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O Brasil finalmente terá a oportunidade de assistir um dos shows mais aguardados pelos headbangers. A banda finlandesa Turisas estará apresentando-se pela primeira vez aqui em Março de 2013. Aproveitando desse fato, consegui entrevistar o responsável pelo grande e distinto som dos violinos na banda, Olli Vänskä, que na entrevista conta sobre a expectativa dos shows aqui, a carreira da banda e alguns detalhes sobre o futuro álbum da banda, que verá a luz na metade deste ano. Inclusive Olli foi bem sincero sobre a cena Folk e a inserção atual do Turisas nesse meio, e sobraram elogios até para as nossas mulheres. Confiram e preparem-se para a batalha…

 

Vicente – Primeiro, a maior pergunta de seus fãs aqui no Brasil sempre foi esta, mas que finalmente teve uma resposta positiva, sobre vocês virem se apresentar por aqui afinal.

Olli Vänskä – Olá! Bem, por esta altura eu tenho certeza que todos vocês sabem que estamos chegando ao Brasil em Março na nossa “Guards of Glory 2013 Tour”. Estou super animado com isso!

Vicente – O que você espera desse show aqui?

Olli Vänskä – Nós ouvimos as histórias das platéias loucas na América Latina, por isso espero shows selvagens e barulhentos! Também é ótimo que tenhamos a oportunidade de chegar a esses países e culturas incríveis, eu me sinto muito grato. E as garotas são lindas!

Vicente – O que os fãs podem esperar do Turisas?

Olli Vänskä – Se você é barulhento e selvagem, então somos barulhentos e selvagens! Turisas é conhecida pela energia e pelos divertidos shows ao vivo, de modo que ninguém vai sair desapontado. Se tudo correr como planejado, podemos até apresentar algum material novo nesses shows já, mas não é certo ainda.

Vicente – Para você, quais são as músicas que nunca podem estar fora da lista das apresentações do Turisas?

Olli Vänskä – Bem, acho que “Battle Metal” é este tipo de música… Mas nós misturamos o setlist bastante. Além disso, acho que “March of the Varangian Guard” vai ser uma daquelas garantidas. Mas em todos os casos, nós sempre tentamos oferecer algum tipo de elemento surpresa para os ouvintes, de modo que não será “apenas mais um show”. Você sempre irá se lembrar de um show do Turisas após ver nossa apresentação.

Vicente – Turisas fez 15 anos de existência em 2012. Como você vê a trajetória da banda depois de todos esses anos?

Olli Vänskä – Uau, isso é muito tempo, é verdade! Quando Mathias Nygard e Jussi Wickstrom fundaram a banda em 1997, tinham apenas 15 anos de idade, eram crianças, então obviamente tivemos um longo caminho desde aqueles dias. Naquela época, o mundo do metal estava muito focado na cena black metal norueguesa e na cena metálica sueca também, eu acho…

As primeiras influências para o Turisas foram tanto o “Black/War Metal”, bandas como Emperor e coisas do gênero, mas também bandas como Bal-Sagoth do Reino Unido. Tem sido um longo tempo, e eu acho que, até 2004, no álbum “Battle Metal”, a banda tinha um som distinto. Depois disso, deixamos cair alguns dos elementos Folk Metal e ampliamos as influências em muitas direções, incluindo um pouco de Rock Progressivo, World Music, até mesmo o rock de arena. A principal coisa é manter nossa música interessante e também manter nossos fãs surpresos.

1292859982Vicente – Vocês lançaram seu terceiro álbum, “Stand Up and Fight”, em 2011. Como foi a gravação deste álbum?

Olli Vänskä – Escrever e gravar SUAF levou um longo tempo. De certa forma, era o “terceiro e difícil álbum”, mas também levamos o som numa direção ainda mais teatral. Nós gastamos muito tempo e muito dinheiro para tornar o som grandioso, mas acho que valeu a pena.

No entanto, estamos, na verdade, já no meio da gravação de nosso próximo álbum que esperamos ver a luz do dia antes do Verão (hemisfério norte) de 2013. Vai ser mais uma vez um pouco diferente, um novo tipo de direção com relação ao SUAF, o que é bastante interessante para o meu gosto.

Vicente – E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Olli Vänskä – Sim e não. Há um monte de pessoas que querem desesperadamente manter presa a imagem e o som da banda, eles têm que entender, que quando eles tinham 14 ou 15 anos, muitas pessoas estavam clamando por um som mais folk. Nós mudamos nossa direção já faz um tempo. Então, novamente, algumas pessoas realmente se apaixonaram por esse tipo de atmosfera. De qualquer forma, eu acredito que SUAF abriu muitas portas para nós e, certamente, trouxe-nos fora da cena estrita do “Folk Metal”, no qual alguns meios de comunicação gostariam de nos manter eternamente dentro.

Mais uma vez, o próximo álbum provavelmente irá agitar tudo isso um pouco mais. Decidimos incluir novamente alguns elementos novos lá. Um pouco menos Ópera-rock, um estilo menos Broadway. Muito interessante. Apesar de tudo, tenho certeza que muita gente vai gostar.

