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~ Resenhas e entrevistas com bandas de Rock & Metal

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Arquivos Mensais: dezembro 2012

Entrevista com a Banda Lacuna Coil (Itália)

30 domingo dez 2012

Posted by bacchus30 in Entrevista, Lacuna Coil

≈ 2 Comentários

Lacuna Coil

No inicio de 2000, a Internet ainda engatinhava os seus passos de compartilhamento de arquivos, principalmente para quem padecia com a conexão discada. Não era tão simples baixar discos, vídeos e afins. Foi nessa época que conheci pela primeira vez o som dos italianos do Lacuna Coil, com a faixa “To Myself I Turned”, do seu debut “In A Reverie”. Uma música forte e, porque não dizer, pegajosa, apesar de não tão pesada quanto de bandas da época como Nightwish e After Forever. Desde então sempre acompanhei a carreira da banda, que, apesar de algumas mudanças no som, continuou mantendo uma boa base de fãs no Brasil e mundo afora. Prestes a tocar aqui novamente em Março, tive a oportunidade de entrevistar o Vocalista Andrea Ferro, que conta mais sobre os shows daqui, sobre o novo “Dark Adrenaline” e sobre o cenário da música em geral.

Já deixo aqui também os meus votos de feliz ano novo para todos, que 2013 mantenha o que ficou de bom neste ano e apague os problemas de 2012, fazendo com que assim tenhamos uma nova era (sem fim do mundo desta vez). E que a música continue a guiar todos, tanto no Brasil quanto no mundo todo, de preferência sem mais “Gangnam Style” a perturbar nossos ouvidos e mente.

 

Vicente – Vocês virão tocar novamente no Brasil em Março. Quais são as suas lembranças dos outros shows aqui?

Andrea Ferro – Já fomos ao Brasil duas vezes, uma vez como atração principal e na outra em uma turnê com o Lamb of God e Hatebreed. Ambas as vezes foram uma experiência incrível, tudo foi muito divertido e confesso que não esperávamos ter tantos fãs ai.

Vicente – O que você espera deste novo show aqui?

Andrea Ferro – Desta vez eu espero que seja ainda mais divertido, uma vez que vamos fazer três shows no Brasil e só isso já é incrível, vai ser um pouco difícil, porque nós vamos ter que viajar muito, mas eu não posso esperar para estar ai novamente!

Lacuna CoilVicente – E o que os fãs daqui podem esperar do Lacuna Coil?

Andrea Ferro – Vai ser verdadeiramente um show especial, que vai comemorar os 15 anos do Lacuna Coil onde vamos tocar um monte de músicas antigas.

Vicente – Para você, quais são as músicas que nunca podem ficar de fora do set list de um show da banda?

Andrea Ferro – Eu acho que há pelo menos um par de cada álbum que fizemos, desde o “Comalies”, mas há também algumas músicas mais antigas, uma, ou algumas do último álbum, este set list certamente vai ser muito bom para os fãs da velha escola e para as pessoas que acabam de descobrir a nossa banda com o “Dark Adrenaline”.

Vicente – Vocês já tocaram em muitos países no mundo nos últimos anos. Você acha que esses dias são melhores ou piores para as bandas em geral?

Andrea Ferro – Em geral é um momento terrível para a música (e não somente para a música, obviamente) bandas, gravadoras e promotores estão sofrendo neste momento. Álbuns não estão vendendo como antes e todas as bandas estão constantemente em turnê para ganhar dinheiro, mas as pessoas não têm dinheiro para ir e ver todos os shows, o que faz com que eles tenham que escolher o que eles realmente querem ver. Nós estamos sobrevivendo porque nós construímos uma boa base de fãs e uma carreira ao redor do mundo, mas muitas bandas vão acabar em breve.

Vicente – Vamos falar sobre o seu novo álbum, “Dark Adrenaline”. Como foi a gravação e as composições deste álbum?

Andrea Ferro – A composição foi acontecendo no porão do Marco, nosso baixista, ele construiu uma espécie de estúdio em casa, onde nos encontramos e trocamos todas as idéias que nós coletávamos. Depois de alguns meses tínhamos 15/16 músicas prontas e nós nos encontramos para ensaiar o novo material com o resto da banda e Don (Gilmore) o produtor. Realizamos a gravação de todas as músicas em um estúdio vintage em Milão (Itália) e todos os vocais e arranjos finais em Los Angeles (Califórnia), no estúdio de Don. A mixagem e a masterização foi feita em Milão, com os engenheiros italianos.

Vicente – E a reação dos fãs é a que vocês esperavam?634564544755390000

Andrea Ferro – A reação dos fãs tem sido muito boa, tanto os mais antigos quanto os mais novos. “Dark Adrenaline” tem sido também o nosso álbum que alcançou as melhores posições nos EUA, bem como em alguns países europeus e “Trip the Darkness” tem sido o nosso maior sucesso no rádio.

Vicente – “Trip the Darkness”, “End of Time” e “Intoxicated” são grandes músicas. Quais seriam as músicas de “Dark Adrenaline” que você indicaria para aqueles que ainda não conhecem o Lacuna Coil?

Andrea Ferro – Essas músicas são um bom exemplo da variedade de sons e humores que você vai encontrar no álbum, talvez você também deva ouvir “Upsidedown“ e “My Spirit”.

 

Vicente – “End of Time” e “Trip the Darkness” tornaram-se grandes vídeos. Como foi a gravação de ambos os clipes?

Andrea Ferro – Os dois vídeos são bastante diferentes, “Trip of Darkness” foi mais divertido de filmar, porque ele tem o clássico  playback com a banda, então apenas tocamos a música, muitas e muitas vezes. “End of Time” foi mais interessante porque eu e Cristina mudamos de vestimenta muitas vezes e demorou um longo tempo para filmar tudo, mas acima de tudo estou muito feliz com os dois.

Vicente – Neste álbum vocês gravaram uma versão de “Losing My Religion” do REM. Conte-nos um pouco sobre isso, e por que vocês escolheram essa música em particular?

Andrea Ferro – Losing my Religion já estava na pauta quando fizemos Enjoy the Silence, é uma canção de rock clássico e gostamos de escolher músicas que não são estritamente Metal, porque são mais diversificadas e interessantes para se coverizar. Também pensamos que as letras ficariam muito bem encaixadas com o restante do álbum.

Lacuna CoilVicente – Uma coisa que é relativamente incomum hoje em dia é que a banda tem a mesma formação desde 1998. Qual é o segredo para esta “longevidade”?

Andrea Ferro – Não há segredo para isso, nós começamos como amigos e ainda somos amigos e fomos trilhando juntos este caminho com o tempo de nossas vidas. Talvez um dia algum de nós terá o bastante deste estilo de vida e decidirá seguir novos rumos. Até agora ainda temos grande paixão pela música e pela banda.

Vicente – Quais são seus maiores objetivos para 2013?

Andrea Ferro – Manter a banda limpa e saudável, e escrever algumas grandes músicas novas.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Epica: Eu não os conheço muito bem, mas eles parecem pessoas muito legais e bons músicos. Mas não seria tanto a minha praia…

Slipknot: Estivemos em turnê juntos no passado e nos tornamos bons amigos, eles são uma banda ao vivo matadora, uma máquina do caos! Eu amo muitas de suas músicas.

Within Temptation: eles são um dos padrinhos europeus do gênero que ainda estão por aí, junto com a gente e o Nightwish, pessoal muito legal, nós fizemos uma turnê conjunta nos EUA e tivemos um bom tempo. Algumas de suas músicas são clássicas.

Lamb of God: Já estivemos tocando com esses caras muitas vezes e é sempre um prazer encontrar nossos irmãos da Virgínia. Banda incrível, os adoramos!

Paradise Lost: uma de nossas maiores influências, pessoal muito legal, grandes compositores, lendas!

 

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem o som do Lacuna Coil

Andrea Ferro – Para todos os nossos amigos no Brasil, obrigado pelo apoio, vejo todos vocês em 2013, será um show épico, não percam!

Trip the Darkness: http://www.youtube.com/watch?v=VTT6picaCoQ

End of Time:  http://www.youtube.com/watch?v=USXHxgWoS9g

Lacuna Coil

Entrevista com a Vocalista Anneke van Giersbergen

29 sábado dez 2012

Posted by bacchus30 in Anneke van Giersbergen, Entrevista

≈ 1 comentário

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Uma das primeiras bandas, cujo som era o Gothic Metal que surgia com força na segunda metade da década de 90, que escutei com mais afinco foi o The Gathering, que contava com a belíssima voz da vocalista Anneke van Giersbergen. Após alguns anos na banda, ela prosseguiu seu caminho na música com o Agua de Annique e sua carreira solo, além de participar de gravações com grupos dos mais variados estilos, como Anathema, Moonspell, Napalm Death, Ayreon etc… Com sua voz cada vez mais afiada, Anneke irá realizar dois shows no Brasil em Março de 2013 (São Paulo e Rio de Janeiro), então aproveitei para realizar esta entrevista com a musa. Mesmo numa conversa rápida, Anneke demonstra uma simpatia sem igual, e felicidade por poder finalmente apresentar sua nova fase no Brasil, onde certamente irá realizar shows inesquecíveis para quem for conferir…   

 

Vicente – Você vai tocar no Brasil em Março. O que você espera desse show aqui? E o que os fãs podem esperar da Anneke?

Anneke van Giersbergen – Ah, eu estou realmente ansiosa! Não posso esperar para desfrutar o sabor de algumas comidas brasileiras (risos)

Vou trazer minha banda de 6 integrantes maravilhosos e vamos realizar um grande show com um set list variado, com muitas músicas do “Everything is Changing” e um monte de clássicos também!

 

avg10Vicente – Você já ser apresentou em muitos países pelo mundo em todos estes anos. Você acha que esses dias são melhores ou piores para as bandas em geral?

Anneke van Giersbergen – Para ser honesta, eu gosto de fazer o que eu faço tanto quanto há 10 anos atrás, quando tudo era diferente. As coisas mudam, sempre existem coisas boas em tudo e eu ainda continuo a gravar álbuns e fazendo shows pelo mundo. Você usava a turnê para promover seu álbum e, hoje em dia, você faz um álbum para ser capaz de estar em turnê (risos).

 

Vicente – Você está em processo de composição do seu novo álbum, certo? Você pode nos contar um pouco mais sobre isso? Qual é o seu próximo objetivo?

Anneke van Giersbergen – Eu já escrevi uma boa quantidade de músicas com diferentes pessoas nestes últimos meses e começamos a gravar algumas sessões no mês passado. Eu não tenho certeza de como tudo vai se desenvolver, mas o som será muito mais orgânico e vivo!

 

Vicente – Qual você acha que vai ser a maior diferença entre este novo álbum para o seu anterior, “Everything isavg30 Changing”?

Anneke van Giersbergen – Eu acho que ele vai soar um pouco menos produzido e mais orgânico. É por isso que eu pretendo gravar tudo junto com minha banda, como se fosse ao vivo.

 

Vicente – “Feel Alive” tornou-se um vídeo simples, mas bonito. Como foi a gravação?

Anneke van Giersbergen – Eu e o diretor tínhamos um monte de idéias para esse vídeo. Começamos o dia com um close-up meu cantando a música e depois de conferir o resultado o diretor disse: vendo você cantar de perto é tão poderoso, vamos nos ater a essa idéia. Foi assustador, porque nós queríamos filmar um vídeo totalmente diferente, mas no final, eu estou contente que nós decidimos mudar os planos.

 

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que te inspiraram a seguir a carreira artística?

Anneke van Giersbergen – Quando adolescente eu era uma grande fã do Prince e da Madonna, mas meus pais ouviam muito os álbuns clássicos dos Beatles e Rolling Stones também. Meu irmão mais velho me apresentou ao metal!

 

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que realmente amam sua carreira e sua música.

Anneke van Giersbergen – Fiquei muito chateada quando nossa turnê na América Latina com o Anathema em 2011 não chegou ao Brasil, por isso estou muito, muito feliz, vamos voltar em 2013! Eu amo vocês!

