas de diferentes estilos e sonoridades, desde Uriah Heep e Pendragon, até Ira! e Nenhum de Nós. Como foi dividir o palco com estas bandas?

Eloy Fritsch – Quando tocamos com os grupos pop como Ira e Nenhum de Nós foi um grande contraste. Sem dúvida o som do Apocalypse combina bem mais com Uriah Heep e o Pendragon.

Ruy Fritsch tocando guitarra no Apocalypse em show realizado no Canecão – Rio de Janeiro – na abertura do Uriah Heep (2009)

Vicente – Quem é do Rio Grande do Sul e mesmo do sul do Brasil, sabe o prestigio e o alcance que o Planeta Atlântida possui na mídia. Assim como sabem que o Rock, principalmente o mais pesado ou de nuances mais técnicas, nunca teve muito espaço. Como surgiu essa oportunidade de tocar no festival?

Eloy Fritsch – Naquela época a gravadora Atração de São Paulo lançou o CD The Best of Apocalypse com as gravações dos Cds franceses. O falecido Renato Sirotsky, produtor do evento, ouviu o Apocalypse e gostou do som da banda. Ele já havia assistido shows do Genesis e do Asia e achou semelhanças do som que fazíamos com essas bandas inglesas maravilhosas. Na época éramos um quarteto com a mesma formação do Asia e talvez isso tenha ajudado na comparação. Então resolveu incluir a gente nesse mega festival para tocarmos rock progressivo. Foi muito legal!

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Marillion: conhecemos os músicos quando tocaram no Brasil. O show deles foi maravilhoso. Garden Party é uma de minhas preferidas. Eles influenciaram muito o Apocalypse nos anos 1990.

Yes: minha banda progressiva predileta com grandes composições do rock sinfônico e a voz angelical do maravilhoso Jon Anderson.

Genesis: perdi a conta de quantas vezes ouvi Cinema Show do Genesis. Grande influência para o Apocalypse.

King Crimson: um grupo importante para o progressivo. Mas me identifico mais com o estilo do ELP. Depois do Yes, o ELP é minha banda de rock progressivo preferida.

Rush: um trio sensacional. O show deles é pura energia. Prefiro a fase progressiva como o épico Xanadu.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Apocalypse e apostam no Rock nacional.

Eloy Fritsch – Gostaria de agradecer ao Vicente por esta oportunidade de responder e comentar um pouco sobre o projeto musical do Apocalypse. Também somos gratos a todos que acompanham a trajetória do Apocalypse, incentivam e divulgam nossa música no Brasil e no exterior. Na era do mp3, entendo o The 25th Anniversary Box Set do Apocalypse como um oásis para os fãs e colecionadores de rock em geral. Aproveitem esse premiado lançamento e continuem incentivando a música autoral em nosso país. Fiquem ligados nas novidades em nosso site www.apocalypseband.com porque em breve estaremos materializando novos projetos musicais.

            Eloy Fritsch – em apresentação com o Apocalypse (2005)

Entrevista com a Banda Blackness (França)

19 sexta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Blackness, Entrevista, Thrash Metal

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Com um pouco de coincidência até, esta é a terceira entrevista em sequência com uma banda de Thrash Metal, agora vinda de uma banda francesa, numa cena não muito conhecida por nós. O Blackness foi formado na década de noventa e, três discos depois, ainda buscam seu reconhecimento, num país que oferece pouco apoio ao gênero (uma realidade não muito diferente da nossa, mas nesse caso, talvez estejamos até um pouco melhor, ao menos em matéria de público). Realizei esta entrevista com Pedro Ventura (Baixo e vocal), nascido em Portugal, e com o guitarrista Raph Massot Pellet. Confiram o que eles têm a dizer sobre a carreira da banda.

 

Vicente – Conte-nos um pouco sobre a longa estrada do Blackness.

Pedro: Olá a todos! Primeiro de tudo, gostaria de agradecer a você por esta entrevista Vicente e seu interesse no Blackness. Para tornar uma longa história curta, Blackness é da “velha escola thrash metal”. A banda foi formada em Lyon, na França, em 1994. Depois de duas demos e muitas mudanças na formação, bem como na nossa orientação musical finalmente lançamos o nosso primeiro álbum “Crush … Unleash The Beast”, em 2000, então o nosso segundo álbum “Dawn of the New Sun”, em 2002 e, finalmente, nosso terceiro álbum “Stimulation of the Beast” em 2010.

Em relação à formação atual, que reformamos após uma pausa de quatro anos, ficou com Laurent na bateria, Raph na guitarra e eu no baixo e vocais. Mais tarde, nós adicionamos uma segunda guitarra com Steven. Steven teve uma nova visão positiva sobre o som Thrash Metal do Blackness.

 

Vicente – No começo, a banda era chamada Death Action. Por que vocês mudaram o nome?

Pedro: No início, tivemos que encontrar rapidamente um nome para a banda, a fim de ser capaz de realizar alguns shows. Nós sabíamos que esse nome “Death Action” era apenas temporário.

Vicente – Em 2010 vocês lançaram “Stimulation of the Beast”. Como foi a Divulgação? Quando e onde ele foi gravado?

Pedro: Todo o trabalho deste álbum foi feito no estúdio Noisefirm na França. E foi bastante especial, já que gravamos com um ex-membro da banda, Sylvain, que agora trabalha no estúdio. Sylvain foi naturalmente bem consciente do funcionamento da banda e, acima de tudo, ele soube como queríamos que o álbum soasse. O álbum recebeu críticas muito boas e uma distribuição razoável, mas, infelizmente, não conseguimos um apoio real, visto que este tipo de metal não é muito popular entre o público francês.

Vicente – E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Pedro: As reações após o lançamento de “Stimulation of the Beast” foram muito positivas. Nós ganhamos reconhecimento e credibilidade. Pode soar um pouco pretensioso, mas alguns vêem-nos como os embaixadores do Thrash Metal francês. Mas, novamente, o que fazemos não recebe apoio suficiente por causa de nossa orientação musical.

Vicente – Você gravaram neste CD um cover de “Bark at the Moon”, do Ozzy Osbourne. Por que vocês escolheram essa música?

Pedro: O Blackness sempre se sentiu próximo com essas bandas que começaram as coisas há anos atrás e que abriram a portas para muitos gêneros diferentes de metal. Essa é a nossa forma de agradecer a eles.

Raph: Além disso, é sempre divertido de se tentar trazer uma nova visão de um clássico como “Bark”, da mesma forma que passamos um longo tempo tocando “Ace of Spades” em “Dawn …”. E no palco sempre agrada a platéia!

Acho que, posso dizer, que esta é a maneira mais engraçada para nós e para o público de coverizar grandes clássicos… De qualquer maneira, eu ainda estou espantado como ninguém pergunta sobre “Nobody Listens”, que é na verdade um cover do Bad Religion (risos).

Vicente – Além disso, vocês lançaram “Dawn of the New Sun” e “Crush … Unleash the Beast”. Conte-nos um pouco sobre cada um.

Pedro: “Crush …”, nosso primeiro álbum oficial, foi lançado em 2000 por um pequeno selo independente francês chamado Thundering Records. 500 cópias do mesmo foram vendidos. Ficamos muito orgulhosos dele naquela época. Mas, mais tarde, decidimos não lançá-lo novamente, porque nós não estávamos tão felizes com algumas coisas: vamos dizer que foi um álbum bom para a época, mas nós pensamos que algumas coisas não envelhecem muito bem!

Nosso segundo álbum “Dawn of the New Sun” foi mais maduro em muitos aspectos. Ele foi lançado em 2002 em uma gravadora maior (Wagram Music) e 1000 cópias foram vendidas. Ele foi lançado novamente quase seis anos mais tarde, porque as pessoas ficavam perguntando por ele. Aproveitamos a oportunidade para acrescentar três faixas bônus, incluindo uma música em português, que é a minha língua materna (eu precisava para agradar a mim mesmo)!

Vicente – Um novo álbum em breve?

Pedro: Você sabe, tudo está ligado e, como eu disse anteriormente, uma vez que não temos uma verdadeira organização por trás. não temos qualquer compromisso em relação à gravação de novos álbuns. A única regra que queremos seguir é fazer álbuns verdadeiros e honestos, porque nós devemos isso aos nossos fãs. Eles têm sido o nosso único real apoio desde o início. Porque nós não ganhamos nenhum dinheiro com nossa música, nós somos a favor da qualidade sobre a quantidade. Além disso, cada um de nós tem a vida familiar e um trabalho que consome um bocado de tempo. Nós evoluímos muito lentamente em cada composição e levamos tempo para cada novo título. Nós nunca estamos com pressa: pensamos que o Thrash Metal tem que ser feito seguindo as regras dos pioneiros desta arte.

Raph: estamos escrevendo muita coisa, por isso não será certamente um novo álbum, mas vamos tomar o tempo para escrever e gravar músicas que vai ser um motivo de orgulho. E isso pode levar algum tempo, como estamos bastante exigentes com nós mesmos.

 

Vicente – Sua música é uma mistura entre o Thrash Metal americano e europeu. Esta é a proposta desde o início do Blackness?

Pedro: Esta questão nunca foi perguntada para nós e nós estamos contentes que você está perguntando isso hoje. E é exatamente isso que nós somos, ​​as nossas maiores influências vêm de Thrash Metal alemão e americano e queríamos ser um combinação de ambos! Nós nem sequer tentamos essa combinação em nossos álbuns antigos, ao contrário do último!

Vicente – Como é a cena na França para Rock e Metal?

Raph: Bem a França não tem uma cultura rock n roll muito grande, por isso ainda é muito restrita, longe da dominante grande mídia de merda, é claro. Por exemplo, você vê muito pouco de rock e menos ainda de metal em toda TV nacional ou rádio. Isso pode parecer bastante deprimente, como as bandas francesas recebem pouco ou nenhum reconhecimento dentro das nossas fronteiras … Mas olhando para o lado positivo das coisas, há mais e mais bandas boas lá fora, tudo ficando mais e mais sério sobre a ética do seu trabalho, então eu acho que temos ainda grandes surpresas…

Vicente – O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Pedro: Definitivamente Sepultura! Eles têm um profundo amor pelo Brasil e sempre declara isso durante seus concertos em todo o mundo. Krisiun e Angra também deixaram suas marcas no público francês!

Raph: Ratos de Porão! Krisiun é legal, e eu também me lembro do Sarcofago.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Pedro: Nossas maiores influências são clássicos do Thrash Metal como Testament, Forbidden, Kreator, Overkill e até mesmo Motörhead!

Raph: Sim, eu poderia continuar por horas com uma lista chata, mas essa é a idéia: thrash metal, rock n ‘roll, punk – as influências mais óbvias… Mas nos alimentamos de praticamente qualquer coisa que captamos em nossos ouvidos, e eu gosto de pensar que isso nos dá uma visão diferente sobre o thrash metal, e nos influencia de alguma forma ou de outra …

Vicente – Em poucas palavras, o que vocês pensam sobre estas bandas:

Testament, Kreator, Sepultura, Overkill,  Motörhead:

Pedro: Para mim, Kreator Testament e Overkill são heróis e, como todos sabemos, verdadeiros heróis nunca morrem! Eu diria que eles são autênticos e bandas de verdade que têm vindo a defender os valores reais de Thrash Metal por anos.

Quanto ao Sepultura, eu tenho sido um fã desde o início, mas acho que algo foi perdido desde o incrível Arise.

E a respeito do Motörhead “Nos somos aqueles que você ama, ou somos os que você odeia.

Nos somos os que estão muito adiantados ou muito atrasados. Nos somos os primeiros e ainda poderíamos ser os últimos. Nos somos o Motörhead – nascidos para chutar sua bunda”

Raph: Bem Motörhead são os padrinhos. Disse o suficiente (risos) Eu diria Testament Kreator e Overkill são o tipo de bandas que sempre se mantiveram fiéis ao que quiseram tocar, não importando a onda do momento. E o mais recente álbum de todos os três é absolutamente esmagador! Sepultura… Bem, eu simplesmente não consigo descobrir como os caras que escreveram obras-primas como Beneath the Remains e Arise, e fizeram esses poderosos shows ao vivo (Live in Barcelona, cara!) puderam tornar-se no que são hoje, eles agora tocam no Sepultura, Soulfly ou Cavalera Conspiracy. É um pouco triste, mas é o que sei…

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber muito mais sobre a música do Blackness.