Vicente – Para você, qual é a maior diferença entre o “Stand Up and Fight” e os outros álbuns do Turisas. E com relação ao futuro disco?

Olli Vänskä – O som e os estilos musicais são um pouco diferentes dos álbuns TVW e BM. De qualquer maneira, não acho que é muito longe do “básico” som do Turisas, eu acho que você sempre pode reconhecer o tipo de som tradicional nosso nesse álbum.

O próximo álbum vai trazer um som um pouco mais cru. Provavelmente será menos teatral, um pouco menos “conceitual”, também. Será, de qualquer forma, grande!

Vicente – Conte-nos um pouco sobre as letras deste álbum, qual é a mensagem que a banda quis passar para seus fãs?

Olli Vänskä – No SUAF as letras são de alguma forma baseados no mesmo universo do TVW – um grupo de vikings servindo como mercenários no reinado bizantino. Não está ligado estritamente à história como anteriormente. Tematicamente, são discutidos temas como as formas ambíguas de adoração do herói, e a simples bravura na vida cotidiana. Eu diria que a nossa mensagem básica é bem positiva, o titulo “Stand Up and Fight” é todo sobre encontrar algo por que lutar, ter valores e defendê-los.

Vicente – Além disso, vocês lançaram “Battle Metal” e “The Varangian Way”. Conte-nos um pouco sobre cada um.

Olli Vänskä – Eu não tenho certeza se resumir todos os álbuns fará justiça a eles… “Battle Metal” foi um álbum de estréia clássico – idéias novas, som fresco, mas você pode ouvir que a banda não tinha tanta quilometragem ainda. Um álbum um pouco folkier, mais atmosférico e mais negro, talvez.

“The Varangian Way” foi o próprio álbum conceitual ambicioso. Um som mais forte, mais orquestral, enredo mais conceitual. Além disso, havia um monte de influências musicais que espelhavam uma viagem geográfica, baseada no conceito histórico das letras. É engraçado – quando fizemos isso, sabíamos que tínhamos um álbum bom em nossas mãos. Então, mais tarde, na época de lançar o SUAF, a imprensa estava descrevendo-o como “clássico” e “obra-prima” e tudo mais… Eu não sei. É muito bom isso.

Vicente – Turisas é uma das maiores bandas do chamado “Folk Metal”. Como você vê essa cena nestes634669179644537500 dias?

Olli Vänskä – Eu não sinto que somos, de alguma forma, uma banda “puramente” Folk Metal. Tivemos alguns elementos do estilo em nossa música o tempo todo, mas em geral o nosso som tem se tornado muito diferente de muitas outras bandas de Folk Metal. Mas eu acho que está tudo bem – especialmente na Finlândia, onde cada banda que é vagamente ligada à cena Folk tem um som distinto, renovado, diferente, e isso é uma das melhores coisas. Eu não sei como a cena está nos dias de hoje. Toda cena “pagã” se propagou ao redor do mundo, e há algumas bandas que estão fazendo o mesmo som chato em todos os álbuns. Nós fizemos um pouco diferente. Eu não sei se é bom ou ruim. A única coisa que eu espero é que as bandas continuem inovando e fazendo coisas que soam como elas próprias, não sendo simples cópias de outras.

Vicente – Como é a cena na Finlândia, para o Rock e Metal?

Olli Vänskä – Ainda é grande, mas eu tenho notado que está faltando novidade, novos atos revolucionários. Parece tudo muito chato hoje em dia. Eu espero que haja alguma banda que realmente ponha fogo em toda a cena novamente. Temos alguns dos melhores festivais de metal do mundo, e eu espero que possamos continuar atraindo a atenção também no futuro.

 Vicente – O que você sabe sobre Rock e Metal no Brasil?

Olli Vänskä – Para ser honesto, não muito! Sepultura é com certeza a mais familiar para mim, e conheço bandas como Angra pelo nome também.

Vicente – Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Ensiferum: – Tyr: – Finntroll: – Moonsorrow: – Korpiklaani:

Olli Vänskä – Eu não gostaria de comentar muito sobre a nossa cena. Eu posso dizer que a minha banda favorita de todas estas é o Moonsorrow: Eu conhecia e gostava da sua música já antes de juntar-me ao Turisas, e eu acho que todos os seus álbuns são excelentes ou muito próximos disso. “Kivenkantaja” e “Verisakeet” são provavelmente os meus favoritos, e eu gosto da maneira como eles têm constantemente mudado seu som e evoluído o seu estilo. Banda fantástica. Uma das únicas bandas na cena que se atreveu a experimentar e ir para uma direção diferente do mainstream.

Vicente – Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que amam o som de Turisas

Olli Vänskä – Estamos super animados para ir ao Brasil pela primeira vez em março de 2013! Temos ouvido grandes coisas sobre suas platéias e eu não posso esperar para tocar para vocês. E que belas mulheres vocês têm! Um agradecimento especial vai para o nosso ”Brazilian Street Team”, que tem feito muito por nós antes mesmo de anunciarmos qualquer concerto. Por favor, verifique as datas em nosso site www.turisas.com .Vejo vocês nos shows!

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