Anneke XxX

 

Clipe “Feel Alive” :  http://www.youtube.com/watch?v=b2FPxUROlPA

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Entrevista com a Banda Steel Warrior (Santa Catarina)

27 quinta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Heavy Metal, Steel Warrior

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Desde a década de 90 na ativa, três discos lançados e shows realizados pelo Brasil. O Steel Warrior é uma síntese do Heavy Metal nacional, e ainda anseia por mais. Nessa entrevista, Culver Yu, baterista, fala, sem papas na língua, sobre todo o nosso cenário musical, sobre a carreira da banda e sobre o futuro da banda, sempre da maneira mais genuína possível, resultando em uma entrevista muito bacana. E fica uma sugestão: Conheçam o Steel Warrior, pois, na minha opinião, trata-se de uma das melhores bandas de Heavy Metal do Brasil, não devendo em nada para qualquer “gringa”…

 

Vicente – Inicialmente, conte-nos um pouco sobre os 16 anos de trajetória do Steel Warrior?
Culver – Primeiramente uma grande saudação a todos que começaram a ler a entrevista, hoje algo bastante raro em tempos de rede social e de informação instantânea, muito obrigado! São quase 17 anos, 3 álbuns, 2 EPs, 2 demos, centenas de shows feitos, e temos a mesma formação há quase 14 anos, posso afirmar que valeu muito a pena estes anos de carreira, que, apesar de, sempre termos a consciência de que não viveríamos da banda e com o risco de sermos uma banda mais “Cult”, nos dá a vantagem de não precisarmos nos adaptar às “modas” de mercado, podendo ser apenas “nós mesmos”, fazendo tudo com total integridade e honestidade, creio que por não precisarmos sofrer pressões externas, conseguimos trabalhar nossas músicas de forma bastante natural, o que transparece para quem as escuta. Sendo isso diferencial ou não, creio que conseguimos atingir este objetivo. Começamos a banda como qualquer outra, juntar alguns amigos para tocar uns covers, começa a compor algo, fazer alguns shows a troco de um lanche, grava demo, posteriormente CD, com a diferença de que quando começamos, apesar da tecnologia de produção ainda não era tão evidente como é hoje em dia, que qualquer pessoa com um bom PC e manjar um mínimo de produção de áudio consegue trabalhar em casa e produzir um álbum inteiro, trabalhamos como as bandas dos anos 80, gravando fitas K-7, que a geração de hoje nunca viu na vida, a internet só servia para emails, pois era discada e multimídia nem pensar! Informação, tínhamos que comprar revistas para buscar, nada caía de mão beijada como é hoje, por isso ficamos de certo modo bem chateados com o comodismo que há hoje em dia, em que tudo está mais fácil e a geração não sabe aproveitar estes recursos. Mas estamos aqui, firmes e bem ativos!

IMG_3115Vicente – Quais seriam os próximos objetivos do Steel Warrior, um novo disco poderia surgir em breve?
Culver – Sim, estamos trabalhando nas musicas que farão parte do nosso quarto álbum. É Heavy Metal, como sempre foi, está na raiz, no sangue, não tem como mudar.

Vicente – O mais recente disco da banda foi o grande “Legends”, de 2008. Como foi a gravação dele?
Culver – Optamos por produzi-lo e lança-lo como banda independente, após o fim do contrato com nossa gravadora. O trabalho todo foi feito em nosso estúdio, que terminamos de construir em 2007, com exceção da bateria, que foi gravada num estúdio do Deny Bonfante (guitarrista do Perpetual Dreams). Como era nosso terceiro trabalho, no mínimo tinha que ficar melhor que os dois anteriores, pelo menos na concepção, e acho que atingimos o resultado desejado, com uma produção mais moderna, porém sem deixar a agressividade e peso de lado. Sem dúvida é o melhor trabalho até o momento, e para o novo trabalho, mais uma vez, no pleonasmo vicioso, temos que nos superar novamente.

Vicente – E o retorno do pessoal, foi o imaginado por vocês?
Culver – Lançamos o álbum na era do mp3 e downloads gratuitos, além disso, foi um período o qual a imprensa grande começou a fechar suas portas para bandas nacionais, limitando-se a divulgar somente meia dúzia das grandes bandas brasileiras, bandas estrangeiras, e claro, quem utiliza a imprensa como uma ferramenta de propaganda, ou seja, pagando e comprando espaço de anúncios em troca de uma matéria, ou vocês nunca perceberam que as bandas que dão entrevista tem anúncio pago de seu trabalho mais recente? Coincidência que não é! Então aquilo que sempre teve ficou pior, o jabá fala mais alto. Acabou que o trabalho não teve sua merecida divulgação, ficando mais restrito a quem já acompanha a banda. Então, infelizmente, não conseguimos atingir um novo público devido a estas questões, assim como estivemos 5 anos fora da “mídia”, e se você não está em evidência na mídia, não aparece, então você é esquecido, pois com tanta informação e saturação, o espaço certo para a banda divulgar o trabalho sem bajulação e tapinha nas costas, se fecha. Mas de qualquer modo, o “Legends” cumpriu o seu papel e temos vendido o CD muito bem nos shows.

Vicente – A faixa-titulo Legends, é daquelas perfeitas para abrir um disco, pois possui um impactoIMG_3117 grande em quem a ouve. Quais seriam as outras músicas que indicaria para quem ainda não conhece o Steel Warrior?

Culver – Ouça os nossos 3 álbuns por inteiro!!! Sou muito suspeito para dizer quais são as indicadas, até porque não somos o tipo de banda que compõe 15, 20, 30 músicas para escolher 10 para entrar num álbum, fazemos aproveitamento de 100% das composições. Então indico que realmente ouça todos os álbuns e tirem suas próprias conclusões, o que posso afirmar é que todos são 100% metal! É fácil encontrar estes álbuns para download (Visions from the Mistland e Army of the time) na internet, não que eu esteja incentivando a pirataria contra nós mesmos, mas é que os CDs físicos destes trabalhos estão bem difíceis de encontrar. Se curtirem, comprem o Legends!!!

Vicente – De quem foi a ideia para a capa do disco, pois a mesma ficou muito bacana.
Culver – Obrigado pelo comentário, a ideia veio a partir das letras, que, depois de compostas, vimos à temática que o álbum iria abordar então o Anderson (baixista) chegou com essa ideia maluca e o Makila Crowley captou estas ideias e transformou na capa do álbum

Vicente – O som da banda é o velho e bom Heavy Metal, com grandes influências de Power Metal. Como você avalia essa cena nos dias atuais, tanto aqui no Brasil como no exterior?
Culver – Dentro do metal também existem seus ciclos de “modismos”, assim como era NWOBHM, veio o thrash, veio o death, veio o Black, virou o melódico e o power, daí pro new, voltou o Black, e hoje a moda é thrash oitentista então o estilo mais tradicional “caiu” um pouco, mas faz parte do mercado, o importante é cada um se manter fiel no que faz, pois tudo é um ciclo, então não nos importamos que o que está em voga é o thrash oitentista que por isso vamos tentar dar uma encostadinha lá, nosso estilo é Heavy Metal e seremos sempre!

IMG_3126Vicente – Culver, agora uma pergunta até um pouco “fora” da música. Você e Boon são irmãos, nascidos em Hong Kong, correto? Como foi a vinda para o Brasil, e como é essa relação familiar dentro da banda?
Culver – Sim, nascemos lá, e sair de lá foi uma decisão que criança não teve escolha! (risos). Dentro da banda não há problema algum, mesmo sendo irmãos de sangue, pois administramos os conflitos sempre bem separados, cada coisa no seu lugar, mas não muda muita coisa, pois todos na banda são quase irmãos, com tanto convívio e vidas compartilhadas por tantos anos.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?
Culver – Heavy Metal. Precisa dizer mais?

Vicente – Vocês já tiveram oportunidade de tocar com grandes nomes como o Gamma Ray, Grave Digger, etc. Como foram esses shows em questão
Culver – Abertura de shows internacionais sempre é um bom aprendizado, afinal você acaba conhecendo mais o que rola nos bastidores (geralmente muitos podres) e um acúmulo de experiências para ajudar sempre, e por esforço e mérito próprio, não se tratando de nos gabar, nós nunca PAGAMOS para nenhuma destas aberturas. Do Gamma Ray e Symphony X foram memoráveis com uma resposta do público à altura da atração principal, nos sentimos felizes que o público nos aceite tão bem. Já na abertura do Grave Digger em 2003 fomos sabotados porque estamos agitando demais o público em Curitiba, onde sempre tivemos uma base muito fiel de público. Aquela produção foi um verdadeiro lixo e felizmente já estamos “escolados” hoje.

Vicente – Como vocês vêem o cenário no nosso país nesse momento, visto o longo tempo de estrada do Steel Warrior? Acreditam que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?
Culver – Se começar a falar sobre isso, esta entrevista não terminará, mas resumindo, a cena no Brasil nunca foi boa, se trata de uma questão cultural do povo, não é do estilo em si, que é marginalizado até hoje, porém, com uma ultra valorização do que vem de fora, isso desde sempre, em qualquer área, então com a valorização da moeda, ultimamente o Brasil se tornou uma verdadeira mina de ouro para as bandas estrangeiras, independente do estilo e variantes, que lá fora, tocam para 50 pessoas e vem pra cá tocar para 1000 pessoas ou mais a preços astronômicos e o povo paga, porém acha caro pagar R$ 10, R$ 15 para ver uma banda regional, de outro estado ou até mesmo de nível nacional tão boa ou melhor que qualquer gringa, só porque é do mesmo país, o que não ocorre em outros países, onde o pessoal valoriza e muito a sua cena local, assim como as estrangeiras, tem tratamento igual, nas suas devidas proporções, claro. Mas falando em nível nacional, a questão piorou muito, tudo está concentrado num lugar só, o que não vem de lá não tem chance, não vou citar o estado nem cidade porque não é necessário, a “panelagem” hoje é tão absurda que a mídia fez uma verdadeira “lavagem cerebral” nas pessoas sem que estas percebam a tamanha hipocrisia que se tornou a cena brasileira, reduzindo o país inteiro a 6 bandas, que são muito boas, experientes e tudo mais, porém, estamos num país de 27 estados e 200 milhões de habitantes, por que há espaço só para meia dúzia? Os números de produções menores de shows estão cada vez menores e cada vez mais relaxados, sem dar a mínima condição de boa apresentação porque o público também está cada vez menor, pois tem que fazer economia e viajar para ver uma banda underground da Finlândia que virá para o Brasil no mês que vem. Enfim, a cena está cada vez mais regionalizada e creio que teremos 27 “Brasis” em breve se este comportamento não mudar ou pelo encontrar um “equilíbrio”, com o público valorizando mais o que é daqui.

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Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Angra:  Representou o Brazil e provou que o país tem bandas tão boas quanto qualquer país “exportador” de heavy metal, não só o Sepultura.

Helloween: grande influência

Iron Maiden: Lenda viva

Judas Priest: outra lenda viva

Gamma Ray: Kai Hansen é de uma humildade impressionante, além de um super compositor, pode não ser um ultra virtuoso.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Steel Warrior e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Culver – Obrigado pelo espaço Vicente e também pela paciência de todos por ler esta exposição de ideias, muito grato mesmo! Apóiem a cena nacional, de um em um, este quadro patético pode mudar, vá mais em shows nacionais, os ingressos são muito mais baratos e com certeza você terá diversão igual! Stay Metal!

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Entrevista com o Vocalista Blaze Bayley

21 sexta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Blaze Bayley, Entrevista, Heavy Metal

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Foi em 1993 que realmente comecei a conhecer mais a fundo o trabalho do Iron Maiden, durante o lançamento do A Real Live One e A Real Dead One, que marcavam também a despedida de Bruce Dickinson da banda. Depois disso conheci todos os discos anteriores, comprando-os (ou pegando emprestado) e tornei-me um apaixonado pela banda. Mas o disco que realmente trazia expectativa era The X-Factor, onde pela primeira vez eu vivenciava a espera por um disco inédito, e que ainda trazia a estréia do novo vocalista, Blaze Bayley. E confesso que não me decepcionei nem um pouco, pois curti (e na verdade, ainda curto) as grandes músicas que o álbum de 1995 trazia. A banda com Blaze não teve vida longa, tendo durado apenas mais um álbum, o criticado Virtual XI, mas mesmo assim deixou sua marca na história do Maiden. Depois o vocalista seguiu sua carreira solo, onde visivelmente sentiu-se mais feliz, e mesmo com altos e baixos, tanto na música quanto na vida pessoal, ele continua até hoje a lançar discos e fazer grandes turnês. Como essa que estará passando pelo Brasil em Janeiro. E nessa entrevista realizada, Blaze Bayley fala justamente sobre estes shows, sua carreira e sobre a época no Iron Maiden. Confiram o que ele tem a dizer…

 

Vicente – Nos últimos anos, você criou um vinculo muito grande com o Brasil, fazendo grandes shows. Qual é a sua melhor recordação destes shows aqui?