Pedro: Nós estamos tão orgulhosos de estarmos sendo lidos pelos puristas brasileiros! Blackness é um pequeno grupo francês, que luta todos os dias para ser reconhecido e por compartilhar seu amor pelo Thrash Metal na esperança de que, um dia, alguns irão dizer “hey, Blackness é uma banda fudida (risos). Mantenham seus valores e cultura musical que é muito mais rica que a francesa. Estou certo de que seria dada uma grande recepção ao Blackness no Brasil!

Raph: O que eu poderia acrescentar a isto? Obrigado Pelo Seu interesso no Blackness (Nota: essa parte escrita em português, não 100% bem sucedida, mas sincera)!

Entrevista com a banda Korzus (São Paulo)

17 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Korzus, Thrash Metal

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Não há necessidade alguma de apresentar o Korzus para quem curte Metal, as quase três décadas em atividade falam por si só. Nem mencionar o grande respeito, recíproco, entre banda e público. Só é necessário um recado para quem está começando a conhecer o lado mais pesado da música: Não é preciso percorrer Europa e Eua procurando bandas do gênero, pois uma das maiores que existem está aqui no Brasil, Thrash Metal em sua essência. Confiram o que o baixista Dick Siebert disse, numa entrevista muito honesta e bem humorada.

 

 

Vicente – Ano que vem o Korzus estará completando 30 anos de existência. Quando iniciaram em 1983, chegaram a imaginar chegar a três décadas na estrada, numa forma de fazer inveja e ainda em ascensão?

D.S. É incrível pensar que já se passaram três décadas. Nem parece que faz tanto tempo! Dá muito orgulho de fazer parte desta história e ver a que nível o metal chegou e que não virou moda, mas sim um estilo de vida, uma cultura mundial. É gratificante ver que a gente sobreviveu e ainda está vivenciando tudo isso.

Vicente – A banda já lançou álbuns que se tornaram clássicos do Metal nacional, mas na minha opinião a maior virtude da banda são os shows, onde “o bicho pega”. De onde sai tanta vitalidade para continuar proporcionando grandes apresentações para os fãs?

D.S. Não vou revelar o segredo se não veremos uma pá de tiozinhos pulando que nem loucos!!

São vários fatores, mas o primordial é o prazer de tocar metal, fazer o que você gosta essa troca de energia com o público, o som e a proposta são verdadeiros, a parada está no sangue.

Cara, gosto de ver a rapaziada tirando o capeta do corpo. Adrenalina no pau.   Não é uma competição nem mesmo um ringue, mas quando a gente sobe no palco, como você falou o bicho pega.

Thrash Metal über alles!

Vicente – Seu último disco de estúdio foi “Discipline of Hate” de 2010. Como foi a gravação deste disco em especial?

D.S. Como todos os trabalhos realizados pelo Korzus, dentro das nossas condições e limites, fazemos o melhor possível.

A gente compôs 17 músicas e usamos três delas para bônus e uma para single. Fizemos três pré–produções para testar timbres, equipamentos e montar as músicas, isto é dar aquele tapa final.

Foi tudo bem elaborado, cada riff, cada nota, as linhas vocais do inicio ao fim. As gravações foram feitas no Mr Som e a produção ficou a cargo do Pompeu e do Heros e, claro, a banda por trás enchendo o saco.  O especial de tudo isso, foi o empenho, dedicação e realização de um trabalho honesto com o apoio dos amigos e pessoas envolvidas.

Vicente – E o retorno dos fãs, foi o esperado por vocês?

D.S. Sim, foi até além do esperado. O público recebeu bem o Discipline of Hate tanto aqui como na gringa. Numa época em que não se vendem mais tantos CDs, as vendas foram consideráveis. Nota-se também que os downloads na Internet superaram os dos CDs anteriores. O público que comparece nos shows também aumentou. O metal está numa boa fase.

Vicente – O disco foi muito elogiado, muitas vezes sendo considerado um dos melhores da banda. Qual sua música preferida nele, aquela que apresentariam para quem não conhece o som do Korzus?

 

D.S. Cada um da banda tem a sua preferida. Pessoalmente gosto de várias. Gosto muito da “Slavery”, mas apresentaria a “Truth”.

 

Vicente – Vocês gravaram vídeos para as músicas “I am your God” e “Truth”. Como foi a gravação dos mesmos?

D.S. A produção de ambos os clipes ficou a cargo da Idéia House e foram dirigidos pelo Mika (Ricardo Michaelis).

A música “Truth” foi à primeira escolhida e teve uma produção grandiosa apresentando mais a imagem da banda. O vídeo clipe foi gravado na casa de shows Espaço Lux e as imagens do telão foram gravadas no estúdio da Idéia House. Toda a criação e concepção ficaram a cargo do Mika e equipe. O clipe já conta com mais de 281000 acessos sendo o mais visto do Korzus.

Já a música “I Am Your God”, um single da banda que não está no “Discipline Of Hate”, fala da violência doméstica, infelizmente coisa muito comum no Brasil. Teve a participação da atriz portuguesa Tânia Reis e do ator Marcelo Goldino que inclusive já participou de novelas da Globo.

Vicente – E podemos esperar um disco novo nos próximos meses? Sei que todos estão ansiosos para isso.

D.S. O novo álbum já está sendo composto e estamos em pré-produção. Vamos começar a gravar ainda este ano e o lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2013.

Vicente – O Korzus sempre teve total respeito do público, mas lembro que na época do famigerado “Metal Open Air” isso tomou uma proporção ainda maior, pois a banda foi saudada por todos pelo profissionalismo que demonstrou ao realizar um grande show no meio de todo aquele “problema”. Após alguns meses, como vocês vêem tudo aquilo que aconteceu, e a apresentação em si?

D.S. Como todos sabem, a organização foi um caos tanto para as bandas e pior ainda para o público. Foi uma pena terem deixado esta mancha na história do metal nacional. O pior é que vai passar um tempo e a rapaziada vai esquecer da turma que fez essa cagada.

Realmente nem a gente esperava conseguir tocar no meio daquela puta zona. Subimos no palco com sangue nos olhos e foi uma apresentação muita tensa. Mas ao mesmo tempo gratificante por poder amenizar um pouco o sofrimento do público que, aliás, se mostrou muito civilizado. Tem cara que tava há anos esperando ver a sua banda favorita, foi lá, pagou e ainda por cima pagou um sapo. Puta sacanagem!

Vicente – O cenário nacional vive um período meio conturbado, com algumas trocas de “farpas” e críticas via imprensa. Na opinião de vocês, como está a cena nacional? Existe tanto problema assim, ou é mais uma questão de ponto de vista, de buscar seu espaço da maneira mais profissional possível?

D.S. Não consigo ver isso. Na real quando vejo esse tipo de picuinha nem procuro me informar a respeito. É uma pena que esse tipo de atitude é coisa do ser humano e é impossível agradar todo mundo o tempo todo. Opinião é que nem bunda: cada um tem a sua.

Vicente – Qual a sua maior influência, aquele que o levou a querer ser um músico profissional?

D.S. Comecei a ouvir rock com o Kiss nos anos 70 e a partir daí veja no que deu. Quando comecei a tocar era apenas por diversão. As coisas foram fluindo naturalmente e quando fui ver já estava envolvido na música profissionalmente.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Slayer: a melhor banda do mundo. Para mim, os riffs mais irados!

Sepultura: a maior banda de metal nacional que representa o Brasil mundo afora.

Metallica: a maior banda de thrash

Destruction: Thrash metal alemão de primeira qualidade.

Dorsal Atlântica: banda dos anos 80 que hoje não significa nada para mim.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Korzus e apostam no Metal nacional.

D.S. Obrigado a todos que leram a entrevista e que acompanham a banda.       Vejo vocês no mosh pit! Como é o final de uma entrevista, vai aí uma frase de efeito: o importante é o que você faz e não o que você é.

Clipe Truth: http://www.youtube.com/watch?v=rYJIFPFuxQk&list=UU9i3aSLoTB_lyZJA392LfFA&index=11&feature=plcp

Clipe I Am your God: http://www.youtube.com/watch?v=upxIRtdAubg&list=UU9i3aSLoTB_lyZJA392LfFA&index=5&feature=plcp

Entrevista com a Banda Hyades (Itália)

15 segunda-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Entrevista, Hyades, Thrash Metal

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O Hyades está ai para mostrar que a Itália não vive apenas de Power Metal. Com seu potente Thrash Metal, a banda vem batalhando pelo seu “lugar ao sol”. Nessa entrevista o guitarrista Lorenzo Testa fala sobre a carreira da banda, sempre com bom humor e, acima de tudo, extrema honestidade sobre toda a cena musical. Completam a banda Marco Colombo (vocais), Marco Negonda (guitarras), Rob Orlando (baixo) e Rodolfo Ridolfi (bateria).

Vicente – Conte-nos um pouco sobre os 16 anos de existência do Hyades

Lorenzo Testa – Yeah! Mas, inicialmente eu gostaria de agradecer a você e a todos os metalheads brasileiros pelo apoio! Bem, vou tentar ser conciso, esse tipo de biografia é sempre chata para os leitores (risos)! Nós começamos em 1996, quando éramos muito jovens, cerca de 14/15 anos de idade. Nós começamos como uma banda de puro Heavy Metal, principalmente porque não éramos capazes de tocar mais rápido (risos), assim nós começamos a fazer nossos primeiros shows com covers de Judas Priest, Riot, Savage Grace e coisas assim. Então, nós fomos atualizando nosso som passo a passo, nos tornando uma banda de Thrash Metal, como você pode ouvir em nossos álbuns. Levamos quase nove anos antes de lançar o nosso primeiro álbum. Sendo italianos em uma cena de metal onde a Itália é basicamente conhecida apenas pelas bandas de Power Metal não foi nada fácil. Então, nós gravamos um monte de Demos (algumas boas, algumas lixo total) e então nós escrevemos o nosso primeiro álbum “Abuse Your Illusion”, em 2002, mas não foi lançado até 2005, quando saiu pela Mausoleum Records. Felizmente surgimos alguns anos antes da tendência do renascimento do Thrash Metal, então o Hyades foi uma das poucas bandas de thrash que tocava thrash metal old school de uma forma moderna e que não soasse datada. Nós lançamos três álbuns, em poucos anos, percorremos toda a Europa como banda principal ou apoiando bandas lendárias e espalhamos nossa música, graças a uma distribuição muito boa no mundo todo e um contrato de gravação com dois selos diferentes, Mausoleum Records para a Europa, EUA, Austrália, etc, e a Marquee Records para a América do Sul. Estamos muito satisfeitos pelos resultados alcançados! Provavelmente, se nós fossemos dos EUA ou Alemanha tudo seria mais fácil, mas que o mundo saiba que um grupo de italianos pode tocar Thrash Metal e não só a música pop de baixa qualidade.

Vicente – Vocês lançaram em 2009 seu terceiro disco “The Roots of Trash”. Como foi a divulgação do disco? Quando e onde ele foi gravado?

Lorenzo Testa – Nós o escrevemos logo após o lançamento do 2 º álbum “And the Worst is Yet to Come” e gravamos no meu estúdio pessoal. Costumo trabalhar como engenheiro de música e produtor, para que possamos registrar tudo nós mesmos. Em seguida, a versão preliminar do álbum foi para a Alemanha para mixar e masterizar com Andy Classen, um dos meus engenheiros de música favorita de sempre (o segundo é, evidentemente, Andy Sneap), no Stage-One-Studio. Eu não cuidei diretamente da mixagem e masterização, porque quando você trabalha com seu próprio material não é muito justo, é impossível. Você precisa sempre a opinião de alguém que não está na banda e Andy fez este trabalho perfeitamente, escolhendo o som certo para nós. Esse álbum realmente detona, é definitivamente a produção mais impressionante que já tivemos!

Vicente – E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Lorenzo Testa – Bem, nós não tínhamos nenhuma expectativa (risos) porque nós apenas tocamos a música da qual gostamos, mas não estávamos interessados em vender toneladas de CDs e fazer dinheiro dele. Você não pode fazer isso hoje em dia e você não pode fazer isso tocando metal. Portanto, nossa meta era e é somente chegar ao maior número de pesssoas possível. “The Roots of Trash” recebeu críticas muito boas e reação dos fãs foi positiva, mas eu não sei se ele vendeu bem, porque ainda estamos à espera de relatórios e royalties da Mausoleum Records, mas nós provavelmente nunca iremos saber. É assim que as coisas funcionam no mundo da música, você sabe. Você toca a música, alguém faz dinheiro com isso.

Vicente – “The Great Deceit” é uma grande música, Thrash Metal puro. Como foi a composição dessa música?

Lorenzo Testa – Estou feliz que você gostou. É minha canção favorita do álbum. Nós tentamos fazer algo diferente, mais articulada, mas sem perder a nossa atitude e som. Eu acho que nós conseguimos. “The Great Deceit” é uma música que me deixou realmente orgulhoso. Boa letra, riffs, melodias. Escrevi-o, juntamente com Marco (vocal) e ele fez um trabalho muito bom a escrever suas partes vocais. Elas são cativantes, mas não vulgares ou banais. Eu geralmente não fico 100% satisfeito com as músicas que escrevo e gravo… você sabe, há sempre algo que você gostaria de mudar e gravar de uma forma melhor e diferente. Eu sou um tipo de perfeccionista e isso é muito chato! Mas eu não posso dizer isso de “The Great Deceit”. Bem, isso não quer dizer que é a melhor música de thrash da história claro (risos), é apenas uma boa música, nada de novo, nada imperdível, mas uma boa música, yeah!

Vicente – Qual é a maior diferença entre “The Roots of Trash” e os demais álbuns da banda?

Lorenzo Testa – Uhm … Eu acho que a produção, certamente melhor. As músicas não estão tão diferentes. Bem, eu quero dizer … Cada música é diferente da outra, mas elas são no estilo Hyades, nada mais. Você não vai encontrar baladas ou músicas lentas ou merdas assim. Duas guitarras, tambores batendo, um baixo que você não pode ouvir (risos) e uma voz gritando com raiva. Isso é o que você espera de um álbum de Thrash Metal e é isso que nós escrevemos.

Vicente – Um novo álbum em breve?

Lorenzo Testa – Não sei ainda. Tenho que ser honesto. Não sei ainda quando vamos lançar o novo álbum. Depois de “Roots of Trash” fizemos uma pequena pausa nas gravações em estúdio e nós não parávamos de tocar ao vivo. Fizemos três álbuns em sequência e nós não pretendemos gravar um quarto álbum idêntico aos anteriores. A cena Thrash metal está se tornando saturada, há um monte de bandas hoje em dia e nós não queremos ser apenas uma delas. Nós vamos lançar algo novo quando estivermos realmente satisfeitos com as músicas. Nós não temos pressa. Isso não significa que vamos mudar o nosso estilo, somos uma banda de Thrash Metal e vamos tocar Thrash Metal. Mas não queremos apenas gravar um monte de músicas de thrash. Gostaríamos de gravar um monte de grandes músicas Thrash! Algo que você nunca ouviu antes … Eu não sei se somos capazes de fazê-lo, de qualquer maneira (risos)! Talvez a direção certa é “The Great Deceit” … quem sabe …

Vicente – Vocês já tocaram em quase toda a Europa, com grandes bandas como Onslaught, Tankard, Sinister, até mesmo com a banda brasileira Violator. Como foi essa experiência para vocês?

Lorenzo Testa – Normalmente, cada banda cuida de seu próprio negócio. É triste dizer, mas mesmo quando você divide o palco com outra banda, provavelmente você não vai vê-los até o momento em que entrar no palco. Eles estão fechados em seu camarim, preparando o show e logo após o final do show eles vão dormir no ônibus da turnê. Igual a velhos chatos e aborrecidos! Eu sei que estar em turnê é cansativo, especialmente se você não está mais com vinte anos … Mas ei, acorda, você está em turnê! Isso é provavelmente o que você sempre sonhou em fazer, portanto aproveite! Enfim, existem algumas bandas que tivemos bons momentos juntos, o Omen e Tankard acima de todos. Nós excursionamos pela Europa com Kenny Powell e Omen e tivemos grandes momentos juntos… Mas a maioria das vezes que tivemos momentos inesquecíveis foi com as nossas bandas de apoio… Adolescentes irresponsáveis tocando e bebendo o mais rápido que conseguem! Nós geralmente gostamos de passar a noite com esse tipo de gente.

Vicente – Como está a cena na Itália para o Rock e Metal?

Lorenzo Testa – Péssima. As coisas estavam bem poucos anos atrás, mas hoje em dia a cena está em completa decadência. Não existem locais, agentes profissionais, os promotores são estúpidos, não há maneira de desempenhar um bom show e não existem pessoas presentes nos shows, a menos que você é um nome muito grande, como Metallica ou talvez o Testament. Nós não estamos tocando na Itália no momento. Eu acho que fizemos nosso último show na Itália há dois anos. Sinto muito por nossos fãs italianos, mas preferimos viajar pela Europa e tocar na Bélgica, Holanda ou Alemanha. Na Itália, é ainda difícil de ser pago por um show! E, muitas vezes, só nos oferecem pagar as despesas de viagem…

Vicente – O que vocês sabem sobre o Rock e Metal no Brasil?

Lorenzo Testa – Para todos os fãs de metal dai, eu conheço um monte de bandas brasileiras. Eu tenho LPs do Vulcano, Sarcófago, MX, Holocausto, Executer. Eu sempre amei a cena thrash metal brasileira… Crua, violenta e rápida! Tivemos também uma gravadora brasileira, por isso muitas vezes tive a chance de ouvir novas versões brasileiras. Somos muito bons amigos do Andralls, uma banda de thrash rápido de São Paulo. Eu consegui alguns shows para o Andralls na Itália e, por vezes, o nosso baixista fez uma turnê com eles como tour manager e roadie. E bem… Eles detonam!

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Anthrax: Scott Ian é um gênio. Eles mudaram totalmente a maneira de tocar e viver o Thrash Metal. Eu sou um grande fã do Anthrax.
Exodus: Uma das minhas bandas favoritas de Thrash Metal de sempre. Infelizmente, eles estão fazendo agora cópias de “Tempo of the Damned”. Eu sinto uma falta tremenda de Baloff e Souza nos vocais.
Kreator: Minha banda favorita de Thrash alemão. Cada disco é diferente do anterior. Eu também gosto de Renewal (risos)! Mas, como o Exodus, o último álbum bom é “Violent Revolution”, depois eles começaram a refazer sempre o mesmo disco.
Destruction: Chato. Eu tenho todos os álbuns e fitas demo do Destruction também. Mas eles estão superestimados.
Artillery: Uhm…Difícil dizer… Provavelmente a minha banda de Thrash favorita de todos os tempos, juntamente com o Exodus. “By Inheritance” é impressionante. Nunca ouvi algo semelhante, antes e depois. Ninguém soa como o Artillery.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou gostariam de saber muito mais sobre a música do Hyades

Lorenzo Testa – Esperamos tocar no Brasil em algum momento no futuro, é claro! Nós temos um monte de fãs ai, mas como você pode compreender, os vôos da Europa são muito caros, então é difícil encontrar um promotor e pagar os enormes gastos que teríamos. De qualquer forma, continuem a apoiar a cena underground! Você pode encontrar a nossa música na Amazon, iTunes, Spotify, mas também em Torrent e porcarias como essa! Quem se importa com o download. Nós não vamos ser ricos tocando metal, temos que trabalhar duro diariamente para sobreviver. Basta ouvir e apreciar a nossa música, que é a única coisa que nos interessa!

Entrevista com a Banda Holocausto (Minas Gerais)

14 domingo out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Holocausto

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O Holocausto é outra daquelas bandas nacionais que perseveram a quase três décadas no cenário Metal nacional. A banda já chegou a encerrar suas atividades durante dez anos, retornando para lançar o bom “De Volta ao Front”. Mesmo passando um tempo “de molho”, planejam novidades para breve. Conversei com o baixista/vocalista Anderson Guerrilheiro, que nesta entrevista conta tudo sobre a banda, inclusive sobre a controversa imagem nazista do inicio de carreira. Confiram o poder do Holocausto…

 

Vicente – Inicialmente, Fale um pouco sobre os vinte e sete anos de existência do Holocausto.

Anderson Guerrilheiro – Bom, a banda passou por várias fases desde a sua criação no inicio dos anos 80, com a saida do Valério a banda passou por um processo normal de mudanças em seu estilo com a chegada de novos membros com novas ideias, depois eu (Anderson Guerrilheiro) sai e ficou apenas o Rodrigo e a partir daí passaram a criar novos projetos e a banda foi perdendo bastante a identidade original até voltar a alguns anos atrás com a formação original e há pouco tempo, com o Rodrigo saindo, a banda passou a fazer alguns testes com alguns bateristas e hoje com bom material pra gravar continua parada, mas em breve com novidades.

 

Vicente – A banda esteve inativa durante 10 anos, entre 1994 e 2004. O que ocasionou o encerramento das atividades da banda e o como rolou o retorno?

Anderson Guerrilheiro – Bom, como falado anteriormente a banda foi perdendo sua identidade e o som ficou muito diferente a ponto de mudarem até o nome da banda, passou a se chamar Paxbaa. Um dia o Rodrigo perguntou ao Valério se ele se animaria a voltar, o qual também já pensava nessa ideia, me ligaram e resolvemos criar o novo material que foi o “De volta ao Front”.

Vicente – O resultado deste retorno foi o disco “De Volta ao Front”. Como foi a gravação desse disco?

Anderson Guerrilheiro – Estávamos a um longo tempo sem tocar,  apenas o Rodrigo que continuou com outros projetos. Foi gravado em uma semana e gravamos tudo de uma só vez, como se fosse um ensaio ao vivo.

Vicente – E o retorno do pessoal, foi a que vocês imaginavam?

Anderson Guerrilheiro – Nunca nos preocupamos com retorno ou não do que criávamos ou criamos, mesmo porque as vezes uma criação não é compreendida bem naquele momento e com o passar dos anos passam a gostar, foi assim com o clássico “Campo de Extermínio” e hoje o “De volta ao Front” pode ser lançado na Alemanha.

Vicente – O Som da banda é de difícil descrição, pois nunca se prenderam a um determinado estilo, mas sempre sendo extremo acima de tudo. A proposta da banda sempre foi esta, compor sem se importar com o estilo?

Anderson Guerrilheiro – Sim, na verdade esse é o nosso estilo, deixar a energia do momento vivido sair em forma de som e ver no que vai dar, talvez ai esteja a questão de que, com o tempo, alguns fãs passam a curtir aquele som que naquela hora não gostavam, talvez entrassem em conexão com o que sentíamos ao criar, muito viagem isso? (risos)

Vicente – Algum álbum novo a caminho, afinal faz 7 anos desde “De Volta ao Front”?

Anderson Guerrilheiro – Temos umas 10 ou 13 musicas no ponto para o “Diário de Guerra”, agora é saber quando que vamos terminar essas gravações.

Vicente – No inicio da carreira a banda tinha um visual quase nazista, justamente para chocar o público. Vocês tiverem muitos problemas na época com isso?

Anderson Guerrilheiro – Realmente foi pra chocar na época, afinal era o tempo da ditadura e o tema da época era o satanismo e a banda no todo é bem politizada. Sofremos nas mãos da policia por sermos cabeludos e sempre estarmos reunidos nas esquinas de nossos bairros, sobre a questão do visual nazista, muita gente ainda hoje pensa que a banda era nazi, pois se esquecem que era apenas uma representação de um tema, assim como os atores de um filme da segunda guerra mundial não são nazistas.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Anderson Guerrilheiro – O Sepultura da época, Sodom, Destruction, Hellhammer, Celtic Frost, Motorhead, Rattus, DRI, Cromex, Freax com quem já tocamos e tivemos boas loucuras, Slayer e tantos outros.