Blaze Bayley – Tenho ótimas lembranças de tantos shows no Brasil.  Uma das coisas que eu realmente gosto é que tenho ido a lugares que a grande maioria dos artistas não vão. Um concerto que fizemos foi nas proximidades da Amazônia, em Rio Branco.   Esse foi muito especial.

Vicente – O que você espera destes novos shows aqui em Janeiro?

Blaze Bayley – Eu não sei o que esperar. Estou esperando o melhor, será realmente diferente, e eu gosto muito disso. A pequena turnê que eu fiz no Reino Unido no ano passado foi muito boa e eu fiquei surpreso com as boas reações. Thomas e Anne são dois grandes talentos, por isso vai ser muito bom trabalhar com os dois.

Vicente – E o que os fãs daqui podem esperar de Blaze Bayley?

Blaze Bayley – Eu vou fazer o melhor que eu posso para trazer essas canções à vida e fazer as pessoas sentirem como se fosse a primeira vez que elas já as escutaram.

Vicente – Para você, quais são as músicas que nunca podem estar fora da lista de seus shows? Quais são as novas músicas que certamente entrarão no set list?

Blaze Bayley – “Russian Holiday” estará no novo setlist.   É sempre muito difícil deixar de fora “Man on the Edge”.

332959Vicente – Você lançou este ano “The King of Metal”. Como foi a gravação e as composições deste álbum?

Blaze Bayley – Eu fiz a maior parte das composições com Thomas Zwijsen. Eu queria fazer algo muito simples e direto. Diferente do que eu fiz anteriormente. É um tipo diferente de álbum que se espera do Blaze Bayley, estou muito orgulhoso dele.

Vicente – E a reação dos fãs foi como você esperava?

Blaze Bayley – Todo mundo que eu tenho falado diz que realmente gostou do álbum, então estou muito satisfeito.

Vicente – Qual é a razão do título?

Blaze Bayley – Os fãs são o rei do metal, eu queria dedicar o álbum para os fãs que me apoiaram e que tornaram possível para que eu pudesse fazer isso.

Vicente – Qual é a maior diferença entre o “The King of Metal” para os seus demais álbuns?

Blaze Bayley – É um álbum extremamente simples e direto. Eu não queria fazer arranjos grandiosos e complicados. Eu queria mostrar aos fãs diretamente a mensagem de tentar levantar-se depois de ter sido derrubado.

Vicente – Eu sei que você respondeu este tipo de perguntas tantas vezes, mas como é que você vê hoje em dia a sua trajetória no Iron Maiden?

Blaze Bayley – Estou muito orgulhoso de todo o tempo que passei no Iron Maiden. Um grande número de pessoas me conheceram daquela época e foi um grande momento na minha vida.

Vicente – Qual é a sua melhor e a pior lembrança da época?

Blaze Bayley – O pior foi estar longe de casa por tanto tempo, e com certeza a melhor foi poder fazer tantos shows em um ano.

Vicente – E a sua música favorita em “The X-Factor” e “Virtual XI”? IMG_0167

Blaze Bayley – Bom, no X-Factor é Sign of the Cross, e no Virtual XI foi Como Estais Amigos.

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que te inspiraram a ser um músico profissional?

Blaze Bayley – Ronnie James Dio, Bon Scott, Angus Young

Vicente – Em poucas palavras, o que você acha sobre esses vocalistas:

Robert Plant: Lenda

Rob Halford: O Deus do Metal

Bruce Dickinson: Gigante

Dio: O Todo Poderoso

Ozzy Osbourne: O perturbado

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem o som e a carreira do Blaze Bayley

Blaze Bayley – Muito obrigado pelo seu apoio, espero que gostem do meu novo disco. Russian Holiday (EP acústico que estará sendo lançado no inicio de 2013) e espero vê-los em um dos meus shows em Janeiro

Entrevista com a Banda Xandria (Alemanha)

19 quarta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Entrevista, Gothic Metal, Xandria

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Devo confessar que as próximas entrevistas que irão aparecer por aqui me trouxeram uma grande satisfação, por serem bandas e artistas os quais admiro o trabalho há pelo menos uma década, e também pela simpatia demonstrada em abordar vários temas, e a boa vontade e satisfação em conversar com um site brasileiro, algo que nem todo artista possui, principalmente após galgar alguns degraus de um pretenso sucesso. Obviamente que isso não quer dizer que não tenha me sentido realizado com muitas conversas anteriores, pois a grande maioria destas bandas eu tornei-me fã e amigo, e tenho certeza que daqui alguns anos continuarei a admirar o trabalho, mas me refiro e ser um fã mesmo, que finalmente tem a oportunidade de conhecer e conversar com seus ídolos, é apenas uma sensação diferente…

Enfim, estou simplesmente divagando, então vamos ao Xandria, banda alemã que completa este ano 15 anos de carreira. Apesar das inúmeras mudanças de formação, sempre os vi como uma das melhores do Gothic Metal do final dos anos 90 e início de 2000. Nesta entrevista, o fundador e guitarrista/tecladista/vocalista Marco Heubaum e a nova vocalista Manuela Kraller, falam sobre a carreira da banda e sobre seu mais recente disco, o bom e até mesmo mais pesado “Neverworld’s End”. Confiram o que a dupla tem a dizer…

 

Vicente – Conte-nos um pouco sobre os 15 anos de existência do Xandria

Marco: Xandria foi fundada por mim no final dos anos noventa para fazer um metal com uma grande atmosfera. Nosso álbum de estréia foi lançado em 2003, e, desde então, nós exploramos novas bases a cada álbum, levando o nosso lado criativo pessoal tão longe com nossa produção sinfônica, também abrindo um novo capítulo na banda com a entrada da nova vocalista Manuela.

Vicente – Depois de cinco discos completo e um bom par de singles, quais são as suas próximas metas?

Manuela: Tocar em quantos concertos e festivais forem possíveis! Mas o objetivo principal será o próximo álbum. Nós apenas começamos com a composição, mas não posso dizer mais sobre isso ainda. Só que os fãs podem esperar o som de metal sinfônico que tivemos no “Neverworld’s End” e algumas surpresas …

324290Vicente – Vocês lançaram este ano “Neverworld’s End”. Como foi a gravação do álbum?

Manuela: As gravações foram tanto no “Principal Studio” e também no Home Studio do Marco. As gravações vocais foram no “Weltraumstudios” em Munique. Tudo correu bem, pois desta vez fizemos várias versões demo realmente boas de antemão. Também foi tudo muito divertido, então eu estou realmente ansiosa para voltar ao estúdio!

Vicente – E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Manuela: Foi ainda melhor do que esperávamos que fosse! Nós estávamos realmente animados nos dias anteriores do lançamento, porque você não consegue prever a reação. Mas os fãs nos surpreenderam: Foi quase todo o feedback positivo! Fomos e ainda somos gratos pelo apoio que temos. Isso significa muito para nós e nos mostra que estamos no caminho certo com o Xandria!

Vicente – A capa de “Neverworld’s End” é fantástica. De quem foi a ideia?

Marco: Obrigado! Eu tive essa idéia de uma criança sentada no mundo de suas fantasias, e ela foi realizada pelo incrivelmente talentoso Heile, também da Alemanha.

Vicente – Qual é a maior diferença entre “Neverworld’s End” e os demais álbuns do Xandria?

Manuela: A maior diferença foi a grande mudança no som. Em comparação com os outros álbuns o Xandria se tornou muito mais pesado e também muito mais sinfônico. Para mim esta foi à mudança perfeito, pois sempre fui à procura de música assim… Também os outros concordaram em tomar este caminho musical. Então nós fizemos e foi com absoluta certeza a decisão certa.

Vicente – Depois de algumas mudanças ao longo dos anos, como você vê a formação atual da banda?

Marco: Bem, na verdade não está completa, pois estamos em busca de um novo baixista atualmente. Mas eu, pessoalmente, me sinto mais confortável do que nunca com essa formação. Eu acho que agora nós podemos realmente alcançar o que desejamos!

Vicente – Vocês estão fazendo uma grande turnê com o Kamelot na Europa. Conte-nos um pouco sobre311906_10150327594985889_1226141463_n esses shows.

Manuela: A turnê tem sido uma das melhores que já tivemos! Recebemos um feedback bom em todos os concertos e para mim foi surpreendente ver quantas pessoas já cantaram nossas músicas ou usavam camisas do Xandria (risos). Parece que realmente conquistamos muito mais fãs através das últimas turnês e isso me fez muito feliz. Foi uma experiência maravilhosa estar quase um mês em turnê com essas bandas incríveis e conhecer tantas pessoas legais. E eu sou muito grata pelo apoio dos fãs e sua reação incrível que nos deram nos shows!

Vicente – Como está a cena na Alemanha para o Rock e Metal?

Marco: Eu acho que não tem muito que dizer sobre isso, porque a Alemanha é conhecida por suas famosas bandas de metal como Blind Guardian, Helloween, Scorpions, Rammstein etc… Mas o que eu posso dizer é que as pessoas são um pouco difíceis aqui, porque são expostas a uma quantidade enorme de shows a cada mês, assim você pode ver uma boa banda cada fim de semana, se você quiser. É realmente um teste tocar em grandes cidades da Alemanha (risos).

Vicente – O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Manuela: Nada ainda, para ser honesta…

Marco: Eu sei que há um monte de bandas de metal realmente boas, como Krisiun e, claro, o Sepultura, que foi uma das minhas primeiras bandas favoritas de metal! E sabemos que os fãs são realmente ótimos, eles sabem como celebrar um show, com certeza!

Vicente – Em poucas palavras, o que vocês pensam sobre as seguintes bandas:

Nightwish:

Manuela: A razão pela qual eu queria me tornar uma cantora de metal, uma de minhas bandas favoritas!

Marco: Uma das minhas bandas favoritas, também, e a única “banda sinfônica com vocal feminino” que eu realmente ouço com alegria pessoal hoje em dia.

Sirenia:

Manuela: Para ser honesta eu não os conheço tão bem para dar uma declaração…

Marco: O mesmo para mim.

Epica:

Manuela: Ótima banda! Foi um prazer fazer uma turnê com eles!

Marco: Concordo, grandes caras, foi uma época fantástica com eles na estrada!

Lacuna Coil:

Manuela: Eu amei os primeiros álbuns, eles tinham uma atmosfera muito especial…

Marco: Sim, os dois primeiros álbuns tiveram um encantamento especial.

Within Temptation:

Manuela: A música “Jillian” foi uma das primeiras músicas de metal que eu cantei… Eu me apaixonei por essa banda desde o primeiro momento que ouvi e eu ainda os ouço muito. Eu também gosto do novo material e da voz da Sharon…

Marco: Oh sim, talvez também seja uma banda do gênero que, por vezes, escuto – especialmente o último álbum, que é algo brilhantemente executado “Kim Wilde em um som mais místico”, um grande passo para a banda, e EU GOSTO de Kim Wilde!

 

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem ou queiram saber muito mais sobre o som de Xandria

Manuela: Olá a todos os fãs brasileiros! Espero realmente que possamos chegar o mais rápido possível a visitar o seu país, fazer alguns shows e curtir com todos vocês!

 Clipe “Valentine”:  http://www.youtube.com/watch?v=Rx9OoLwiAho

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Entrevista com a Banda Ecliptyka (São Paulo)

17 segunda-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Ecliptyka, Entrevista, Melodic Death Metal, Power Metal

≈ 2 Comentários

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Apesar de não ser exatamente uma banda iniciante, a Ecliptyka conquistou seu lugar no Metal nacional no ano passado, com o excelente “A Tale of Decadence”, disco onde demonstra seu som sem limites de gêneros e estilos, mas tudo com uma personalidade impecável. A banda tem em sua formação Helena Martins (Vocal), Helio Valisc (Guitarra)m Tiago Catalã (Bateria), Eric Zambonini (Baixo) e Guilherme Bollini (Guitarra, Vocal) que concedeu essa entrevista, onde fala um pouco mais sobre a banda. E vamos esperar para ver o que o futuro reserva para eles…

 

Vicente – Inicialmente, conte-nos um pouco sobre a trajetória de mais de uma década do Ecliptyka?

Guilherme Bollini – A Ecliptyka teve (e continua tendo!) uma trajetória árdua e complicada, como é comum no meio rock/metal no Brasil, mas muito alegre, promissora e cheia de conquistas! Estamos sempre crescendo, nos reinventando e tentando fazer o melhor no limite do nosso alcance.

Vicente – Vocês lançaram ano passado seu primeiro disco completo, “A Tale of Decadence”. Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

Guilherme Bollini – O processo de criação artístico nunca é algo possível de ser completamente planejado e previsto. A gravação foi demorada, complexa e difícil, mas só resolvemos lançar quando estávamos 100% satisfeitos e felizes com o resultado. Esse álbum é o nosso maior orgulho!

Vicente – E o retorno do pessoal e da mídia especializada é o que imaginavam?

Guilherme Bollini – Lançamos o trabalho primeiramente para nos agradar e nos satisfazer. O retorno que obtivemos foi muito positivo e algo muito além do que imaginávamos. A mídia foi positiva, mas o que importa são os fãs que conquistamos. Com certeza hoje, temos muito mais motivos para continuar mais fortes e empenhados por causa deles.

Vicente – De quem foi a ideia e quem foi o responsável pela capa do disco, pois a mesma é fantástica.

Guilherme Bollini – A idéia foi da banda e a concepção artística e dos elementos ficou a cargo do grande João Duarte, que é um ótimo profissional e amigo da banda e sempre trabalha com ótimos artistas.

Vicente – Para quem ainda não conhece a banda, quais seriam as músicas do disco que indicariam, aquelas que sintetizam perfeitamente o que é o som do Ecliptyka?

Guilherme Bollini – É difícil escolher uma, pois achamos que todas fazem parte da obra e temos um carinho especial por todas. Mas, as que englobam todos os elementos que utilizamos nesse primeiro disco podem ser a We Are The Same e Why Should They Pay.

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Vicente – Vocês fazem um trabalho extremamente profissional em todos os sentidos. Esta é a proposta do Ecliptyka desde o principio?

Guilherme Bollini – A proposta sempre foi de fazer o melhor possível a todo custo. Se você tem isso em sua essência de trabalho, muita garra e dedicação, o resultado é sempre algo profissional, honesto e de alta qualidade. E acreditamos que o público sente e respeita isso.

Vicente – Vocês fizeram um grande vídeo para a música “We are the Same”. Conte-nos um pouco sobre a gravação do mesmo.

Guilherme Bollini – Apesar de muito cansativo, das muitas horas de planejamento e discussão, fazer um clipe é sempre algo muito divertido. Fizemos grandes amigos (Kairos Filmes), passamos bons momentos juntos e nos divertimos bastante, principalmente durantes os três dias de gravação, onde a atmosfera era leve e prazerosa. O que realmente nos impressionou foi o resultado e a resposta do público. Com certeza elevamos o patamar da banda por causa desse clipe.

Vicente – Talvez um novo álbum em breve? Quais são os próximos objetivos da banda?

Guilherme Bollini – Sim, com certeza. Estamos compondo material para um novo álbum e posso dizer que está brutal! Vamos aplicar tudo que aprendemos no primeiro e agora, com uma sonoridade e formação consolidada, estamos em nosso melhor momento. Estamos mudando um pouco o conceito da banda, evoluindo sempre e tenho certeza que vai causar um impacto considerável para o público. Também temos programado a gravação de um show ao vivo e, para o ano que vem, uma longa divulgação do novo disco.

Vicente – Uma coisa bacana na banda é que vocês passeiam por vários estilos musicais, desde o Power Metal até o Death Melódico, e mesmo assim as músicas soam com a cara da banda. Foi complicado chegar nesse estágio?

Guilherme Bollini – Muito obrigado. Foi algo que desenvolvemos com o tempo, durante a trajetória da banda. Criar uma identidade, algo novo, é muito difícil e nunca quisemos soar como cópia de algo. As influências emergem dos diferentes membros da banda que possuem particularidades e gostos, além de formações musicais, diferentes. Compomos muito juntos e acredito que por isso não soamos repetitivos, mas sempre com identidade.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Guilherme Bollini – Como você mesmo disse, nossas influências passeiam por diferentes estilos dentro do rock/metal e até mesmo fora! Sempre é difícil citar poucos artistas, mas gostamos daqueles que são mais únicos e com maior personalidade.

Vicente – Como vocês vêem o cenário no nosso país nesse momento? Acreditam que piorou ou houve uma pequena melhora na divulgação e espaço para shows?

Guilherme Bollini – O cenário sempre foi complicado, mas não acreditamos que piorou não. Muito pelo contrário. Hoje em dia é muito mais fácil para um artista ser completamente responsável por toda a sua carreira, desde criação, gravação, divulgação e até em colher os frutos de seu trabalho sem nenhum intermédio. Temos ótimos exemplos de bandas lutadoras e bem-sucedidas por aí como Trayce, Project46, Shadowside, MindFlow, Baranga, Almah entre tantas outras.

Vicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Arch Enemy: Angela é um monstro no palco! Ótimos riffs de guitarra e um baterista excepcional. Agressividade na medida certa.

Revamp: A Floor é uma das melhores (senão a melhor) e mais versáteis vocalistas que existem. Uma combinação de peso e melodia muito inteligente.

Dream Theater: Com certeza o conjunto de músicos mais incrível do planeta. Independente de denominações de estilo, tudo que eles fazem é quase divino.

In Flames: Guitarras esmagadoras e uma voz muito marcante e única por Anders. Duetos de guitarra que tiram suspiros.

The Agonist: Alissa é uma simpatia e possui uma voz muito forte. Som complexo, porém muito bem executado. Impressionante.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Ecliptyka e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.   

Guilherme Bollini – Obrigado, obrigado e obrigado! O carinho e resposta de vocês nos impulsionam a crescer e buscar sempre o melhor. Quer conhecer nosso som, quer ajudar o metal e as bandas? É simples! Levante a bunda da cadeira, chame os amigos e vá curtir um bom show de metal com bandas de som próprio! ‘Keep rockin’!

Clipe “We are the Same:  https://www.youtube.com/watch?v=-A2vh37oiPI 

Ecliptyka - Logo PBpequeno

5 Anos de Vida

15 sábado dez 2012

Posted by bacchus30 in Uncategorized

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5anos

Hoje não vai haver nenhuma postagem específica sobre alguma banda, mas sim apenas uma de agradecimento, pois hoje, 15 de Dezembro, o blog está completando 5 anos de existência. E, apesar de não poder dedicar tanto tempo quanto eu gostaria, fico satisfeito que ainda esteja no ar, e já fico na expectativa do aniversário de 10 anos…

Agradeço imensamente a todas as bandas que pude entrevistar, realmente todas elas. As nacionais Panndora, Soul’s Silence, Frank Solari, Olam Ein Sof, Ansata, DeCifra Me, Last Sigh, Thessera, Neofito, Azorrague, Sacrificed, Clawn, Labore Lunae, Glory Fate, Atacke Nuclear, Plastique Noir, Age of Artemis, Iluminato, Beyond the Grave, Valhalla, Necropsya, Hawthorn, Dayane Kin, Brasil Papaya, Tristis Terminus, Devon, Krenak, Clamus, Vociferatus, Montechiari Project, Paura, Behavior, As Dramatic Homage, Hangar, Aqueronte, Bloodforge, Hicsos, Arandu Arakuaa, Odisseia, Zorak, Firetomb, Prellude, Necrobiotic, Holocausto, Korzus, Apocalypse, Sentinela Celeste, Antidemon, Monster Coyote, Anthares, Edgard Scandurra, Zumbis do Espaço, Furia Louca, Marie Dolls, Pato Fu, Falling in Disgrace, Tenente Cascavel, e Corpse Ov Christ.

E as estrangeiras Evelyn, Eclipse Hunter, Iberia, Hypnos, Factory of Dreams, Taka Minamino, Caladmor, Abbey Ov Thelema, Godwatt Redemption, Manticora, Disharmonic, Simbiose, Opposite Sides, Gverr, Skelator, Rhyme, Assassin, Pristina, Gorgoroth, Angeli di Pietra, Epica, Marillion, Poema Arcanus, Rudy Sarzo, To Cast a Shadow, Joe Lynn Turner, Emilie Autumn, By Blood Alone, Veni Domine, Whiplash, Theatres des Vampires, Figure of Six, Trail of Tears, Black Anvil, Vision Divine, Hartmann, Al Atkins, Pythia, Arch Enemy, Hyades, Blackness, Dying Fetus, Master, Weapon, Dennis Stratton, Dark Illusion, Antestor, Skyclad, Heavenwood e Theocracy.

Sem deixar de mencionar as que, nos próximos dias, também estarão pintando aqui (perde um pouco a surpresa, mas igualmente impossível deixar de agradecer) Ecliptyka, Xandria e Turisas…

Um muito obrigado a todos vocês que comparecem aqui, espero poder compartilhar muito mais nos próximos anos…

Entrevista com a Banda Corpse Ov Christ (São Paulo)

14 sexta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, black Metal, Corpse Ov Christ, Entrevista

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Hoje o espaço está aberto para a banda  paulista de Black Metal Corpse Ov Christ, que aqui fala sobre sua carreira, influências e sobre seu primeiro disco “To Goat Empire…The Lúcifer Desire”, lançado neste ano. A banda é formada por L.DIABOLLVS (Bateria), AZATHOTH (Baixo) e BAAL BEHERITH (Guitarra e Vocal), e é uma boa pedida para quem curte o velho e bom Black Metal…

 

Vicente – Inicialmente, Fale um pouco sobre a trajetória do Corpse Ov Christ

L.DIABOLLVS:   A banda foi formada em novembro de 2001 com a idéia de promover um som rápido e brutal, tocamos em diversos lugares, então gravamos uma demo em 2003 “Supreme God’s Revolt”, divulgamos a demo tocando em diversos lugares, e gravamos outras músicas em 2005, 2006 que mais tarde foram aproveitadas em coletâneas, ate que gravamos em 2008, 2009 o material  “To Goat Empire…The Lúcifer Desire”   

Vicente – Após quase uma década de atividade, vocês lançaram este ano seu primeiro trabalho “To Goat Empire…The Lúcifer Desire”. Como foi a gravação desse disco, e qual o principal motivo para esse longo tempo até o lançamento do disco?

L.DIABOLLVS:   Bom, a gravação foi no LAB 6 (Pinda) efetuado por Fabio e Antonio(Ophiolatry) que produziram o trabalho. As gravações foram normais, pois os caras são profissionais e competentes e já estão acostumados com um som estremo.

Sobre o tempo até a gravação eu diria que foi por motivos normais: alterações na formação e um local certo pra produzir o material

bhazVicente –  E o retorno do pessoal, tem sido o que vocês imaginavam?

L. DIABOLLVS:  O material foi lançado em Maio de 2012, então diria que ainda e cedo pra dizer sobre o retorno do público, que eu acho normal.

Vicente – Foram feitas somente 500 cópias do disco, correto? Algum motivo especifico?

AZATHOTH: Sim, somente 500 cópias, e não houve motivos específicos para este número de prensagem.

Vicente – A capa, apesar de forte, ficou muito legal. De quem foi à arte e a ideia para a mesma?

BAALBEHERITH:  A capa realmente ficou linda, a arte foi de Pablo Rodrigues, que já fez grandes trabalhos para a cena inclusive as capas do dvd do Besatt : Brasilian tour 2008, e   krisiun:  Live armagedon ; entre outros, e, ele conseguiu chegar realmente ao que queríamos, “O IMPÉRIO DO BODE…O DESEJO DE LÚCIFER “

 

Vicente – Para quem não conhece, qual música do disco indicaria, aquela que acredita sintetizarkj perfeitamente o som do Corpse Ov Christ ?