Vicente – Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, visto o longo tempo que a banda já tem de estrada? Acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

Anderson Guerrilheiro – Na minha opinião o movimento enfraqueceu, talvez não em todo o país, mas vejo que há muita desfragmentação, por exemplo, em shows, quando uma banda entra é um público, ai essa banda sai e entra outra com outro público, parecem mais torcedores de clubes e não quem curte o metal em toda sua essência. Antigamente via-se uma banda no palco e uma galera misturada e isso incluía membros de outras banda e ninguém saia de perto ate a ultima sair do palco.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Sepultura: banda que respeito por ter levando o nome do Brasil e do metal para o mundo lá fora, porém ela mesma fechou as portas para as demais bandas tão boas quanto ela ao dizer em entrevista na Europa que não existia mais outras bandas.

Brujeria: Do caralho, gosto muito.

Slayer: escuto e volto no tempo, me enche de energia e dá uma vontade de sair dando porrada (risos)

Destruction: outra banda que nem precisa dizer tanto, pois nos deu grande influência no passado e ainda está presente em nossos equipamentos de som.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Holocausto e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Anderson Guerrilheiro – Um grande abraço a todos que curtem o Holocausto e estamos ai pro que der e vier, e espero que com mais um material novo.

Entrevista com a Banda Arch Enemy (Suécia)

12 sexta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Arch Enemy, Entrevista, Melodic Death Metal

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Uma das mais influentes bandas do metal mais extremo na última década, o Arch Enemy estará se apresentando no Brasil no próximo dia 25 de Novembro, no Carioca Club. Aproveitei para entrevistar a vocalista Angela Gossow, que demonstrou muita simpatia e, mesmo em meio a grande turnê da banda, falou sobre o show aqui, que inclusive poderá fazer parte do novo DVD ao vivo da banda, o mais recente álbum da banda, e até sobre a batalha dela pelos direitos dos animais. Preparem-se para o que o Arch Enemy irá apresentar no próximo mês. A legião do caos se aproxima…

 

Vicente – Você vai tocar novamente no Brasil em Novembro. Qual é a sua lembrança dos outros shows aqui?

Angela Gossow – Eles foram todos muitos loucos e selvagens! Os fãs brasileiros são muito apaixonados pelo metal em geral e pelo Arch Enemy, em especial, por isso estamos realmente ansiosos para voltar! Desta vez, temos uma equipe de filmagem com a gente para documentar a turnê sul-americana, vamos gravar cada show e vamos filmar os fãs também! Então, se você quer ser parte do próximo DVD ao vivo do Arch Enemy, venham para os shows e o transformem num inferno!

Vicente – O que você espera deste novo show aqui?

Angela Gossow – Máxima Insanidade, um puro Heavy Metal!

Vicente – E o que os fãs daqui podem esperar do Arch Enemy?

Angela Gossow – Um setlist muito original, vamos tocar um monte de músicas que não tocamos pela última vez.

Vicente – Quais são as músicas que nunca podem estar fora da lista do Arch Enemy? Quais são as novas músicas que certamente entrarão no set list?

Angela Gossow – Não excluímos nenhuma música, mas eu acho que existem alguns sons mais antigos, que podemos não tocar de novo… Mas, novamente, nunca diga nunca. Acabamos de comemorar 10 anos do “Wages of Sin” e até mesmo tocamos Web of Lies ao vivo, o que nunca fizemos anteriormente. Então, realmente tudo é possível. As novas músicas no setlist definitivamente deverão ser algumas do álbum “Khaos Legions”, incluindo Cruelty Without Beauty. Também executamos In This Shallow Grave ao vivo por um tempo agora e tem sido muito legal…

Vicente – Você já tocou em muitos países no mundo nos últimos anos. Você acha que esses dias são melhores ou piores para as bandas em geral?

Angela Gossow – Isso depende do mercado. Nós somos uma banda que adora tocar, então nós realmente ganhamos mais audiência em muitos mercados – por isso está tudo indo bem para nós. Alguns mercados estão decaindo ultimamente… E se não tivermos um número suficiente de pessoas que vêm a um show não faz qualquer sentido financeiramente, pois o custo é muito elevado, então temos que pular o país da próxima vez. Então, eu realmente espero que teremos um monte de gente no show no Brasil!

Vicente – Arch Enemy lançou ano passado “Khaos Legions”. Como foi a divulgação? Quando e onde ele foi gravado?

Angela Gossow – Temos tido um feedback muito bom do álbum, que tem algumas músicas muito fortes nele, como “Yesterday Is Dead And Gone” ou “Bloodstained Cross”, que permanecerão sempre em nosso setlist eu acho. Foi gravado na Suécia e mixado e masterizado por Andy Sneap na Inglaterra.

Vicente – Para você, qual é a maior diferença entre “Khaos Legions” e os demais álbuns do Arch Enemy?

Angela Gossow – É um momento na história do Arch Enemy, nada mais, nada menos. Nossa maneira de compor continua a mesma, não tentamos escrever sucessos. Eu acho que o próximo álbum vai soar muito diferente porque nós temos um novo guitarrista na banda que é muito inspirado no Heavy Metal .. Chris estava meio afastado do metal um pouco, e com isso não estava tão inspirado quando compusemos o “Khaos Legions”. Ele só não estava com esse sentimento, então ele não contribuiu muito.

Vicente – “Cruelty Without Beauty” é uma música muito importante para você, certo? Como foi a composição dessa música?

Angela Gossow – Sim, eu luto pelos direitos humanos e pelos direitos dos animais. Esta é uma canção contra a vivisseção… Na maioria das vezes nós não precisamos testar substâncias em animais vivos e, mesmo assim, ainda próspera esta prática cruel, com milhões de animais sendo torturados a cada ano para coisas tão tolas como cosméticos e corantes. O consumidor tem a opção de não comprar esses produtos. Leia o rótulo, só comprem produtos não testados em animais, por favor! Eu sempre quis escrever uma canção sobre este tema, por isso, quando Michael veio com esse riff principal doentio, eu sabia, esta seria a minha deixa! Fizemos um simples vídeo para ela, você pode vê-lo em www.archenemy.net (sem restrição de idade) ou no youtube:

Por favor, compartilhe-o tanto quanto você puder, para assim espalhar a mensagem. Crueldade animal não é necessária, então vamos lutar para parar com isso!

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você?

Angela Gossow – Eu cresci com o som da cena Death Metal dos anos 90. Dismember, Entombed, Carcass, Cannibal Corpse, Morbid Angel, Death. Eu realmente queria soar como Chuck Schuldiner, ele é meu vocalista favorito da cena extrema de todos os tempos. Então eu gritei ao longo do “Scream Bloody Gore” até que minha garganta começou a sangrar (risos).

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem o som do Arch Enemy

Angela Gossow – Por favor, venham todos para o nosso show dia 25 de Novembro, no Carioca Club em São Paulo! Queremos filmar você para o nosso DVD e mostrar ao mundo o quão loucos vocês são! Até breve! Permaneçam puramente Metal!

Cruelty Without Beauty : http://www.youtube.com/watch?v=7AzhTcQ15eo&feature=bf_prev&list=UUIPN3XIDtyAVP6GWYsE7pQQ

Under Black Flags We March: http://www.youtube.com/watch?v=ZPlVbLpuEhI&list=UUIPN3XIDtyAVP6GWYsE7pQQ&index=2&feature=plcp

Venda Ingressos :http://www.liberationstore.net/Produto.aspx?IdProduto=165&IdProdutoVersao=165

Entrevista com a Banda Necrobiotic (Minas Gerais)

10 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Necrobiotic

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Existem países que são conhecidos por seus estilos musicais, como o Power Metal na Itália, o Black Metal na Noruega, e assim por diante. Já o Brasil, por sua própria diversidade cultural, tem uma imensa variedade de bandas e estilos. Mas um dos principais sempre foi o Death Metal, e para quem aprecia o gênero, uma ótima dica é o Necrobiotic. E para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a banda, aqui está a entrevista que fiz com o guitarrista e vocalista F.A.C.O. Confiram o que o Necrobiotic tem a oferecer…

 

Vicente – Inicialmente, conte-nos um pouco sobre os quase vinte anos de trajetória do Necrobiotic?

F.A.C.O.: O Necrobiotic começou em 1994, aquela coisa de adolescente headbanger sabe, muita raça e vontade, boas bebedeiras e muito metal…Em 1997 foi lançada a Demo “Carnal Suffering of the War”, nós fizemos alguns bons shows na época….

Em 1999, todo mundo mais crescidinho, a banda acabou interrompendo as atividades, na época era impossível conciliar o Necro com o restante da vida. Voltamos em 2009, no meu primeiro final de semana após voltar a morar na nossa cidade natal já ensaiamos, ou tentamos ensaiar, Em 2010 foi gravado o Debut “Alive and Rotting” que foi lançado no Brasil em 2011 e na Indonésia, pelo selo No Label Records, em 2012.

Nestes últimos meses a banda mudou de formação algumas vezes, agora estamos ensaiando para podermos voltar aos palcos e preparando material novo para o sucessor do nosso Debut.

Vicente – Vocês ficaram mais de 10 anos parados, retornando com força novamente em 2009. O que rolou durante esse período “inativo”?

F.A.C.O.: Nós nunca deixamos de ser headbangers nesse período, mas era muito difícil manter o Necro, cada um morando em uma cidade diferente, uns estudando, outros casando…Eu toquei em algumas bandas de Death Metal, Doom Metal e Thrash Metal por onde passei, até me estabelecer na nossa cidade natal novamente e podermos reviver o Necrobiotic.

Vicente – E principalmente, o que os levou a reativar o Necrobiotic?

F.A.C.O.: Cara, a banda era muito boa, a ideia, as criações, a diversão, a amizade…Hoje é possível conciliar a banda com os demais afazeres… É algo que está no sangue, eu diria que programado no DNA.  Ajuda inclusive a manter a sanidade! Paixão pelo Death Metal!

Vicente – Vocês lançaram “Alive and Rotting” em 2010. Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

F.A.C.O.: Gravamos o “Alive and Rotting” no nosso estúdio de ensaio, numa correria fudida… a qualidade da gravação é boa, principalmente levando em consideração o que tínhamos a disposição. Superou nossas expectativas pessoais, mas no próximo a produção será bem superior!

Vicente – E o retorno dos fãs?

F.A.C.O.: Cara, tem sido muito bom…Estamos muito satisfeitos com nossos shows, ver alguém cantar uma letra sua é uma emoção bastante peculiar, algo que você fez também fazer sentido para mais alguém que não seja você mesmo…As vendagens dos Cds também tem sido muito boas, tanto aqui no Brasil quanto no exterior… O lançamento do disco pela No Label deu novas perspectivas para a banda, hoje nosso disco é distribuído em mais de 70 países, praticamente em todos os continentes…Isso é gratificante também. Necrobiotic around the World!

Vicente – As letras da banda são extremamente fortes. O que desejam passar para o pessoal com elas?

F.A.C.O.: O Necrobiotic surgiu com uma banda Splatter e nós investimos muito nesse tema, “filme de terror”, mas nós escrevemos sobre praticamente tudo, sobre sentimentos cotidianos, religião, ateísmo, satanismo, metal. Acho que nós tentamos nos expressar artisticamente, através de uma ficção Splatter/Trágica, ou apresentar um ponto de vista peculiar sobre o mundo em letras mais intimistas, por exemplo.

Vicente – O som do Necrobiotic é um Death Metal com muitas influências de Grindcore e até alguma coisa de Thrash Metal pinta também. Essa é a proposta da banda desde o início, fazer um som realmente extremo?

F.A.C.O.: Sim, a intenção do Necrobiotic sempre foi fazer música extrema, mesmo que tenhamos influências diferenciadas, como você citou, não só de Thrash, mas de todo o espectro do metal, do Grindcore ao Doom Metal, sempre utilizamos isso dentro da perspectiva do Death Metal. Isso é o Necrobiotic.

Vicente – O pessoal já pode esperar algumas músicas novas?

F.A.C.O.: Sim, já temos 70 % do novo álbum pronto, já tocamos algumas músicas novas ao vivo…Devemos terminar a pré – produção desse novo álbum em breve, para lançarmos no ano que vem, essa é a intenção.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

F.A.C.O.: Death Metal, seja old school, seja brutal, seja  Doom…

Vicente – Como você vê o cenário no nosso país nesse momento? Acredita que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?

F.A.C.O.: O Brasil não tem uma cultura de massa que envolva o Metal, então, esta é uma cena marginal, underground, e é muito provável que seja assim para sempre.  Hoje, o número de shows com bandas nacionais é bem menor do que no passado, as bandas da cena nacional tem muita dificuldade para tocar, os promotores de evento tem dificuldade de promover seus shows… Agora põe uma desgraça gringa qualquer no meio, aparece gente que você nunca viu nos shows. Então, o que mais castiga a cena hoje é esse endeusamento de artistas estrangeiros, isso faz parte da cultura nacional em vários aspectos, e se repete no metal… Eu acredito que essa seja a principal diferença da minha época, em que trocávamos K7 e íamos a shows com bandas locais, da cena de hoje onde impera o Download e shows gringos meia boca que todo mundo idolatra.

Vicente – Em poucas palavras, o que acha das seguintes bandas:

F.A.C.O.: As opiniões abaixo são pessoais, não refletem o que outros membros da banda podem pensar a respeito.

Deicide: Karaokê – ouvir o 1º sem cantar as letras, eu não consigo. Banda excelente. Ficou muito apagada depois do “Once Upon The Cross”, só me despertou interesse de novo no “Stench of Redemption”. Os discos novos são mais ou menos…

Aborted: Brutalidade com pitadas de New Metal. Momentos maravilhosos e eventualmente meio chatos de tão técnico. Ao vivo é meia boca, pelo menos no show que fui…Estou perdendo o interesse pela banda.

Carcass: Uma grande influência pessoal, inovador! O Necroticism é um dos melhores álbuns que já escutei, Symphonies e Heartwork não ficam atrás. A ausência de limites criativos fez muito bem para eles, até lançarem o Swan Song, esse sim um disco fraco.

Cannibal Corpse: Adoro o “Bledding” e gosto muito do “Tomb”, eventualmente lançam algo bom, mas já fizeram sua contribuição…Não acho mais relevante.

Sextrash: Espetacular! Os primeiros álbuns eram sensacionais, até o Funeral Serenades eu acho bom, muita gente não gosta. Tem um da volta da banda que é bom também, Rape From Hell, salvo engano. Não gosto dos shows atuais, se bem que faz tempo que não vejo show deles.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Necrobiotic e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

F.A.C.O.: Colegas do reino underground, o Necrobiotic é feita por apaixonados por metal extremo! Se quiser conhecer nosso material, vá até o nosso myspace, www.myspace.com/necrobioticdeathmetal ,  lá estão disponíveis alguns sons de nosso primeiro álbum. Caso queiram entrar em contato com a banda, podem fazê-lo através do e-mail necrobiotic666@hotmail.com.

Obrigado pelo espaço!

Stay Rot!

Entrevista com a Banda Pythia (Reino Unido)

08 segunda-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Entrevista, Gothic Metal, Pythia

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O Gothic Metal com vocais femininos já passou por melhores momentos, tanto aqui como mundo afora, e hoje em dia somente os medalhões do gênero e algumas bandas que trazem algo diferenciado conseguem sobressair-se no cenário musical. Quem vem conseguindo seu espaço lentamente nesse estilo são os britânicos do Pythia, que lançou neste ano seu segundo disco, The Serpent’s Curse”. Conversei com a vocalista Emily Alice Ovenden sobre esse novo registro da banda e sobre o cenário musical em geral, onde ela demonstra pés no chão, mas confiante em conquistar o espaço desejado pelo Pythia.

 

Vicente – Conte-nos um pouco sobre os cinco anos de existência da banda Pythia.

Emily A. Ovenden – Uma breve história nossa? Bem, surgimos em 2007 com o objetivo de reunir tudo o que nós amávamos no metal e lembrar ao mundo do quão grande o Heavy Metal britânico ainda pode ser. Todos nós tínhamos uma grande experiência de gravar e tocar ao vivo, então a banda se reuniu rapidamente e antes que prevíamos já estávamos tocando na frente de grandes multidões, apoiando shows como Tarja Turunen e Fields of the Nephilim. Continuamos em frente, gravamos dois álbuns, fizeram muitos shows mais, e espero ter deixado uma boa impressão nos fãs do metal, tanto no Reino Unido quanto no exterior.

Vicente – Mesmo com a existência relativamente curta, o Pythia vem construindo uma carreira sólida no metal. Quais são suas próximas metas?

Emily A. Ovenden – Embora eu ache que nós estabelecemos uma sólida base de fãs aqui no Reino Unido, ainda podemos construir mais e alcançar coisas maiores. Tocamos novamente no Bloodstock este ano, que é um dos maiores festivais de metal do país, e senti que nós realmente melhoramos, tanto em termos de nosso nível de desempenho e a resposta que obtivemos do público. Então, um dos nossos objetivos é continuar a crescer o nosso público interno.

Fora do Reino Unido, estamos realmente ansiosos para construir o nosso perfil e temos um acordo de distribuição na Europa dos nossos trabalhos, que parece realmente emocionante.

Mais adiante, tentaremos fazer com que a nossa música atinja a América do Sul, pois sabemos que a região é cheia de headbangers e nós adoraríamos ter a oportunidade de chegar e fazer alguns shows.

Ambos os nossos álbuns também foram lançados no Japão e parece que temos vendas constantes, então também adoraria trabalhar sobre isso e talvez chegar lá para uma turnê em algum momento.

Vicente – Vocês lançaram este ano “The Serpent’s Curse”. Como foi a gravação deste álbum?

Emily A. Ovenden – Foi um processo bastante lento, para ser honesta, mas muita coisa aconteceu em nossas vidas pessoais e por isso acho que, apesar do tempo que levou, estamos todos muito satisfeitos (e um pouco aliviados), quando finalmente foi concluído. Nós achamos que é melhor gravar assim que compomos a música, de modo a ter uma idéia de como as coisas vão soar antes de se comprometer com outra coisa. Então, realmente muitas das idéias principais e estruturas foram gravadas há algum tempo. Mas eu acredito que muitas bandas trabalham assim hoje em dia.

 

Vicente – E a reação dos fãs foi como você esperava?

Emily A. Ovenden – A reação foi ótima! Nós esperávamos que as pessoas respondessem à direção que levou a nossa música – mais rápida e mais intensa em todas as áreas e os fãs realmente entenderam de imediato. Mesmo nas primeiras apresentações ao vivo que fizemos após o lançamento do álbum, muitos dos fãs pareciam já conhecer as músicas novas e cantaram juntas todas as letras. Então, apesar de não saber o que nós estávamos esperando como uma reação, nós esperávamos que fosse positivo (obviamente) o que acabou por ser, e muito mais.

 

Vicente – The Circle foi lançada como um Single também. Como foi a composição dessa música?

Emily A. Ovenden – A canção foi escrita como todas as demais, como mencionei antes. Nós fizemos a estrutura, bateria e guitarra inicialmente, e depois eu escrevi as letras e melodias e brinquei com ela um pouco, até que funcionou. Eu não acho que nós necessariamente a escrevemos para ser um Single, na verdade, nunca fizemos nada pensando dessa forma. Nós acabamos de escrever o álbum e, em seguida, decidimos quais músicas funcionariam melhor como Single. Nós concordamos que Betray my Heart seria o primeiro Single, pois surgia como a música mais cativante e imediata, e isso influenciou na escolha de The Circle, uma vez que é uma música muito diferente, mas também muito cativante e memorável.

Vicente – Antes de “The Serpent’s Curse”, foi lançado o Single “Betray my Heart”. Na verdade, ambas as músicas (Betray e Circle) se tornaram vídeos, que são um diferencial do Pythia, a incrível produção de seus vídeos. Conte-nos um pouco sobre ambos os vídeos.

Emily A. Ovenden – Nós realmente ficamos satisfeitos com a forma como ambos os vídeos saíram, apesar de serem dirigidos por pessoas diferentes e, com isso, saindo de formas bem distintas. Betray my Heart foi uma idéia bastante simples – apenas nós tocando em um local legal em preto e branco. Combinava com a letra e a música e era bastante simples e indolor para gravar. A magia foi adicionada posteriormente por Peppa, o diretor, que também fez o remix incrível da música que nós lançamos como um b-side.

The Circle foi mais um vídeo conceitual, com o visual sendo um pouco mais explícito do tema nas letras. Filmamos um pouco no local e o restante em um estúdio (bem, a garagem do Tim, na verdade!). E o brilhante Graham Trott filmou e o transformou em um produto pronto. É muitas vezes difícil de fazer um vídeo conceitual e não parecer meio bobo, mas este funcionou muito bem – muito mais do que poderia esperar!

Vicente – Qual é a maior diferença entre “The Serpent’s Curse” para “Beneath the Veiled Embrace”?

Emily A. Ovenden – Como mencionei antes, eu acho que tudo em “The Serpent’s Curse” é maior. As melodias e harmonias são maiores e mais épicas, as letras são mais instigantes e desafiadoras. Musicalmente, criamos movimentos mais rápidos do que antes e realmente abraçamos alguns detalhes de metal extremo que apareceram no primeiro álbum. Isso não é tirar os méritos de BTVE – nós ainda estamos muito orgulhosos daquele álbum – mas, como é inevitável, nós crescemos como pessoas e como grupo desde então e, assim “The Serpent’s Curse” é mais polido como um todo.

Vicente – Neste álbum, você escreveu uma das mais conhecidas músicas da banda, “Sarah (Bury Her).” Quais são suas músicas favoritas deste disco?

Emily A. Ovenden – Isso muda todos os dias. Eu amo todas as nossas músicas e elas todas estão em mim. Estranhamente Sarah é provavelmente uma das que menos curto, mas é certamente uma música que o pessoal parece gostar muito.

Vicente – Como é a cena no Reino Unido para o Rock e Metal?

Emily A. Ovenden – Com a história do Reino Unido no metal há um certo orgulho em tudo o que o país produziu, mas, ao mesmo tempo, muitas vezes sente-se que o verdadeiro Heavy Metal desapareceu daqui e que são as bandas, principalmente européias e americanas, que as pessoas estão a seguir. Algo que está no cerne do que impulsiona o Pythia, é o desejo de trazer o Heavy Metal britânico de volta ao país e mostrar que podemos enfrentar, de igual para igual, os pesos pesados do metal de todo o mundo.

Sendo um país tão pequeno, pode ser difícil, principalmente fora de Londres, mas há muitos fãs lá fora, e eles vão sair e apoiar as bandas que tenham algo a oferecer.

Vicente – O que você sabe sobre o Rock e Metal no Brasil?

Emily A. Ovenden – Bem, todos nós já ouvimos falar do Rock In Rio claro, portanto, a impressão que temos é que o metal é muito grande ai e vocês demonstram uma recepção calorosa para bandas que chegam para apresentar-se em seu país. Eu não estou familiarizada com muitas bandas de metal brasileiras, além de Sepultura e Angra, de forma que precisamos ver mais bandas brasileiras que vêm para a Europa!

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Sonata Arctica: Eu amo, em particular, o seu material anterior. Ele tem uma grande voz.

Within Temptation: Eu acho que Sharon tem uma voz muito bonita. Muito bom ver uma mãe de três filhos ainda detonando e parecendo incrível!

Stratovarius: Eu os vi ao vivo muito recentemente e achei o show musicalmente transcendental.

Lacuna Coil: Eu não me importo com o que os outros pensam, eu gostava de seu corte de cabelo!

Kate Bush: Uma das minhas favoritas de todos os tempos, uma artista verdadeiramente única.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem ou queiram saber muito mais sobre o som do Pythia

Emily A. Ovenden – Ei Brasil, nós gostaríamos de ir e tocar para todos vocês! Vamos fazer isso acontecer.

Betray My Heart: http://www.youtube.com/watch?v=FuNEdO8jdGM

The Circle: http://www.youtube.com/watch?v=tThW8JY9GMc

Entrevista com a Banda Prellude (São Paulo)

07 domingo out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Heavy Metal, Prellude

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Banda

Prellude

Local

São Paulo

Gênero

Heavy Metal

Ano de Formação

1995

 

Resistir e perseverar. Esse é o lema que quase todas as bandas nacionais seguem, não desistindo nunca de seus sonhos. Poucos têm a ilusão da grana fácil e fama, mas todos continuam a fazer seus trabalhos da forma mais sincera possível. Esse é o caso dos paulistas do Prellude, com 17 anos de carreira, que continuam a demonstrar toda a força de seu tradicional Heavy Metal. E nessa entrevista com o vocalista e guitarrista Christian Lima, podemos conhecer muito mais sobre o trabalho desenvolvido pela banda.