L. DIABOLLVS: Todas.

AZATHOTH: Eu diria que todas as músicas, pois cada uma tem uma identidade que define CORPSE OV CHRIST.

Vicente – Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

L. DIABOLLVS: Eu diria que não mudou muito, pela cultura que o país segue, diria que esta normal para o metal.

BAALBEHERITH: Pode-se até dizer que está realmente meio estagnada, o que mudou é que, com o surgimento de bandas covers, diminuiu o espaço a quem tem sonoridade própria, mas ainda tem quem acredite na cena e invista fazendo com que o movimento não se deteriore.

Vicente –  Quais são as suas maiores influências?

L.DIABOLLVS:  Christos Beest, Anton Lavey, Bandas: Deicide, Immortal, Slayer e Sarcófago

BAALBEHERITH:  Aleister Crowler, Friedrich Nietzsche, Rhonda Byrne, e o cristianismo. Metal.

AZATHOTH: Metal, Jazz e Música Erudita

lkjVicente – Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Dark Funeral:  L. DIABOLLVS :  Vobiscum Satanás, ótimo álbum

                          BAALBEHERITH:  Insano . Perfeita harmonia instrumental.

Emperor:  L. DIABOLLVS :  Gostaria de ver ao vivo

                  BAALBEHERITH:  Clássico , jamais terá outra igual .

Behemoth: L. DIABOLLVS :   Grande nome do metal mundial

                   BAALBEHERITH:  Gosto muito dos primeiros álbuns mais black metal, mas a temática em geral até os dias de hoje são maestros.

Amen Corner: L. DIABOLLVS :   Forte nome do cenário nacional

                         BAALBEHERITH:  Jachol Ve Tehila, indispensável.

Sarcofago: L. DIABOLLVS :    Orgulho não só no Brasil mas no mundo

                    BAALBEHERITH:  Precursores mundiais e com certeza criadores do Black Metal.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Corpse Ov Christ e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

L. DIABOLLVS :     Obrigado, e apostem no som metal nacional, pois a cena é e sempre foi muito forte e bem representada por ótimas bandas e seguidores fiéis.

Entrevista com a Banda Theocracy (Estados Unidos)

13 quinta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Entrevista, Power/Progressive Metal, Theocracy

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O Theocracy tem 10 anos de carreira e três discos completos na bagagem, e vem conquistando seu espaço aos poucos, resultado do disco “As the World Bleeds”, lançado no ano passado. Mesmo os Estados Unidos não tendo uma grande abertura para o Power/Progressive Metal, Matt Smith e seus colegas de banda mantêm uma firme convicção na sua capacidade e qualidade de suas músicas. E o próprio Matt, fundador, que inclusive gravou todos os instrumentos no primeiro disco da banda, concedeu esta entrevista, na qual fala sobre toda a carreira da banda e, obviamente, sobre o referido disco . Confiram…

 

Vicente – Em primeiro lugar, como você vê a trajetória da banda depois de todos esses anos de existência?

Matt Smith – Eu acho que foi um crescimento natural, um passo de cada vez.   Eu tinha muito tempo para aprimorar minhas composições antes de assinar, em todos os anos estávamos fora dos olhos do público.   E então, os membros da banda vieram naturalmente, por isso, fomos capazes de encontrar os caras certos, ao invés de apenas montar uma banda com personalidades potencialmente destrutivas. Então, nós crescemos um passo de cada vez, e temos três álbuns que estamos realmente orgulhosos e duas bem sucedidas turnês européias.

Vicente – Matt, você gravou todos os instrumentos e vocais no álbum de estréia do Theocracy. Como foi para você aquele tempo e houve uma mudança em sua maneira de compor as músicas agora com uma banda completa?

Matt Smith – Bem, os outros caras fizeram o processo melhor. É incrível ser capaz de utilizar os pontos fortes de grandes músicos em cujas opiniões e habilidades eu confio. Eu estou sempre escrevendo, como composição é a minha paixão e a razão de eu ter uma banda.   Então, a maneira que funcionou desta última vez foi que eu escrevi, pelo menos, o esqueleto básico de todas as músicas, algumas delas eu escrevi inteiramente, e algumas que eu só tinha o básico.   Então, todos nós juntamos as idéias e trabalhamos nos arranjos, e os outros caras contribuíram com parte para completar certas canções.”Altar To the Unknown God” é provavelmente o melhor exemplo de colaboração no “As The World Bleeds”.   Uma boa parte da seção do meio desta foi escrito por Val, e nos reunimos na casa de Jon e tocamos essa música juntos.   Foi muito divertido!   Eles trazem uma dimensão para a música que eu nunca poderia alcançar sozinho.

Vicente – Vocês lançaram no ano passado o seu terceiro álbum “As the World Bleeds”. Como foi a gravação deste álbum?

Matt Smith – Foi difícil, mas sempre é. Esta é uma forma muito extrema de fazer um álbum nos termos do trabalho envolvido.   Eu faço engenharia e trabalho de mixagem para outras bandas de outros estilos também, e às vezes eu tenho inveja de quão rápido e descontraído é, (risos)!   A coisa boa é que, tendo passado pelo processo três vezes, eu sabia exatamente a quantidade de trabalho que seria, assim, pelo menos não houve grandes surpresas.   Bem, há sempre surpresas – quebra de equipamentos, computadores com mau funcionamento, horários, etc – raramente as coisas vão de acordo com o plano. Mas o que eu quero dizer é, “Mirror of Souls” foi à primeira vez que eu tinha feito um disco complexo e em camadas, com bateria de verdade e uma banda completa, desde a concepção a mixagem final.   Então, naquele eu estava aprendendo muito do lado técnico, o que fez parecer que levou uma eternidade.  Pelo menos no “As the World Bleeds” eu sabia mais ou menos o que esperar!   Uma coisa que foi divertida sobre ele foi que gravamos as faixas de bateria com todos na sala tocando juntos.   Assim Shawn gravou cinco ou mais takes de cada música, e todos nós estávamos lá com ele, o que ajudou no feeling e na energia.   Eu acho que foi menos traumático do que ele sentar em um quarto sozinho, tocando junto a trilhas pré-gravadas de demonstração.

Vicente – E a reação dos fãs foi a que você esperava?

Matt Smith – Foi melhor do que o esperado. Nós parecemos ter dado um bom passo para frente com este registro, especialmente aqui nos EUA   Isso foi uma surpresa agradável!   Nós ainda atingimos a Billboard Heatseeker neste tempo, que foi totalmente inesperado e impressionante.   Estamos muito agradecidos.

Vicente – Conte-nos um pouco sobre as letras neste álbum, qual é a mensagem que a banda deseja passar para seus fãs?

Matt Smith – Bem, nós somos uma banda cristã, por isso todas as letras são a partir dessa perspectiva, mas realmente varia de música para música.   Uma faixa como “I AM” é mais uma peça poética que lista alguns dos atributos de Deus, enquanto a faixa título “As the World Bleed” é um pouco mais sombria. É sobre como nós às vezes culpamos Deus por um monte de coisas que nós somos responsáveis a partir de nossas próprias ações.   Algumas outras faixas, como “Nailed”, são mais históricas – conta a história da rebelião de Lutero contra a igreja corrompida do seu dia.   Portanto, há uma variedade muito boa, como sempre almejamos.   Há muita música cristã lá fora, então sempre trabalhamos para apresentar um ângulo diferente e único sobre estes temas, e espero fazê-lo de uma maneira instigante.

Vicente – Qual é a maior diferença de “As the World Bleeds” para os demais álbuns do Theocracy?

Matt Smith – A maior diferença é, definitivamente, os novos membros da banda.   Desde “Mirror of Souls”, nós adicionamos o baixista Jared Oldham e o guitarrista Val Allen Wood.   Jared ajuda com vocais de apoio, e o som do baixo em “As the World Bleeds”é definitivamente o maior que já tivemos. Val é a mudança mais notável dos álbuns anteriores, no entanto.   Ele é um verdadeiro guitarrista solo – um virtuoso que ama a teoria da música e gosta de tocar.   Nossos álbuns anteriores nunca tinham os tradicionais solos de guitarra, havia solos e harmonias de guitarra legais, mas eu sou muito mais um guitarrista base, então os solos não eram muito chamativos.   Bem, Val pode fazer tudo.   Assim, o grande upgrade em solos de guitarra é a diferença mais perceptível em “As the World Bleeds”

Vicente – Vocês gravaram um vídeo para “Hide in the Fairytale”. Conte-nos um pouco sobre esta gravação.

Matt Smith – Foi o nosso primeiro vídeo musical, então foi emocionante.   Foi um longo dia, mas eu sempre soube como é chato gravar vídeos, então eu estava preparado e não foi tão ruim.   Eu acho que o vídeo ficou muito bom!   Nós escolhemos “Hide in the Fairytale”, porque é uma música super cativante que não se inclina demais em qualquer direção:   não é uma balada ou uma música super-rápida, pois fica bem no meio termo, e eu acho que resume o que fazemos muito bem.   Val e Jon cada um deles faz um solo, e Jon, Jared e eu cantamos nos refrões, então todo mundo teve a chance de brilhar.

Vicente – Um novo álbum em breve? Quais são suas próximas metas?

Matt Smith – Bem, eu tenho várias músicas novas escritas, mas não é um álbum completo e não nos reunimos e comemos a trabalhar no novo material, então um novo álbum ainda está meio distante.  No entanto, nós começamos a falar sobre isso. A próxima coisa na agenda é o remix e re-lançamento do álbum de estréia, o que é muito emocionante!   Nosso álbum de estréia saiu em um pequeno selo chamado MetalAges, e está fora de catálogo há vários anos.   Ele foi originalmente um projeto solo feito com uma bateria eletrônica, e a produção foi muito ruim.   As pessoas sempre nos perguntam como obter uma cópia, uma vez que a nossa base de fãs tem crescido muito desde que foi lançado originalmente, então nós queríamos lançá-lo pela Ulterium (nossa gravadora atual) faz algum tempo. Então, pensei que esta seria uma boa oportunidade para ter a bateria gravada pelo Shawn e mixar novamente o álbum.   Acabei de terminar os remixes de fato, e está soando matador!   Ele realmente saiu fantástico, é ótimo finalmente ouvir essas músicas com uma bateria e boa produção.   Ainda bem que o álbum vai finalmente estar amplamente disponível, e eu não posso esperar para as pessoas ouvirem isso!

Vicente – Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que influenciou na escolha de querer ser um músico profissional?

Matt Smith – Bem, a banda que originalmente virou meu mundo de cabeça para baixo (no bom sentido) foi Queensryche.   Eles eram a minha banda favorita, de longe, em todos seus anos de glória. Provavelmente o meu outro grande favorito foi o Metallica. Em termos de produção, riffs, e construção lírica sua influência ainda pode ser sentida.   E depois, claro, me liguei em bandas de metal mais progressivo, como Dream Theater e Fates Warning, bandas de Power Metal como Edguy e Sonata Arctica, e outras bandas de metal clássico como Iron Maiden.

Vicente – Como é a cena nos Eua para o Rock e Metal?

Matt Smith – Eu acho que depende da área.   O EUA é tão grande que algumas cidades parecem ter uma cena muito boa, enquanto outras áreas (como onde eu moro em Athens, Geórgia) têm praticamente nenhuma presença do metal.   Mas a maior parte do tempo, o metal de sucesso aqui é mais “gritado” do que o lado melódico do metal que apresentamos.   Mas está tudo bem, nos ajuda a termos destaque. Eu acho que um monte de pessoas que só estão familiarizados com um lado do metal não ouvira, a combinação de riffs e melodias que apresentamos, por isso, trazemos uma boa mudança de ritmo.   Mas é isso que é tão legal sobre o Metal, certo? Nenhum outro estilo abrange uma gama tão vasta.