Vicente – Já se vão 17 anos de existência da banda, como você avalia a trajetória do Prellude?

Christian Lima – Foi uma trajetória muito acidentada. Assim como a maior parte das bandas aqui no Brasil, passamos pela luta diária da vida, outras atividades e contratempos fizeram com que vários membros passassem pela banda, mas entre altos e baixos e apesar de não se ganhar dinheiro com isso em nosso país, conseguimos dois objetivos que almejávamos: Resistir mais de uma década e fazer com que o nome Prellude cruzasse fronteiras.

Vicente – Vocês lançaram há poucos meses o “Tributo ao Spectrus”. Como foi a gravação do disco?

Christian Lima – Um desafio. Primeiro recebemos um cd-r extraído de uma fita cassete. A tarefa de tirar as músicas e adaptar em nossa versão foi a mais complexa. Mas parece que tudo estava ligado… Recebemos o material pelo correio e ficamos fãs e sendo assim procuramos atender não apenas a parte técnica, mas também a parte sentimental de gravar um som que curtimos muito.

Vicente – E a resposta do pessoal foi a imaginada por vocês?

Christian Lima – Simplesmente não imaginamos como fazíamos antes. Acredito que devemos fazer para nós mesmos antes de ir ao público. Se a gente gostar primeiro, poderemos mostrar, mas nem sempre a recepção é a esperada. Se a gente esperar muito e não vier fica sempre um vazio. Então entramos no estúdio e ficamos enclausurados lá apenas com uma frase: “daremos o melhor de nós”. Até agora os poucos que ouviram tiveram uma opinião bastante positiva.

Vicente – Qual a razão da escolha deste nome para o disco?

Christian Lima – A sugestão foi da parte do produtor da Metal Soldiers Records, um grande fá dos Spectrus e pela Europa esse nome cairia bem.

Vicente – A música de abertura do disco, Mistério do Prelúdio dos Tempos, é sensacional. Como foi a gravação dessa música em especial?

Christian Lima – Esta e a que mais gosto. Não cantei como a original, apesar do Beto Barros ter feito uma bela linha de vocal. Procuramos não tirar a essência dessa bela música e ao mesmo tempo deixá-la com uma versão que pudéssemos executá-la melhor. Então vocês vão conferir as duas versões no tributo.

Vicente – Vocês lançaram também “A Estrada do Rock”, “A Máquina do Tempo”, e o Box-set “Prellude”, que conta com os dois discos e mais bônus. Conte-nos um pouco sobre cada um destes lançamentos.

Christian Lima – Lançamos em 1998 “A Estrada do Rock” e “Máquina do Tempo” em 2007. Entre 2000 e 2001 foram lançados os CDs Demo em Inglês “Raising from the Dead” com 6 músicas e “The Great War” com 3 músicas. Através do convite do selo chinês: Areadeath foram relançados em 2009 esses dois álbuns. “A Estrada do Rock” + bônus: Demo “Raising from the Dead” e “Máquina do Tempo” + bônus “The Great War” O Box-set é uma caixa com esses dois CDs + patch + botton. 

Vicente – O Prellude canta em português, inclusive como uma homenagem as grandes bandas do gênero nos anos 80, como Centúrias, Azul Limão, Stress, Harppia, Salário Mínimo, entre tantas outras fundamentais na consolidação do Metal no Brasil. A tendência é a banda continuar assim, ou pode surgir algo em inglês, como no EP “Raising From The Dead”?

Christian Lima – Decidimos continuar em português. Estamos compondo para o novo álbum: “Conquistadores do Amanhã”.

Vicente – A banda já possui uma grande experiência, tendo passado por várias épocas do Metal nacional. Como avaliam o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?

Christian Lima – Há mais espaço para divulgar devida a tecnologia que facilita o alcance do público, mas paralelo a isso há uma variedade de opções muito maior e com um pen drive você pode armazenar toda uma estante de discos. Só quem gosta muito de CD e LP é que compra. Quanto aos shows a maior parte das casas hoje em dia procura banda cover. Então o problema de hoje e antes é basicamente o mesmo: A correria para arranjar shows fica a cargo das bandas, selos e alguns bares simpatizantes ao estilo.

Vicente – Quais são as suas principais influências?

Christian Lima – Nacionais: Harppia, Salário Mínimo e Stress. Estrangeiras: Running Wild, Saxon e Grave Digger

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Harppia: Christian Lima – Uma das nossas grandes inspirações, principalmente na fase: “A Ferro e Fogo” e “Sete”.

Saxon: Christian Lima – Essa é de cabeceira. Heavy Metal direto e que pega na veia.

Running Wild: Christian Lima – Inspiramo-nos muito nos sons dessa banda. Para mim é uma das melhores bandas de Heavy Metal.

Black Sabbath: Christian Lima – A simplicidade e o recado direto que eles passam nas músicas é o que torna a banda um clássico.

Azul Limão: Christian Lima – Gosto da garra que a banda transmite. O que mais curtimos é o álbum: Vingança. Tanto que a gente toca a musica titulo do disco.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Prellude e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Christian Lima – Somos gratos a todos que acompanharam nosso trabalho todo esse tempo e fiquem ligados que virá novidades até o inicio do ano que vem. Quem ainda aposta no metal nacional está ajudando a rompermos um velho paradigma de que só os gringos conseguem fazer Heavy Metal. Para quem quer conhecer a banda acesse: www.myspace.com/prellude

 

Entrevista com Al Atkins (primeiro vocalista do Judas Priest)

05 sexta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Al Atkins, Entrevista, Heavy Metal

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Algumas pessoas, mesmo providas de talento, por algum motivo, ou mesmo por um lance de sorte, acabam tendo um reconhecimento menor do que poderiam ter colhido. Esse é o caso do entrevistado de hoje, Al Atkins, primeiro vocalista do Judas Priest, que por motivos pessoais teve de deixar a banda justamente no ano anterior a explosão e reconhecimento mundial do Priest. Mesmo assim, Atkins demonstra uma felicidade por ainda estar em atividade, lançando discos solo, em demais projetos e com o Holy Rage. Nunca falando qualquer coisa de negativo de seus ex-colegas, pelo contrário, mostrando orgulho pelo que conseguiram, por também ter sido parte do grande Judas Priest. E com muitos projetos para serem concretizados nos próximos meses, Al Atkins demonstra que, se a fortuna nos foge as vezes por um lado, no outro podemos encontrar a satisfação profissional que desejamos.

 

Vicente – Quais seriam as melhores lembranças de uma carreira de mais de 40 anos

Al Atkins – Com mais de 40 anos há tantas boas lembranças, mas o final dos anos 60 e início dos anos 70 foram um grande momento na música com tantas bandas aparecendo e mudando tudo, como Deep Purple e Black Sabbath, em 1968, e Iron Maiden e Motorhead em meados dos anos 70.  

Claro que eu estava no momento em um Judas Priest jovem e estávamos abrindo para bandas como Slade, Black Sabbath, Thin Lizzy e Budgie, só para citar alguns.      

Ali por 68, outro jovem vocalista e amigo da minha cidade natal de West Bromwich, Robert Plant, em parceria com Jimmy Page formou o lendário Led Zeppelin junto com um outro baterista local,  John Bonham e John Paul Jones e que, dessa forma, coloou o mundo em chamas com o seu estilo pesado de Rock / Blues – memórias muito boas, grandes tempos eu diria.

Eu também tenho boas lembranças de turnê nos EUA com o guitarrista Dennis Stratton (ex Maiden) em 2006 tocando a partir de Tampa, Flórida por toda Costa Leste até Nova York. (Dias felizes).

Vicente – E o pior momento?

Al Atkins – Para mim, no Reino Unido, foi à explosão do punk. Eu sempre segui o progresso de músicos como Jimmy Hendrix, Pink Floyd e Black Sabbath, mas a música punk era um animal diferente. Era tudo sobre táticas de choque, xingar, gritar e cuspir, e para mim foi a pior era da música, mas isso é apenas a minha opinião, porque havia um monte de garotos na época que gostavam.

Vicente – Você conseguiria imaginar, quando você começou na música, mais de quatro décadas atrás, ainda estar em atividade e dar uma entrevista para um site/blog brasileiro?

Al Atkins – De jeito nenhum, e ao longo dos anos eu continuei dizendo que este é meu último ano e que gostaria de me aposentar, mas então eu decido gravar outro álbum ou escrever um livro, e então algum jornalista me disse: “Olhe para o Dio, ele é mais velho do que você é, então continue em frente!” Ronnie era uma inspiração para todos os cantores e um vocalista incrível, mas infelizmente ele não está mais conosco.

Vicente – Vamos falar sobre o álbum “Serpents Kiss”, lançado no ano passado, em seu projeto com Paul May. Como foi a gravação deste álbum?

Al Atkins – Paul tinha tocado na maioria dos meus primeiros álbuns solo, mas nós nos afastamos quando ele virou-se para a religião e se tornou um cristão renascido e eu formei o Holy Rage e peguei a estrada novamente.

O Holy Rage fez alguns shows memoráveis ao longo dos cinco anos em que estivemos juntos ao lado de bandas como ‘Blaze Bailey’, ‘Skid Row’ e até mesmo Graham Bonnet, em Hollywood, EUA, também gravamos um álbum auto-intitulado, mas por termos mudado a formação tantas vezes decidi fazer uma pausa no trabalho com a banda.

Então Paul me pediu para cantar em algumas músicas que tinha escrito, então pensei: por que não? E quando eu ouvi o que ele tinha composto me surpreendeu totalmente e eu acabei cantando o álbum inteiro, o qual ele intitulou “Serpents Kiss”.

 

Vicente – E a reação dos fãs foi como você esperava?

Al Atkins – A reação dos fãs e da imprensa musical foi incrível e o álbum vendeu bem a nível mundial, o suficiente para o nosso novo manager e a gravadora nos pedir para gravar novamente e, assim, nos últimos cinco meses temos trabalhado junto no intitulado” ”Valley of Shadows”, e para mim será melhor do que o primeiro.  

Este novo álbum sai em 05 de novembro e estamos realmente ansiosos para o seu lançamento, também chamamos o grande artista Rodney Matthews para fazer a arte da capa de novo.

Vicente – Neste álbum vocês tocaram uma canção do Kiss, “Cold Gin”. Por que vocês escolheram essa música em particular?

Al Atkins – Bem, isto foi idéia de Paul novamente, depois eu sugeri que poderia ser uma boa jogada colocar um cover no disco. Paul é um grande fã do Kiss e ele veio com essa versão de “Cold Gin” e novamente eu fui nocauteado por ele. O fã clube do Kiss na Alemanha achou muito legal também.

Vicente – Um novo álbum em breve em sua carreira solo? Já se passaram cinco anos desde o grande “Demon Deceiver”.

Al Atkins – Eu tenho estado tão ocupado gravando com o Holy Rage e os dois álbuns com Paul May e até mesmo com o novo compositor / guitarrista americano Andy Digelsomina, um cd duplo que será incrível.

Andy montou uma fantástica formação de vocalistas para o projeto, que inclui Robert Lowe (Candlemass), Mark Boals (Yngwie Malmsteen), Rob Diaz (Vestator), Veronica Freeman (Benedictum) Liz Vandall (Uli Jon Roth) Graham Bonnet e eu. Uau! Este álbum de Opera Metal tem lançamento previsto para o ano novo e eu não posso esperar.   

Meus próximos dois álbuns previstos para o próximo ano será um “Best Of” e contará com algumas das músicas que eu escrevi ou co-escrevi ao longo dos últimos 40 anos como, “Victim of Changes” e “Cradle to the Grave” . Também vai contar com alguns convidados e o outro álbum, acredite ou não será um acústico com Paul May.

Vicente – E há novos planos para o Holy Rage?