Vicente – O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Matt Smith – Bem, só que, praticamente todas as bandas que eu gosto sempre tiveram nada além de boas coisas a dizer sobre a dedicação dos fãs no Brasil!   Eu sempre ouvi dizer que eles são os melhores fãs do metal no mundo, e eu não posso esperar para tocar aí um dia.   Eu me sinto como se eu estivesse assistindo a filmagem do Rock In Rio toda a minha vida, apenas espantado com o tamanho e a intensidade das multidões.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Blind Guardian:   Padrinhos de Power Metal.   Eles foram uma grande influência para mim em muitos aspectos, especialmente os grandes corais.   Eles foram uma das minhas bandas mais ouvidas, especialmente na época do “Imaginations From the Other Side” e “Nightfall In Middle-Earth”.   Tivemos a oportunidade de tocar com eles na Flórida alguns anos atrás, e foi uma grande honra e um sonho!

Stratovarius:   Penso neles como a banda que realmente liderou a revolução Power Metal nos anos 90.   Eles foram uma das primeiras bandas que já ouvi no gênero, e me apeguei a eles por causa dos riffs sólidos.   Eu finalmente perdi o interesse, mas “Episode” e “Visions” são ainda dois dos álbuns pilares absolutos do Power Metal.

Angra:   “Holy Land” foi um dos primeiros álbuns de Power Metal que eu comprei. Todo mundo estava falando sobre isso quando eu cheguei ao gênero, e me lembro de encomendá-lo e receber o CD. Seu som era exclusivamente brasileiro, mas o mais importante, Andre Matos era um dos melhores compositores do gênero. Mas, mesmo depois que ele saiu, eu considero “Rebirth” foi um dos melhores álbuns de retorno que qualquer banda já teve.  Lendas, com certeza!

Gamma Ray: Bem, falando de lendas, o que você pode dizer?   Kai é, obviamente, um dos primeiros do gênero, mas, além disso, “Rebellion in Dreamland” é muito linda, a música perfeita de Power Metal, não?   Eu também acho que No World Order! É um álbum fantástico e subestimado.

Iron Maiden: As maiores lendas de todos.   A composição de Steve foi uma grande influência na minha, o que não é difícil de ouvir, especialmente no primeiro álbum.   Houve um período de cerca de dois anos, onde eu quase não ouvia nada, além do Maiden. Cheguei a conhecê-los depois de um show em Boston!

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber muito mais sobre a música do Theocracy.

Matt Smith – Confiram “As the World Bleeds”  Se você gosta de Metal, com riffs poderosos e marcantes, melodias e arranjos progressivos, eu realmente acho que você vai gostar.   Nós cobrimos uma boa gama de estilos, mas o foco é sempre nas grandes canções.   Então, se é um épico de 11 minutos ou uma música curta e rápida, sempre tentamos torná-las memoráveis.   Obrigada por me ouvir, eu espero que vocês gostem do que escutarem, e eu espero que nós sejamos capazes de irmos para o Brasil e tocar para os fãs incríveis, os quais eu já ouvi muito sobre!

Clipe ” Hide in the Fairytale”:  http://www.youtube.com/watch?v=pWc9KOTkB4A

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Entrevista com a Banda Tenente Cascavel (Rio Grande do Sul)

11 terça-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Entrevista, Rock n' Roll, Tenente Cascavel

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O Rock n’ roll, puro e simples, está hoje aqui representado pela banda gaúcha Tenente Cascavel, junção dos ex-integrantes das bandas TNT e Os Cascavelletes. E em suas apresentações eles trazem de volta alguns clássicos do rock nacional, músicas criadas há muito tempo, mas que ainda soam extremamente relevantes nos dias de hoje. Fiz esta entrevista com Luciano Albo, baixista e vocalista, que nos conta mais sobre a trajetória da banda Tenente Cascavel…

Vicente – Inicialmente como vocês avaliam a trajetória da banda até este momento?

Luciano Albo – Acho a trajetória super positiva, levando em consideração que estamos com o projeto vivo faz 4 anos e meio. O que virá pela frente só o tempo pode dizer.

Vicente – Como tem sido a rotina de shows?

Luciano Albo – Essa banda existe para estar com o pé na estrada. É isso que nos propomos a fazer. Levar a música do TNT e Cascavelletes para as pessoas, reinterpretadas por músicos que tocaram nas duas bandas. Somos “PHD” em encarar longas quilometragens dentro de uma van, batendo papo, vendo vídeos e dormindo (risos). Às vezes chegamos com pouco tempo na cidade do show e vira uma correia. Passar som, jantar, tomar banho e subir no palco. Mas estamos acostumados, e a troca de energia bacana que rola com a platéia durante o show faz tudo valer a pena.

Vicente – Falando nisso, quais são as músicas que não podem ficar de fora do repertório da banda?

Luciano Albo – Tudo o que é considerado clássico, o que não é pouca coisa. Do TNT: Ana Banana, Cachorro Louco, Irmã do Dr. Robert, Não Sei. Dos Casca: Menstruada, Céu de Blues, Morte por Tesão, Lobo da Estepe, Moto. A impressão que eu tenho é que todas são clássicas.

Vicente – Não era a intenção da banda quando do seu inicio lançar um disco de inéditas, porém vocês já soltaram três novas faixas, “O Que eu preciso”, “A Noticia” e “Te Mexe de Uma Vez”. Podemos esperar um disco completo da Tenente Cascavel?

Luciano Albo – Esse processo do novo trabalho autoral não é coisa mais fácil do mundo pra gente. Já passamos por várias fases, inclusive chegamos a ensaiar várias novas composições com a antiga formação, mas por uma série de fatores não aconteceu um registro. Mas não descartamos nem a idéia de um disco ou de um DVD, que misture inéditas e outras releituras. Seguimos nos brainstorms sobre o assunto.

Vicente – O rock gaúcho sempre teve muita força, como nas décadas de 80 e 90 com o TNT e Cascavelletes (que originaram a Tenente Cascavel), além de DeFalla, Replicantes etc…Como vocês vêem essa cena nos dias de hoje. Quais bandas vocês destacariam?

Luciano Albo – Penso que tem muito artista e pouca qualidade. Gosto dos Cartolas, Vera Loca, Santiago Neto, Gustavo Telles, Pata de Elefante, Sinuca de Bico, entre vários outros.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Luciano Albo – Se formos somar uma lista de influência dos 4 integrantes , teríamos uma lista grande de artistas. Creio que todos gostamos da boa música e das bandas básicas que souberam beber no blues, no rock, no country, no funk e na música pop de um modo geral. Dá pra citar Beatles, Stones, Led Zeppelin, Hendrix, Raul Seixas.

Vicente –  Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho da Tenente Cascavel e apostam na música nacional.

Luciano Albo – Mando aqui o nosso MUITO OBRIGADO por todos que tem prestigiado as nossas apresentações e reforço o convite para marcarem presença nos nossos próximos shows.

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Entrevista com a Banda Heavenwood (Portugal)

09 domingo dez 2012

Posted by bacchus30 in Doom Metal, Entrevista, Gothic Metal, Heavenwood

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Continuando a saga anos 90, esta banda conterrânea do Moonspell, que lançou dois grandes álbuns na referida década, “Diva” e “Swallow”, disco em que conheci pela primeira vez o som da banda. Depois a banda teve uma pequena pausa em suas atividades retornando com outros dois ótimos álbuns, “Redemption” e o mais recente “Abyss Masterpiece”. Nessa conversa bacana com Ricardo Dias, ele revela mais detalhes sobre o mais recente disco, sobre a carreira do Heavenwood e da relação Brasil/Portugal no Rock/Metal.

 

Vicente – Para começar, conte-nos um pouco sobre a banda e seus quase vinte anos de atividade.

Ricardo Dias – O HEAVENWOOD foi formado em 1992 sob o nome anterior de DISGORGED desde cedo praticando uma espécie de Death Metal melódico com características muito próprias, o que desde cedo distanciou a banda de outras Portuguesas com a sua sonoridade pesada, mas ao mesmo tempo melódica. Em 1994 lançamos a nossa primeira demo-tape “As Illusive as a Dream” tendo um impacto muito forte na cena portuguesa. Em 1996 com “Emotional Wound” abraçamos uma sonoridade ainda mais melódica e demos o salto até á internacionalização com o contrato por dois álbuns com a gravadora germânica MASSACRE RECORDS lançando “Diva” e Swallow “. Além dos lançamentos na época  tivemos muitos concertos com CRADLE OF FILTH, MOONSPELL, IN FLAMES, ATROCITY, THEATRE OF TRAGEDY, LAKE OF TEARS entre outros. Penso que o fato de termos sido a primeira banda portuguesa a atuar no WACKEN OPEN AIR foi um prêmio mais que merecido para o HEAVENWOOD. Entretanto tivemos de fazer uma espécie de parada com a banda por vários motivos regressando aos lançamentos em 2008 com ” Redemption ” onde tivemos a oportunidade de partilhar a nossa música com a maestria de Jeff Watters do ANNIHILATOR, Gus G do OZZY OSBOURNE / FIREWIND e de Tijs Vanneste dos belgas OCEANS OF SADNESS. Já no 2º album de 98 ” Swallow ” tivemos as brilhantes participações da LIV KRISTINE e do mestre KAI HANSEN do GAMMA RAY !! O 3º album ” Redemption ” foi uma nova rampa de lançamento ao editarmos por uma gravadora nacional e conseguindo exportar com sucesso para todo o mundo o nome e a música do HEAVENWOOD. Tivemos a excelente experiência de trabalhar na mixagem do álbum com JENS BOGREN no FASCINATION STREET STUDIOS na Suécia, além de inúmeros concertos. Entretanto sentimos que tínhamos levado a máquina ao máximo das suas capacidades sendo importante uma nova internacionalização pelas mãos da nova gravadora do HEAVENWOOD, a francesa LISTENABLE RECORDS que é sobejamente conhecida pela lançamento de GOJIRA, TEXTURES entre outros e com eles assinamos por 3 álbuns. Em 2011 lançamos ” Abyss Masterpiece ” um álbum que abraça orquestrações compostas pelo russo Dominic Joutsen, dando um realce mais nobre as letras inspiradas numa das primeiras grandes poetisas portuguesas, a Marquesa de Alorna D. Leonor. Este álbum conta com a participação da norueguesa SPHYNX do RAM-ZET no tema ” Leonor ” e foi mixado e masterizado com maestria pelo alemão Kristian “Kohle” Kohlmannslehner (CREMATORY, POWERWOLF, BENIGHTED) no Kohlekeller Studios na Alemanha.

 

Vicente – Anteriormente a banda chamava-se Disgorged, mas mudou para o nome atual alguns anos depois. Qual o motivo da mudança, e como chegaram ao nome Heavenwood?

Ricardo Dias – O nome de HEAVENWOOD foi retirado do tema “Judith Heavenwood” e teve que ser quase que obrigatório, pois o nome de DISGORGED não combinava com a personalidade do HEAVENWOOD.

527254_459171314115189_672698436_nVicente – Vocês lançaram ano passado seu quarto disco, “Abyss Masterpiece”. Conte-nos como foi a gravação e composição do mesmo.

Ricardo Dias – O album foi gravado em Portugal no ULTRASOUND Studios com o Daniel Cardoso (Anathema, Head Control System) e depois viajou até á Alemanha para ser misturado e masterizado. Foi uma experiência única nos mais variados sentidos, desde da obrigação de simplificar a complexidade das orquestrações com a nossa musicalidade, estudar e redigir os poemas de D. Leonor adaptando ao conceito do HEAVENWOOD. Foi um álbum moroso, pessoalmente falando dei muitas, mas muitas horas de mim tendo a perfeita noção que não é um álbum de fácil digestão às primeiras audições, mas a minha ideia foi a de compor um álbum com longevidade, face a falta de emoção existente em grande parte dos álbuns lançados atualmente. Foi um risco, mas na vida e na música temos de ser assim…Arriscar com honestidade.

Vicente – E o retorno do pessoal, foi o imaginado por vocês?

Ricardo Dias – Em termos de reviews sempre tivemos excelentes reviews de todo o mundo em termos de mídia e fãs!

Vicente – Winter Slave é uma grande música. Como foi a composição dela em particular?

Ricardo Dias – Baseada nas cartas que D. Leonor trocava com o seu Pai quando ela estava presa na masmorra, era muito nova.Ela foi presa por um crime que a sua família cometeu ou não contra o estado Português, por isso imaginemos uma adolescente sozinha numa masmorra  apenas com a vista da Natureza como amiga e confidente, leitura e pouco mais.

Vicente – E qual música do disco indicaria para quem gostaria de conhecer o Heavenwood, aquela que melhor sintetiza o som da banda?

Ricardo Dias – Difícil, muito difícil. Penso que HEAVENWOOD vale pelas obras e não pelos temas no sentido individual, sugiro que ouçam os 4 álbuns de forma organizada.

Vicente – Quais são os próximos objetivos do Heavenwood? Um novo disco em breve talvez?

Ricardo Dias – Sim estamos a trabalhar no 5º album que será baseado no ocultista francês Papus, já demos título, que será “The Tarot of the Bohemians”, será a 1º Parte.

Vicente – Como está a cena Portuguesa para o Rock e Metal hoje em dia? Há espaço adequado para423877_468002906565363_1004735362_n shows de bandas locais?

Ricardo Dias – Sim, existem inúmeras bandas e bastante espaço para as bandas mostrarem a sua música ao vivo, penso que não existe é muitas bandas e espaços com a infra-estrutura e qualidade necessárias para mais bandas com as necessidades que o HEAVENWOOD têm de ter ao vivo. Noto que as bandas estão mais exigentes consigo próprias e com os outros, isso é um bom sinal, mas ainda nota-se uma fraca exportação do Metal Made in Portugal, e isso lamento informar, mas é culpa de nós próprios.

Vicente – O que você conhece das bandas de Rock e Metal do Brasil?

Ricardo Dias – De todos os gêneros, ouço muita música vinda do Brasil independentemente do estilo. Penso que o Brasil é um bom exemplo a seguir pelos Portugueses. O Brasil tem um mercado interno, geograficamente falando, de uma dimensão colossal e o melhor que fizeram nesta fase foi investir forte no mercado interno. O Sepultura, O Sarcófago, O Ratos de Porão foram os primeiros além-mar abrindo portas para outros tantos. Mas defendo que tenham investido e aproveitado o vosso próprio mercado que, curiosamente, é difícil de entrar ou receber, por exemplo, bandas Portuguesas. Ou é falta de comunicação ou interesse de ambas as partes. É estranho, mas verdade.

 

Vicente – Apesar de irmãs de língua, vocês acreditam que falta uma maior integração entre as cenas de Portugal e Brasil, uma união maior em matéria de shows e divulgação de material?

Ricardo Dias – Lógico que sim, por mais que as bandas brasileiras acreditem e queiram ir diretamente para o mercado do centro da Europa, Portugal poderia ser a segunda casa das bandas brasileiras por questões geográficas, estratégicas e muito mais. Portugal deveria aumentar os laços culturais com o Brasil, sinceramente acho que é surreal.

 

Vicente – Quais são as principais influências para o Heavenwood?

Ricardo Dias – A vida, amor e alquimia dos sentidos.

Vicente – Em poucas palavras, fale um pouco sobre as seguintes bandas:

Katatonia: Aprecio muito os primeiros trabalhos, curiosamente denoto algumas características portuguesas na musicalidade e vocalização deles, uma espécie de fado…estranho

Sentenced: Banda enorme, muitas saudades !!

Moonspell: Orgulho, Amizade, Respeito… É a bandeira Portuguesa do metal além-fronteiras até a data.

Paradise Lost: Ícones de um estilo, penso que se esqueceram da fórmula musical que lhes concedeu o sucesso e pela qual milhões ficaram apaixonados

Black Sabbath: Deuses musicais

Vicente – Deixe um recado para os fãs Brasileiros, tanto aqueles que já conhecem, como para aqueles que desejam conhecer mais sobre o Heavenwood.

Ricardo Dias – Quero desde já convidar toda a gente a visitar o facebook oficial da banda em www.facebook.com/heavenwoodofficial  e que descubram uma banda que lhes fará pensar, ouvir com os ouvidos e alma, sentindo um pouco do que os Portugueses e os Brasileiros partilham em comum, o nosso DNA. Um forte abraço musical, votos de saúde e felicidade e que lutemos por uma humanidade com um pé na terra e outro no mar, alma viajante e fogo eterno no coração são estas as palavras com que me despeço para o meu povo irmão!

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Entrevista com a banda Pato Fu (Minas Gerais)

07 sexta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Alternative, Bandas Brasileiras, Entrevista, Pato Fu

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Como comentado anteriormente, outra banda que conheci nos anos 90 e que agora aparece em uma entrevista é a mineiríssima Pato Fu, a qual conheci no CD Gol de Quem? em 95. Não me recordo precisamente como o disco foi parar em minha casa, mas quando o escutei achei muito interessante, pois soava diferente do Pop/Rock que reinava na época, transbordava uma identidade própria, uma atitude que fazia o Pato Fu ficar de certa forma a margem da música mais comercial, e mesmo assim ter um apelo muito forte. Tudo isso foi confirmado nos lançamentos vindouros, onde em momento algum a banda fez música para ser moda, mas sim sempre com grande honestidade. Algo que aparece também nesta rápida entrevista que realizei com o baixista Ricardo Koctus, onde revela alguns detalhes da carreira da banda e sobre o premiado disco “Música de Brinquedo”. Confiram a entrevista…

Vicente – Com duas décadas de existência, qual o balanço que você faz da carreira do Pato Fu?

Ricardo Koctus – Uma carreira consistente, com muito conceito.

Vicente – Conseguia imaginar, no inicio dos anos 90, ainda continuar na ativa e, principalmente, sendo relevante no cenário nacional? Quais são os próximos objetivos da banda?

Ricardo Koctus – Sim, eu sempre acreditei na banda com uma vida longa, porque conceito te dá essa durabilidade. Esse ano fazemos vinte anos de banda e as ideias estão aí.

Vicente – Seu mais recente disco de inéditas foi o “Música de Brinquedo”, álbum premiado inclusive com um Grammy em 2011. Como surgiu a ideia do disco e como rolou a gravação do mesmo?

Ricardo Koctus – John e Fernanda haviam comprado um disco com músicas dos Beatles com esse mesmo perfil, daí surgiu a ideia. A gravação foi muito mais simples do que o show em si. No estúdio você tem controle das coisas, timbres, etc. Em show isso é mais difícil.

Foi uma gravação muito divertida.

_MG_2868Vicente – E o retorno dos fãs e da mídia em geral, imaginavam que seria esse?

Ricardo Koctus – Foi ótimo!! Ganhamos disco de ouro com esse CD, na mídia em geral foi muito bem recebido. Posso dizer que foi um projeto muito bem sucedido

Vicente – O Pato Fu nunca foi de se prender a um estilo especifico de música, indo do simples acústico de “Simplicidade” até o rock n’ roll de “Eu”, e mesmo assim as músicas ficam com a “cara” da banda. Foi difícil chegar a esse estágio?

Ricardo Koctus – Acho que não foi difícil, porque fazemos isso de maneira natural, sabemos o que queremos individualmente e em conjunto. Temos um foco muito bem definido do que queremos como carreira.

Vicente – Um novo álbum em breve?

Ricardo Koctus – Devemos lançar algo no ano que vem, será surpresa.

Vicente – A banda tem conseguido manter praticamente a mesma formação desde o inicio. Qual o segredo para manter a harmonia entre todos os integrantes?

Ricardo Koctus – Meio como aquele filme, Alguém tem que ceder, já viu? O segredo é o respeito e o mais importante; acreditar no que está sendo feito. Falar a mesma linguagem musical.

Vicente – Hoje em dia vivemos uma nova “realidade”, com os downloads e a consolidação do Brasil como uma rota (lucrativa, diga-se de passagem) para as bandas estrangeiras. Como você enxerga esse novo cenário nacional?

Ricardo Koctus – Acho um caminho normal e natural que vem se formando há muitos anos. Hoje estamos mais preparados pra lidar com essa nova forma de trabalho. O sistema que havia antes já estava agonizando, essa é a verdade. Novas formas e novos caminhos fazem a banda se recriar e, conseqüentemente, ter uma vida longa e produtiva. Um grande desafio faz você crescer.

Vicente – Como está a agenda de shows da banda?

Ricardo Koctus – Estamos no fim de uma turnê, porém continuamos circulando. Hoje temos 3 turnês na verdade, Música de Brinquedo, A tour da carreira da banda e a Tour do CD Gol De Quem?

Provavelmente ano que vem teremos uma agenda cheia.

Vicente – Qual a sua maior influência, aquele que o levou a querer ser um músico profissional?

Ricardo Koctus – Sou grande fã de Elvis. Ele me influenciou em tudo.

Vicente – Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Pato Fu e apostam na música nacional.

Ricardo Koctus – Vida longa e próspera!!!

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Entrevista com a Banda Falling in Disgrace (Pernambuco)

05 quarta-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Bandas Brasileiras, Death Metal, Entrevista, Falling in Disgrace

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Essa banda pernambucana formada por Marcio Paraíso (Guitarra), Nilson Marques (Vocal e Baixo) e Hugo Veikon (Bateria), soltou este ano seu primeiro álbum “At the Gates of the Death”, que vem colecionando criticas positivas, demonstrando que, mesmo independente, quando a paixão pelo estilo apresentado e a capacidade de compor boas canções unem-se, o futuro pode ser muito promissor. Nesta entrevista com Marcio, ele fala sobre o disco, a carreira da banda e suas influências. Para quem gosta de Death Metal com algumas influências de Thrash, o Falling in Disgrace é uma grande pedida…

 

Vicente –  Inicialmente, Fale um pouco sobre a trajetória, ainda que recente, do Falling in Disgrace.

Falling in Disgrace: A banda surgiu no final do 2008, quando eu, Márcio Paraíso, após quase 4 anos sem tocar em banda (antes eu tocava em uma banda de Brutal Death Metal chamada Abyss of Darkness, tínhamos lançado um CD pela Philosofic Art Rec, mas veio que a banda acabou e eu parei) recrutei o vocalista Nilson Marques e um amigo nosso, Krakum, para elaborar algumas músicas conosco, porém para a bateria convidei o ex baterista da Abyss of Darkness. Em 2010 lançamos o EP Never Die Alone, totalmente independente e também totalmente disponível pra download. Afinal precisamos nos lançar no mercado de alguma forma. No decorrer de divulgação deste material tocamos com algumas bandas como: Firetomb – Andralls – Horror Face – Perpétuo Insigne – Cangaço… dentre outras, nessa época contávamos com um baixista de apoio, porque não tínhamos um músico fixo para essa função, porque apesar de Nilson, vocalista, saber tocar, ele preferia apenas cantar para poder agitar mais. No começo de 2012 lançamos nosso Full Length, “At the Gates of the Death” também totalmente independente e agora apenas como um power trio, porque estávamos quebrando muito a cabeça para conseguir um baixista fixo. O “At the Gates of the Death” nos levou mais longe que o anterior. Tocamos em palcos maiores com bandas, como: Unearthly – Nervochaos – Gorgoroth – Keep of Kalessin – Morcegos… enfim. E aqui estamos nós correndo atrás de novas conquistas.

CAPA-2012Vicente –  Vocês lançaram este ano seu debut, “At the Gates of the Death”. Como foi a gravação do mesmo e o processo de composição das músicas.

Falling in Disgrace: Nós elaboramos as músicas em 2011, com todo tempo e paciência do mundo, tanto das partes instrumentais como das partes líricas foram feitas com o intuito de transmitir o que víamos sobre a forma que raça humana se comporta. E obvio que nosso instrumental teria que passar isso, por isso o feeling nervoso.

Nossa gravação foi realizada com o produtor musical Jr. Araújo, que hoje trabalha no Afina Studio, ele nos apóia desde nosso EP. Foi uma pena minha Guitarra ter que passar por conserto na época de gravação, pensamos em adiar a gravação, mas resolvemos continuar com uma equipamento emprestado mesmo. Poderia ter ficado melhor, mas quem sabe no próximo fica realmente do jeito que queremos.

Vicente –  E o retorno do pessoal, tem sido o que vocês imaginavam?

Falling in Disgrace: Até onde avaliamos tem sido bastante positivo. As revistas especializadas fizeram algumas resenhas, algumas tocaram no ponto de gravação, que como já te falamos não saiu o que era realmente pra sair devido ao equipamento. Alguns sites foram mais pelo lado do “feeling” da música e não pela qualidade de gravação, enfim… Tudo isso também vai ajudando-nos a melhorar cada vez mais. Somos gratos a todos esses. Chegamos até a um dos melhores lançamentos independentes de 2012. Sempre vai ter alguém que não vai gostar de alguma coisa, mas é isso, cada um com seu gosto.