Al Atkins – Não no momento, mas talvez a gente vai se reunir no próximo ano para algumas datas selecionadas, já que fomos convidados a tocar num festival em Nova Deli, Índia, em março e é um lugar no qual nunca estive, de modo que me atraiu muito a ideia.

Vicente – Eu sei que você já respondeu esse tipo de pergunta tantas vezes, mas como você vê o seu tempo com o Judas Priest.

Al Atkins – Foi um grande aprendizado para todos os membros, éramos tão jovens na época. A banda foi formada em 69 e sai em ’73, sempre será uma parte do meu coração, vendo-a subir a escada do sucesso para as alturas vertiginosas de ser um dos melhores shows de metal do planeta, com 40 milhões de álbum vendidos até hoje.

KK, Ian e eu todos tivemos essa determinação, na época eu estava com eles, mas por ser o único casado com um filho para criar e não muito apoio financeiro eu senti que eu tinha que deixar tudo e entrar um novo vocalista no meu lugar.  

Robert Halford, outro rapaz local, veio e eles continuaram fazendo turnês por mais um ano. Quando finalmente eles assinaram um contrato de gravação, foi que acrescentaram outro guitarrista e então veio Glenn Tipton, a peça final do quebra-cabeça foi adicionada e o resto é história.

Vicente – Algumas músicas lançadas com Halford foram de sua composição. Qual é a sua favorita?

Al Atkins – A minha favorita tem que ser “Never Satisfied”, que é a mais próxima que eu tinha escrito em 1972. “Victim of Changes” é a favorita dos fãs  do Priest, mas ela foi “chutada” ao longo dos anos, até que se tornou o hino do metal que é agora.

Para os leitores que não conhecem a história é a seguinte: eu escrevi a primeira parte da música sobre uma mulher e foi intitulada ”Whiskey Woman” e Rob escreveu a segunda parte mais lenta, e sua música era chamada ”Red Light Lady” sobre outra mulher do mesmo gênero. A banda colocou as duas músicas juntas e re-intitularam ela como ”Victim of Changes”. Foi ótimo ouvir a banda tocar essas duas canções na Epitaph World Tour e depois de todos esses anos, ainda soava bastante impressionante.

Vicente – Você mantém contato com os membros da banda?

Al Atkins – Ian é o único que eu realmente mantenho contato, e participei de sua festa em comemoração aos seus sessenta anos, e relembramos muitas coisas sobre os velhos tempos entre um copo e outro de vinho – tudo muito legal!

Vicente – Após deixar o Judas, você tocou no Lion, o qual você mesmo falou que foi um grande momento em sua carreira, certo?

Al Atkins – Sim, depois de deixar o Judas Priest tive um trabalho regular para sustentar a minha família, mas queria ter uma outra banda, mas ainda manter o meu trabalho.

Então veio Bruno Stapenhill, o baixista original do ‘Priest’, Harry Tonks na guitarra, que foi um dos melhores nesse negócio, Pete Boot na bateria, vindo do ‘Budgie’, e eu nos vocais. Denominei a banda de Lion e nós éramos um bando de caras loucos se divertindo, que nunca pensaram em fazer disso algo grande, mas só queríamos ter um bom tempo. Não me entenda mal, nós éramos uma banda quente e tivemos 4 grandes shows no famoso Marquee Club, em Londres. Também na banda estava o engenheiro ‘Big Mick’ Hughes que agora é engenheiro de som do Metallica e Slipknot.

Vicente – O que você conhece do Rock e Metal no Brasil?

Al Atkins – Não muita coisa, mas eu sei que é forte, com um monte de grandes músicos lá fora. Duas bandas que eu ouvia e gostava muito eram “Angra” e “Sepultura”.

Vicente – Em poucas palavras, o que você acha sobre esses artistas?

Bruce Dickinson: Homem superior e um grande frontman

Dio: Não poderia ser melhor, mas, infelizmente, o perdemos.

Rob Halford: O deus do metal. (Aposto que ele está feliz que deixei a banda. (risos).) Gama fantástica de vozes.

Paul Rogers: Uma grande influência para mim nos meus primeiros anos. Voz muito distinta.

Robert Plant: Este homem influenciou uma geração de cantores. Cabelo, muitos maneirismos, vocalista de boa aparência, ótimo cantor. Eu odeio ele! Brincadeira, adoro o cara.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que gostam ou queiram saber muito mais sobre a sua música.

Al Atkins – Só gostaria de dizer obrigado a todos os que acompanharam a minha música ao longo dos anos e tem um olhar para o meu material novo, vale a pena ouvir e um grande agradecimento a você Vicente por esta entrevista. Mantenha a bandeira do Metal voando para todos!

 

Entrevista com a Banda Firetomb (Pernambuco)

03 quarta-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Firetomb, Thrash Metal

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Banda

Firetomb

Local

Pernambuco

Gênero

Thrash Metal

Ano de Formação

2008

 

A força do Thrash Metal no cenário nacional é indiscutível, desde os anos 80 até os dias atuais, onde dezenas de bandas mantêm este estilo em evidência. Dentre elas podemos citar evidentemente o Firetomb que, apesar de ainda recente, abraça com paixão o estilo escolhido por eles. E demonstram isso claramente nessa entrevista que realizei com Lucas Moura (Vocal) e Randal Silva (Guitarra). Confiram  o que o Firetomb tem para oferecer a todos apaixonados por este estilo e pelo Metal em geral.

Vicente: Inicialmente, Falem um pouco sobre os quatro anos de existência do Firetomb. Mesmo sendo uma banda relativamente recente, qual a avaliação que fazem da trajetória até o presente momento?

Lucas Moura: podemos dizer que a nossa trajetória está fluindo como deveria fluir, tivemos altas e baixas, algumas polêmicas talvez, mas acho que isso é normal em qualquer banda, e diante do mercado musical que vivemos hoje, acredito que estamos fazendo bem nosso papel no período de ascensão, mas num modo geral as coisas estão caminhando bem, algumas oportunidades estão surgindo, e vamos continuar indo em frente.

Randal Silva; a banda durante esse quatro anos passou por vários momentos bons e ruins, mais no final todo o nosso objetivo foi concluído com vitória e determinação.

Vicente: Anterior a esse período, a banda se chamava Hellvolution. Como se deu a troca do nome e de onde surgiu o nome Firetomb?

Lucas Moura: Tivemos alguns problemas com o primeiro nome na hora de registrar para oficializar o cd regularmente, então intitulamos o cd em forma de tributo ao antigo nome “Hellvolution”, e aproveitamos a oportunidade para por um nome que soasse mais ao nosso estilo.

Vicente: Inclusive seu primeiro disco completo foi intitulado “Hellvolution”, lançado em 2010. Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

Lucas Moura: Não e sim, na verdade tivemos alguns problemas com integrantes, mas estávamos decididos a gravar o “Hellvolution” mesmo que não fosse o objetivo de todos naquele momento, e até certo ponto ficamos preocupados com a falta de alguns integrantes no inicio do processo de gravação, pois queríamos fazer um trabalho profissional apesar de ser independente, mas desistir não era uma opção, foi então que o nosso baterista Luciano J. Silva se encarregou de gravar as baterias para o nosso debut e acabou ficando no line up do Firetomb, que posteriormente trouxe o nosso baixista, Risaldo Silva.

Randal Silva: a banda já tinha 10 musicas pronta, logo no inicio da gravação o nosso baixista Rogério Gomes saiu da banda, então todo processo das cordas foi feito por mim e pelo Marcos, e mesmo com as dificuldades foi um grande passo para a banda em todos os sentidos.

Vicente: E o retorno do pessoal?

Lucas Moura: Tivemos um bom retorno, esse primeiro trabalho foi muito bem aceito, acho que a recepção para o Hellvolution aconteceu como tinha que acontecer, tanto na reação do público nos shows, quanto na vendagem nacional e estrangeira, é muito gratificante ver o “Hellvolution” em top lists de bangers espalhados pelo mundo.

Randal Silva: Só em você tocar as musicas e ouvir a galera cantando junto com a banda…Thrash Metal we do say

Vicente: O Firetomb executa um Thrash old school, extremamente influenciado pelos anos dourados do estilo (década de 80). Esta é a proposta da banda desde seu principio, e como vêem o estilo hoje em dia?

Randal Silva; Posso afirmar que Thrash Metal Old School é eterno como o Heavy Metal tradicional, e mesmo com a evolução musical e os periféricos eletrônicos, sempre surgirá bandas como: Violator, Firetomb, Pitiful Reign entre outras para manter a bandeira Thrash em alta.

Vicente: Inclusive, um dos destaques da banda é a faixa intitulada Thrash Metal. Como foi a composição dessa música em particular?

Lucas Moura: “Thrash Metal” é uma música muito especial acho que para todos nós, talvez porque seja uma música mais direta e com vários elementos abordados dentro do estilo, e sua composição foi uma das que mais se modelou com o tempo, sempre que a tocávamos nos ensaios ela soava mais rápida, mais agressiva, e já notávamos que a música transmitia uma energia muito forte, e aos poucos foi tomando sua forma.

Randal Silva: Thrash Metal é na verdade um soco na cara dos modistas foi a música mais rápida que eu já compus, foi algo totalmente direto, bem é só ouvir as speed picks.

Vicente: Algum álbum novo a caminho?

Lucas Moura: estamos no estúdio em processo de criação ainda, algumas musicas já estão se formando, mas não temos uma data prevista ainda para o próximo lançamento.

Randal Silva: Vamos fazer um álbum mais direto e matador.

Vicente: Quais são as suas maiores influências?

Lucas Moura: Temos nossas particularidades pessoais em questão de influências, mas temos várias influências em comum dentro do Thrash Metal, como as bandas mais clássicas oitentistas: Metallica, Slayer, Kreator, Testament, Megadeth.

Randal Silva: Eu, o Marcos e o Lucas, gostamos da maioria das bandas old school e Risaldo e Luciano gostam de Thrash e de outros estilos, mas que somando tudo gera uma essência poderosa e faminta por Thrash metal que é o Firetomb.

Vicente: Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, visto o longo tempo que a banda já tem de estrada? Acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

Randal Silva: acho que de uma forma geral melhorou muito, pois bandas como IRON MAIDEN, MEGADETH, EXODUS, DEATH ANGEL E OVER KILL já mudaram a historia do nordeste, pois essas são bandas que eu cresci ouvindo, e gosto até hoje

Vicente: Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Kreator, Testament, Slayer, Metallica, Sacred Reich:

Lucas Moura: Não dá pra fazer um comentário diferenciado para cada uma dessas bandas, pois nos influenciam muito, mas de um modo geral, todas essas bandas são ótimas e muito importantes, e tiveram sua época de ouro e algumas tem até hoje, algumas sofreram mudanças radicais em sua musicalidade, mas temos que respeitá-las por tudo que contribuíram e pelo legado que deixaram, e que ainda deixarão.

Vicente:  Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Firetomb e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Randal Silva: quero deixar um abraço a todos que carregam junto com a gente a nossa bandeira Firetomb, pois todo o nosso trabalho se resume aos gritos e delírios para aqueles que nos acompanham em nossa estrada Thrash Metal e que, sem eles, não poderíamos seguir esse caminho.

Valeu thrash metal till death

 

Entrevista com a banda Hartmann (Alemanha)

01 segunda-feira out 2012

Posted by bacchus30 in Aor, Entrevista, Hartmann

≈ 2 Comentários

 

Banda

Hartmann

Local

Alemanha

Gênero

AOR

Ano de Formação

2005

 

Essa é para quem curte um AOR de primeira linha. Oliver Hartmann já é uma figurinha carimbada de bandas como At Vance, Avantasia, Edguy, e na banda Hartmann demonstra toda categoria e a incrível capacidade vocal que possui. Lançando recentemente seu quarto disco “Balance”, ele concedeu essa entrevista, falando de toda a carreira e suas participações nos demais projetos, demonstrando simpatia e, principalmente, paixão pela música. Confiram o que Oliver tem a dizer e, quem ainda não conhece, está ai uma grande dica, só procurar no youtube e acharão algumas apresentações ao vivo da banda, vale a pena…

Vicente – Conte-nos um pouco sobre os sete anos de existência do Hartmann.

Oliver – Ah, essa é uma história muito longa, mas vou tentá-la resumi-la (risos).