Vicente –  Para quem não conhece a banda, qual música do disco indicaria, aquela que acredita sintetizarMARCIO perfeitamente o som do Falling in Disgrace?

Falling in Disgrace: Acho que a banda toda vota na música “Sociedade em Alerta”, por ela ter uma pegada mais nervosa, ser em português, tem passagens Thrash / Death / Heavy. É o que costumamos chamar de Rock de Caveira com Fogo (risos). Essa música tem no Listen do nosso Site está ai o link [aqui] bem como outras músicas, mas se temos que escolher apenas uma, seria esta. Inclusive estamos vendo a possibilidade de gravar um clipe da mesma.

Vicente –  Vocês gravaram uma surpreendente versão para Twist Cain do Danzig. De quem foi a ideia de incluir essa música no disco e como rolou a gravação da mesma?

Falling in Disgrace: A ideia dessa música foi sugestão de Krakum, que sempre nos dá um palpite em alguma coisa, na ocasião ele falou sobre essa música e curtimos na hora, pois todos ouvimos o Danzig, na hora que chegamos no estúdio pra ensaiar a música ela saiu logo, até porque cada um estudava a música em seu tempo livre. No decorrer da segunda tocada da música, em estúdio, ela já veio com um “up”, Nilson mudou a voz para o que ele está habituado a fazer, dai Hugo, baterista, já incorporou pegadas de double bass, uns blast beat, quando chegamos no final observamos que na verdade não era um cover e sim uma versão, que na verdade achamos melhor fazer versão do que cover. Também gravamos outra versão, que só saiu em uma edição limitada. Foi, além do Danzig, uma música da banda Obituary.

Vicente –  O som do Falling in Disgrace é o clássico Death Metal old school. Quais são as bandas atuais do estilo, tanto no Brasil como no exterior, que tem chamado a atenção de vocês?

Falling in Disgrace: Putz, acho que cada um na banda tem um gosto particular. Evidente que existe alguma banda que todos ouvem, tipo: CLAUSTROFOBIA – ANDRALLS – KRISIUN – KORZUS – BY WAR – DESTRUCTION – RITUAL CARNAGE – OBITUARY – MORBID ANGEL. Um ou outro ouve algo mais Thrash Metal – outro algo mais Death Metal – e outro mais Black Metal. Mais todos ouvimos todas as vertentes do verdadeiro Heavy Metal.

NILSON-SETVicente –  A banda tem uma preocupação muito legal em fazer um trabalho altamente profissional, tanto na música como na parte promocional, site, etc… Essa sempre foi à intenção de vocês, ser o mais profissional possível, dentro das possibilidades?

Falling in Disgrace: Bem, desde que formei a Falling in Disgrace tive essa forma de pensar: Profissionalismo até onde nosso dinheiro puder pagar. Como passamos por outras bandas tudo isso serviu de experiência e não vamos vacilar mais. Se quisermos ser visto como profissionais devemos levar nosso trabalho com total profissionalismo. Isso serve também pra alguns produtores. Nem toda banda é igual, tem banda que leva a parada a sério e outras que estão para brincadeira, a gente leva a coisa a sério mesmo.

Vicente –  Qual a avaliação que vocês fazem da cena metálica nacional dos dias atuais. Como está a agenda de shows da banda?

Falling in Disgrace: Sobre a cena do Metal nacional avaliamos que realmente melhorou muito. O público passou a valorizar mais as bandas, as bandas passaram a fazer materiais independentes com qualidade e não ficar só esperando alguma gravadora descobrir a banda, até porque nos dias de hoje o mercado fonográfico passa por um momento difícil, apesar dos  Metal Heads ainda comparecerem na compra de materiais, a gente mesmo consegue vender CDs e Camisas, não só nos eventos que tocamos como também via correios. Sobre agenda de shows da divulgação do “At the Gates of the Death” nem sempre é fácil, afinal são muitas bandas, pra você ter ideia a gente não conseguiu tocar no Recife neste ano de 2012 e olhe que é nossa cidade. Tocamos bem perto, que foi em Olinda, no Setembro Negro ao lado das bandas Gorgoroth – Keep of Kalessin – Demonized Legion, mas no Recife mesmo, nada. Então agora tivemos de dar uma parada de pelo menos 3 meses por motivos particulares de nosso baterista.

Vicente –  Quais são as suas maiores influências?HUGO

Falling in Disgrace: Em questão de influências podemos dizer que o Thrash Metal e Death Metal tanto old school como atual são nossas bases. Mas se for pra citar bandas, podemos dizer: CLAUSTROFOBIA – TORTURE SQUAD – CORPSE GRINDER – DESTRUCTION – RITUAL CARNAGE – BENEDICTION… dentre outras

Vicente –  Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Deicide: Não ouvimos os últimos álbuns da banda, gostamos mais dos materiais antigos. Da época do irmãos Hoffman. Eles têm umas bases pesadas, solos verdadeiramente Death Metal.

Slayer: Putz! Slayer é a base para qualquer um que se arrisque a fazer Thrash Metal. Kerry King é o rei das bases. A banda sempre teve o melhor line-up do Thrash Mundial, em nossa opinião.

Morbid Angel: Os pais do peso.

Cannibal Corpse: Brutalidade e também inspiração tanto das melodias como nas líricas.

Sarcófago: Não acompanhamos muito a história completa da banda, mas podemos dizer que o álbum The Laws of Scourge é essencial pra quem cultua o Metal Nacional.

Vicente –  Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Falling in Disgrace e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

Falling in Disgrace: Bem, somos gratos aos amigos e costumamos dizer que a banda é além daquilo que está no palco e nessa situação os amigos são sem dúvida um braço da banda. Aos que passaram a admirar a banda, curtir nosso som, foram a shows por estarmos no cast um PUTA ABRAÇO em vocês, realmente não esperávamos agradar tanto. Devemos agradecer também aos nossos apoios: Anaites Records – Heavy Metal Brasil – Som Extremo. Bem, pra quem não conhece nosso som é isso ai: somos uma banda que aposta num Thrash / Death com letras sobre o comportamento Humano. Encaramos nosso trabalho com total profissionalismo. Pra ver algo mais. Vejam nosso site que lá tem tudo que fazemos: http://fallingindisgrace.com

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Entrevista com a banda Skyclad (Reino Unido)

03 segunda-feira dez 2012

Posted by bacchus30 in Entrevista, Folk Metal

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Algumas das próximas entrevistas que irão pintar aqui são de bandas que, de alguma forma ou de outra, marcaram minha adolescência na década de 90 (ehhh tempo), como no caso do Skyclad, que surgiu em meados da referida década como uma grande novidade, sendo uma das primeiras a incorporar o Folk  em seu Power Metal, tendo com isso conquistado um reconhecimento mundial, inclusive por aqui onde seus discos eram lançados (sim, em uma época que não tínhamos acesso a toda música/banda lançada no mundo, o que de certa forma fazia cada descoberta ser mais prazerosa). Conversei com o vocalista/guitarrista Kevin Ridley, que deu uma geral em toda a carreira do Skyclad…  

 

Vicente –Conte-nos um pouco sobre os 22 anos de existência do Skyclad

KR. Difícil resumir 22 anos de existência de uma banda, porque há sempre altos e baixos, momentos bons e tristes. Mas ainda estamos juntos e é bom pensar que os bons tempos sobrepujem os maus e, depois de um tempo, você pode até mesmo chegar a rir sobre algumas das coisas estranhas que acontecem. Houve muitas aventuras, é claro (muitas para mencionar aqui), mas talvez uma das melhores coisas sobre estar em uma banda por tanto tempo é que você começa a conhecer pessoas fantásticas ao longo do tempo e muitos delas se tornam bons amigos.

Vicente –Após 12 bem-sucedidos discos, quais são os próximos objetivos da banda?

KR. Continuar a fazer música juntos é o objetivo principal. Estamos agora em uma posição onde podemos apenas permanecer juntos para fazer o que quisermos – para um Festival ou uma turnê ou fazer um disco novo – mas não há mais senso de urgência e podemos desfrutar o que fazemos. Então, enquanto nós gostarmos de fazer isso, nós vamos continuar a fazê-lo.

 

Vicente –Vocês lançaram em 2009 “In the… All Together”. Como foi a gravação deste álbum?

KR. A gravação do último álbum foi muito fácil e uma experiência muito agradável para a banda. Nós escrevemos e ensaiamos todo o material antes de ir para o estúdio e por isso foi um processo fácil. Nós meio que fizemos uma espécie de férias da banda na Itália, onde gravamos, e a idéia era manter tudo muito vivo e legal o quanto podíamos. Tudo correu como planejamos e ficamos muito felizes com os resultados.

235595Vicente –E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

KR: A reação dos fãs (e da imprensa) para o novo material em sua imensa maioria tem sido muito, muito boa. Estamos surpresos que, dado o estado da indústria com a internet etc, estamos crescemos e todo mundo está cantando junto todas as músicas novas e há um grande número de jovens também.

Vicente –Vocês gravaram um vídeo para “Words Upon the Streets”. Como foi a gravação?

KR. Bem, eu acho que temos que agradecer ao nosso bom amigo Fernando J. Martinez, que fez o vídeo. Basicamente, ele veio para um show em nossa cidade natal (Newcastle) e gravou isso. Nós também gravamos algumas cenas na cidade, então ele levou tudo isso para longe e editou tudo junto; fazendo um ótimo trabalho.

Vicente –Skyclad foi uma das primeiras bandas de Folk Metal. Como você vê essa cena nestes dias?

O folk metal ainda parece ter bastante força, sobretudo na Europa e Escandinávia, mas em outros lugares também. Eu acho que há mesmo uma “nova onda” de bandas de folk-metal hoje em dia que é um pouco mais radical do que Skyclad, mas nós gostamos disso.

Vicente –Um novo álbum em breve?

Estamos trabalhando em material novo agora, então talvez em 2013 haverá um novo lançamento.

Vicente –Como está a cena no Reino Unido para Rock e Metal?

KR. Para ser honesto, nós não seguimos muito a cena do Reino Unido, mas, como sempre, parece muito ‘underground’ e lutando por novos locais, turnês, festivais etc. É sempre foi dessa maneira, é por isso que o Skyclad sempre teve um caminho melhor a seguir no exterior.

Vicente –O que você sabe sobre o Rock e Metal no Brasil?

KR. Mais uma vez, temo dizer que muito pouco, principalmente com relação  a nomes de bandas. Isto é uma vergonha e uma falha da minha parte, porque eu sei que o Brasil é um país fantástico para a música e que eu deveria fazer alguma pesquisa.

Vicente –Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Satan: A formação original se juntou novamente para fazer alguns festivais e tem sido um sucesso, tanto que eles gravaram um novo álbum – atente para isso também em 2013.

Elvenking: Nós conhecemos esses caras em um festival na Alemanha há alguns anos e foi muito legal, tanto que nós fizemos algumas turnês na Itália com eles e continuamos a ser amigos.

Dio: Nunca cheguei a ver Dio ao vivo, mas ele é um dos vocalistas favoritos de Steve e “Heaven and Hell” é o seu álbum favorito do Sabbath

Mago de Oz: Mais uma vez, nunca vi essa banda. Nós deveríamos fazer alguns shows com eles na Espanha anos atrás, mas isso nunca aconteceu.

Iron Maiden: Uma instituição, nada menos. Eu disse antes que a cena do Reino Unido está em baixa, por isso é bom ver uma banda do Reino Unido (ainda mais antiga que Skyclad) ainda estar em turnê pelo mundo

Vicente –Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber muito mais sobre a música do Skyclad

KR: Infelizmente para nós, o Brasil é a meio mundo de distância e, embora tenha havido algumas tentativas para fazer a banda a tocar ai, nada funcionou – até agora. Então, enquanto isso, tudo o que podemos fazer é dizer um grande ‘obrigado’ a todos que tem ouvido e apoiado o Skyclad ao longo dos anos. Esperamos que possamos continuar e, um dia, quem sabe, nos encontrarmos.

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