Eu comecei a compor para um novo projeto solo depois que eu saí do At Vance, em 2002. A banda em si foi fundada em 2005 com Mario Reck na segunda guitarra, Armin Donderer no baixo (ex-PARADOX e Ex-FREEDOM CALL), Dario Ciccioni na bateria (TWIN SPIRITS, GENIUS, EMPYRIOUS, etc) e Juergen Wuest nos teclados. Embora tenha começado como um projeto solo e sempre fui o compositor principal, felizmente logo nos transformamos em uma banda de verdade depois dos primeiros shows ao vivo em 2005 com o nosso álbum de estréia, “Out in the Cold” e a turnê de apoio para o TOTO. O segundo álbum “Home” foi lançado em 2007 e seguido por turnê com o EDGUY, HOUSE OF LORDS, HOOTERS e muitas outras bandas. Logo depois que gravamos e lançamos o DVD ao vivo e CD “Handmade”, lançamos o concerto ao vivo no final do mesmo ano. Foi uma coisa muito legal para nós fazer isso, mas, infelizmente, devido à grande formação incluindo três vocalistas, nunca fomos capazes de fazer como gostaríamos. Em 2009 gravamos nosso terceiro álbum de estúdio, “3”, que foi lançado pela SONIC11 Records e seguido novamente por muitos shows ao vivo. Depois de fazermos uma pausa em 2010 devido à turnê mundial do Avantasia e outros projetos, começamos a escrever novas músicas e lançamos o nosso novo álbum “Balance”, agora em junho. Até aqui tudo bem (risos).

Vicente – Você lançou em junho seu quarto álbum “Balance”. Como está a divulgação? Quando e onde foi gravado?

Oliver – Como eu já disse, trabalhamos neste álbum um pouco mais do que estávamos acostumados no passado – perto de dois anos e meio. A principal razão é que eu estava viajando muito com outros projetos como Avantasia em 2010 e Rock Meets Classics no inverno passado, então eu não tive tempo para me concentrar apenas no HARTMANN. É por isso que a composição das músicas para o novo álbum de alguma forma aconteceu em etapas. Embora já tínhamos material novo suficiente em meados do ano passado, eu não estava satisfeito com algumas músicas, então decidi escrever mais faixas e trabalhar nos arranjos aqui e ali. Enfim, foi à decisão certa, porque nós não tivemos qualquer pressão do tempo para lançar um novo álbum, assim tivemos a oportunidade e tempo para escolher apenas as melhores faixas para o novo álbum. Nosso baixista Armin também escreveu algumas músicas dessa vez, e decidimos gravar “Like a river” e “From a star”, que são grandes canções e perfeitamente adequadas. A maior parte do material foi gravado em meu estúdio caseiro, e a bateria foi adicionada em outro estúdio daqui chamado de “Mix-Box”. Baixo foi gravado no estúdio do Armin e o disco foi novamente mixado por Sascha Paeth. Ele é um grande produtor e é sempre bom tê-lo na mixagem – um par de orelhas novas (risos).

Vicente – E a reação dos fãs foi como você esperava?

Oliver – A reação foi absolutamente ótima! Nós realmente só tivemos respostas positivas dos fãs de todo o mundo. Uma vez que temos a sensação de que “Balance” é definitivamente o melhor álbum que fizemos até agora, é bom ouvir que a reação dos fãs é a mesma.  

Vicente – “Balance” foi lançado na Argentina pela ICARUS Records. Qualquer previsão de lançamento do álbum no Brasil?

Oliver – Não, infelizmente não. Nós ainda estamos tentando encontrar um bom selo para trabalhar em um lançamento brasileiro do álbum, mas no momento está apenas disponível como um download digital no iTunes e outros, ou pela ICARUS na Argentina. Nós esperamos ter também uma versão física ainda este ano. Vamos ver.  

 

Vicente – Qual é a maior diferença entre o “Balance” e os demais álbuns do Hartmann?

Oliver – A principal diferença é que talvez tínhamos mais tempo e uma certa situação de tranquilidade desde o início que começamos a compor as músicas até a mixagem final do disco. Essa foi uma das razões pela qual intitulamos o álbum de “Balance”. De alguma forma, este álbum tem o equilíbrio certo de tudo o que é importante para nós como banda em relação à música. Por outro lado, o equilíbrio interno, em geral, é importante para tudo que você faz em sua vida. Não há preto sem branco, bom sem mal, não há ying sem yang. O objetivo é talvez encontrar a mistura certa de ambos os lados, para conduzir a sua vida na direção certa – e há sempre algo ou alguém que tenta puxar e arrastá-lo para o outro lado. Então, às vezes é realmente como dançar em um fio (risos).

Vicente – Além disso, vocês lançaram “III” em 2009, “Home” em 2007, e “Out in the Cold”, em 2005. Conte-nos um pouco sobre cada um.

Oliver – O primeiro álbum “Out in the Cold” e a turnê seguinte com TOTO, ambos foram um grande sucesso para nós que eu não esperava, porque em relação ao estilo e som, que foi e ainda é puro rock moderno e Hard Rock, que, naturalmente, é diferente do que as pessoas e os fãs ligam ao nome de “Oliver Hartmann”. “Home” foi o nosso segundo lançamento na Frontiers Records e talvez um pouco mais pesado em relação à produção e som, que era o nosso objetivo. E contem canções como “The Sun’s Still Rising”, “Coming Home to You” e outras que estão sempre em nosso set list. Infelizmente, o último álbum “3” não teve a atenção que nós esperávamos, embora eu acho que foi, mais uma vez, um passo à frente para nós e para além de “Balance”, um dos melhores álbuns que gravamos até agora. Mas também tivemos alguns problemas aqui e ali, com a distribuição e promoção do álbum e, no final, decidimos voltar para uma gravadora normal, que é a Avenue of Allies agora, e dividir a música e a parte promocional de novo. Você não pode cuidar de tudo ao mesmo tempo e, para mim como compositor, e para nós como uma banda a música ainda é a parte mais importante. Isso é o que nós temos que cuidar em primeiro lugar – o resto vem em segundo lugar.. Mas a minha gravadora ainda existe e é útil para os relançamentos dos nossos álbuns mais antigos como “Out in the Cold”, que não estava disponível para venda por um determinado tempo. O relançamento do nosso DVD “Handmade” será em seguida, com a esperança de encontrar uma boa distribuição durante os próximos meses.   

Vicente – Em agosto vocês fizeram alguns shows com TOTO. como foi essas apresentações?

Oliver – Oh, eu tenho que dizer que foi realmente um ótimo tempo e ganhamos um monte de novos fãs! Eu conhecia Steve Lukather, pessoalmente, desde a minha turnê com o Rock Meets Classic em Janeiro. Então, conhecendo bem uns aos outros, nunca fomos tratados como banda de apoio que ninguém se preocupa e tem apenas uma pequena quantidade de tempo para passagem de som e no show. Tudo foi muito tranquilo e fomos tratados com respeito e recebendo uma ajuda que nem sempre é natural. E eu tenho que dizer que Steve é realmente um músico excelente e uma pessoa muito engraçada!

Vicente – Sua música é uma mistura entre o Melodic Metal e AOR. Esta é a proposta desde o início de Hartmann?

Oliver – Eu não chamaria de Metal, eu considero “AOR-2012” ou “Rock Melódico moderno” talvez a descrevesse melhor. Quando começamos a escrever as primeiras canções eu não pensei muito sobre o estilo ou para satisfazer as expectativas – que naturalmente estavam lá devido a At Vance, a minha participação no Avantasia e outras coisas bem conhecidas. Eu só queria fazer algo novo, onde eu pudesse me expressar melhor. O que fazemos com o Hartmann é uma combinação do meu e do nosso gosto musical, por um lado e, claro, uma mistura de toda a música que me influenciou desde minha infância. Tudo começou com os discos dos meus pais, Beatles, Abba, Hendrix, outros artistas, o rock clássico, Hard Rock e bandas de metal que eu ouvia quando era um garoto – são muitos para mencionar – música que eu gosto e que me influencia de alguma forma. Então, o que sai no final do HARTMANN é uma música com, claro, uma grande variedade estilística, mas com o nosso próprio som. E isso vem cem por cento da minha pessoa.

Vicente – Oliver, você tocou em muitas bandas, como At Vance, Edguy, Avantasia e outras. Como foram essas experiências para você?

Oliver – Eu estou feliz que eu tenha sido ou ainda sou parte de todas essas bandas e projetos. Exceto meus 4 anos com o At Vance – que foi muito difícil de lidar  –   Eu sempre  tive somente ótimas experiências com tudo o que fiz até agora. E o que você faz, você sempre aprende alguma coisa. Falando sobre o Avantasia, me sinto absolutamente ótimo por fazer parte desde as sessões de estúdio do primeiro disco, estou feliz que ele se tornou tão bem sucedido e estou mais do que feliz em poder fazer esse tipo de turnê mundial ao vivo, como em 2008 e 2010. Eu sei que há um novo álbum sendo feito e já estou ansioso para ver como será.

Vicente – Como é a cena na Alemanha para o Rock e Metal?

Oliver – É claro que toda a cena musical está ficando mais e mais difícil a cada ano, na Alemanha, também. Mas ainda há um grande público para a boa música – não importa o estilo que for – e nós estamos tentando fazer o nosso caminho com o HARTMANN também. As coisas avançaram de novo com nosso álbum novo, assim acabamos nossa turnê com TOTO e agora estamos planejando outra com o Jaded Heart no final do outono. Além dos meus shows com a banda alemã tributo ao Pink Floyd Echoes – cerca de 20-25 a cada ano, com o Rock Meets Classic, confirmado novamente para fevereiro do próximo ano com convidados do porte de Paul Rodgers, Eric Bazilian, Steve Augeri, Chris Thompson e Bonnie Tyler. Então, eu realmente não posso dizer que eu não tenho nada para fazer – felizmente.

Vicente – O que você conhece do Rock e Metal brasileiro?

Oliver – Para ser honesto, eu não conheço muitas bandas brasileiras, mas é claro que eu sei que o seu país adora o rock e bandas de Metal de todo o mundo. Ainda me lembro de nossos shows com o AVANTASIA em 2008 e 2010 como um dos melhores. Nós também adoraríamos vir ao Brasil com o HARTMANN, então vamos ver se podemos fazer acontecer no próximo ano. Nós já estávamos planejando algo para este ano, mas infelizmente tivemos que adiá-lo por mais um tempo.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Oliver – Muitos para mencionar apenas nesse espaço (risos). É claro que todos os grandes cantores, guitarristas e suas bandas dos anos 70 e 80, a maioria deles lendas do Hard Rock como o Dio, Rainbow, Deep Purple, Whitesnake, Free, Beatles, AC / DC, Jimi Hendrix, Pink Floyd, Journey, Gary Moore e assim por diante. Muitas bandas de soul, cantores e compositores também – mas eu tenho que parar agora que a lista seria demasiada longa para esta entrevista (risos).

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Unisonic: Banda Legal, formação também – Eu ficarei de olhos abertos para ver como vai se desenvolver.

Journey: Uma das minhas favoritas – canções perfeitas de AOR, cantores excelentes e grande guitarrista.

Avantasia: Um projeto perfeito com incríveis e poderosas canções e alguns dos melhores e mais interessantes cantores de Hard Rock em todo o mundo – orgulho de fazer parte desse projeto.

Edguy: Banda legal e engraçada que realmente desenvolveu seu estilo musical ao longo dos últimos 15 anos. Eles têm alguns grandes discos! Eu estou ansioso pelo próximo.

Pink Floyd: Banda única que realmente desenvolveu este estilo progressivo, calmo e melódico.  Não pode ser comparado a qualquer outra coisa. Canções atemporais e grandes músicos!

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber muito mais sobre a música do Hartmann

Oliver – Eu quero dizer um grande “Olá!” a todos os nossos fãs no Brasil e para todos os seus leitores e nós esperamos vê-los o mais breve possível. Nós estamos trabalhando duro para, de alguma forma, realizar uma turnê na América do Sul em um futuro próximo, porque sabemos que temos muitos fãs no Brasil – e nós adoraríamos fazer alguns shows para vocês!

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